PTB e Patriota aprovam fusão e criam novo partido: “Mais Brasil”

Palácio do Planalto, com Congresso Nacional ao fundo | Foto: Pedro França/Agência Senado

 

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota (Patri) aprovaram nesta quarta-feira, 26, a fusão das siglas para formação de uma nova legenda. A legenda recém-criada vai se chamar “Mais Brasil” e apresentará o número 25 nas urnas.

Dos quase 200 filiados do PTB que participaram da decisão, apenas um votou contra a fusão. Já na reunião do Patriota, a votação foi unânime pela formação da nova sigla. A decisão foi confirmada em uma convenção nacional realizada em Brasília.

Segundo informações da CNN, o Patriota fez algumas exigências para aceitar a fusão. O partido, que vai ter o maior número de parlamentares, pediu como garantia que Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, sua filha Cristiane Brasil e Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, integrem a nova legenda.

Interlocutores do PTB informaram que a permanência de Roberto Jefferson, atualmente em prisão preventiva por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não foi abordada na convenção nacional.

De acordo com Moraes, em diversas ocasiões Jefferson descumpriu as medidas cautelares impostas pela Justiça durante o cumprimento da prisão domiciliar. “Ele recebeu visitas, passou orientações aos dirigentes do PTB, concedeu entrevistas ao canal Jovem Pan, compartilhou notícias fraudulentas”, entre outros pontos elencados pelo magistrado.

“Diante do exposto, em face do reiterado desrespeito às medidas restritivas estabelecidas, restabeleço a prisão de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, a ser efetivada pela Polícia Federal”, decidiu Moraes. “Ele deve ser recolhido, imediatamente, ao estabelecimento prisional.” O ministro ainda ordenou a busca e apreensão na casa de Jefferson.

A proposta de criação do “Mais Brasil” foi acertada logo depois do primeiro turno das eleições deste ano. De acordo com reportagem da CNN, ambos os partidos constataram que, sozinhos, não superariam a chamada cláusula de barreira — norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado porcentual de votos.

Informações da CNN Brasil

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