Política

Rússia emite mandado de busca contra presidente ucraniano Volodymyr Zelensky

 

A Rússia emitiu um mandado de busca contra o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sem tornar pública a razão, de acordo com um anúncio neste sábado (4) no site do Ministério do Interior. O dirigente é procurado “ao abrigo de um artigo do código penal”, diz o breve texto, que não fornece mais detalhes sobre os fundamentos destas acusações.  Desde fevereiro de 2022, a Rússia promove uma ofensiva contra a Ucrânia, que apresenta como um combate contra um poder “nazista”. Zelensky é um alvo específico das autoridades russas. A lista de pessoas procuradas pela Rússia é muito extensa e inclui personalidades russas ou estrangeiras, especialmente ucranianos. Em fevereiro, o nome da primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, foi acrescentado juntamente com os de outros funcionários dos países bálticos. Para justificar esta decisão, o Kremlin invocou a visão oposta da história que a Rússia e esses Estados têm.

Deu na JP News

Guerra

Ex-militar brasileiro morre em bombardeio russo na Ucrânia

Foto: Reprodução/Instagram

A família de um brasileiro que havia se alistado para lutar na guerra da Ucrânia foi informada nesse sábado (02/07) que ele, que estava lutando desde março, foi morto em um bombardeio russo na região de Kharkiv.

Trata-se do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo (imagem em destaque), 40 anos, que serviu ao Exército brasileiro por quatro anos e viajou para a Europa, onde lutou ao lado dos militares ucranianos.

Ele postou registros do campo de batalha em sua conta no Instagram. Na última postagem, feita há duas semanas, falava de “aproveitar cada momento”.

A morte ainda não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mas foi informada ao portal G1 pelo pai do combatente, Pedro Elson Vieira Búrigo.

“Quase todo dia a gente se comunicava. Ele estava com o telefone, comprou um chip europeu e falava todo dia”, disse o pai. “Ele foi, a princípio, para serviço humanitário. A ideia dele era chegar lá e fazer serviço humanitário. Era o sonho dele ajudar, mas acho que depois deu errado e foi direto para a linha de frente, e o mais errado aconteceu”, completou.

Com informações de Metrópoles

Guerra

Guerra na Ucrânia “pode durar por anos”, afirma secretário da Otan

 

A guerra na Ucrânia pode durar anos, afirmou, neste domingo (19), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, cobrando apoio constante dos aliados dos ucranianos no momento em que as forças russas lutam por território no leste do país.

Stoltenberg declarou que fornecer armamentos de última geração às tropas ucranianas aumentaria as chances de liberar a região de Donbas, no leste, que está sob controle russo.

Após não conseguir tomar Kiev, capital ucraniana, no começo da guerra, as forças russas concentraram esforços na tentativa de completar o controle de Donbas, que já tinha partes nas mãos de separatistas apoiados pela Rússia antes da invasão de 24 de fevereiro.

“Precisamos nos preparar para o fato de que [a guerra] pode levar anos. Não podemos desistir de apoiar a Ucrânia”, frisou o secretário-geral. “Mesmo se os custos forem altos, não apenas em apoio militar, mas também na alta dos preços de energia e alimentos”, acrescentou.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que visitou Kiev na sexta (17) com uma proposta de treinamento às forças ucranianas, também reforçou no sábado que era importante que o Reino Unido desse apoio no longo prazo, alertando para o risco de haver “saturação da Ucrânia”, com o conflito se arrastando.

Em um artigo de opinião no jornal Sunday Times, de Londres, Johnson defendeu que isso significava garantir que “a Ucrânia receba armas, equipamentos, munição e treinamento mais rapidamente do que o invasor”.

Um dos principais objetivos da ofensiva de Moscou para tomar o controle da região de Luhansk – uma das duas províncias que compõem Donbas — é a cidade industrial de Sievierodonetsk. A Rússia afirmou neste domingo que o ataque na cidade estava avançando com sucesso.

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse à televisão ucraniana que os combates tornavam a retirada de pessoas da cidade impossível, mas que “todas as alegações da Rússia de que controlam a cidade são mentira. Eles controlam a principal parte da cidade, mas não toda a cidade”.

Mundo

Ucrânia rejeita ultimato de rendição em Mariupol; russos falam em “eliminar” resistência

 

As forças ucranianas vão continuar na defesa da cidade de Mariupol mesmo com o ultimato russo, disseram oficiais da cidade neste domingo (17).

Um conselheiro do prefeito de Mariupol respondeu aos comentários do Ministério da Defesa russo, que pediu aos soldados da cidade que se rendessem, dizendo que as forças ucranianas continuariam a lutar.

“Na noite de sábado, os invasores disseram que eles iriam formar um ‘corredor da rendição’ para as tropas restantes”, escreveu Petro Andriushchenko no Telegram. “Mas nossos defensores continuam a manter suas posições hoje”, concluiu.

Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia ameaçou com a “eliminação” dos soldados da resistência que ainda lutam ao confirmar que o ultimato foi ignorado.

Mariupol, uma cidade portuária estratégica no Mar de Azov, está no meio de um avanço russo para levar suas forças ao leste e sul da Ucrânia. Estimativas dão conta que 100 mil pessoas permanecem na cidade e em seus arredores — que estariam sob controle russo, com tropas ucranianas confinadas a pequenos bolsões de resistência.

Andriushchenko também afirmou que a luta contra os russos continua no local da siderúrgica Azovstal, um bastião das forças ucranianas em Mariupol.

“Apesar do desejo dos ocupantes de mostrar que o lugar das hostilidades se limita à usina siderúrgica Azovstal, isto não corresponde à realidade”, disse ele. “Ontem à noite houve lutas na rua Taganrog, que fica a cinco quilômetros de distância da Azovstal”.

Ele disse que “durante as lutas, os ocupantes saquearam casas residenciais particulares com artilharia pesada novamente. O bombardeio da área portuária também continuou”.

CNN não pôde confirmar imediatamente os combates em outro lugar em Mariupol.

Foto tirada por drone mostra destruição em prédio residencial de Mariupol, no sul da Ucrânia, em 14 de abril de 2022. / REUTERS

“Todos serão eliminados”

Em um comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia disse que os soldados ucranianos cercados na siderúrgica foram instados “a depor voluntariamente as armas e se render para salvar suas vidas”.

“No entanto, o regime nacionalista de Kiev, de acordo com a interceptação de rádio, proibiu negociações sobre a rendição”, afirmou o ministério.

O ministério também afirmou que, de acordo com soldados ucranianos que já haviam se rendido “há até 400 mercenários estrangeiros que se juntaram às forças ucranianas” presos na siderúrgica, incluindo, disse, europeus e canadenses.

“Em caso de maior resistência, todos eles serão eliminados”, disse.

O Ministério da Defesa afirmou que dezenas de instalações militares no leste da Ucrânia foram destruídas nos últimos ataques russos. Isso inclui depósitos de combustível e munição, disse o ministério, em torno de Severodonetsk, Kremmina e outras cidades nas regiões de Luhansk e Donetsk.

O ministério também alegou que o sistema de defesa aérea russo abateu 10 veículos aéreos não tripulados ucranianos na região de Donbass.

CNN Brasil

Mundo

Em meio a conflito, papa quebra protocolo e vai à Embaixada da Rússia

 

Com a tensão no Leste Europeu, o papa Francisco quebrou o protocolo e fez uma visita fora da agenda oficial à Embaixada da Rússia junto à Santa Sé, em Roma. Segundo informações do Vaticano, Francisco quis manifestar a sua preocupação com a guerra na Ucrânia. O religioso foi recebido pelo embaixador Alexander Avdeev.

 

O líder católico chegou em um veículo utilitário branco e permaneceu no prédio na Via della Conciliazione por mais de meia hora, como confirmou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni.

 

Nesta semana, antes da invasão russa à Ucrânia Francisco pediu paz. “Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo”, frisou.

 

Metrópoles

Política

Bolsonaro desautoriza Mourão sobre a Ucrânia

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) desautorizou ontem o vice Hamilton Mourão (PRTB) por ter se manifestado sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Mais cedo, Mourão disse que o Brasil respeita a soberania da Ucrânia. “Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete”, criticou o presidente em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

 

Bolsonaro disse, ainda, que “nas próximas horas” fará uma reunião para analisar a situação. “O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso, e eu vi a imagem, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela, é de competência nossa”, afirmou Bolsonaro.

 

Em conversa com jornalistas, na ontem Mourão negou que o Brasil não tenha tomado posição sobre o conflito. “O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, destacou o vice-presidente.

 

Ao longo do dia, porém, Bolsonaro evitou criticar a Rússia pelos ataques. Na transmissão ao vivo, ele disse que é “da paz” e destacou o diálogo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a quem visitou na semana passada.

 

“Nós somos da paz, nós queremos a paz. Viajamos para a Rússia, fizemos um contato excepcional com o presidente Putin, acertamos a questão de fertilizantes para o Brasil. Somos dependentes de fertilizantes da Rússia, Bielorrússia e grande parte desses países. O país mais importante do mundo se chama Brasil e eu sou presidente do Brasil”, disse.

 

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro visitou Putin em viagem oficial e provocou reação do governo dos Estados Unidos. Pela manhã, o Itamaraty divulgou nota pedindo a “suspensão imediata” das hostilidades. O presidente Bolsonaro ainda não se pronunciou.

 

“Se realmente essa invasão prosseguir da forma como está ocorrendo, vai haver um êxodo em massa dos ucranianos, uma nação de 40 milhões de habitantes, na direção da Europa Ocidental e vai ser um problemão aí”, disse Mourão.

Economia

Com petróleo acima de US$ 100, gasolina irá para R$ 8,00 o litro

Reprodução

 

Cálculos frenéticos – a quinta-feira em Brasília é de nervosismo, principalmente entre integrantes da equipe econômica, após a deflagração do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. Várias possibilidades de reflexos sobre a estabilidade financeira do Brasil estão sendo avaliadas com preocupação. A primeira delas é o impacto da escalada do preço do petróleo sobre a inflação.

 

Os primeiros cálculos dão conta de que o preço da gasolina pode dobrar, a depender da alta súbita do preço do petróleo no mercado internacional. Se for mantido, mesmo que por curto período, o patamar de US$ 100 o barril, a estimativa é que o litro da gasolina salte para perto de R$ 8,00 na bomba. Os cálculos acenderam as luzes de alerta no governo, que pode preparar medida para conter o preço de outro combustível com impacto direto sobre a inflação: o diesel.

 

A guerra no Leste Europeu ocorre no momento em que o Brasil tenta encontrar medida legislativa para amenizar o impacto das oscilações do preço do petróleo no mercado internacional sobre o valor final cobrado dos consumidores no país. A saída, no entanto, ainda não foi efetivada.

 

Nesta quinta-feira, foi divulgado o lucro da Petrobras em 2021. A empresa, saneada após longo período de perdas e envolvimento em escândalos de corrupção, anunciou um lucro de R$ 106 bilhões no ano passado.

 

Não há previsão de que a estatal adote qualquer mudança na sua política de preços, que permitiu o resultado favorável e garante à empresa condições de competir no cenário internacional. A Petrobras é presidida hoje pelo general Luna e Silva, indicação direta do presidente Bolsonaro, após longo desgaste do gestor anterior, Roberto Castello Branco, justamente envolvendo a questão do preço dos combustíveis.

 

Com informações de R7