Política

Lula chama Teto de Gastos de estupidez em discurso de posse: “Vamos revogar”

 

Em seu discurso de posse no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvadefendeu a revogação da regra constitucional que limita os gastos do governo.

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar”, defendeu no Congresso Nacional na tarde deste domingo (1º).
“Vamos recompor os orçamentos da Saúde para garantir a assistência básica, a Farmácia Popular, promover o acesso à medicina especializada. Vamos recompor os orçamentos da Educação, investir em mais universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na ampliação das creches e no ensino público em tempo integral. Este é o investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país”.

O presidente pondera, na sequência, que o modelo proposto não desconsidera a responsabilidade fiscal.

Notícias

Em ‘ajudinha’ a Lula, Gilmar Mendes manda retirar Bolsa Família do teto de gastos

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou na noite deste domingo (18) que os benefícios sociais sejam excluídos do teto de gastos em 2023. De acordo com a decisão, os recursos para o aumento do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) deverão ser obtidos pela abertura de um crédito extraordinário por meio de medida provisória (MP).

Essa decisão de Gilmar Mendes interfere diretamente no andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro e representa uma vitória para Lula (PT), que trava uma queda de braço com o Congresso Nacional para a aprovação da medida.

A PEC do Estouro, defendida pelo futuro governo petista, provoca um aumento das despesas públicas na ordem de R$ 200 bilhões com a justifica de cumprir promessas de campanha. A partir de agora, com essa decisão em caráter liminar proferida pelo ministro do STF, Lula e seus aliados ficam menos dependentes da aprovação da PEC no Legislativo.

“Reputo juridicamente possível que eventual dispêndio adicional de recursos com o objetivo de custear as despesas referentes à manutenção, no exercício de 2023, do programa Auxílio Brasil (ou eventual programa social que o suceda) pode ser viabilizado pela via da abertura de crédito extraordinário, devendo ser ressaltado que tais despesas não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos no teto constitucional de gastos”, diz o despacho.

Notícias

Futuro Ministro da Fazenda, Haddad defende acabar com o teto de gastos

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante o anúncio de sua nomeação para o cargo pelo presidente eleito, Lula (PT), em Brasília - 09/12/2022 | Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

 

Depois de atacar o teto de gastos, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), dobrou a aposta e defendeu substituir o mecanismo de austeridade fiscal. “Todo mundo sabia que era uma saída precária, não era sustentável”, disse, em entrevista à GloboNews, na quarta-feira 14.

No lugar do mecanismo, Haddad quer pôr uma “nova âncora fiscal” no começo do ano, a ser feita por lei complementar, e prometeu ainda “destravar” as Parcerias Público-Privadas como meio de fazer investimentos. O petista vai apresentar a proposta no início do ano que vem.

Haddad negou que acabar com o teto de gastos seja um “rompimento com a responsabilidade fiscal”. “De maneira nenhuma”, garantiu o petista. “Significa mostrar para o país que é possível um desenho mais confiável de longo prazo. É bom e sustentável e traz a trajetória para o patamar correto”.

Ainda na entrevista, Haddad apoiou a existência de um “Estado forte” que pague todas contas. “Têm formas mais adequadas para compatibilizar responsabilidade fiscal e responsabilidade social, até porque eu considero a responsabilidade fiscal parte da responsabilidade social”, disse.

Deu na Oeste

Política

Governo Lula apresenta PEC da Transição com R$ 200 bilhões fora do Teto de gastos

 

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin(PSB) foi ao Senado Federal no início da noite desta quarta-feira, 16, para apresentar uma sugestão de texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa manter o pagamento do maior programa de distribuição de renda do país, o Auxílio Brasil – que voltará a se chamar Bolsa Família – em R$ 600, além do pagamento de R$ 150 adicionais caso os pais tenham filhos de até seis anos de idade. Apelidada de PEC da Transição pelo relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a proposta inicial prevê que o benefício social estará fora do teto de gastos à partir do próximo ano por tempo indeterminado. Com isso, o custo da continuidade do pagamento do auxílio, bem como o valor adicional, foi projetado em R$ 175 bilhões. Além do Bolsa Família fora do teto, a proposta deve permitir a destinação de R$ 22 bilhões de excesso de arrecadação para investimentos. Ou seja, se aprovada pelo Congresso Nacional, a emenda à Constituição irá permitir um furo de R$ 197 bilhões.

Notícias

Torrando dinheiro: Promessas de Lula e manutenção de programas devem exigir R$ 119 bilhões extras

Promessas de Lula e manutenção de programas devem exigir R$ 119 bilhões extras

 

Para cumprir as principais promessas de campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e incluir programas na área da Saúde e Educação que ficaram de fora da previsão orçamentária para 2023, a equipe de transição precisa garantir uma licença para gastar de pelo menos R$ 119 bilhões. No cálculo entra o auxílio de R$ 600 com o adicional por crianças de até 6 anos, correção do salário mínimo, abatimentos no Imposto de Renda e recursos para os programas Farmácia Popular e Auxílio Merenda.

No planejamento do novo governo, além das promessas de campanha e previsão para bancar programas já existentes, o Orçamento precisará ser reajustado para garantir que obras e serviços não sejam interrompidos. A ideia é aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com os recursos extras, intitulada PEC da Transição. Os articuladores não sugerem, por enquanto, cobrir todo o rombo orçamentário, mas pedir uma licença para gastar que pode chegar a R$ 200 bilhões.

Fora da proposta orçamentária para o próximo ano, manter o auxílio de R$ 600 a mais de 21 milhões de famílias vai custar R$ 52 bilhões pelos cálculos do Tesouro Nacional. Ao acrescentar R$ 150 por filho de até 6 anos, o custo adicional é R$ 18 bilhões, conforme cálculos do relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Cobrir essas despesas é prioridade número um da equipe de transição e já há ambiente propício para aprovar esses itens. Mas a conta não para aí. A correção do salário mínimo acima da inflação é outro item que deve fazer parte da PEC da Transição.

Para bancar a alta real entre 1,3% e 1,4% em 2023, que leva em conta a inflação mais a variação média do PIB dos últimos cinco anos, o aumento nos gastos obrigatórios subiria aproximadamente R$ 6,5 bilhões, segundo cálculos do Instituto Nacional de Orçamento Público (Inop), que oferece suporte orçamentário a parlamentares.

O foco na Saúde e Educação também exigirá novos recursos. Segundo parlamentares petistas que articulam o incremento ao Orçamento, programas fundamentais ficaram de fora das previsões e serão contemplados. “Esperamos atender minimamente a saúde. Para atingir o mínimo constitucional, faltam R$ 15 bilhões, o que inclui o Farmácia Popular”, completou Verri.

Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) destacou a inclusão de recursos, além do Farmácia Popular, para o Auxílio Merenda. “Nós só estamos propondo soluções emergenciais de manter o pagamento daquilo que o governo atual já estava pagando e que não previu a continuidade”, disse o senador.

A estimativa é de adicionar mais R$ 5,5 bilhões para Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), considerando o reajuste pleiteado desde 2017 pela área educacional. O Congresso aprovou o incremento, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta.

Há, ainda, a discussão de ampliar a isenção do Imposto de Renda para pessoas com salários de até R$ 5 mil, mais uma promessa de campanha de Lula. Com o abatimento, o Governo Federal deixaria de arrecadar R$ 21,5 bilhões, considerando apenas a correção da faixa de isenção, calculou o Sindifisco Nacional.

Como a receita está no cálculo da proposta orçamentária para 2023, incluir o abatimento exige a liberação de mais créditos e, por isso, deve ficar de fora da PEC, mas pode ser incorporada no primeiro ano do mandato de Lula.

“Não dá tempo para Imposto de Renda. Faltam 40 dias para encerrar o ano legislativo, estamos discutindo o que é extremamente urgente”, disse o deputado Verri, destacando que não há brechas nas previsões, e sim déficit. A fala foi reforçada pelo relator do Orçamento, que esteve reunido com a equipe de transição na quinta-feira (3).

O vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), informou que vai se reunir com Lula na próxima segunda-feira (7) para bater o martelo sobre as prioridades. No dia seguinte, terça-feira (8), Alckmin volta a se encontrar com o relator para trabalhar no texto da PEC. A apresentação da minuta do texto já é esperada para a própria terça.

Informações do R7.

Economia

Governo quer iniciar em setembro discussões para flexibilizar o teto de gastos

 

O teto de gastos foi criado no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior. Uma revisão deste modelo tem sido estudada pela equipe econômica do Governo Federal nos últimos meses.

O secretário do Tesouro, Paulo Vale, disse nesta terça-feira, 30, que a proposta será debatida com especialistas e autoridades a partir do mês que vem, mas ainda não há data para a discussão chegar ao Congresso Nacional: “A gente está finalizando uma discussão interna dentro do Ministério da Economia, juntamente com a Secretaria de Política Econômica, que tem uma área fiscal também, e junto com a Secretaria de Orçamento Federal. Pretendemos, a partir de setembro, ter esses debates com vários segmentos da sociedade, seja a academia, seja o mercado financeiro, sejam outras instituições, como TCU e Banco Central. A ideia é ter essa discussão e a gente não tem prazo para mandar isso para o Congresso, certamente vai ser depois da eleição, e a gente vai trabalhando para ter um aperfeiçoamento desse modelo de regras fiscais”.

Segundo o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro, David Athayde, a ideia é que as despesas federais possam crescer acima da inflação se o endividamento federal estiver abaixo de determinado patamar ou em queda.

“Importante a gente reforçar a realidade da despesa, tornando ela mais perene e dando um pouco mais de flexibilidade se a dívida estiver em um momento melhor, um nível mais baixo, ou um nível cadente e mais favorável para poder permitir que o governo gaste um pouco mais”, declarou o subsecretário.

Especialistas ainda temem que uma mudança possa afetar o ajuste das contas públicas e comprometer a imagem do Brasil junto aos investidores. Já os defensores da revisão citam as dificuldades impostas pela medida em tempos de crise, como na pandemia.

Deu na Jovem Pan

Economia

“Teto de gastos acabou” diz ex-ministro Maílson da Nóbrega

 

O ministro da Economia Paulo Guedes defende  adotar a meta da dívida pública no lugar do teto de gastos. A regra constitucional está em vigor desde 2016. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, deste domingo, 14, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, falou sobre o tema. Segundo o ex-ministro, é necessário pensar em uma nova alternativa, já que o teto de gastos acabou. Entretanto, segundo ele, o teto de gastos não é a alternativa mais razoável. “O governo Bolsonaro desmoralizou e vez o teto, por uma vez por motivos justificáveis que foi para aumentar espaço para gastos sociais para enfrentar a pandemia, e depois desandou a mudar a constituição com objetivos eleitorais. O calote dos precatórios e agora a chamada PEC Kamikaze. O teto acabou. Em segundo lugar, você tem o Supremo propondo aumento de salários, o congresso indo junto. O cálculo é de que se todos os funcionários públicos tiverem um aumento semelhante ao do Supremo, e isso provavelmente acontecerá, serão mais R$ 40 bilhões. Aí acabou. Precisa pensar em nova alternativa. Esta que está sendo analisada pelo ministério da Economia, na minha opinião, não é a mais razoável”, disse Nóbrega.

Deu na Jovem Pan News
Economia

Secretário do Tesouro diz que “teto de gastos não acabou”

 

O secretário do Tesouro, Paulo Valle, disse que serão necessários ajustes no Orçamento durante o 1º semestre de 2022 para acomodar gastos essenciais e salientou: “O teto de gastos não acabou“.

 

“Ajustes de despesas que a dotação ficou a abaixo do que pedimos. Vamos ter que recompor. Deverá ter complementação de algumas despesas por projeto de lei“, explicou.

 

Valle foi nomeado ao cargo em outubro, depois que o seu antecessor, Jeferson Bittencourt, e outros 3 colegas pediram demissão diante de discórdias em torno da PEC dos Precatórios, que altera regras do teto de gastos.

 

Em entrevista ao Estadão, publicada nesta 2ª feira (27.dez.2021), Valle afirmou que “a defesa do equilíbrio fiscal está na essência do trabalho do Tesouro“. Defendeu que o país consiga demonstrar capacidade de manter o nível de endividamento sob controle.

 

Segundo Valle, o Brasil não vai chegar ao superávit primário em 2022, “mas estamos na direção“.

 

“Em 2021, teremos um déficit de 1%. A crítica maior que está tendo é mais em relação aos tipos de gastos, a qualidade, e não em relação ao montante. Quanto mais rápido voltarmos para o equilíbrio fiscal, melhor“, disse.

 

Poder360

Política

PEC dos precatórios será votado nesta quarta-feira, 27, diz Arthur Lira

Arthur Lira falou sobre teto de gastos e PEC dos Precatórios
Foto Divulgação

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Casa vai votar a PEC dos Precatórios nesta quarta-feira (27). Segundo ele, a discussão é essencial para resolver questões como o teto de gastos e a implementação do Auxílio Brasil, o novo programa social do governo federal.

“Temos algumas matérias importantes esta semana que precisam ser discutidas e votadas, entre elas a PEC dos Precatórios. O texto foi aprovado semana passada na Comissão, teve reunião hoje no colégio de líderes da base. Procurarei os líderes da oposição hoje à tarde para ter um sentimento a respeito do texto que saiu da Comissão. O texto todos conhecem, as incertezas até a aprovação vão continuar, as versões vão continuar”, afirmou.

Conforme Lira detalhou, o projeto vai a plenário depois de uma rodada de conversas do relator com partidos que “precisam de alguns esclarecimentos”. “Amanhã teremos um texto [da PEC dos Precatórios], aprovado ou não, para dar solução ao espaço discricionário do teto e à criação de um programa temporário. O assunto está posto, e vamos aferir amanhã se vai ter voto, se não vai ter voto. Eu espero que tenha”, declarou.

Sobre extrapolar o teto, ele lembrou que a solução para ter um programa como o Auxílio Brasil — o novo Bolsa Família — dentro dos limites de gastos vinha de um projeto que não avançou no Senado.

“Um programa permanente necessitava de uma fonte para ser criado este ano. E a fonte reside no Imposto de Renda, apoiado pela Câmara em um processo de construção amplo com muitas pressões. A gente costuma dizer que não há um texto ideal, por nenhuma das Casas, em nenhum momento. Todos os textos se apropriam de um momento para ser aprovados e podem ser melhorados por outra Casa ou pela mesma que aprovou. Mas ele era imperativo para que a gente mantivesse o respeito ao teto de gastos e para a criação de um programa permanente criado este ano dentro do teto. Mas não foi possível”, lamentou.

O presidente da Câmara ainda classificou como insensibilidade não criar um programa de transferência de renda para não furar o teto. “Se fecharmos os olhos para a inflação, problemas de energia, de combustíveis e não prestarmos atenção aos mais de 20 milhões de famílias passando fome, é uma insensibilidade. A vida como ela é. Já que não temos os meios ou as condições políticas do Senado para se debruçar sobre o Imposto de Renda, que era a fonte do programa permanente, o governo optou por um programa temporário que vai usar uma parte do teto e uma parte fora, simples.”

Polêmica do teto

A última semana foi marcada por  instabilidade econômica provocada por declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo iria extrapolar o teto de gastos públicos para criar o programa Auxílio Brasil. A sinalização desse movimento levou a pedidos de demissão na Pasta e boatos de uma possível saída de Guedes, que, na última sexta-feira (22), afirmou que fica no ministério.

Paulo Guedes avaliou que é preferível não ter a melhor política fiscal para conseguir melhorar a política social. Porém, até o ano passado, o economista era um grande crítico da possibilidade de descumprimento do equilíbrio fiscal. Em 2020, ele afirmou que “furar o teto de gastos para ganhar eleições é irresponsável com as futuras gerações”.

Economia

Com ameaças ao teto de gasto, empresas perdem R$ 284 bilhões em valor de mercado

O mercado financeiro amanheceu instável nesta sexta-feira, 22.

As empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira perderam R$ 284 bilhões em valor de mercado em três dias após o governo revelar que poderá furar o teto de gastos para aumentar o valor do novo Bolsa Família.

Na última segunda-feira (18), as ações na Bolsa valiam R$ 4,984 trilhões. Ao final do pregão desta quinta-feira (21), o valor caiu para R$ 4,700 trilhões, segundo dados levantados pela desenvolvedora de sistemas de análise financeira Economatica.

A estatal Petrobras perdeu R$ 24,15 bilhões no período, liderando a lista dos prejuízos, seguida pelas empresas Vale (-R$23,9 bi), Magazine Luiza (-R$ 12,3 bi), Rede D’Or (-R$ 8,1 bi) e Ambev (-R$ 7,55 bi).

Informações da Folhapress