Cassação de Moro é dada como certa por presidente do PL, mas Michelle não quer vaga

 

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda (18) que o senador Sergio Moro (União-PR) “não tem saída” do processo de cassação do mandato que responde no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) em duas ações do próprio PL e do PT.

Moro é alvo de uma ação por abuso de poder econômico na campanha eleitoral do ano passado, em que concorreu ao Senado após ter indicado inicialmente que iria concorrer à presidência pelo Podemos. A Procuradoria-Geral Eleitoral comprovou uma disparidade que extrapolou o limite de gastos previsto para a campanha no estado.

“Sim, sem dúvida, não desejo o mal para ele, mas não tem saída”, disse Costa Neto ao G1.

A cassação de Moro, se confirmada, vai abrir uma vaga ao Paraná no Senado, que deve ter um substituto eleito em uma eleição suplementar em princípio junto da eleição municipal de 2024. A vaga deve ser disputada por vários políticos do estado, e se chegou a avaliar a possibilidade de lançar a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ao cargo.

No entanto, Valdemar Costa Neto afirma que Michelle não pretende disputar a vaga. “Haveria tempo para transferir, [o domicílio eleitoral para o Paraná], mas ela não quer”, afirmou.

Michelle Bolsonaro esteve em Curitiba no último sábado (16) junto do ex-presidente para participar de eventos na Assembleia Legislativa do estado e do PL Mulher. Ela foi ovacionada e saudada aos gritos de “senadora”, mas não deixou claro se poderia concorrer à vaga.

“Eu, senadora? Daqui?”. Ela sorriu e disse que o partido estará bem representado no Paraná, sem dar maiores detalhes.

Informações de bastidores apontam que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também deve se candidatar à vaga se for confirmada a cassação de Moro. Em meados de junho, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, chamou Gleisi de “futura senadora” em uma foto no X (antigo Twitter), gerando uma reação imediata de Moro.

Na época, o senador classificou a fala de Janja como uma “falta de respeito aos 1,9 milhão de eleitores paranaenses que me escolheram para o Senado e igualmente à Justiça eleitoral”.

Informações da Gazeta do Povo

 

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