Renato Cariani se pronuncia após operação da PF

 

O influenciador fitness Renato Cariani se pronunciou, na tarde desta terça-feira (12), após investigação sobre supostos crimes de tráfico de drogas e desvios de materiais químicos. Ele foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão, assim como sócios de uma empresa da qual ele também faz parte. Segundo ele, as investigações transcorrem em segredo e não há detalhes.

Em um vídeo postado em seu perfil no Instagram, onde tem 7,3 milhões de seguidores, Cariani ressaltou que todos os sócios também foram alvos. Ele ficou que a empresa em que tem parte societária existe desde 1981 e é administrada por uma mulher de 71 anos, a quem ele definiu como “uma grande gestora”. O nome da empresa não foi confirmado por Renato Cariani.

“É uma empresa de 1981, empresa linda, minha sócia com 71 anos e ainda é a grande gestora. Ela tem sede própria, todas as licenças e trabalha totalmente regulada. Para mim, minha sócia e para as demais pessoas foi uma surpresa”, disse o influenciador. “Logo que eu tiver acesso, eu divido com vocês o que realmente foi”, finalizou o vídeo.

Investigação

A Polícia Federal, o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal deflagraram uma Operação na mira de uma organização criminosa que desviou 12 toneladas de produtos químicos para produção de drogas – cocaína e crack. Entre os alvos da ofensiva está o influenciador fitness Renato Cariani. Agentes vasculharam a casa dele, assim como a empresa da qual ele é sócio.

Batizada Hinsberg, a ofensiva cumprem 18 ordens de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O inquérito apura supostos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, o nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina – principal insumo químico desviado no esquema.

Os investigadores apontam que o esquema de desvio de produtos químicos envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo.

O grupo sob suspeita fazia vendas fictícias para multinacionais – as quais eram vítimas da fraude, figurando como compradoras dos produtos – e usava ‘laranjas’ para depósitos em espécie, como se fossem funcionários das grandes empresas.

A Polícia Federal identificou 60 operações dissimuladas, totalizando o desvio de cerca de 12 toneladas de produtos químicos: fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.

De acordo com a corporação, tal montante dos produtos químicos desviados corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

Ainda segundo o inquérito, os envolvidos no esquema usavam diferentes métodos para dissimular a origem ilícita dos valores recebidos, como ‘laranjas’ e empresas de fachada.

Deu na Tribuna do Norte

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