Tragédia

Lula viaja ao RS nesta quinta; Defesa mobiliza 335 militares na região

 

O presidente Lula vai ao Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (2/5) para dar apoio ao governo local no enfrentamento às consequências das fortes chuvas que castigam o estado. Até a noite desta quarta (1º/5), cerca de 4.500 pessoas estava desabrigadas ou desalojadas; 21 estavam desaparecidas e 10 morreram.

Lula deve se encontrar com o governador Eduardo Leite (PSDB) e visitar áreas atingidas na região de Santa Maria. Os ministros Renan Filho (Transportes), Waldez Goes (Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) acompanham o presidente. Lula falou ao telefone com Eduardo Leite à noite e assegurou que não faltarão esforços e recursos do Governo Federal. As Forças Armadas convocaram 335 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica para atuar na região no socorro às populações.

“Eu estou pensando em ir amanhã ao Rio Grande do Sul para que a gente possa ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento desse povo”, disse o presidente ao governador. O telefonema foi divulgado nas redes sociais.

A Defesa Civil Nacional e técnicos do serviço e meteorologia trabalham com as previsões do clima nos próximos dias e procuram antecipar ações. Uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) foi mobilizada para atuar nos locais mais atingidos. No município de Santa Maria, a 290 quilômetros de Porto Alegre, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais, atua desde a noite da terça-feira (30/04), no resgate dos atingidos pelas enchentes.

Conforme a Defesa Civil, 104 municípios foram afetados, 1.431 pessoas estão desalojadas e 1.145 foram levadas para abrigos. A prioridade é o resgate de famílias ilhadas. Na conversa com Eduardo Leite, Lula disse que oito helicópteros das Forças Armadas estão prontos para apoiar ações de resgate, porém não conseguem decolar em razão do tempo no estado.

Sob a coordenação do Ministério da Defesa, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão empregando 335 militares no apoio à população gaúcha atingida pelas fortes chuvas. O trabalho das Forças Armadas, por meio da Operação Taquari II, começou na terça-feira e conta com 12 embarcações, cinco helicópteros e 43 viaturas e equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. As ações ocorrem em apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros.

As atividades desempenhadas incluem o resgate de pessoas ilhadas, a distribuição de água, alimentos e donativos e o auxílio na recuperação da infraestrutura danificada. Os militares também atuam na montagem de barracas para triagem aos desabrigados e fornecimento de colchões. Até o momento, foram resgatadas sete pessoas que estavam ilhadas. O trabalho dos militares abrange os seguintes municípios: Candelária, Eldorado do Sul, Lajeado, Montenegro, Nova Palma, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Tereza, São Gabriel, São Sebastião do Caí e Sinimbu.

Além das Forças Armadas, outros órgãos governamentais, como o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Defesa Civil Nacional e Estadual, estão envolvidas nas operações de assistência à população atingida pelas chuvas.

Comando Conjunto
O Ministério da Defesa publicou, nesta quarta-feira, 1º de maio, a Portaria nº 2309/GM-MD, que regula o emprego temporário das Forças Armadas em atividades de apoio logístico às ações de Proteção e Defesa Civil. O documento promove a ativação do Comando Operacional Conjunto Taquari II para atuar nos municípios em situação de calamidade pública. O ministério também designou o General de Exército Hertz Pires do Nascimento para ser o comandante do Comando Conjunto.

Operação Taquari
A primeira fase da Operação Taquari ocorreu em 2023, no Rio Grande do Sul, em resposta às fortes chuvas na região. Militares das Forças Armadas foram mobilizados para atender os municípios afetados. As atividades incluíram busca e resgate, distribuição de suprimentos e reconstrução. A experiência prévia da Taquari I subsidiou a Taquari II, evidenciando a capacidade de resposta das Forças Armadas em situações de emergência.

Deu na Tribuna do Norte

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Justiça

Nunes vai à Justiça após Lula pedir votos para Boulos

 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que vai acionar a Justiça após o presidente Lula aproveitar evento do 1º de Maio para pedir votos para Guilherme Boulos (Psol), que deve enfrentar Nunes na disputa pela prefeitura municipal.

Ficou muito claro do desrespeito à lei eleitoral, pediu voto claramente em um ato importante aqui na cidade de São Paulo. Então, não há outro caminho a não ser judicializado para buscar a reparação por conta de um ato desse impensado do presidente, imagino”, declarou o prefeito.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também afirmou que entrou com uma ação contra Lula no Ministério Público Eleitoral por campanha antecipada.

Informações do Diário do Poder

 

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Notícias

Passageira dá à luz dentro de carro de motorista de aplicativo a caminho de hospital em Natal

Imagem: reprodução

 

Uma mulher, identificada como Clécia, teve um bebê dentro de um carro de um motorista de aplicativo em Natal, na madrugada da quarta-feira (1).

Ela havia pedido o transporte da Av. Maria de Araújo Cananéia, em Lagoa Azul, para ir ao Hospital Dr. José Pedro Bezerra, no bairro Potengi, na Zona Norte de Natal, para ter o bebê porém não conseguiu chegar ao destino e a criança nasceu no banco de trás do veículo.

Segundo testemunhas, após o parto ela foi ao hospital que estava programada, onde ficou com o recém-nascido.

Deu no Ponta Negra News

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TCU aprova sigilo para viagens de autoridades em jatinhos da FAB

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado – Divulgação/FAB

 

O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou uma regra que autoriza a classificação das informações de viagens de autoridades em jatinhos da FAB (Força Aérea Brasileira) como sigilosas.

A Corte entendeu que a divulgação desses dados, mesmo depois das viagens já terem sido realizadas, pode colocar em risco a segurança de instituições ou das chamadas “altas autoridades”.

A decisão beneficia pedidos de voos feitos pelo vice-presidente da República, pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, pelos ministros do Supremo e pelo procurador-geral da República. Ministros de Estado ficaram de fora.

Deu no Poder360

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INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos, aponta CGU

Foto: Reprodução

 

O INSS pagou R$ 193 milhões a beneficiários com indicativo de óbitos entre janeiro de 2019 e junho de 2023. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os pagamentos foram feitos a 17,7 mil pessoas com óbito registrado em bases de dados governamentais. Apenas no mês de junho de 2023, foram identificados pagamentos a 2.950 beneficiários com registro de óbito, num total de R$ 5,5 milhões.

A fiscalização da CGU apontou que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses depois do registro do óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob). Os dados são checados ainda junto às bases do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.

A auditoria cruzou os dados da chamada Maciça do INSS, a atualização periódica na folha de pagamento do instituto, com os dados do Sisob e so Sirc. “A partir do cruzamento desses dados, identificaram-se 17.738 beneficiários na Maciça cujo CPF do titular consta nessas bases como falecido, envolvendo 18.747 benefícios que totalizam R$ 193.136.813,11 em pagamentos pós-óbito”, diz o relatório.

Fonte: Paulo Cappelli – Metrópoles

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Cerca de 30 mil empregos serão perdidos no telemarketing sem a desoneração, prevê sindicato

Foto: CÉSAR BRUSTOLIN/PREFEITURA DE CURITIBA

 

O fim da desoneração da folha de pagamento deve impactar com a perda de 30 mil empregos no setor do telemarketing em 2024, segundo dados do Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing). A entidade aponta o aumento dos custos das contratações como o principal motivo por trás do impacto negativo no setor. “O primeiro impacto no segmento de contact center será o corte de despesas para buscar equilíbrio financeiro. Como 80% dos custos estão relacionados à folha de pagamento, estima-se uma redução de até 7% nos quadros de funcionários no país , alerta Luis Crem, presidente do Sintelmark. Atualmente, o setor

No curto, médio e longo prazos, o setor prevê uma diminuição na oferta de empregos e uma intensificação nos processos de automação e incorporação de inteligência artificial. “Certamente ocorrerá desemprego, pois, além das reduções de postos de trabalho a curto prazo, o aumento dos custos incentivará as empresas a acelerar a adoção de tecnologias para automação de atendimento, incluindo inteligência artificial”, comenta Crem.

Os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam um saldo positivo na criação de empregos, com mais de 13 mil novos postos de trabalho gerados nos últimos cinco anos, dos quais 1.356 foram criados apenas em 2024 (em janeiro e fevereiro) em todo o país. Este setor, que emprega 70% de mulheres e negros, destaca-se também por sua política de contratação inclusiva, abrangendo jovens em seu primeiro emprego e membros da comunidade LGBTQIA+.

Menos 1 milhão de empregos em 17 setores

Em um cálculo mais amplo, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) projeta um corte de 10% dos 9,7 milhões de funcionários dos 17 segmentos desonerados. Além do setor de telemarketing, também fazem parte do grupo as indústrias têxtil, máquinas e equipamentos, proteína animal e de calçados.

A medida, que seria válida até 2027, é adotada desde 2011 e substitui a contribuição previdenciária patronal de 20%, incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Na prática, a desoneração reduz a carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas desses 17 setores, considerados os que mais empregam no país.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até 2027 foi aprovada pelo Legislativo em outubro do ano passado, mas foi vetada integralmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva menos de um mês depois. Em dezembro, o Congresso derrubou o veto de Lula, com votos de 60 senadores (contra 13) e 378 deputados (versus 78).

A pedido do Planalto, o ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu os trechos da lei aprovada pelo Congresso Nacional que prorrogava a desoneração para 17 setores da economia e para municípios até 2027. Atualmente, o julgamento do caso está temporariamente interrompido devido a um pedido de vista do ministro Luiz Fux. Até o momento, cinco ministros da Corte votaram a favor da posição do governo, opostos à desoneração.

Deu no R7

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Show em que Lula pediu votos para Boulos teve recurso via Lei Rouanet e apoio da Petrobras

Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O evento do dia 1º de Maio deste ano, em que Luiz Inácio Lula da Silva pediu voto ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), foi custeado em parte com recursos da Lei Rouanet. A produtora responsável pelo evento captou R$ 250 mil por meio da lei de incentivo à cultura, segundo dados do Sistema de Acesso às Leis de Incentivo à Cultura (Salic). Trata-se de dinheiro de um doador privado, mas que é depois abatido dos impostos devidos por quem doou. A produtora responsável pelo show é a Veredas Gestão Cultural, sediada no Rio de Janeiro.

Ao cadastrar o projeto na Lei Rouanet, a produtora foi autorizada a levantar até R$ 6,3 milhões. Mas só um “incentivador” topou financiar o 1º de Maio – uma faculdade privada de medicina sediada em Campinas (SP), a São Leopoldo Mandic.

Durante o evento, Lula pediu votos abertamente para Boulos. “(Boulos) está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Então ele está enfrentando três adversários e, por isso, eu quero dizer para vocês, ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse.

A transmissão foi feita pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e estava inclusive no canal oficial da empresa no YouTube, de onde foi depois removida. No entanto, a transmissão ainda está disponível no canal de Lula.

Lula chegou a reclamar da baixa adesão do público – só a frente do palco estava ocupada, e mesmo assim por pessoas ligadas às centrais sindicais. “Ele (Márcio Macedo) é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: ‘Oh Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão (de pessoas), mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente”, disse.

Além da Lei Rouanet, o festival também teve patrocínio da Petrobras e do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria). A reportagem do Estadão procurou a Petrobras e o Sesi para comentários, mas ainda não houve resposta.

Ao jornal digital Poder360, a Petrobras confirmou ter patrocinado o evento, por meio do programa Petrobras Cultural. Disse ainda que o patrocínio cumpriu todos os requisitos jurídicos necessários.

“Com o patrocínio, a Petrobras busca reforçar sua imagem como apoiadora da cultura brasileira”, disse a estatal.

Já o Sesi disse ao Poder360 que “não apoia eventos políticos partidários” “O Conselho Nacional do Sesi não apoia eventos políticos partidários. O evento que o Conselho do Sesi apoiou foi o Ato do 1º de Maio unificado das centrais sindicais do país. Evento destinado a celebrar a luta e a organização dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse a organização do Sistema S, em nota.

Deu no Estadão Conteúdo

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Avança na Câmara PEC que prevê mandato para ministro do STF e esvazia TSE

Sede do STF, em Brasília.
Foto: Marcello Casal Jr/ ABr

 

Ganha força na Câmara dos Deputados a proposta de emenda constitucional (PEC) que reforma o Judiciário. A PEC, de autoria do deputado Luiz Philippe de Orleans Bragança (PL-SP), já conta com mais de cem assinaturas. São necessárias 171 para protocolo. O texto propõe mudanças em todas as esferas judiciais. No Supremo Tribunal Federal, há previsão de mandato de 10 anos para os ministros, sem recondução, escolhidos em lista tríplice e aprovados em voto aberto no Senado.

O Supremo, prevê o texto, será composto por cinco membros da Justiça Estadual, cinco da Justiça Federal e um da Justiça Militar.

Pela PEC, com dois terços da Câmara e Senado, decisão do STF pode ser anulada. A população poderá propor impeachment de ministro.

Outra mudança diz respeito a foro privilegiado. Ao Supremo caberia apenas julgar o presidente da República, ninguém mais.

A “Autoridade Nacional Eleitoral”, autarquia subordinada ao Congresso Nacional, assumiria função do TSE na gestão das eleições.

Deu no Diário do Poder

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Whatsapp deixa de funcionar em 35 modelos de celulares; veja a lista

Whatsapp deixará de funcionar em 35 modelos de celulares; veja a lista 1
Foto: Reprodução

 

Desde 1º de maio, uma série de smartphones deixa de suportar o funcionamento do WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais populares em todo o mundo. A lista abrange uma variedade de modelos com o sistema operacional Android, incluindo marcas como Motorola, Lenovo, Huawei, Xiaomi, LG, Sony e Samsung, além de alguns iPhones.

Para os usuários desses dispositivos, é preciso providenciar um backup das mensagens para evitar a perda de dados ou considerar a migração para um modelo mais recente.

Quando o WhatsApp deixa de ser compatível com uma versão específica do sistema operacional, os usuários enfrentam a perda de benefícios essenciais, como atualizações, correções de segurança e suporte técnico, comprometendo a funcionalidade do aplicativo nos dispositivos afetados.

A Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, alega  que essa decisão visa aprimorar a segurança e a eficiência da ferramenta, exigindo adaptações às capacidades técnicas oferecidas apenas por dispositivos mais modernos.

Ao todo, 35 modelos serão afetados pela mudança. Entre eles estão alguns dispositivos Samsung, como Galaxy S4 Mini I9195 LTE, Galaxy Note 3 Neo LTE+, e Galaxy Grand; iPhones como iPhone 6S e iPhone SE; além de modelos da Motorola, Lenovo, Huawei, LG, e Sony, entre outros.

Eis a lista dos modelos:

Samsung
Galaxy S4 mini I9195 LTE, Galaxy Ace Plus, Galaxy Core, Galaxy Note 3 Neo LTE+, Galaxy Note 3 N9005 LTE, Galaxy S4 Zoom, Galaxy S4 Active, Galaxy S4 mini I9192 Duos, Galaxy S 19500, Galaxy Grand, Galaxy S3 Mini VE, Galaxy S4 mini I9190 e Galaxy Express 2.

iPhone
iPhone 6S, iPhone SE, iPhone 6S Plus, iPhone 5 e iPhone 6.

Motorola
Moto X e Moto G

Lenovo
Lenovo S890, Lenovo A858T, Lenovo 46600 e Lenovo P70.

Huawei
Ascend P6 S, Ascend G525, Huawei GX1s, Huawei C199 e Huawei Y625.

LG
Optimus 4X HD P880, Optimus L7, Optimus G Pro e Optimus G.

Sony
Xperia Z1 e Xperia E3.

Deu no TechMundo

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Política

Lula desrespeita lei eleitoral pedindo votos para Boulos em ato esvaziado do Dia do Trabalho

Foto: Paulo Pinto

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um ato esvaziado em celebração ao Dia do Trabalho em São Paulo organizado por centrais sindicais. Ao discursar no evento, ele desrespeitou a lei eleitoral ao pedir votos abertamente para o pré-candidato à prefeitura paulistana Guilherme Boulos (Psol). Lula pode ser multado, mas não está claro se Boulos pode sofrer punição.

Segundo a lei eleitoral, só é permitido pedir votos para um candidato a partir do início oficial da campanha eleitoral em 16 de agosto. O presidente pode receber uma multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. Não está claro se Lula decidiu assumir o risco ou se cometeu um erro.

O “Ato unificado pelo Dia do Trabalhador e da Trabalhadora” aconteceu na tarde desta quarta-feira (1º) na Neo Química Arena, o estádio do Corinthians. Políticos, ativistas e artistas se revezaram para animar o público até a chegada da estrela da tarde, o presidente Lula, que discursou por 20 minutos, a partir das 14h40.

O evento foi transmitido pela TV PT, mas com poucas imagens abertas, para não exibir quantas pessoas compareceram ao estádio de Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo. Era possível ver milhares de pessoas, mas também muitos espaços vazios.

O presidente da República disse que o público presente estava aquém do que ele esperava. Chamou o ato de “mal convocado” e revelou ter cobrado Márcio Macêdo, secretário que cuida dos movimentos sociais, por essa falha. Após dar a bronca no subordinado ao vivo, incluindo um “isso não vai ficar assim”, Lula contornou a saia justa dizendo “estou acostumado a falar com mil, com um milhão, mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente”.

Lula subiu ao palco de mãos dadas com o deputado federal e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, que é pré-candidato a prefeito da cidade neste ano, numa aliança entre Psol e PT.

Ignorando as leis eleitorais, Lula pediu voto para o futuro candidato sem fazer cerimônia. “Cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2002, em 2006 e em 2022 tem de votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, declarou.

Nunes e outros pré-candidatos vão à Justiça contra Lula e Boulos

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vai acionar a Justiça Eleitoral contra Lula e a companha de Boulos. O prefeito, assim como o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram convidados pelas centrais sindicais para o evento, mas recusaram.

Os pré-candidatos Kim Kataguiri (União) e Marina Helena (Novo) também anunciaram que entrarão na Justiça contra pedido de votos explícito de Lula a Boulos. Para Nunes, Lula age como se ainda estivesse em campanha contra Bolsonaro. Ele é pré-candidato à reeleição com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Parece que o presidente ainda está no palanque de 2022 [quando disputou a eleição contra Bolsonaro] e já pensando no palanque de 2026. Como presidente da República, tem uma atitude que claramente sabe que é um desrespeito à lei eleitoral. Não tem outra palavra a não ser lamentar”, disse Nunes a jornalistas sobre o discurso.

Relação com o Congresso

Lula também disse que a cobertura da imprensa dá “a impressão que há uma guerra entre o governo e o Congresso”. Ele disse que todos os projetos de lei que o governo enviou ao Congresso foram aprovados. Mas na verdade o governo tem enfrentado muita dificuldade em aprovar suas pautas.

Diversos vetos de Lula a projetos, como o do marco temporal para demarcação de terras indígenas e a desoneração da folha de pagamentos, foram derrubados pelos parlamentares. Os articuladores de Lula no Congresso estão enfrentando grande resistência, especialmente do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A fala de Lula também contemplou feitos que ele atribui ao seu governo, como inflação caindo, indústria crescendo e mais emprego com carteira assinada. “A preocupação que eu tinha era competir com meu primeiro e meu segundo mandatos. Mas nós vamos fazer um terceiro mandato melhor do que os outros dois”, disse o presidente, antes de elogiar o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros presentes.

Ao citar o ministro dos direitos humanos Silvio Almeida, Lula fez um comentário inusitado: “O Silvio é muito importante por ser filho do Barbosinha, que foi goleiro do nosso Corinthians nos anos 60”. Outros presentes no palco homenageados por Lula foram Alexandre Padilha, Luiz Marinho, Anielle Franco e Paulo Teixeira.

Antes da chegada do presidente, os oradores pertencentes a sindicatos ou movimentos sociais fizeram críticas ao governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e seus projetos de privatizações e também à política de juros de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Entre as falas, grupos de forró e samba fizeram apresentações, sempre com o petista histórico Eduardo Suplicy dançando no palco.

O evento segue no estádio do Corinthians com apresentações musicais de Dexter, Paula Lima, Bateria da Gaviões da Fiel, Afro-X, Ivo Meirelles e Sergio Loroza. Mas o público, que já era pequeno, deu uma bela debandada com suas bandeiras da CUT e demais centrais de trabalhadores após a fala de Lula. A hashtag #flopou ficou entre as mais buscadas no X (antigo Twitter) após o fim do discurso do presidente.

Reajuste da tabela do IR

Antes de iniciar sua fala, Lula sancionou já em cima do palco o reajuste da tabela do imposto de renda. O projeto, que havia sido aprovado pelo Congresso, amplia a isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824 por mês. O teto de isenção estava congelado em R$ 1.903,98 desde 2015. Em 2023, subiu para R$ 2.640.

De acordo com o governo, este ano a atualização da faixa de isenção do imposto de renda beneficiará 15,8 milhões de brasileiros. O Ministério da Fazenda calcula uma redução de R$ 3 bilhões em receitas.

Informações da Gazeta do Povo

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