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Líderes no Senado debatem fim da reeleição no Executivo

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reunirá com líderes partidários na manhã desta quinta-feira, 29, em encontro que deve pôr em pauta mudanças na dinâmica das eleições do País. Além da norma que institui um novo Código Eleitoral, os senadores debaterão sobre o fim da reeleição para cargos no Executivo, como prefeitos, governadores e presidente da República.

Pacheco demonstra desde o ano passado que deseja pautar o fim da reeleição no Executivo. O presidente do Senado já afirmou que a reeleição “acaba prejudicando a independência do mandatário”. O tema será pautado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que precisa do apoio de três quintos da Câmara (308 de 513 deputados) e do Senado (49 dos 81 senadores). A medida valeria restritamente a prefeitos, governadores e presidente da República, mantendo a reeleição nos cargos do Legislativo.

Já há propostas com este intuito protocoladas na Casa, restando a definição do texto que, de fato, ganhará aval e tração dos líderes partidários. Pacheco já sinalizou em declarações anteriores que, com o fim da reeleição, o mandato nos cargos Executivos poderia passar de quatro para cinco anos.

Novo Código Eleitoral

A proposta que regulamenta um novo Código Eleitoral para o País é de relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI). A norma consolida resoluções anteriores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e define novas regras para pleitos a partir de 2026. Entre as mudanças, há o estabelecimento de uma “quarentena” para juízes, integrantes do Ministério Público e policiais que desejam concorrer a cargos eletivos.

Mesmo que seja aprovada em ato contínuo, o novo Código Eleitoral não será aplicado para a eleição de 2024, pois leis que modifiquem a dinâmica das eleições devem ser sancionadas com a antecedência mínima de um ano em relação à data do pleito. Para serem aplicadas ainda em 2024, as alterações precisariam ter sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas ou promulgadas até outubro de 2023, um ano antes do pleito.

Minirreforma

Além disso, também está na pauta do Senado o projeto da “minirreforma eleitoral”, já aprovado pela Câmara. A minirreforma proíbe as candidaturas e mandatos “coletivos”, quando é feita a divisão do cargo parlamentar entre várias pessoas, e regulamenta o funcionamento das “sobras eleitorais”, tema que está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF).

A minirreforma também prevê de forma definitiva mudanças que já receberam aval do TSE para as eleições deste ano, como doações via pix e transporte público gratuito no dia do pleito.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Conselho criado pela reforma tributária terá mais poder que governo e legislativo

 

Câmaras e prefeituras podem perder sentido, segundo especialistas, já a partir da transição da reforma tributária, com a criação do “conselho federativo” composto por representante de cada Estado, para controlar e distribuir o novo IBS, em substituição aos tributos municipais ISS e IPTU.

O representante de cada Estado terá mais poder que deputado e senador, e não só. Governos estaduais e assembléias e Congresso podem ficar inócuos: é o conselho que decidirá sobre o orçamento.

Para que Câmara Municipal e prefeito se o novo IBS será controlado e distribuído por um conselho federativo em Brasília?, eis a questão.

Na prática, a criação do conselho liquida a autonomia municipal e federal, tornando questionável a própria Federação.

Além do conselho, ainda haverá um “fundo federativo” para a gestão com “recursos adicionais”, com viés eleitoreiro.

A própria elevação da carga tributária também “usurpa o poder dos entes federados”, avalia o senador Hamilton Mourão (Rep-RS).

Deu na Coluna Cláudio Humberto

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“Minirreforma eleitoral” pretende alterar 64 tópicos em 13 eixos da lei para valer já em 2024; entenda

 

Relator da “minirreforma eleitoral”, o deputado federal Rubens Pereira Jr (PT-MA) se reúne nesta segunda-feira (4) para fechar o texto que deve ser votado nesta semana, prevendo alterar a legislação eleitoral já para o pleito do ano que vem.

A minuta elaborada até agora prevê a modificação de 64 tópicos dentro de 13 eixos. Dentre os principais pontos, estão os que modificam o impulsionamento nas redes sociais, como possibilitar boca de urna no dia da eleição.

Veja o que pode mudar:

1) Federação

  • a irregularidade de um partido não pode prejudicar os demais pertencentes à mesma federação
  • permite a troca de partidos em uma mesma federação, sem configurar infidelidade partidária

2) Sobre as sobras eleitorais

Regra dos 100/10 na 1ª e 2ª fase, já na 3ª aproveita as melhores médias

3) Sobre a pré-campanha

  • Estipula os prazos para as convenções e define o que é permitido na fase

4) Prestação de Contas

  • Prever que a prestação de contas parcial não tenha penalização
  • Aprimoramento da prestação de contas simplificada
  • Prioridade para políticos eleitos
  • Possibilitar a abertura e movimentação de valores em contas bancárias abertas em Fintechs (bancos digitais)
  • Simplificar a prestação de contas do combustível utilizado na campanha

5) Publicidade

  • Revoga dispositivos que vedam a utilização de recursos de propagandas eleitorais em espaços privados, desde que não configure poluição visual
  • Impulsionamento no pós-campanha: inserir um parágrafo do tipo penal da boca de urna para excluir os efeitos do impulsionamento nas redes sociais
  • Inserir possibilidade de fazer a propaganda de candidatura dobrada de partidos diferentes, entre cotas (mulher/raça) e não cota, com indicação de um contratante, sem necessidade de ambos prestarem contas
  • Permitir a “boca de urna eletrônica” no dia das eleições

6) Financiamento de Campanha

  • Legalizar o repasse do FEFC ou do fundo partidário para partidos não coligados, com o fim de viabilizar as candidaturas em dobradinha e possibilitar a coligação nas eleições proporcionais
  • Previsão de data para o TSE indicar percentual de cotas
  • Acrescentar a possibilidade de transferência via PIX para doações financeiras
  • Individualizar o percentual de limite de gastos de cada integrante da chapa nas eleições majoritárias
  • Estabelecer que a divisão dos valores provenientes dos fundos (mulheres e negros) seja feita de forma nacional e com data
  • Instituir prazo para a distribuição dos valores das cotas, com a previsão expressa que o descumprimento do prazo é uma irregularidade grave que pode culminar na rejeição das contas, aplicando a regra à propaganda eleitoral das cotas
  • Inserção de vedação de moeda virtual em campanha eleitoral
  • Esclarecer que o financiamento coletivo em conta intermediária não são doações de PJ, transferindo a responsabilidade da gestão para a empresa habilitada pelo Tribunal
  • Permitir que gastos com alimentação e hospedagem de candidatos e motoristas seja de campanha, de forma optativa
  • Gastos relacionados às cotas, possibilitar a utilização de recursos do fundo para custear custos com passagens, segurança e eventualmente até com cuidado que as mulheres têm que desenvolver
  • Extinção do recibo eleitoral
  • Autofinanciamento, recaindo sobre dividendo/juros

7) Penalidades

  • Definição de regras para multas eleitorais, uma vez que a legislação é omissa quanto a execução das multas, com a possibilidade de parcelamentos mais flexíveis; previsão de regras para execução de partidos incorporados
  • Impossibilitar o bloqueio do FEFC

8) Candidatura

  • Regulamentação das candidaturas coletivas
  • Previsão de pré-qualificação para o registro de candidaturas. A possibilidade de fazer algum tipo de documento perante a justiça eleitoral para que esse documento pudesse ser aproveitado posteriormente no registro de candidaturas
  • Prazo de descompatibilização (variam de três a seis meses): sugestão ventilada na audiência pública: iniciar com a escolha do candidato em convenção
  • Vedar a figura do prefeito itinerante
  • Aumento o limite de candidatos
  • Retirar a exigência de apresentação de certidões que o próprio Poder Judiciário emita;

9) Inelegibilidade

  • Definição do marco legal para arguição de fatos supervenientes que afastem a inelegibilidade (data limite até eleição; definir instância)
  • Termo de início da inelegibilidade (sugestão 01 de janeiro do ano subsequente)
  • Detração

10) Procedimentos da Justiça Eleitoral

  • Sistematização dos ritos eleitorais
  • Prevê a possibilidade de assinatura eletrônica
  • Litisconsórcio das cotas de gênero

11) Crimes eleitorais

  • Ampliar o crime de violência eleitoral às pré-candidatas, dirigentes, negros, unificando-os
  • Caracterizar fraude as cotas eleitorais

12) Transparência Eleitoral

  • Regulamentar a observação eleitoral
  • Acesso a banco de dados dos eleitores, diretórios

13) Cotas

  • Criação de cotas para mulheres no executivo do diretório
  • Em caso de cassação por descumprimento das cotas, não haver prejuízo de gênero
  • Cotas para negros no percentual de 20%
  • Abertura de contas específicas para depósito do valor referente às cotas
  • Candidata das cotas que deseje desistir apresente declaração de desistência justificada, sob pena de fraude se comprovada a falsidade das alegações
  • Distribuição da cotas: nacional para fins de cáluclo e regionais para fins de distribuição

Deu na CNN

Cidade, Lazer

Moderna e funcional, Praça Pedro Velho será entregue no próximo sábado (2)

Foto: PMN/Sensur 

 

O prefeito Álvaro Dias entrega neste sábado (02), durante solenidade a partir das 17h, as obras de requalificação e reconstrução da Praça Pedro Velho – um dos equipamentos urbanos mais tradicionais da capital potiguar. A obra, executada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), foi concluída no prazo de oito meses e contou com investimentos de R$ 2,5 milhões. A última reforma com mudanças na estrutura do equipamento ocorreu em 2004. 

Situada no bairro de Petrópolis, zona Leste de Natal, a Praça Pedro Velho, ao longo dos anos, também ficou conhecida como Praça Cívica devido à realização do Desfile Militar (ação alusiva às comemorações ao Dia da Independência – celebrado em 7 de setembro). 

“Essa é uma praça histórica e estava precisando passar por uma ampla reestruturação. Assumimos esse compromisso e estamos cumprindo. As cidades precisam ser para as pessoas. Para tanto, estamos dotando Natal de diversos espaços públicos de lazer e convivência. A Praça Pedro Velho é mais um destes locais. Pronta, a praça vai ser um lugar para as famílias se reunirem, os atletas terão seu espaço para atividade física, teremos apresentações culturais e diversas outras atrações. Esse será um dos lugares mais agradáveis da cidade”, afirma o prefeito Álvaro Dias. 

O equipamento ganhou um conjunto de iluminação totalmente em LED, uma alameda, um Palco de eventos (Av. Prudente de Morais), um Centro de Convivência ao lado do Palácio dos Esportes, um mini-anfiteatro, um novo passeio público com acessibilidade, pista para caminhada com sinalização, ciclovia, playground de madeira e uma mobília nova de bancos e lixeiras. Além disso, a Praça Pedro Velho ganhou um Espaço Pet, favorecendo as famílias da região a um passeio com seus cães e gatos de estimação.

“Estamos entregando uma nova praça. Ela foi reconstruída do zero. Tudo é novo. Do paisagismo ao mobiliário. A Praça Pedro Velho é histórica e referência em nossa cidade. Agora, a população vai poder usufruir de um equipamento moderno voltado para pessoas de todas as idades”, destacou o titular da Semsur, Irapoã Nóbrega. 

O conjunto de esculturas centenárias em bronze, composto por uma estátua feminina representando a Pátria e o busto de Pedro Velho, patrono da Praça e primeiro governador republicano do Rio Grande do Norte, foram preservados. Eles foram afixados em um pedestal cuidadosamente construído com as pedras portuguesas que antes pavimentaram o passeio público. Os monumentos ganharam uma iluminação cênica. O paisagismo arbóreo do local, formado por Pau-Brasil, palmeira imperial e outras espécies nativas, também foi preservado e ainda ganhou uma nova cobertura de grama esmeralda e amendoim, além de plantas ornamentais.

 

Programação
Dentro  da programação de entrega do equipamento, haverá brincadeiras de educação no trânsito e orientação para crianças em bicicletas e patinetes na ciclofaixa; atividades de lazer no espaço do parque infantil; treino funcional em espaço central da praça (parceria com academia); artesanato na área de convivência; apresentações musicais do Choro do Caçuá e Yhran Barreto; além de vacinação de Pets no espaço PET, vacinação para crianças e adultos e práticas integrativas e complementares (PICs). Tudo a partir das 17h. 

 

 

 

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Regulamentação da reforma tributária ficará para 2024

© Wilson Dias/Agência Brasil

 

A regulamentação da primeira fase da reforma tributária ficará para 2024, disse nesta sexta-feira (14) o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. Em evento virtual para um banco, ele adiantou que, a princípio, estão previstos quatro projetos de lei complementar.

Segundo Appy, o primeiro projeto detalhará as regras do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual. O segundo criará e regulamentará o Conselho Federativo. O terceiro tratará do Fundo de Desenvolvimento Regional, e o último trará regras para os créditos acumulados de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que desaparecerá para dar lugar ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

“Em princípio, são essas quatro leis complementares. Não temos uma data definida, mas estamos trabalhando com a ideia de mandar ao Congresso Nacional na abertura da sessão legislativa do ano que vem, no começo de fevereiro de 2024”, declarou o secretário.

Appy disse que o governo quer construir os projetos em parceria com os estados e os municípios e que os governos locais terão alguns espaços de autonomia, como no caso da alíquota do IBS, tributo de responsabilidade dos governos estaduais e das prefeituras.

De acordo com o secretário, os governos locais poderão estabelecer as alíquotas do IBS, mais altas ou mais baixas, por lei complementar. No entanto, se nada for feito, prevalecerá a alíquota de referência definida nacionalmente. “Se não fizerem nada, vale a de referência”, disse.

Em relação ao Conselho Federativo, Appy explicou que o órgão, que definirá as políticas fiscais e tributárias dos governos locais por maioria de votos e por maioria de população nos estados e nos municípios, será um órgão técnico, sem poder político. O secretário também informou que a lei complementar terá uma fórmula de distribuição para repartir os recursos do IBS aos governos locais.

Sobre os créditos acumulados de ICMS, um dos passivos que a reforma tributária terá de resolver, Appy disse que o pagamento pelos estados às empresas com direito a recebê-los estará garantido por 240 meses (20 anos). Por meio dos créditos tributários, uma empresa pode obter descontos no pagamento de tributos ou serem reembolsadas por causa de tributos cobrados a mais ao longo da cadeia produtiva.

Fonte: Agência Brasil

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Arthur Lira é fotografado em ‘Cruzeiro do Safadão’ após aprovação rápida da reforma tributária

 

Após a aprovação em tempo recorde da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, o presidente da casa, Arthur Lira, foi flagrado em uma festa badalada a bordo de um cruzeiro comandado pelo cantor Wesley Safadão. O ex-deputado federal Deltan Dallagnol havia anunciado anteriormente que a pressa em aprovar a reforma estaria relacionada à participação de Lira na mencionada festa.

Na semana passada, Arthur Lira acelerou os trabalhos da Casa ao aprovar a reforma tributária, em primeiro e segundo turnos, e o projeto de lei que favorece o governo em votações do Conselho de Administração de Recursos Financeiros (Carf). Foram feitas sessões até sexta-feira (7), algo raro no Congresso.

A assessoria de imprensa do presidente da Câmara ainda não se manifestou sobre o assunto. Resta aguardar as declarações de Lira ou de sua equipe para esclarecer o ocorrido e responder aos questionamentos levantados. O recesso oficial da Câmara começa no dia 18 de julho e vai até 31 do mesmo mês.

É fundamental que os políticos estejam cientes de sua responsabilidade e atuem com comprometimento na condução dos assuntos de interesse público. A população espera que as decisões políticas sejam tomadas com base no interesse coletivo e em conformidade com os princípios éticos e morais que regem o exercício da função pública.

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Senado deve alterar reforma aprovada na Câmara

 

A Reforma Tributária aprovada na Câmara deve sofrer no Senado alterações importantes. O projeto provoca insatisfações suprapartidárias.

Os governadores do Nordeste, por exemplo, pró-Lula, querem derrubar a composição do tal “Conselho Federativo”: o texto modificado na última hora, conferindo peso maior aos votos de São Paulo e Minas, é vitória do governador Tarcísio de Freitas, com ajuda de Romeu Zema.

Estão em pé-de-guerra bancadas como do Amazonas, de Estados muito afetados.

Presidente da Câmara, Arthur Lira lembrou que o Senado é a “casa da Federação”. Ali, cada Estado tem três votos. Incluindo o de SP e MG.

O texto modificado de última hora dá quase 60% dos votos aos Estados de São Paulo e Minas no “conselho federativo”, por arrecadarem mais.

Apesar das resistências, o governo aposta em aprovação no Senado “sem dificuldades”, como Rodrigo Pacheco garantiu a Fernando Haddad.

Deu na Coluna Cláudio Humberto

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Salles diz que Tarcísio não representa direita e questiona lealdade do governador a Bolsonaro: “Acabou brincadeira”

 

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) fez ataques diretos a Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião em que o governador de São Paulo foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e hostilizado por aliados após apoiar a proposta de reforma tributária do governo Lula.

Salles disse que o governador não representa a direita brasileira e faz uma gestão em São Paulo que não segue os princípios deste espectro político. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador.

“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou o deputado, arrancando aplausos de participantes da reunião.

Salles ironizou a passagem de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e disse que a atuação dele não serviu para “combater a esquerda”. “Dos seus ministros, um dos que mais apanhou no seu governo fui eu, porque estava em um dos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda. É muito mais fácil fazer estrada, ponte, ferrovia do que combater a esquerda.”

O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente, seu padrinho político e principal cabo eleitoral da vitoriosa candidatura ao governo de São Paulo em 2022. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Em mais um indicativo da insatisfação de bolsonaristas com a posição de Tarcísio a favor da reforma, o deputado disse que o governador não foi autorizado a atuar como interlocutor do PL nas negociações para votação do texto. Afirmou ainda que ele entende pouco de reforma tributária.

“Ao contrário do que foi dito aqui, o Luiz Phillipe de Orleans e Bragança entende muito mais de reforma tributária que o Tarcísio. Se tem alguém para nos representar nessa discussão com o relator, é o Luiz Phillipe. Ele vai nos dar sinal se estamos de acordo com cada um dos critérios”, afirmou.

Deu na CNN

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Veja o que terá menos imposto ou taxa zero de acordo com a reforma tributária

O que vai mudar com a reforma tributária? Veja os principais pontos da proposta | Exame

 

O novo parecer do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária (PEC 45/19), trouxe atualizações nos dispositivos que tratam da redução das alíquotas dos Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — um gerenciado pela União, e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios. Ele acrescentou mais três setores no rol.

Também houve alteração no percentual de redução da alíquota dos tributos. Originalmente, Ribeiro havia proposto uma redução de 50%. A PEC agora estabelece corte de 60%. Com isso, a alíquota incidente será equivalente a 40% do IBS (IVA estadual e municipal) e do CBS (IVA federal).

O relator havia proposto inicialmente a possibilidade de cortar a tributação da seguinte lista:

serviços de transporte público coletivo urbano, semiurbano ou metropolitano
medicamentos e dispositivos médicos e serviços de saúde
serviços de educação
produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura
insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal
e atividades artísticas e culturais nacionais

A essa lista de produtos e serviços Ribeiro incluiu, além das produções jornalísticas, audiovisuais e desportivas:

dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência
bens e serviços relacionados a segurança e soberania nacional, segurança da informação e segurança cibernética
e medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual
O deputado também modificou o trecho que trata dos serviços de transporte passíveis de redução da alíquota.

Na versão apresentada há duas semanas, Ribeiro estabeleceu a possibilidade para os serviços de transporte público coletivo urbano, semiurbano ou metropolitano. Ele propõe a ampliação para “transporte coletivo rodoviário, ferroviário e hidroviário, de caráter urbano, semiurbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual”.

Imposto do ‘pecado’

A proposta prevê a criação de um Imposto Seletivo, de competência federal, sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (como cigarros e bebidas alcoólicas). O imposto poderá incidir em uma ou mais fases da cadeia produtiva – por exemplo, produção e comercialização – e será cobrado nas importações, não incidindo sobre exportações.

Os detalhes da cobrança e dos produtos que serão desestimulados pelo imposto serão definidos posteriormente. Embora o imposto seja federal, a arrecadação será dividida com estados e municípios, seguindo a atual distribuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No relatório desta quinta, Ribeiro propôs ainda que o Imposto Seletivo não seja aplicado ao bens que terão alíquotas reduzidas, como produções agropecuárias.

Isenções

O parecer estabelece a possibilidade de isentar a cobrança dos IVAs sobre uma série de bens e tributos. As decisões serão tomadas em lei complementar.

Poderão ficar isentos da cobrança do futuro IVA:

alguns medicamentos específicos, como os utilizados para o tratamento contra o câncer
produtos de cuidados básicos à saúde menstrual
dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência
produtos hortícolas, frutas e ovos
redução de 100% da alíquota do IVA federal (chamado de CBS) incidente sobre serviços de educação de ensino superior (Prouni)
possibilidade de um produtor rural pessoa física ou jurídica com receita anual de até R$ 3,6 milhões ficarem “livres” de recolher o futuro IVA
possibilidade de zerar os IVAs sobre atividades de reabilitação urbana de zonas históricas e de áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística

Na primeira versão do texto, somente os produtores pessoas físicas com faturamento anual de até R$ 2 milhões não seriam contribuintes.

Com informações da Folha de SP

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PL segue Bolsonaro contra reforma tributária, mas 20 votam com Lula

Arquivo | RCP

 

Vinte parlamentares do Partido Liberal (PL), dentre os 99 que compõem sua bancada, manifestaram apoio à proposta de reforma tributária durante a sessão na Câmara dos Deputados realizada nesta quinta-feira (6).

O texto foi aprovado em sua primeira etapa de votação com 382 votos favoráveis, 118 contrários e 3 abstenções. Um total de 112 congressistas da oposição ao governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se posicionou favoravelmente à reforma tributária na Câmara.

Os membros do PL representaram 18% desses votos. A maioria dos representantes do partido seguiu a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e votou contra o projeto, totalizando 75 votos contrários. Os outros 4 parlamentares, embora presentes, não registraram seus votos.

Eis os nomes dos deputados do PL que votaram a favor da reforma tributária na primeira etapa:

Antonio Carlos Rodrigues (SP);
Detinha (MA);
Giacobo (PR);
Icaro de Valmir (SE);
João Maia (RN);
João Carlos Bacelar (BA);
Josimar Maranhãozinho (MA);
Junior Lourenço (MA);
Júnior Mano (CE);
Luciano Vieira (RJ);
Luiz Carlos Motta (SP);
Matheus Noronha (CE);
Robinson Faria (RN);
Rosângela Reis (MG);
Samuel Viana (MG);
Tiririca (SP);
Vermelho (PR);
Vinicius Gurgel (AP);
Wellington Roberto (PB);
Zé Vitor (MG).

Deu no Conexão Política