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Paes diz que não autorizou datas do shows de Bruno Mars no Rio

Foto: Divulgação

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse que a prefeitura da capital fluminense não deu e não dará autorização para shows de Bruno Mars na semana das eleições. “Não é terra de ninguém”, declarou em seu perfil no X (ex-Twitter).

A produtora Live Nation vendeu ingressos para a apresentação marcada para 4 de outubro e informou um show extra em 5 de outubro, data do 1º turno das eleições municipais.

“É incrível a irresponsabilidade dessa Live Nation! Vou acionar a polícia e os órgãos de defesa do consumidor. Estão vendendo o que não podem entregar”, declarou Paes nesta 5ª feira (9.mai.2024). Ele afirmou que a prefeitura quer “muito” a presença do cantor norte-americano na cidade, mas que a produtora precisa “respeitar as regras da cidade”.

Na 4ª feira (8.mai), o prefeito já havia dito ser um “absurdo” a realização de um evento de grande porte no Rio às vésperas das eleições. Ele afirmou que espetáculos do tipo exigem grande mobilização da segurança pública. Segundo Paes, isso foi informado à produção na data em que o show foi anunciado na cidade. “Se os avisos dados não foram suficientes, que essa publicação sirva para não se imaginar que vai se criar uma situação irreversível”, disse. E ainda completou: “Fora desse período, será uma honra receber o artista Bruno Mars na cidade do Rio”.

A Live Nation disse que as vendas para o 2º show do cantor no Rio de Janeiro serão adiadas por causa da necessidade de alteração da data. A produtora afirmou também que trabalhará em estreita colaboração com o gabinete do prefeito para encontrar uma solução para os fãs. As vendas para as datas extras em São Paulo e Brasília continuam como anunciado.

Paes respondeu a publicação: “Estão começando a entender”. Ele afirmou que sua gestão no Rio tem respeito aos cidadãos e ao processo eleitoral, além de comando.

Deu no Poder360

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MPF pede cassação de governador do Rio de Janeiro, do vice e do presidente da Alerj

Foto: Agência Brasil

 

A Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal apresentou nesta segunda-feira (6) seu parecer final no processo que investiga possíveis desvios na Ceperj e na Uerj. O órgão pediu a cassação do governador Cláudio Castro (PL), seu vice, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil).

Segundo o documento, os envolvidos praticaram atos “ilícitos eleitorais de abuso de poder político, econômico e condutas vedadas (…), a fim de utilizar a máquina pública, à exclusiva disposição dos investigados, para obter vantagens financeiras ilícitas com recursos públicos e lograrem êxito na reeleição ao Governo do Estado, nas Eleições Gerais de 2022”.

Os procuradores concluíram que os recursos públicos desviados foram “indevidamente utilizados” para promover suas candidaturas.

“O estratagema, para além de violar as regras brasileiras da gestão pública, revelou-se, também, um arranjo estruturado para o cometimento das práticas de abuso de poder político e econômico, com inequívoca interferência sobre o processo eleitoral ocorrido, em 2022, que culminou, inclusive, na eleição dos primeiros investigados”.

Além dos três que ocupam a linha sucessória do Governo do Estado do Rio de Janeiro, também foram citados:

  • Áureo Ribeiro;
  • Max Lemos;
  • Leonardo Vieira Mendes;
  • Gutemberg de Paula Fonseca;
  • Bernardo Rossi;
  • e Marcos Venissius da Silva Barbosa

O MPF pede que todos os citados, com exceção de Thiago Pampolha, se tornem inelegíveis pelo período de 8 anos, a partir das eleições de 2022.

Desvios na Ceperj e Uerj

Em dezembro de 2022, a Procuradoria Eleitoral entrou com uma ação contra o governador Cláudio Castro (PL) e mais 11 pessoas por abuso de poder político e econômico através de desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Segundo os procuradores, na Ceperj os desvios aconteciam por meio de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos; e na Uerj, por projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente.

A Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares através do órgão a partir de agosto. Segundo o MP, funcionários sacaram mais de R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa.

A “folha de pagamento secreta”, como ficou conhecido o esquema, contava com 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil nomes na Uerj.

Para os procuradores eleitorais, há uma série de provas contra os acusados. Um dos trechos do parecer da procuradoria classifica a atuação dos citados como “escárnio”.

“O escárnio foi tamanho que os saques realizados em Campo dos Goytacazes/RJ, reduto eleitoral do 3º investigado, Rodrigo Bacellar, foi estratosférico, inclusive, a sua própria cunhada, a Sra. Barbara Lima, esposa de seu irmão e vereador Marcos Bacellar, na localidade de Campos dos Goytacazes/RJ, entre outros, que foram nomeados pela CEPERJ, sacaram mais de R$ 200 mil reais em “dinheiro vivo”, sem qualquer comprovação ou transparência das atividades exercidas”, dizia o documento.

Fonte: g1

Entretenimento, Lazer

Rio arrecadará R$ 10,2 mi a mais em impostos com show da Madonna

A Prefeitura do Rio estima que não perderá dinheiro com o investimento de R$ 10 milhões que fez para viabilizar o show da Madonna, neste sábado (4.mai.2024). A administração municipal espera compensar o gasto com o aumento de quase R$ 10,2 milhões na arrecadação de ISS (Impostos sobre Serviços) sobre atividades relacionadas ao turismo, entretenimento, transporte, hospedagem e alimentação.

Segundo a prefeitura, em maio de 2023, a cidade arrecadou R$ 50,8 milhões. Em 2024, são esperados R$ 60,9 milhões, um aumento de 20% na comparação anual. A justificativa para o cálculo otimista é que esses setores são bastante impactados por grandes eventos, como o show da Madonna.

O espetáculo será realizado na praia de Copacabana e são esperadas mais de 1,5 milhão de pessoas. O evento é patrocinado pelo Itaú Unibanco, que completa 100 anos em 2024. “Com base nessas estimativas e hipóteses, o investimento público para o show da Madonna, também pode ser retornado para a prefeitura, na mesma magnitude, com aumento da arrecadação de impostos”, disse a prefeitura em nota.

Também é esperada uma injeção de R$ 293,4 milhões na economia do Rio, de acordo com o estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Show da Madonna no Rio – 2024”, que considera gastos do público com alimentação, passagem aérea, transporte e hospedagem. O Governo do Estado do Rio de Janeiro investiu mais R$ 10 milhões no evento.

Deu no Poder360

Entretenimento, Música, Notícias

Show da Madonna movimenta R$ 400 mi; cachê é de R$ 17 mi

A cantora pop norte-americana Madonna, de 65 anos, se apresenta neste sábado (4.mai.2024) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O show será gratuito para o público, mas a artista embolsará R$ 17 milhões pela apresentação. A movimentação total, que inclui investimentos, giro na economia, patrocínios, transmissão e gastos com a infraestrutura, passa dos R$ 400 milhões.

Além do cachê milionário, o transporte de carga internacional saiu ainda mais caro. O valor para trazer os equipamentos necessários para o show de artista no Brasil foi estimado em R$ 20 milhões, segundo a Folha de S.Paulo.

A cantora chegou ao Brasil na 2ª feira (29.abr). Hospedada em uma das suítes mais caras do Copacabana Palace, a artista e sua equipe ocupam 90 dos 239 quartos do hotel. Os gastos estimados com hospedagem somam R$ 4,85 milhões.

O dinheiro destinado para a estrutura do evento não fica atrás. O show terá o maior palco já usado na “Celebration Tour”, que comemora os 40 anos de sua carreira. Serão 812 metros quadrados, com 24 metros de frente e pé direito de 18 metros, com valor estimado em R$ 1,6 milhão.

O valor destinado para os equipamentos de som e áudio é de R$ 1,5 milhão. Para a segurança, foram investidos R$ 580 mil. Outros R$ 877,8 mil foram gastos com ensaios e camarins. O valor total desembolsado por patrocinadores está na casa dos R$ 60 milhões, contando com a Prefeitura do Rio e o governo do Estado, que liberaram R$ 10 milhões cada um. Os outros R$ 40 milhões estão divididos entre as empresas Itaú e Heineken.

Madonna volta ao Brasil depois de 12 anos. A artista sobe ao palco às 21h45. No entanto, para quem quiser chegar cedo, a programação começará às 18h45, com o DJ Barata. Em seguida, terá a apresentação do convidado especial, o cantor Diplo, às 20h. O show será transmitido ao vivo na TV Globo, no Multishow e no Globoplay.

O evento deve atrair pelo menos 1,5 milhão de pessoas. Inicialmente a prefeitura estimou a presença de 1 milhão de pessoas, sendo 850 mil de cariocas e moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 120 mil turistas nacionais e 30.000 estrangeiros. Porém, depois a administração municipal superdimensionou a estimativa.  Segundo a Prefeitura do Rio, o show movimentará a economia carioca em R$ 293 milhões. O valor é 29 vezes maior do que os R$ 10 milhões investidos pela cidade no evento.

Deu no Poder360

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Bolsonaro convoca nova manifestação; veja

Bolsonaro defende anistia para presos do 8 de janeiro e diz que penas fogem da razoabilidade | Foto: Youtube/Pastor Silas Malafaia

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma nova manifestação, desta vez no Rio de Janeiro, no próximo dia 21 de abril, feriado nacional de Tiradentes. “Estou te convidando para uma grande manifestação no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana.

Estaremos dando continuidade ao que aconteceu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro. Estamos discutindo, levando informações para vocês, juntamente com autoridades e o pastor Silas Malafaia, sobre o nosso Estado Democrático de Direito e, também, falarmos sobre a maior fake news da história do Brasil, que está resumida hoje na minuta de golpe”, disse o ex-presidente. “Vamos lutar pela nossa democracia e nossa liberdade”, acrescentou.

Desta vez, o ex-presidente não fez nenhum pedido para que seus apoiadores se recusem a levar cartezes com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como fez quando convocou o ato na Avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro.

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Nove pessoas morrem depois de forte temporal que alaga vias e afeta metrô e ônibus; Rio entra em estado de emergência

 

Nove pessoas morreram durante as fortes chuvas que atingiram Zona Norte do Rio e a região Metropolitana entre este sábado (13) e domingo (14), informaram os bombeiros na tarde deste domingo.

Uma mulher seguia desaparecida em Belford Roxo e uma criança em São João de Meriti por volta das 14h35.

O temporal alagou vias e afetou a operação de linhas de ônibus e do metrô no Grande Rio. O Hospital Ronaldo Gazolla, na capital, teve o subsolo inundado e ficou sem energia. Alguns concursos e provas marcados para este domingo foram cancelados.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou situação de emergência na capital por volta das 15h. O Centro de Operações Rio informou que a cidade entrou em estágio operacional número 4 — o segundo mais alto na escala de riscos. Em Niterói, o alerta é máximo.

A Defesa Civil registrou mais de 30 bolsões d’água nas vias principais da cidade, 15 pontos de alagamento e cinco quedas de árvores. A Avenida Brasil ficou alagada nos dois sentidos, na altura de Irajá, e foi interditada durante a madrugada. Ela foi reaberta por volta das 11h30. Apenas a pista central no sentido Centro ainda permanecia interditada para o trabalho das equipes municipais.

Por volta das 14h20, porém, a Rodovia Washington Luís ainda estava bloqueada por alagamentos em frente à Reduc, o que provocou um grande engarrafamento. Uma pista reversível foi aberta no sentido Juiz de Fora, em Duque de Caxias, operando entre o km 109 e km 114.

Na manhã deste domingo, ainda havia registro de chuva em diversos bairros da Zona Norte, e o prefeito Eduardo Paes pediu que as pessoas evitem a região. Há previsão de mais chuva.

Mortes e desaparecimento

Segundo os bombeiros, uma mulher foi encontrada afogada dentro de casa em Acari. O corpo de bombeiros foi chamado para tentar socorrê-la às 7h25, mas já a encontraram morta. A vítima ainda não foi identificada.

Em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte, bombeiros encontraram o corpo de um homem que foi soterrado na rua Moraes de Pinheiro. Cães farejadores ajudaram nos trabalhos.

Três pessoas morreram em São João de Meriti, sendo que uma das vítimas por descarga elétrica e outra por afogamento.

E outras três pessoas morreram em Nova Iguaçu: um dos óbitos seria de uma mulher, moradora de rua – o corpo foi encontrado próximo ao córrego de Santa Eugênia. Outro óbito foi confirmado no bairro da Luz.

No início da tarde, também foi registrado uma morte em Comendador Soares, por afogamento. Às 14h30, a Prefeitura de Duque de Caxias confirmou um morto no município, eletrocutado.

Uma mulher ainda está desaparecida em Belford Roxo, onde também há o registro de um morto. O carro em que ela estava teria sido arrastado para dentro do Rio Botas, na altura do bairro Andrade Araújo, na noite de sábado. O marido, que estava com ela dentro do carro, conseguiu escapar.

Em Irajá, Zona Norte da capital, a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal ficou alagada e várias viaturas, inclusive um blindado, ficaram embaixo d’água.

Em Nova Iguaçu, há também registros de desabamento de imóvel, deslizamento de barreira, e ameaças de queda de poste.

Fonte: g1

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Deputado propõe legalizar “justiceiros de Copacabana”

Deputado do Rio de Janeiro propõe legalizar “justiceiros de Copacabana”

 

No Rio de Janeiro, o deputado estadual Anderson Moraes (PL) apresentou recentemente um projeto de lei com o objetivo de legalizar a atuação de grupos semelhantes aos “justiceiros de Copacabana”. Nos últimos dias, moradores da área, situada em uma região nobre da capital fluminense, têm se organizado em grupos para combater a criminalidade local, em resposta ao aumento da violência na região.

O projeto propõe a criação do programa “Guardião da Segurança Pública”, que reuniria esses “justiceiros”. Segundo o texto, o programa seria composto por “praticantes de artes marciais ou ex-agentes de segurança pública ou privada, com o objetivo de apoiar o policiamento dos órgãos de segurança pública do Estado, em áreas com altos índices de roubos e furtos”.

De acordo com o projeto, os “guardiões” seriam capacitados pelos órgãos de segurança pública e equipados para imobilizar criminosos, além de comunicar imediatamente às delegacias de polícia. O texto destaca a importância de os “guardiões” se absterem da ação em casos de iminente risco à integridade física, atuando na comunicação do delito.

O quadro dos “Guardiões da Segurança” deveria ser diversificado, incluindo pessoas de diferentes classes sociais, cores e sexos, com ações baseadas no respeito aos direitos humanos, mas também fazendo uso proporcional da força, conforme a legislação penal.

O projeto ainda prevê que os órgãos de segurança pública possam capacitar os “guardiões” em academias de artes marciais, com a aplicação de um rígido protocolo nestes ambientes. Além disso, o estado seria autorizado a patrocinar serviços advocatícios aos “Guardiões”, se necessário.

Na justificativa, o deputado destaca a proposta como uma resposta à grave situação social decorrente dos roubos generalizados à população fluminense, particularmente no Rio de Janeiro. Ele argumenta que o projeto visa apoiar cidadãos, praticantes de artes marciais ou ex-agentes de segurança, para fortalecer a segurança pública em parceria com as autoridades, respeitando as normas penais e os direitos humanos.

A Polícia Civil está investigando um incidente em Copacabana, onde supostos “justiceiros” realizaram uma “sessão de espancamento” na terça-feira (5). Um vídeo mostra um jovem cercado por pelo menos quatro homens, e a polícia está buscando identificar os envolvidos e entender melhor as ações desses grupos que têm se organizado para combater a criminalidade por conta própria. Essa reação da comunidade começou a se intensificar após casos de agressões durante assaltos na região.

Deu na Gazeta Brasil

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Entenda como vingança motivou morte por engano de médicos no Rio e gerou reação de facção

 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue investigando o assassinato dos três médicos que estavam em um quiosque na Barra da Tijuca (zona oeste), na madrugada de quinta-feira, 5. Mas já concluiu que eles foram mortos por engano porque um deles foi confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos.

Enquanto a polícia procurava os autores, os próprios comparsas são suspeitos de terem julgado o grupo pelo erro, condenado e matado quatro pessoas. Ao comentar o caso nesta sexta-feira, o governador Cláudio Castro classificou milícias e facções como “verdadeiras máfias” com seus “próprios tribunais”. Entenda a seguir os capítulos dessa história ainda sob investigação policial.

1. ‘Vin Diesel’ é assassinado na zona oeste

Segundo a investigação, em 16 de setembro milicianos que atuam na zona oeste do Rio mataram o traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel. Esse assassinato, praticado no bairro Gardênia Azul, na zona oeste, teria sido cometido sob as ordens de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, o líder dessa milícia.

2. Grupo arma vingança contra miliciano

Furtado era aliado de Philip Motta Pereira, o Lesk, que já foi miliciano e aderiu à facção criminosa Comando Vermelho. Lesk então passou a planejar a morte de Taillon, como vingança. Taillon havia sido preso em dezembro de 2020 e de março a setembro deste ano cumpriu prisão domiciliar em sua casa na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca. Desde 29 de setembro, quando ganhou liberdade condicional, passou a ser procurado pelo grupo adversário.

3. Médicos são atacados em quiosque da Barra

Na noite de quarta-feira, 4, um criminoso viu o médico Perseu Ribeiro Almeida com três amigos em um quiosque na Avenida Lucio Costa e o confundiu com Taillon – eles são parecidos fisicamente, e o médico estava muito próximo da casa de Taillon.

Os médicos tinham ido ao Rio para um congresso de medicina e se hospedaram no mesmo hotel da Barra da Tijuca onde o evento ocorreria a partir da quinta-feira, 6.

Na noite de quarta-feira, saíram do hotel, foram até o quiosque, comeram sardinhas e já haviam pago a conta quando quatro homens chegaram e mataram Almeida e dois de seus três colegas – o quarto médico sobreviveu e está internado em um hospital do Rio.

Segundo aponta a apuração policial, os matadores haviam sido acionados supostamente por Lesk, que imaginava se tratar de Taillon e não de um médico que nada tinha a ver com a vingança.

4. Punição do crime e ‘call’ de Bangu

Diante do engano e da repercussão do crime, líderes do Comando Vermelho, a quem Lesk era subordinado, teriam feito uma reunião horas depois do crime para “julgar” Lesk e os demais criminosos que mataram os médicos, aponta a apuração.

Líderes da facção criminosa presos na penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, conhecida como Bangu 3, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste), teriam participado por videoconferência, usando telefones celulares. O grupo decidiu matar os executores dos médicos.

5. Corpos encontrados

Na noite de quinta-feira, a Polícia Civil encontrou quatro pessoas mortas – pelo menos duas delas suspeitas pelo crime – em dois carros abandonados na zona oeste. Seriam justamente os autores dos assassinatos dos médicos, punidos pelos próprios comparsas.

Até a tarde desta sexta-feira, a polícia havia divulgado o nome de dois dos quatro mortos: Lesk, que estava no porta-malas de um Toyota Yaris abandonado na Gardênia Azul, e Ryan Soares de Almeida, que estava com outros dois corpos em um Honda HR-V abandonado no bairro Camorim. Agora, a polícia tenta identificar os autores da morte desses quatro homens.

Investigação continua, diz governador

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta-feira, 6, que a investigação sobre o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, na madrugada de quinta-feira, 5, vai continuar, embora um grupo de suspeitos tenha sido morto supostamente por seus próprios comparsas e superiores hierárquicos, como castigo por terem se enganado ao identificar a vítima.

O governador classificou as facções criminosas e milícias que agem no Estado do Rio como “máfia”: “Estamos falando de uma verdadeira máfia, que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional. (Ela) tem seus próprios tribunais e vem atuando nas mais diversas esferas”, afirmou, ressaltando que o problema não é exclusivo do Rio, mas nacional.

“Nós estávamos preparados para prender esses criminosos quando fomos surpreendidos por esse pseudo tribunal do tráfico. Mas ainda assim as investigações continuam. Se eles acharam que iam punir os próprios (comparsas) e (a investigação) ia acabar, não é isso que vai acontecer”, disse.

“As investigações continuam inclusive para que elas cheguem nessa guerra do tráfico com a milícia. Se a motivação foi essa, mais ainda a gente vai ter que investigar e combater. Da parte das forças de segurança estaduais não há alteração alguma do planejamento. Nós agimos rapidamente na elucidação desse crime bárbaro e vamos continuar o trabalho, não retrocederemos em nada. Todo o planejamento está mantido”, afirmou Castro.

Sobre a suposta participação de integrantes do Comando Vermelho presos no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no “julgamento” que determinou a morte dos comparsas que teriam se enganado ao matar os médicos, o governador afirmou que foram apreendidos celulares na penitenciária e haverá investigação.

“O que nos parece é que até eles se indignaram com a ação dos seus próprios (comparsas) e eles fizeram essa punição interna. Temos que achar, inclusive, quem cometeu esse segundo assassinato. É óbvio que eles já sabiam quem tinha sido (o autor das mortes supostamente por engano), foram à frente e puniram eles. Tem que ver se foram todos, se tinha mais gente envolvida, a investigação não muda em nada”, disse.

Fonte: Estadão

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Youtuber britânico faz ‘turismo’ em favela do RJ e mostra atuação do tráfico

YouTuber

 

O youtuber britânico Timmy Karter, com mais de 130 mil inscritos em seu canal, fez uma espécie de “turismo” numa favela do Rio de Janeiro. O vídeo circulou nas redes sociais na quinta-feira 11.

Nas imagens, é possível ver Karter andando na garupa de uma moto. O motorista parece ser morador da favela. Ao se aproximarem das regiões povoadas pelos traficantes, o motoqueiro adverte: “Aqui não pode gravar, chefe”. Em seguida, há um corte no vídeo.

A gravação volta com o youtuber já numa barraca que vende drogas. Uma bandeira com a estampa do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro, forra uma das “lojas”.

Em certo momento da gravação, Karter se assusta com o baixo preço dos entorpecentes. “No Reino Unido, isso custa US$ 200”, disse o britânico, referindo-se a 3 gramas de cocaína. Na favela, estava US$ 4.

O vídeo mostra que as barracas vendem abertamente maconha, cocaína e lança-perfume. Não há a presença de policiais no local.

Essa cena não é privilégio do Rio de Janeiro. Em 26 de abril, por exemplo, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para conter o tráfico internacional de cocaína originada no Peru, na Colômbia e na Bolívia. O destino da droga seriam os Estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

As medidas judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Araguaína (TO) e incluem 28 mandados de prisão preventiva e 95 de busca e apreensão. Também determinam a apreensão de 16 aeronaves, sequestro de três propriedades rurais e bloqueio de valores. Segundo a PF, o total de apreensões pode chegar a R$ 300 milhões.

Foram mobilizados 400 policiais federais, servidores da Agência Nacional de Petróleo e da Agência Nacional de Aviação Civil. Também colaboraram equipes da Polícia Militar dos Estados de Tocantins, do Maranhão e do Piauí.

As investigações tiveram início em novembro de 2020, com a apreensão de 815 quilos de cocaína, na cidade de Tucumã (PA), pela Polícia Militar do Pará.

Deu na Oeste

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MP acusa Sergio Cabral de improbidade administrativa durante seu governo no RJ

Ex-governador Sérgio Cabral

 

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, está novamente na mira do Ministério Público, sob acusação de improbidade administrativa. Quando governou o Estado, Cabral concedeu benefícios fiscais considerados suspeitos para uma empresa que atua no setor de etanol, a Alcool Quimica Canabrava S/A. A denúncia foi feita em 2022 por um grupo do MP especializado no combate à sonegação fiscal. O ex-governador ainda não foi oficialmente informado, mas a defesa dele já tomou conhecimento da ação.

Em nota, os advogados dizem considerar a ação absurda e diz que o benefício fiscal foi concedido pelos secretários de Fazenda e Agricultura da época, que não era uma responsabilidade do então governador. No entanto, a ação do MP reúne um acervo robusto de provas da concessão ilegal de benefícios fiscais no caso e pede a devolução integral de R$ 271 milhões aos cofres públicos do Estado.

O processo ainda não aparece no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A ação contra a empresa Alcool Quimica Canabrava, que tramita na segunda vara de Fazenda pública do Rio de Janeiro, foi redistribuída no ano passado. Desde então, Cabral não aparecia mais como réu no processo.

Com informações do repórter Rodrigo Viga