Creches orientam pais a não chamarem filhas de ‘princesas’ e ‘bonitas’

 

A Bright Horizons, que comanda a gestão de creches e pré-escolas no Reino Unido, emitiu um manual de “boas práticas” direcionado aos pais de alunas matriculadas em sua rede de ensino. No texto, é dito que as famílias devem evitar chamar sua filhas de “bonitas” e “princesas”.

— É tão fácil cair no padrão de elogiar a aparência de uma menina (“Você está tão bonita!”), rotulando seu comportamento como ‘bom’ ou parabenizando-a quando ela faz algo perfeitamente — afirma um trecho do documento, defendendo a tese de que esse tipo de elogia reforça o “padrão machista” da sociedade.

Ao invés de proferirem comentários como esse, a instituição alerta que os pais devem fazer uma “reflexão” sobre como estão criando suas filhas, procurando elogios alternativos e recomendando o fim de “referências baseadas em gênero”.

Frases como “mocinhas não se comportam dessa maneira” também são citadas como um mau exemplo de tratamento para as garotas matriculadas nas unidades da Bright Horizons, que ainda recomenda a utilização de “livros, brinquedos e decorações que não estejam de acordo com os papéis específicos de gênero”.

Em entrevista ao jornal britânico The Express, uma mãe que recebeu o manual por e-mail manifestou indignação com as orientações e acusou a entidade de “ditar aos pais suas próprias opiniões políticas sobre como criar os filhos”, o que, na visão dela, é algo repudiável.

— Eles obviamente têm opiniões muito esquerdistas em termos de política de gênero e acham que têm o direito de dizer aos pais como se dirigir às filhas e o que ensinar a elas sobre seus corpos — afirmou um outro pai em declaração ao jornal Express.

À Fow News Digital, um porta-voz da Bright Horizons esclareceu que o guia, na verdade, é uma ferramenta de “conselhos” que pode ajudar os pais a criar filhas para se tornarem “líderes confiantes” e salientou que “é uma escolha pessoal de cada pai sobre quando, onde e de quem buscam orientação”.

A Bright Horizons é uma prestadora de cuidados infantis com sede nos Estados Unidos, fundada em 1986. Desde então, o grupo expandiu sua atuação para outros países, como Reino Unido e Canadá, e hoje conta com mais de 700 centros educacionais.

A informação é da revista Oeste.

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