MP pede que PF investigue adega que vende vinhos a R$ 22: “Mesmo número do candidato Bolsonaro”, diz o promotor

Trecho de vídeo em que dono de adega oferta vinhos a R$ 22 | Foto: Reprodução

 

O promotor Haroldo Caetano, do Ministério Público Eleitoral de Goiás, pediu à Polícia Federal (PF) que investigue a loja Empório Sete por vender 10 marcas diferentes de vinho por R$ 22, “mesmo número do candidato Bolsonaro”. Nas redes sociais, Haroldo tem postagens críticas ao governo Bolsonaro. Em uma delas, postou uma foto do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) ao lado do presidente Jair Bolsonaro e falou em “ascensão do fascismo ao poder”.

Caetano viu suposta anormalidade na promoção da empresa, sobretudo por ir até 29 de outubro, um dia antes do segundo turno. “O preço das bebidas é incomum e baixo”, argumentou o promotor, em pedido protocolado na terça-feira 18.

A peça solicitou a apuração dos rótulos dos vinhos, com análise das notas fiscais de compras pela empresa para apurar “materialização da vantagem indevida oferecida ao eleitorado, em face do preço incomum e baixo”.

De acordo com o promotor, a empresa, se confirmado o delito, pode ser enquadrada no artigo 299 da Lei Eleitoral: “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. Em caso de condenação, a pena prevista para esse crime é de reclusão por até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa.

Ontem, a empresa mudou os preços dos produtos, que agora custam R$ 21.

Deu na Oeste

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