Operação tapa-buracos deverá durar até o fim do ano em Natal

 

A operação tapa-buracos foi estabelecida para sanar os problemas causados pelas fortes chuvas do mês de julho e deve durar até o fim de 2022. Nos primeiros 20 dias, cerca de 6 mil metros quadrados de vias foram pavimentadas. A meta é pavimentar 500 metros quadrados por dia até o fim do ano. Nesse processo são feitos remendos com recortes de áreas regulares, conserto de camada de base do pavimento, nivelamento de tampas e eliminação de defeitos crônicos (problemas causados por fatores recorrentes, como acúmulo de água da chuva).

Em paralelo a essa operação acontece a manutenção dos problemas de afundamento, ou seja, buracos profundos ocasionados por danos a rede de drenagem. As quatros zonas da cidade estão sendo contempladas e o serviço foi realizado em cerca de 200 pontos críticos. A expectativa é ampliar esse número para atender a todos os problemas na infraestrutura de pavimentação e drenagem da cidade.

A Avenida Felizardo Moura, que dá acesso ao bairro de Igapó, foi um dos trechos que recebeu a operação. Ao longo da via, os buracos que dificultavam o tráfego foram tapados. Mesmo assim, a avenida irá receber uma obra de requalificação, que ainda não tem prazo para início. Conforme divulgado pela Prefeitura de Natal, o orçamento é de R$ 43 milhões e o conjunto de intervenções abrange pavimentação, drenagem e alargamento da via. Além disso, deve ser readequado, também, o viaduto da Urbana. Ao todo, a obra se estende do viaduto até a ponte de Igapó. Prazo para conclusão é de um ano e meio.

De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) são investidos cerca de R$ 8 milhões de reais em ruas e avenidas nas quatro regiões da capital potiguar. Entretanto, trabalhadores ainda reclamam do buracos que persistem em algumas avenidas, além de dizer que a operação não é efetiva a longo prazo, visto que o trabalho precisa ser refeito em pouco tempo. De acordo com eles, os problemas se estendem há anos e não serão resolvidos com  a operação.

Marcelo Nascimento, é motorista de aplicativo. Vindo de São Paulo, ele já percebe a diferença entre as duas capitais em temos de estrutura e pavimentação. Ele conta que os bairros da Zona Norte são os que mais sofrem com os buracos. “Um dos maiores lugares onde você vai achar buraco é na Zona Norte.  Ali na Avenida Moema Tinoco, Rua Boa Sorte, Avenida Itapetinga, ruas que cruzam vias de acesso”, pontua. Ainda de acordo com ele, os buracos refletem no seu bolso, pois precisa, constantemente, resolver problemas no carro. “Para você ter uma ideia, esse carro meu aqui, eu fiz a suspensão tem um mês. No final de semana passado, eu tive que colocar amortecedores e fazer as bandejas de novo”, conta.

O motorista diz que ‘cai’ em cerca de 15 buracos por dia. Sua jornada de trabalho chega a ser de 12h. “Então, me perguntam: ‘Você cai em quantos buracos por dia?’ Ah, uns 15, 20, vamos colocar por baixo. É muita coisa e o carro não aguenta. O desgaste é muito grande”, aponta. “Ninguém joga o carro em um buraco porque quer. As vezes você está em um lugar que, se você desvia de um, cai em dois”, conclui. O relato de Marcelo se junta ao de Iranilson Firmino, que trabalha como entregador de gás na capital.

Firmino passa todos os dias pelas ruas esburacadas na Zona Norte de Natal. Ele diz enfrentar os mesmos problemas que Marcelo. Precisa fazer manutenções constantes em sua moto para continuar com as entregas. Além desse problema, ele afirma, também, que a operação só resolve por pouco tempo. “É ruim porque é muito buraco, aí fica complicado. Também interfere na manutenção da moto, eu gasto bastante. A gente fura muito pneu, empena o aro. É muito gasto mesmo”, declara.

O entregador estava em uma oficina de frente para a Avenida das Fronteiras, na Zona Norte de Natal. O trecho visitado contava com um buraco de grande proporção. Em maio, a avenida precisou ser completamente interditada por conta de uma cratera que se abriu devido a um vazamento em uma tubulação de água. Um motorista teve seu carro “engolido” por essa cratera no dia 16 de maio. Ao que pôde ser observado, a região ainda conta com outros buracos, que incomoda alguns moradores. De acordo com a Seinfra, a Avenida das Fronteiras não é de responsabilidade da pasta, mas sim do Departamento de Estradas e Rodagens.

Lentidão

Quem trafega pela Avenida Silvio Pedroza deverá enfrentar lentidão no trânsito nos próximos dias. Uma das faixas da via, no sentido Via Costeira, precisou ser bloqueada para a realização de uma obra no local. Segundo a Secretaria de Infraestrutura de Natal, a obra deverá durar até sexta-feira.

Por causa do bloqueio, só a faixa no sentido zona Norte da capital está liberada. Para trafegar pelo local, os motoristas precisam reduzir a velocidade para não provocar acidentes.

Agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) fazem o controle da via Enquanto motoristas seguem em um sentido, os outros aguardam, e depois é feita a troca. A intervenção foi promovida para uma obra de drenagem.

Deu na Tribuna do Norte

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