Notícias

Rio Grande do Norte entra no mercado de produção de vinhos

 

Após a conclusão de um vinícola, que está em andamento na zona rural de São José de Mipibu, na região metropolitana de Natal, o estado do Rio Grande do Norte deverá entrar para o mercado de produção de vinhos no início de 2024.

Os investimentos previstos são de cerca de R$ 15 milhões, para a fase inicial, e o empreendimento deverá gerar cerca de 50 empregos diretos, segundo a empresa responsável.

A ideia é que a vinícola vire uma atração turística, e além da produção de vinha, os visitantes possam ter a opção de ir em uma cafeteria ou ir até uma adega onde os visitantes poderão degustar as bebidas e conhecer o processo de produção.

Atualmente, o Rio Grande do Norte possui uma área de plantação de uvas da ordem de 20 hectares, mas a maior parte é voltada para o cultivo de uvas de mesa do tipo Vitória. Essa será a primeira produção com as variedades Malbec e Syrah.

De acordo com Franco Marinho, gestor de Fruticultura do Sebrae-RN, a expectativa é que a vinícola produza vinhos de alta qualidade, já que o estado tem um cenário bom para a produção de uvas. Além de ser positivo para economia, e isso por que as bebidas serão vendidas na própria vinícola e em lojas especializadas de vinho. Outro aspecto positivo é o turismo, que trará a novidade um turismo rural de experiências, com o vinho e café.

A vinícola em construção no RN tem investimento previsto de R$ 15 milhões e deverá produzir até 100 mil litros por ano.

Deu no Portal da 96

Gastronomia

Como harmonizar Vinho e Bacalhau para a celebração de Páscoa

 

Páscoa chegando e um dos principais pratos da celebração é o Bacalhau que harmoniza muito bem com vinhos de acordo com cada receita.

A Sommelière Érika Líbero dá dicas de como harmonizar vinho e Bacalhau.

Confira abaixo:

Bacalhau à Brás

A receita que leva batata palha frita, cebola, ovos, azeitona e salsa picada pede um vinho leve e com acidez. Um SAUVIGNON BLANC é uma ótima opção e o toque de aromas de ervas que possui no vinho vai elevar o nível da harmonização.

Bacalhau à Gomes de Sá

Lascas do bacalhau amaciadas no leite, ovo cozido e azeitonas. PINOT NOIR é a combinação perfeita.

Bacalhau à Lagareiro

O Bacalhau à Lagareiro é regado no azeite com cebola e batata. O destaque aqui vai para o alho cru. Aposte em um VINHO VERDE branco.

Bacalhau com Natas

A nata traz cremosidade ao prato e em algumas receitas pode vir com queijo gratinado. Um CHARDONNAY é uma ótima escolha. Se quiser deixar a harmonização ainda mais interessante, procure por um chardonnay com um pouco de passagem por barrica (até 6 meses).

Bacalhau à Zé do Pipo

O purê de batata traz estrutura para o prato. A sugestão aqui é um vinho tinto com a uva MERLOT.

Bolinho de Bacalhau ou Pastel de Bacalhau

Aqui um ESPUMANTE vai fazer o contraste entre a gordura do prato e o frescor do vinho. Procure por espumantes mais secos, como o brut, por exemplo.

 

Dica Extra:

O bacalhau costuma ser um prato mais salgado, por isso, prefira vinhos com mais acidez, como os brancos e rosés.

Saúde

Vinho refaz flora intestinal e ajuda o coração, descobre pesquisa

Imagem de capa para Vinho refaz flora intestinal e ajuda o coração, descobre pesquisa

 

 

Uma tacinha de vinho, tomada de forma moderada, refaz a flora intestinal e ajuda no funcionamento do coração. Foi o que descobriu uma pesquisa feita em duas etapas, utilizando vinho da uva merlot, no Brasil, na Áustria, nos Estados Unidos e na Itália com homens cuja média de idade era 60 anos.

O consumo de forma correta contribui para remodelar em poucas semanas a microbiota intestinal cuja função nas doenças cardiovasculares é cada vez mais reconhecido pela ciência.

Os pesquisadores destacam a necessidade de obedecer o termo “consumo moderado”, uma vez que o excesso de álcool – maior do que 30 gramas por dia de álcool contido nas bebidas – está associado a aumentos na mortalidade por cânceres, acidentes e mortes violentas.

 

Estratégia de pesquisa

A pesquisa usou a estratégia conhecida como “cruzada”, ou seja, cada um dos participantes, todos homens, com idade média de 60 anos, passando por duas situações.

Na primeira etapa, por três semanas, os homens consumiam diariamente 250 mililitros de vinho tinto (com 12,75% de concentração alcoólica) e, pelo mesmo período, abstinham-se de álcool.

Em ambas as intervenções, houve  pausa de duas semanas no consumo de determinadas substâncias para que seus traços sejam totalmente eliminados do organismo.

Análise

Para melhor análise, os homens submetidos à pesquisa se abstiveram de bebidas alcoólicas, alimentos fermentados (iogurte, kombucha, lecitina de soja, kefir e chucrute, por exemplo), prebióticos (incluindo insulina), probióticos, fibras e derivados do leite.

Outra estratégia para afastar eventuais fatores de confusão foi submeter todos os participantes a uma dieta controlada e sem outros componentes presentes no vinho – por exemplo, polifenóis, presentes em chás, no morango e no suco de uva.

A cada intervenção, a microbiota intestinal foi analisada por uma tecnologia que permite a identificação genética das espécies de bactérias presentes.

Foram analisados ainda os metabólitos presentes no plasma (metaboloma plasmático), como resultado da metabolização de compostos químicos e alimentos. Um dos metabólitos de interesse dos pesquisadores é o chamado TMAO (N-óxido de trimetilamina), que é secretado por microrganismos da flora a partir de alimentos ricos em proteínas e tem sido associado ao desenvolvimento de doença ateroesclerótica.

Impactos no organismo 

A microbiota intestinal dos participantes sofreu uma remodelação significativa após o período de consumo do vinho, com predominância dos gêneros Parasutterella, Ruminococcaceae, Bacteroides e Prevotella, todos microrganismos fundamentais no funcionamento normal do organismo, que os cientistas chamam de homeostase humana.

Também foram observadas mudanças significativas na metabolômica plasmática, consistentes com a melhoria da homeostase. É esse processo que garante o equilíbrio das moléculas oxidantes e antioxidantes, evitando o chamado “estresse oxidativo”, que induz doenças como a arterosclerose – inflamação nas artérias do coração.

Com esses resultados, os pesquisadores concluíram que a modulação da microbiota intestinal pode contribuir para os tão difundidos benefícios cardiovasculares do consumo moderado de vinho tinto.

 

Os resultados de um estudo científico demonstraram que o vinho reduziu em 12 por cento as chances de contrair o coronavírus Foto: Pexels

 

Deu no Diário da Saúde

Saúde

Consumo moderado de vinho remodela flora intestinal e beneficia coração, diz estudo

Pesquisa envolveu 42 pacientes com doença arterial coronariana
Pesquisa envolveu 42 pacientes com doença arterial coronariana  Foto: Ashley Byrd/Unplash

 

O consumo moderado de vinho tinto ajuda a remodelar em poucas semanas a microbiota intestinal, cujo papel nas doenças cardiovasculares é cada vez mais reconhecido pela ciência. É o que revela um estudo publicado no periódico The American Journal of Clinical Nutrition.

A pesquisa envolveu 42 pacientes com doença arterial coronariana. Intitulado “Wine Flora Study”, o trabalho contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Assinam o artigo pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp), de Verona (Itália), de Brasília (UnB), de Harvard (Estados Unidos) e do Instituto de Tecnologia Austríaco (Áustria).

Os cientistas usaram no ensaio clínico uma estratégia conhecida como cross over, ou seja, cada um dos participantes (homens com idade média de 60 anos) passou por duas intervenções: durante três semanas, consumiam diariamente 250 mililitros de vinho tinto (com 12,75% de concentração alcoólica e produzido com uva merlot pelo Instituto Brasileiro do Vinho especialmente para o estudo) e, pelo mesmo período, abstinham-se de álcool.

Ambas as intervenções foram precedidas por um washout de duas semanas (pausa no consumo de determinadas substâncias para que seus traços sejam totalmente eliminados do organismo), sem consumo de bebidas alcoólicas, alimentos fermentados (iogurte, kombucha, lecitina de soja, kefir e chucrute, por exemplo), prebióticos (incluindo insulina), probióticos, fibras e derivados do leite.

“Nesse tipo de trabalho, cada pessoa é o controle de si mesmo e, com isso, eliminamos fatores de confusão”, explica Protásio Lemos da Luz, professor do Instituto do Coração (InCor) da USP que estuda os efeitos do vinho tinto há mais de 20 anos e já demonstrou experimentalmente que o consumo por animais (coelhos), associado a uma dieta rica em colesterol, reduz a formação de placas ateroscleróticas.

Outra estratégia para afastar eventuais fatores de confusão foi submeter todos os participantes a uma dieta controlada e sem outros componentes presentes no vinho – por exemplo, polifenóis também encontrados nos chás, no morango e no suco de uva.

A cada intervenção, a microbiota intestinal foi analisada por sequenciamento de alto rendimento 16S rRNA, tecnologia que permite a identificação genética de espécies de bactérias pelo gene 16S, que está presente em todas.

Também foram analisados os metabólitos presentes no plasma (metaboloma plasmático), como resultado da metabolização de compostos químicos e alimentos, por meio da técnica LC-MS/MS, que separa os compostos em um sistema de cromatografia líquida e depois os analisa em um espectrômetro de massas.

Um dos metabólitos de interesse dos pesquisadores é o chamado TMAO (N-óxido de trimetilamina), que é secretado por microrganismos da flora a partir de alimentos ricos em proteínas e tem sido associado ao desenvolvimento de doença ateroesclerótica.

O que mudou

Os pesquisadores observaram que a microbiota intestinal sofreu remodelação significativa após o período de consumo da bebida – com predominância dos gêneros Parasutterella, Ruminococcaceae, Bacteroides e Prevotella. Tais microrganismos são fundamentais na homeostase humana, ou seja, no funcionamento normal do organismo.

Também foram observadas mudanças significativas na metabolômica plasmática, consistentes com a melhoria da homeostase redox. É esse processo que garante o equilíbrio das moléculas oxidantes e antioxidantes, evitando o chamado “estresse oxidativo”, que induz doenças como a aterosclerose.

Com esses resultados, os pesquisadores concluíram que a modulação da microbiota intestinal pode contribuir para os supostos benefícios cardiovasculares do consumo moderado de vinho tinto.

“Quando o assunto é aterosclerose, temos basicamente duas vias de tratamento: uma é usar estatinas, medicamentos que diminuem os eventos cardiovasculares, e a outra é modificar o estilo de vida, praticando exercícios, evitando o tabagismo, cuidando de fatores de risco, como hipertensão, e controlando a dieta – e isso inclui o consumo moderado de vinho”, diz da Luz.

“Mostramos que uma intervenção habitual [usada por várias populações, como as da Espanha, França, Itália, de Portugal e do sul do Brasil] pode interferir na flora intestinal e na metabolômica plasmática, explicando em parte os efeitos benéficos do vinho observados em estudos ao longo dos anos. No entanto, alertamos que o consumo excessivo de álcool, isto é, maior do que 30 gramas [no caso do vinho, 250 ml] por dia, é maléfico e está associado a aumentos na mortalidade por cânceres, acidentes e mortes violentas.”

O pesquisador informa ainda que, no caso do metabólito TMAO, cujos efeitos na saúde ainda precisam ser mais bem investigados, as análises indicaram que os níveis plasmáticos não foram diferentes durante o consumo e a abstenção de vinho.

“Considerando outros estudos recentemente publicados, que identificam o aumento da substância como marcador de eventos cardiovasculares em longo prazo, nossa interpretação é que o período de três semanas é muito curto para que uma modificação significativa pudesse ocorrer”, conclui da Luz.

 

10 motivos para beber vinho com mais frequência

Deu na CNN

 

 

 

Notícias

Organização internacional alerta que pode faltar vinho em 2022

 

Após uma considerável alta no consumo de vinhos em 2020 e 2021, há um “risco iminente” de escassez de vinho no mundo todo. Sim! Você não leu errado! O mundo pode ficar sem vinho. O alerta é da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), maior entidade do setor.

 

De acordo com a organização, o motivo é o mau tempo, que impactou a produção em países como Itália, Espanha e França. Nos países da União Europeia, a queda no volume produzido deve ser de 13% em relação ao ano passado. Segundo a associação, a produção da bebida em 2021 foi uma das mais baixas de toda a história.

 

Além disso, a OIV estima que as vendas de vinho voltarão aos mesmo níveis de antes da pandemia e faltará bebida para atender aos restaurantes e consumidores em 2022. “Os vinicultores que sobreviveram à pandemia em 2020 agora estão enfrentando um problema muito maior: as alterações climáticas”, disse Pau Roca, diretor-geral da OIV, Pau Roca, segundo uma reportagem da agência Reuters.

“E não há vacina” para a mudança do clima, acrescentou Roca. “Existem soluções de longo prazo que exigirão grandes esforços em termos de práticas sustentáveis de cultivo da vinha e produção de vinho”, finalizou.

 

Metrópoles

Gastronomia

Conheça o Ice Wine : o vinho do gelo

 

Os Ice Wines são vinhos produzidos a partir de uvas congeladas no próprio vinhedo, considerados até uma verdadeira obra-prima da vitivinicultura. A partir dessa matéria prima congelada, são separadas as partes solidificadas pela baixa temperatura que é a maior parte do conteúdo do bago “a água“ restando um líquido com um elevado teor residual de açúcar natural da uva.

Apresenta rendimento baixíssimo, só para você ter uma idéia, uma videira produz praticamente somente matéria prima para fazer apenas uma garrafa desse néctar magnifico, e das pequenas de 375 ml. Por isso tem o valor mais elevado. Com isso, há uma enorme concentração de aromas e sabores que deixa qualquer enófilo extasiado, pois ele apresenta uma doçura característica, é refrescante, e equilibrado por uma acidez elevada. Ele harmoniza muito bem com sobremesas como crème brûlée, pudim de leite, mousse, bolo de nozes ou amêndoas e há os que o consomem após a refeição no lugar da própria sobremesa. Uma delícia !

Esses vinhos são muito produzidos no Canadá, Austria, Hungria, Moldava, Eslovenia, no norte da Espanha e em diversas regiões vínicas que podem sofrer por essa condição climáticas. No hemisfério Norte essa colheita pode acontecer até após o Ano Novo.

 

Exemplar de Ice Wine produzido em Laguardia        ( Espanha ) com a casta Viúra Foto : Divulgação

 

Existe uma história ou “lenda” sobre como o primeiro Ice Wine pode ter surgido na Alemanha (1794) de forma acidental. Um dono de um vinhedo por algum motivo no período da colheita estava viajando, portanto as uvas não foram colhidas na época do que era tradicional serem colhidas, e quando esse senhor retornou as suas vinhas apresentavam-se congeladas, e ao ver isso decidiu colher-las e processa-las mesmo assim, o resultado foi um néctar com uma doçura elevada e com aromas e sabores muito complexos e agradáveis.

Na atualidade o Canadá é líder mundial na produção dessas delicatéssen vínica. Eu visitei no Canadá, na região de Ontário, uma cidade chamada Niagara On Lake onde há uma escola de enologia e que nos arredores produzem magníficos Ice Wines, o interessante é que produzem de diversas uvas diferentes, vinhos monocastas e também blends. As principais uvas produzidas para esses vinhos são Cabernet Franc, Merlot, Gewürztraminer, Riesling, Grüner Veltliner, Chenin Blanc, Vidal Blanc e a escolha delas, tem haver com boa adaptação dessas castas a regiões de climas extremas de frios.

Alguns produtores também congelam artificialmente suas uvas, esse processo é chamado de crioextração, isso é permitido em alguns países onde não se tem esses extremos de temperatura fria e não possuem regulamentos para sua produção.

Informações da Dayane Casal