Notícias

Irmãos Batista tentam obter desconto de R$ 3 bilhões em leniência

Os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da J&F, holding que controla a JBS

 

A J&F, holding que controla a JBS, quer reduzir em ao menos R$ 3 bilhões o valor da multa que a companhia aceitou pagar por envolvimento em casos de corrupção. O acordo de leniência foi fechado em 2017. O total previsto a ser pago era de R$ 10,3 bilhões.

Ministério Público Federal (MPF) aceitou o pedido da J&F. A decisão suspende, até julgamento definitivo sobre o caso, o pagamento das parcelas que o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista ainda tem em aberto.

Desde 2017, quando foi celebrado o acordo, a empresa desembolsou cerca de R$ 580 milhões — menos de 6% do total para ser pago em 25 anos.

Pelo acordo, a empresa comprometeu-se a ressarcir R$ 10,3 bilhões às instituições lesadas — Caixa Econômica Federal, FGTS, Funcef, Petros e BNDES, além da própria União.

O grupo dos irmãos Batista vinha tendo negadas pelo MPF todas as tentativas de mudar partes do acordo. A última delas, em fevereiro do ano passado, foi divulgada pela própria Procuradoria-Geral da República (PGR).

No entanto, em decisão até agora mantida em sigilo, o subprocurador-geral da República Ronaldo Albo aceitou, em outubro, praticamente todas as alegações da J&F e autorizou diligências com prazo de três meses para reunir informações e instruir processo de revisão de partes da leniência. Depois disso, o caso vai a julgamento, o que ainda não tem data.

Albo também determinou expedição de ofícios para que a PGR notificasse a Justiça sobre a suspensão dos pagamentos das parcelas até a análise do mérito do caso.

No pedido ao MPF, o grupo dos irmãos Batista questionou praticamente todos os pontos do acordo que assinou por livre e espontânea vontade. Afirmou que o valor total pactuado está majorado e apresentou ao menos duas teses para defender sua posição.

No despacho, o subprocurador Ronaldo Albo pede que esse parecer seja avaliado como referência do pleito da J&F.

“Há fortes indícios e evidências de que a fórmula adotada para se chegar ao valor da multa imposta desrespeitou os limites legais”, escreveu. Para ele, “do que se vê, não ocorreu dano ou lesão aos cofres públicos e aos entes beneficiados”.

Deu na Oeste

Notícias

BNDES tem lucro de mais de R$ 12 bilhões em 2022

BNDES teve lucro recorde no governo Bolsonaro, mas atual presidente do banco, Aloizio Mercadante, criticou | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou 2022 com lucro líquido de R$ 12,5 bilhões. Esse valor é recorde na história do banco e 46,2% superior aos R$ 8,6 bilhões de lucro de 2021. Já o lucro contábil, que considera efeitos extraordinários, foi de R$ 41,7 bilhões no último ano do governo de Jair Bolsonaro.

Entre os motivos para o lucro contábil ser maior que o recorrente estão os dividendos pagos pela Petrobras ao BNDES, que somaram R$ 17,2 bilhões. Além disso, a Oi pagou uma dívida de R$ 4 bilhões, que estava contabilizada em “devedores duvidosos”.

Também influenciou o resultado a reavaliação do valor das ações da JBS na carteira do banco — nesse caso, o incremento foi de R$ 6 bilhões.

Mas a instituição financeira ainda não sabe qual será a destinação do resultado do ano passado. O presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, disse que ainda vai discutir com o Ministério da Fazenda sobre o volume de dividendos a serem pagos à União. No ano passado, cerca de 60% do lucro líquido foi destinado à União.

Diante do lucro recorde, o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, teceu críticas ao governo anterior, afirmando que houve menos desembolsos em 2022 do que em 2015, quando o seu partido governava o país e usava o banco para fazer empréstimos internacionais. Ele afirmou que pretende aumentar os desembolsos de 1% do PIB para 2%.

“Não é esse o papel de um banco de desenvolvimento. Não é financiar o Tesouro nessa proporção, nessa escala, nessa velocidade. Todas as antecipações ocorreram antes que as aplicações do banco dessem o retorno esperado. Esses mecanismos que estão aí precisam ser revisitados e revistos”, disse Mercadante.

Deu na Oeste

Notícias

Mercadante afirma que BNDES não é hospital de empresas e não irá socorrer Americanas

O Otimista

 

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante (PT), disse que a instituição não atuará diretamente para ajudar a solucionar a crise da Americanas.

“Eles ainda tinham uma pendência de R$ 1,2 bilhão, mas o BNDES foi prudente, tinha a carta de fiança que já foi executada, já foi paga. Nós não temos um real em risco com a Americanas”, garantiu ele, em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (15).

O presidente do banco de fomento disse ainda que não planeja nenhuma ação direta para socorrer a varejista e que compete agora à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Banco Central avaliar com rigor o que aconteceu com a empresa.

“Inclusive porque os sócios principais têm um volume de capital bastante expressivo para aportar e salvar a empresa e, sobretudo, proteger os fundos de investimento, 40 mil trabalhadores e micro e pequenas empresas que são fornecedoras”, avaliou.

O petista, no entanto, indicou que pretende discutir a abertura de uma linha de crédito para pequenos fornecedores da Americanas, que entrou em recuperação judicial devido a dívidas bilionárias após uma possível fraude contábil.

“O que poderemos fazer é discutir com a Febraban e o Ministério da Fazenda, e o sistema financeiro abrir uma linha de crédito para esses pequenos fornecedores que são vítimas dessa fraude”, declarou.

“Elas [pequenas fornecedoras] não têm nenhuma responsabilidade pela crise da Americanas. Elas foram vítimas de um processo. Os indícios de fraude no balanço são muito graves”, completou.

Deu no Conexão Política

Notícias

Deputado articula PEC para frear empréstimos do BNDES direcionados ao exterior

 

O deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) está articulando junto a seus pares uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para frear empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionados ao exterior.

A medida alteraria o artigo 49 da Constituição Federal e faria com que os empréstimos concedidos via órgão estatal necessitassem da aprovação do Congresso Nacional.

Em declaração concedida à Coluna do Magnani, o parlamentar justificou sua proposição baseando-se nos calotes que o Brasil levou de concessões realizadas durante os últimos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).

— Assim como o Porto de Mariel, em Cuba, e várias outras obras, elas não trouxeram nenhum retorno ao Brasil. Muito pelo contrário, deram muitos calotes ao nosso país — afirmou o deputado.

Daniel Freitas está na fase de colher assinaturas no parlamento para conseguir dar prosseguimento ao texto. Ao todo, ele já conta com o apoio formal de 74 parlamentares. Ainda restam outras 97 coletas para a PEC tramitar.

Deu no Conexão Política

Notícias

Congresso quer barrar novos empréstimos do BNDES ao exterior

O presidente Lula com o vice Alckmin na cerimônia de posse de Aloizio Mercadante

 

A Câmara dos Deputados e o Senado buscam uma forma de impedir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) volte a ser utilizado pelo governo federal para financiar projetos de engenharia em outros países. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem afirmado que vai retomar os empréstimos, apesar de o Brasil ter sofrido um calote de ao menos R$ 5,3 bilhões.

Ao menos dez propostas apresentadas neste ano por deputados e senadores querem impor regras para que os recursos do BNDES sejam emprestados a empreendimentos fora do país. Boa parte dos projetos visa proibir que o Brasil envie dinheiro a países que estejam inadimplentes com o banco. Além disso, as matérias sugerem que o presidente da República passe a responder por crime de responsabilidade se autorizar novos empréstimos a nações devedoras.

A Venezuela deve o maior montante: R$ 3,5 bilhões. Depois vêm Cuba, com R$ 1,22 bilhão, e Moçambique, que tem dívida de R$ 628 milhões com o BNDES.

Um dos projetos é de autoria do deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM). Segundo o texto dele, o governo federal não poderia mais firmar acordos com países que tenham sido inadimplentes com instituições financeiras públicas brasileiras nos últimos 15 anos e que não tenham regularizado os pagamentos.

A proposta também visa proibir o Executivo federal de fazer empréstimos a países que tenham nota baixa na classificação de risco soberano. Dessa forma, eles tendem a não honrar um empréstimo ou outros compromissos em virtude de instabilidade na política nacional.

Pela proposta apresentada por Neto, a Argentina seria uma das impossibilitadas de buscar financiamento no BNDES, visto que os principais sistemas de classificação de riscos soberanos internacionais colocam o país em uma perspectiva de inadimplemento próximo.

Nas últimas semanas, Lula prometeu se esforçar para que o BNDES banque a construção de um gasoduto na Argentina na região de Vaca Muerta, na Patagônia. Segundo o governo argentino, o empreendimento tem um custo aproximado de US$ 689 milhões.

“Essa é uma iniciativa que nos parece fundamental para evitar que se brinque com o dinheiro dos contribuintes. Será que alguém em sã consciência emprestaria seu dinheiro para quem não deve saldar a sua dívida? Não pode haver generosidade unilateral no comércio, especialmente em um país com indicadores de pobreza e distribuição de renda tão vergonhosos como o Brasil”, defende.

Deu no R7

Notícias

Frente Parlamentar confirma fim do crédito do BNDES para o agronegócio

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

 

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu uma nota confirmando a suspensão de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao agronegócio. A publicação ocorreu nesta sexta-feira, 10, em apoio à deputada federal Júlia Zenatta (PL-SC), que alertou sobre a interrupção de nove linhas de financiamento para o setor.

“A FPA reforça o discurso feito pela deputada federal Júlia Zanatta, no dia 8 de fevereiro, no Plenário da Câmara dos Deputados, a respeito da suspensão das linhas de financiamento agropecuários por parte do BNDES”, comunicou. O texto ainda informa que o número de bloqueios já subiu para 11.

O texto foi publicado depois que o governo federal negou ter feito as suspensões, mesmo com um documento do BNDES dirigido às instituições de crédito informando o bloqueio.

O alerta da parlamentar

“A segurança alimentar do país corre riscos com a suspensão de nove linhas de crédito agropecuário do BNDES”, disse a parlamentar, na quarta-feira 8, na tribuna da Casa.

A parlamentar comentou ainda que a interrupção ocorreu um dia depois de o crédito ser reaberto. Segundo Júlia, o governo Lula tomou a medida ao mesmo tempo em que pretende reabrir financiamento para países que já deram calote no banco de fomento brasileiro.

“As linhas suspensas pelo BNDES são dos programas Crédito Agropecuário, Empresarial de Custeio, Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar e Pronaf Investimento”, alertou. É um tiro no peito do pequeno e do médio produtor, da agricultura familiar, que precisa de suporte e estrutura.”

Leia a nota a integra da FPA

“A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reforça o discurso feito pela deputada federal Júlia Zanatta (PL/SC), no dia 08 de fevereiro, no Plenário da Câmara dos Deputados, a respeito da suspensão das linhas de financiamento agropecuários por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A parlamentar, que é membro da bancada, lamenta que o banco de fomento tenha interrompido onze linhas de crédito, poucos dias após a reabertura para os pedidos de financiamento.

O BNDES alega falta de recursos disponíveis, um dia depois de anunciar um aporte de R$2,9 bilhões, mas não apresenta informações, de forma pública, de quanto já foi utilizado deste crédito relativo ao Plano Safra 2022/2023. Algumas dessas linhas haviam sido suspensas ainda em 2022, e foram retomadas no dia 1º de fevereiro de 2023, segundo comunicado do Banco ao jornal Valor Econômico.

Como noticiado pelo jornal Valor Econômico, em comunicado aos bancos credenciados, e em seu próprio site, o BNDES informa a suspensão de onze linhas ou programas de crédito rural, entre elas: Pronaf, Pornamo, ABC+, PCA, Proirriga, Procap-Agro Giro, Inovagro e Moderfrota.

O desencontro de informações continua em resposta do BNDES a reportagem do jornal Valor Econômico, onde o Banco declarou que a reabertura ocorrida no dia 1º de fevereiro era de saldos remanescentes destas linhas, em desacordo com o que diz a Secom em sua nota, ao declarar que os R$2,9 bilhões são fruto de recursos adicionais.

Em razão das informações incongruentes, da falta de transparência e em prol do produtor rural, a deputada Júlia Zanatta ingressou com Requerimento de Informação na Câmara dos Deputados para que os dados sejam apresentados à população para esclarecimento.

Importante explicar, que grande parte do valor disponibilizado no Plano Safra é para atender especialmente ao pequeno produtor rural. A preocupação da deputada Júlia Zanatta é corroborada pela FPA, diante da necessidade de crédito para o desenvolvimento da agricultura familiar no país.”

Frente Parlamentar da Agropecuária

Deu na Oeste

Economia, Política

Financiamento do BNDES no exterior burla licitação e dribla o Senado

BNDES já foi o centro de denúncias de corrupção. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasila

 

Suspenso desde a Lava Jato, o financiamento de obras no exterior com recursos do BNDES, que agora o requentado governo Lula pretende adotar, bancando o gasoduto na Argentina, segue a fórmula malandra, turbinada nas primeiras gestões petistas, de transferir para empresas “amigas” montanhas de dinheiro do Tesouro Nacional sem licitação, sem fiscalização e sem controle. Chamada de “exportação de serviços”, a esperteza dribla a norma constitucional de aprovação prévia no Senado.

O esquema iniciava em acordo do Brasil com o país beneficiado para “exportar serviços”. O acordo, claro, logo recebia a chancela: “secreto”.

O BNDES não transfere o dinheiro para o país onde se realiza a obra e sim à empreiteira. No Brasil e em reais. Facinho assim, sem licitação.

Só em 2012, US$2,17 bilhões do BNDES foram pagos a empreiteiras brasileiras nesse esquema. Em 2013, até setembro, US$1,37 bilhão.

O BNDES vai dar “adeus” aos R$3,5 bilhões a serem gastos no gasoduto na Argentina, assim como no Porto Mariel, em Cuba, de valor idêntico.

Agora durma com um barulho desses !

 

Informações do Cláudio Humberto

Notícias

Documentos mostram que Lula mentiu ao se esquivar de responsabilidade por calote da Venezuela e de Cuba

Documentos mostram que Lula mentiu ao se esquivar de responsabilidade de calote da Venezuela

 

Informações do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e documentos já tornados públicos pelo jornal O Globo, no ano passado, desmentem a versão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o governo de Jair Bolsonaro é responsável pelo calote da Venezuela e de Cuba, que deixaram de pagar financiamentos obtidos com o banco estatal.

Juntas, as ditaduras de Cuba e Venezuela obtiveram, nos governos petistas de Dilma Rousseff e de Lula, entre 2003 e 2016, financiamento para obras no montante de quase US$ 2,2 bilhões. A verba foi usada para o Porto de Mariel, em Cuba, e para o metrô de Caracas, entre outras. Mas os governos amigos de Lula deram calote, e o Brasil deixou de receber, até agora, mais de US$ 900 milhões — valor nominal, não atualizado com juros e eventuais multas contratuais.

Apesar disso, Lula tentou culpar o governo de Jair Bolsonaro (PL) pelo calote. Na posse do novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na segunda-feira 6, o presidente declarou: “Os países que não pagaram, seja Cuba ou Venezuela, é porque o presidente [Bolsonaro] resolveu cortar as relações com eles para não cobrar e poder ficar nos acusando”, disse o chefe do Executivo, acrescentando que, agora, “esses países vão pagar, porque são todos países amigos do Brasil”.

BNDES informa que a inadimplência da Venezuela começou em 2017, antes de Bolsonaro assumir, em 2019. Além disso, em dezembro, o blog de Malu Gaspar, do jornal O Globo, mostrou documentos que comprovam que Bolsonaro, apesar do rompimento das relações com o governo de Nicolás Maduro, manteve as cobranças, enviadas a Juan Guaidó, reconhecido pelo Brasil, pelos Estados Unidos e por diversos países como presidente venezuelano.

As cartas de cobrança, segundo a coluna, foram enviadas à representação da Venezuela no Brasil, pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. Apesar disso, a Venezuela nada pagou.

Quem pagou os empréstimos da Venezuela até agora foi o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), bancado pelo Tesouro Nacional. Ou seja, o dinheiro para as obras em Cuba e na Venezuela, feitas pelas empresas envolvidas na Lava Jato, como a Odebrecht e Andrade Gutierrez, saiu do contribuinte.

Moçambique, país africano que também teve obras financiadas pelo BNDES nos governos petistas, também deu calote e deve ao Brasil US$ 122 milhões.

Deu na Revista Oeste

Notícias

Crédito rural tem desembolsos suspensos pelo BNDES

Crédito rural tem desembolsos suspensos pelo BNDES

 

Um dia depois de reabrir os protocolos para receber pedidos de novos financiamentos agropecuários, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a suspender as linhas de nove programas de crédito rural por causa do elevado nível de comprometimento dos recursos disponíveis. Até sexta-feira, apenas ModeragroABC Ambiental e alguns itens do Pronaf continuavam abertos.

O aviso sobre a nova suspensão das linhas foi enviado às instituições financeiras credenciadas em 2 de fevereiro, um dia após o BNDES reabrir os protocolos de 14 programas, com R$ 2,9 bilhões.

A busca pelos recursos para investimentos dos produtores rurais por bancos e cooperativas de crédito foi intensa. Uma fonte relatou ao Valor que o saldo disponibilizado para algumas linhas durou menos de duas horas no sistema a partir da reabertura dos protocolos. Muitos programas estavam fechados há meses.

As linhas suspensas novamente são:

  • Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Custeio;
  • Linhas de Investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investimento) destinadas a operações com taxa de juros prefixada de até 5% ao ano (Faixa I);
  • Linha de financiamento do Pronaf Investimento destinada à aquisição isolada de matrizes, reprodutores, animais de serviço, sêmen, óvulos e embriões (Pronaf Matrizes e Reprodutores);
  • Linha de financiamento do Pronaf Investimento destinada à aquisição de tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas de corte, assim como máquinas agrícolas autopropelidas para pulverização e adubação (Pronaf Tratores e Colheitadeiras);
  • Linha de Investimento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp);
  • Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+) exclusivamente no tocante às Linhas ABC+ Recuperação, ABC+ Orgânico, ABC+ Plantio Direto, ABC+ Integração, ABC+ Florestas, ABC+ Manejo de Resíduos, ABC+ Dendê, ABC+ Bioinsumos, ABC+ Manejo dos Solos;
  • Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), nas duas linhas existentes;
  • Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga);
  • Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro).

Procurado, o BNDES não informou qual o saldo disponível nas linhas que continuam abertas nem se os programas suspensos serão reabertos novamente. Os R$ 2,9 bilhões disponibilizados a partir do início de fevereiro não eram recursos novos, mas saldo remanescentes dos programas do Plano Safra 2022/23 operacionalizados pelo BNDES.

Deu no Valor Econômico

Notícias

Lula diz que Venezuela e Cuba pagarão dívidas com BNDES: “Países amigos”

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (6) que países como Cuba e Venezuela vão pagar as dívidas que têm com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A fala foi proferida no Rio de Janeiro (RJ), durante a posse de Aloizio Mercadante (PT) como novo presidente da instituição.

“Eu tenho certeza que, no nosso governo, esses países vão pagar, porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que têm com o BNDES”, declarou o presidente.

De acordo com Lula, o BNDES foi “vítima de um processo de difamação muito grave” ao longo dos últimos anos.

“As narrativas, mesmo que mentirosas, valem mais do que verdades ditas muitas vezes. Vivemos nos últimos quatro anos um processo de mentira tresloucada”, afirmou.

Ao falar sobre empréstimos a países vizinhos, o petista disse que o banco “financiou serviços de engenharia” em 15 países da América Latina e do Caribe entre 1998 e 2017, e que esses contratos “deram lucro”.

Lula acrescentou que o BNDES “nunca deu dinheiro para países amigos do governo” e jogou a responsabilidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teria “cortado relações com esses países e não cobrado os empréstimos”.

Deu no Conexão Política