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Revista escolhe deputada trans para especial pelo Dia da Mulher

 

A revista Ela, do jornal O Globo, escolheu a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para ser capa do especial pelo Dia Internacional da Mulher e recebeu muitas críticas nas redes sociais.

Hilton é uma mulher trans e, para a publicação, defendeu que todas as mulheres – até mesmo as não biológicas – sofrem os mesmos problemas.

– Todas são afetadas pelo ódio, pelo não direito de ocupar espaços dignos. E isso é o que nos une. Devíamos ter clareza disso e deixar as diferenças de lado – disse ela.

Nos comentários do Instagram, muitas pessoas discordaram que uma pessoa trans seja homenageada e ganhe destaque no mês que busca lutar pelos direitos das mulheres biológicas.

Muitos foram irônicos com a data e comentaram “8 de macho”, um trocadilho com o Dia Internacional da Mulher, que é celebrado em 8 de março.

Muitas mulheres escreveram ainda que os espaços femininos estão sendo ocupados por homens biológicos, atrasando assim a luta das mulheres por direitos iguais.

Deu no Pleno News

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Deputados aprovam projeto que veta trans em competições esportivas femininas no RN

 

A Assembleia Legislativa aprovou, na manhã desta terça-feira (12), um projeto de lei de autoria do deputado Coronel Azevedo (PL) que estabelece o sexo biológico como único critério para definição do gênero dos atletas em competições esportivas oficiais no Rio Grande do Norte. A matéria teve bate-boca entre parlamentares, mas foi aprovada por maioria.

Pelo projeto, fica vedada a participação de transexuais em equipes que correspondam ao sexo oposto ao do nascimento. Além da proibição, a matéria determina multa de 10 salários mínimos, por atleta, para cada federação, entidade ou clube que descumprir o que rege o projeto.

“A propositura tem o objetivo de proteger as mulheres, vedando a participação de atletas biologicamente do sexo masculino em competições esportivas voltadas para pessoas do sexo feminino. Já vimos em algumas oportunidades até lutas de boxe, onde as competidoras que nasceram homens acabam com as lutas em poucos segundos, trazendo riscos às competidoras. É um doping natural, já que os corpos de quem nasceu homem possuem muito mais testosterona”, disse Coronel Azevedo.

Agora, o projeto seguirá para a sanção do Poder Executivo.

Deu na Tribuna do Norte

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Vereadora de Natal quer proibir participação de crianças em eventos LGBTQIA+

 

Um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Natal pretende proibir a participação de crianças em eventos como Paradas LGBTQIAPN+ na capital potiguar. A iniciativa do projeto é da vereadora Camila Araújo (União Brasil), que protocolou a matéria no dia 9 de novembro.

De acordo com o texto proposto, a participação de crianças de até 12 anos ficaria proibida em paradas ou eventos similares “que exponham a criança a ambiente de erotização precoce, nos termos do artigo 227 da Constituição Federal e dos artigos 4º e 5º da Lei Federal nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”.

Ainda segundo o texto, as crianças não poderão participar de movimentos realizados por entidades públicas ou privadas “que sob o argumento da conscientização da população para a causa, termina por expor às crianças qualquer tipo de nudez total ou parcial ou ambiente e condutas propícias a erotização infantil”, diz o projeto.

Sanções
O documento ainda prevê sanções, como advertência nos casos da primeira infração e multas que podem variar de cinco a 20 salários mínimos em caso de reincidência.

Nos casos em que o descumprimento for promovido por ente público, a previsão é de abertura de procedimento administrativo para apurar a conduta do gestor responsável pela realização do evento.

O texto não, fala, porém, quem seria responsável pela fiscalização dos eventos.

Vereadora afirma que projeto não tem viés ideológico
Na justificativa do projeto de lei, enviada ao presidente da Câmara e demais vereadores, Camila Araújo afirmou que o projeto de lei “não guarda qualquer laço com atitude de preconceito ou de viés ideológico” e visa resguardar os direitos da criança previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Nesse aspecto, não é de difícil constatação que nos eventos realizados com a denominação de paradas LGBTQIAPN+ é comum serem verificadas cenas de nudez (ou seminudez) dos participantes dos eventos, ou ainda, cenas que remetam a prática do ato sexual, se configurando em flagrante erotização”, disse a parlamentar.

“Em que pese os eventos se revestirem, segundo os organizadores, de cunho de conscientização da população para a causa, ao não se exigir uma faixa etária mínima para a participação e acesso ao conteúdo, termina por expor às crianças a essas cenas de nudez total ou parcial ou ambiente e condutas propícias a erotização infantil”, declarou.

Com informações do G1

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Boxeadora desiste de luta após saber que rival era trans

 

A boxeadora Katia Bissonnette, de Saguenay, no Canadá, desistiu de lutar o Campeonato Provincial Golden Glove de 2023 ao saber que enfrentaria a atleta trans Mya Walmsley.

Segundo a esportista, a informação sobre a identidade de gênero de sua rival foi informada apenas uma hora antes da luta começar, em Victoriaville, Quebec.

Por sua ausência, Walmsley foi declarada vencedora, já que a organização da competição não conseguiu encontrar a tempo uma lutadora em sua posição na mesma categoria de peso.

– As mulheres não deveriam ter de arcar com os riscos físicos e psicológicos trazidos pelas decisões de um homem em relação à sua vida pessoal e identidade – comentou Bissonnette, em entrevista ao site Reduxx.

A lutadora declarou também que deveriam ter apenas duas categorias, homem e mulher, todas elas focada no sexo biológico dos lutadores, não na identidade de gênero.

– Deveria haver duas categorias: homem biológico e mulher.

De acordo com o DailyMail, a lutadora que desistiu da competição citou um estudo da Universidade de Utah sobre a força do homem contra a mulher. A pesquisa em questão diz que os homens podem socar 163% mais fortes do que as mulheres.

A Boxing Canadá tem uma regra de não divulgar a identidade de um lutador trans se ele passou pela transição de gênero antes da puberdade, pois há estudos que dizem que a força masculina, nesses casos, fica menor por conta do uso de bloqueadores hormonais.

A lutadora trans, Walmsley, nasceu na Austrália e não disputou nenhuma luta contra mulheres até o momento, tão pouco tem informações sobre com qual idade ela passou pela transição de gênero. Por isso, Bissonnette resolveu não lutar.

Em nota, Walmsley reclamou da decisão tomada por sua rival e apontou preconceito.

– Esse tipo de comportamento coloca os atletas em risco de serem excluídos ou de receberem ataques pessoais com base em boatos. Temo que esse tipo de acusação possa eventualmente ser usado para deslegitimar atletas da categoria feminina e justificar regulamentações arbitrárias e invasivas – disse.

O Comitê Olímpico Internacional decidiu anteriormente que mulheres trans poderiam competir em categorias femininas se reduzissem sua testosterona a um determinado nível.

Walmsley, porém, disse que não fez esses testes e ainda criticou a obrigação, dizendo que os testes são “arbitrários e invasivos”.

Informações da EFE

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Assembleia do RN aprova projeto de lei que cria cota para trans em empresas contratadas pelo poder público

 

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou um projeto de lei nesta terça-feira (10) que cria uma cota para travestis e transexuais em empresas privadas contratadas pelo poder do Estado. Agora, a proposta segue para análise da governadora Fátima Bezerra (PT).

De acordo com a lei, todas as empresas que receberem incentivos fiscais, sejam contratadas ou tenham convênio com órgãos públicos deverão contratar pelo menos 5% de pessoas trans ou travestis. A proposta foi da deputada estadual Eudiane Macedo (PV).

Pelo projeto, a regra deverá valer durante todo o período em que houver concessão dos incentivos fiscais ou o período em que for vigorar o contrato ou convênio com o Poder Público e será aplicada a todos os cargos oferecidos.

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Trans vence concurso de Miss Portugal e representará país no Miss Universo

Mulher trans vence concurso de Miss Portugal e representará país no Miss Universo; VEJA VÍDEO

 

Marina Machete foi a primeira transexual a participar do concurso de Miss Portugal e também a pioneira por vencer e conquistar a coroa. Machete representará o país no concurso Miss Universo 2023, que será realizado em novembro, em El Salvador.

O evento terá outra miss trans, Rikkie Valerie Kolle, representante dos Países Baixos (Holanda). Antes delas, houve a precursora transexual Angela Ponce, Miss Espanha, que participou do Miss Universo em 2018, sem passar às finais.

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Magistrado diz que Lei Maria da Penha não deve contemplar trans

 

O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Francisco José Galvão Bruno, declarou que pessoas trans não podem recorrer à Lei Maria da Penha, pois “transexual não é mulher”. A fala ocorreu nesta terça-feira (22), em evento do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

– Com todo respeito com homossexuais, transexuais, agora… Transexual não é mulher. Isso é uma humilhação pra mulher, dizer que o transexual tem que receber a Lei Maria da Penha. É um absurdo. (…) A lei diz “mulher”. A mulher tá definida pela ciência há muito tempo. Quando não se sabia escrever, já se sabia a diferença de homem e de mulher. (…) Hoje eles querem mudar isso – disse o desembargador.

Na ocasião, Francisco era um dos palestrantes do evento. Presidente da seção de Direito Criminal do TJSP, ele ainda citou o caso do vereador transexual Thammy Miranda (PL), dizendo que ele não poderia ser réu via Lei Maria da Penha.

– Dizer que transexual tem que receber a Lei Maria da Penha é um absurdo. A transexual famosa, filha da Gretchen, ela pode ser réu também, então? É lógico que não – acrescentou.

– Não é agradável você levar puxão de orelha, como eu levei, porque disse que mulher e homens são de sexos diferentes. Sinto muito se choquei, desagradei, ofendi alguém, não foi a minha intenção, tenho o maior respeito por todas as diversidades – completou, ainda durante o evento.

As falas do desembargador divergem do entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, em 2022, que a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em casos de mulheres transexuais.

Deu no Pleno News

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Trans quebra recorde feminino de levantamento de peso

Mulher trans levanta mais de 200kg e bate recorde feminino

 

Uma mulher trans bateu o recorde de uma competição feminina de levantamento de peso do Canadá. Anne Andres, homem biológico, levantou 387 quilos, incríveis 200 quilos a mais que a segunda colocada.

Em entrevista a Talk TV, April Hutchinso, levantadora de peso, se colocou contra a participação de mulheres trans no esporte e considerou injusta a vitória de Anna.

– Meu namorado poderia basicamente entrar amanhã, identificar-se como mulher, competir e, no dia seguinte, voltar a ser homem. Nenhuma prova, nenhuma identificação necessária, basicamente falando sobre como você se sente naquele dia ou qualquer gênero que você queira. É completamente injusto. São corpos que praticam esportes, não identidades. Lembre-se, corpos são biologia, não identidades – disse a atleta.

Agora, Hutchinson lidera um movimento de mulheres levantadoras de peso que pretendem proibir que transexuais participem de competições femininas.

Enquanto o assunto movimenta os bastidores da modalidade, Anna debochou da questão, como mostra o jornal New York Post.

– Por que o supino feminino é tão ruim? Quero dizer, não comparado a mim. Todos nós sabemos que sou uma aberração travesti, então isso não conta. E não, não estamos falando de Mackenzie Lee. Ela tem bracinhos de T-Rex e, aparentemente, pesa 180 quilos de músculo peitoral. Quero dizer, banco padrão em competições de powerlifting para mulheres. Eu literalmente não entendo porque é tão ruim – disse a vencedora, rindo do baixo resultado das atletas.

Deu no Pleno News

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Federação de Xadrez decide vetar trans em torneios femininos

 

Uma decisão da Federação Internacional de Xadrez (Fide) sobre a participação de competidoras transgênero, em seus torneios, tem gerado grande repercussão. Na última segunda-feira (14), a entidade publicou uma regulamentação proibindo mulheres trans de competirem em eventos exclusivamente femininos.

No documento, a entidade reconhece que tem recebido com frequência pedidos de inscrição de enxadristas que se identificam como transgênero e que outras políticas devem ser desenvolvidas no futuro dentro da modalidade.

Na normativa, a Fide estabelece que o pedido de alteração de gênero para enxadristas já cadastrados deve ser acompanhado de provas em conformidade com as leis do país de origem, como certidão de nascimento, passaporte ou outros documentos de identificação. Na sequência, porém, aparecem algumas restrições que são os verdadeiros alvos de polêmica.

– Caso o gênero tenha sido alterado de masculino para feminino, o jogador não tem direito de participar de eventos oficiais da Fide para mulheres antes de uma nova decisão da entidade – aponta um dos trechos, que estabelece o prazo de até dois anos para uma resposta sobre a elegibilidade da competidora.

A regulamentação também estabelece que “se um jogador possuir qualquer um dos títulos femininos, mas o gênero for alterado para masculino, os títulos femininos devem ser abolidos”. Porém, se a redesignação for do gênero masculino para o feminino, os troféus permanecem válidos.

Entidades e personalidades do mundo do xadrez e dos direitos LGBTQIA+ questionam a decisão e falam que a medida descrimina mulheres trans e cisgênero, dado que se trata de uma modalidade que se ampara exclusivamente na capacidade intelectual dos competidores.

– A política da Fide para transgêneros é ridícula e perigosa. É óbvio que eles não consultaram nenhum enxadrista transgênero para construir essa regulamentação. Também é uma hora sinistra que isso apareça apenas quando o xadrez está finalmente avaliando agressão e assédio sexual na modalidade, destacando as ligações entre misoginia e transfobia. Eu recomendo veementemente que a Fide reverta a decisão e comece do zero com melhores consultores – afirmou Jennifer Shahade, bicampeã de xadrez nos EUA e reconhecida enxadrista internacional.

Nos holofotes do mundo do xadrez nos últimos meses, Hans Niemann e Magnus Carlsen não se manifestaram sobre o tema nas redes sociais.

– Não há vantagem física no xadrez, a menos que você acredite que os homens são inerentemente mais capazes de jogar do que as mulheres. Passei minha carreira no xadrez ouvindo que o cérebro das mulheres era menor que o dos homens e nem deveríamos estar jogando. Essa proibição é ridícula e ofensiva para as mulheres – escreveu Angela Eagle, membro do parlamento britânico e campeã de um torneio nacional de xadrez na juventude.

Até o próximo dia 24, a Fide celebra na capital azerbaijana, Baku, a Copa do Mundo de xadrez. No torneio, computadores também puderam se inscrever.

Fonte:PlenoNews

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Polêmica: Maioria do STF derruba decisão de Barroso sobre prisão de pessoas trans

 

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta segunda-feira (14) para derrubar uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso que dava a travestis e transexuais com identidade de gênero feminina a opção de cumprir pena em presídio feminino ou em ala reservada do masculino.

Para a maioria dos ministros, deve prevalecer uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que regulamenta os procedimentos para a prisão de pessoas autodeclaradas LGBTI.

Essa resolução prevê que juízes devem definir, de forma fundamentada, o local de prisão dessas pessoas, após questionarem em qual estabelecimento preferem ser detidas.

Segundo o CNJ, os juízes devem perguntar às pessoas transexuais se preferem custódia em unidade feminina, masculina ou específica, se houver, e, ainda, se preferem detenção no convívio geral ou em alas específicas.

Já a quem é gay, lésbica, bissexual ou travesti, o juiz deve perguntar se tem preferência no convívio geral ou em alas ou celas específicas.

Em 2019, Barroso havia determinado que mulheres transexuais fossem transferidas para presídios femininos.

Em 2021, ele ajustou os termos da sua decisão, e determinou que travestis e transexuais com identidade de gênero feminina tenham “o direito de opção por cumprir pena: (i) em estabelecimento prisional feminino; ou (ii) em estabelecimento prisional masculino, porém em área reservada, que garanta a sua segurança”.

Barroso pôs a sua determinação para avaliação do plenário virtual da corte, no qual os 11 ministros depositam seus votos. O julgamento se encerra às 23h59 desta segunda, mas até lá os ministros ainda podem mudar os seus votos.

O ministro Ricardo Lewandowski, já aposentado, abriu a divergência contra a decisão de Barroso.

Ele argumentou que o CNJ regulamentou em 2020 e 2021 as “diretrizes e procedimentos a serem observados pelo Poder Judiciário, no âmbito criminal, com relação ao tratamento da população lésbica, gay, bissexual, transexual, travesti ou intersexo que seja custodiada, acusada, ré, condenada, privada de liberdade, em cumprimento de alternativas penais ou monitorada eletronicamente”.

Essa resolução prevê que “em caso de prisão da pessoa autodeclarada parte da população LGBTI, o local de privação de liberdade será definido pelo magistrado em decisão fundamentada”.

“A decisão que determinar o local de privação de liberdade será proferida após questionamento da preferência da pessoa presa (…) o qual poderá se dar em qualquer momento do processo penal ou execução da pena, assegurada, ainda, a possibilidade de alteração do local”, afirma o texto.

A resolução ainda aponta que “a alocação da pessoa autodeclarada parte da população LGBTI em estabelecimento prisional, determinada pela autoridade judicial após escuta à pessoa interessada, não poderá resultar na perda de quaisquer direitos relacionados à execução penal em relação às demais pessoas custodiadas no mesmo estabelecimento”.

Os direitos listados na decisão são de trabalho, estudo, atenção à saúde, alimentação, assistência material, assistência social, assistência religiosa, condições da cela, banho de sol e visitação, entre outros.

Votaram a favor do entendimento de Lewandowski os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Gilmar Mendes e André Mendonça.

Por outro lado, votaram para manter a decisão de Barroso os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber e Edson Fachin.

A ação que resultou na determinação de Barroso foi proposta ALGBT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Deu na Folha de São Paulo