Lula dispensa lista tríplice e compra briga com associação na escolha do novo chefe da PGR

 

A seis meses do término do mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem insistido em seu discurso abitrário de não seguir a lista tríplice na escolha do próximo procurador-geral, puxando a corda que tem na outra ponta a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Por trás dessa decisão, estão críticas de Lula à Lava Jato.

A lista tríplice é adotada em todos os Ministérios Públicos e tradicional na escolha do chefe do MPF a partir de 2003, no primeiro governo Lula.

A cada fala de Lula e integrantes do governo contra a lista, a ANPR tem reforçado sua posição por meio da divulgação de comunicados à imprensa. Na última quarta-feira (22/3), por exemplo, a nota da associação dizia o seguinte:

“Ao tratar a definição do PGR como uma escolha pessoal, o presidente da República abre mão da transparência necessária ao processo e se desvincula da preocupação com a autonomia da instituição e com a independência do PGR”.

A entidade tenta marcar uma reunião com o presidente Lula antes da elaboração da lista, que deverá ser concluída em junho, após votação interna. A ideia é defender o modelo, sem ainda ter a definição dos nomes. No entanto, ainda não há sinalização de agendamento por parte do Palácio do Planalto.

Fonte: Metrópoles

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