Notícias

Marcel van Hattem condena depredações em Brasília e diz que invasão “suja a imagem do Brasil”

invasão no congresso nacional; brasília

 

Neste domingo, 8, manifestantes radicais, que estavam acampados no QG do Exército e protestam contra o resultado das eleições de 2022, invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Os invasores pedem a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Imagens mostraram atos de vandalismo no interior dos prédios dos três poderes, com gavetas reviradas, vidros quebrados e depredação do patrimônio público. Sobre o ocorrido em Brasília, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo) condenou as depredações.

“Depois de uma noite e tarde de episódios lamentáveis para o nosso país acabei por fazer uma manifestação bastante dura repudiando qualquer ato de vandalismo e de violência. Não é isso que se espera de quem se manifesta em uma democracia. Nós, a muito tempo, estamos alertando para que as manifestações, que sempre vem sendo pacíficas, tenham um objetivo e um foco claro. Infelizmente, de um lado por falta de liderança. de outro por aproveitadores que aparecem no meio do caminho, ela acabou se desvirtuando e transformando-se em algo que suja a imagem do Brasil o tempo todo”.

Para o parlamentar, a intervenção federal nas forças de segurança do Distrito Federal, feita como resposta à invasão, é passível de questionamentos: “Ainda não sei a data em que ocorrerá a votação dessa intervenção federal, que não me parece ser unânime. Há muitas perguntas que precisam ser respondidas. Quem é o interventor? Por que intervenção federal se a situação foi controlada? Há uma série de perguntas que precisarão ser respondidas para que esta intervenção possa ser aprovada, ou rejeitada, pelo plenário da Câmara e depois do Senado”.

Além disso, van Hattem defendeu que o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, seria inconstitucional: “É mais uma decisão que foge das atribuições do ministro do Supremo Tribunal Federal. As pessoas podem concordar, ou não, com o mérito, no sentido de que o governador deveria ter agido com firmeza. Não agiu e permitiu que as coisas ocorressem como ocorreram. Eu sou desta opinião, houve uma leniência muito grande naquele movimento por parte das forças policiais, inclusive para identificar quem são os agressores”.

Deu na Jovem Pan

Notícias

Irã condena mais três pessoas à morte por relação com protestos

Governo do Irã condena à morte participantes de protestos pelo país

 

A Justiça iraniana condenou mais três pessoas à morte por envolvimento nos protestos pela morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, sob custódia policial — anunciou a agência de notícias do Poder Judiciário, a Mizan Online, nesta segunda-feira (9).

Segundo a Mizan Online, Saleh Mirhashemi, Majid Kazemi e Saeed Yaghoubi foram acusados de estarem envolvidos na morte de três membros das forças de segurança durante as manifestações. Eles foram considerados culpados de “moharabeh” (“guerra contra Deus”), disse a Mizan Online.

No mesmo processo, outras duas pessoas foram condenadas a penas de prisão pela morte de três membros das forças de segurança na província de Isfahan, na região central do Irã, em 16 de novembro de 2022, acrescentou a mesma fonte.

Entre eles, está o jogador de futebol Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, que joga no time local.

Todas as sentenças anunciadas esta segunda-feira podem ser objeto de recurso perante o Supremo Tribunal, acrescentou a Mizan Online.

Com isso, chega a 17 o número de condenados à pena capital em relação às multitudinárias manifestações no país, conforme contagem feita pela AFP com base em comunicados oficiais.

Quatro foram executados, e dois tiveram suas sentenças confirmadas pela Suprema Corte. Os demais aguardam julgamento, ou ainda podem recorrer.

As autoridades classificaram os protestos como “distúrbios”, afirmando que são estimulados por países e organizações hostis ao Irã.

Deu no R7

Política

Por ordem de Moraes, PF prende empresário que chamou CACs para protestos

Empresário grava vídeo convocando CACs para atos contra o presidente eleito, Lula - 26/11/2022 | Foto: Reprodução

 

Depois de determinação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a Polícia Federal (PF) prendeu o empresário Milton Baldin, em Brasília, na terça-feira 7. Baldin é de Sinop (MT) e tem negócios no Estado.

O homem estava em frente ao Quartel General do Exército, área no Setor Militar Urbano, que reúne manifestantes que protestam contra o resultado eleitoral do segundo turno. O ato segue pacífico desde que começou.

No mês passado, Baldin concovou caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo (CACs) a participarem de atos contra o presidente eleito, Lula (PT). “Queria também pedir aos CACs, os atiradores, que têm armas legais, atiradores”, disse. “Hoje, nós somos, inclusive, eu, 900 mil atiradores. Venham aqui mostrar presença para nós.”

Em outro momento, Baldin afirmou que a bandeira do Brasil pode até ser vermelha, “mas com meu próprio sangue”. O empresário se tornou conhecido pelas falas, em virtude de um vídeo que viralizou na rede social.

Deu na Oeste

Notícias

Indígenas se manifestam contra Lula na Esplanada dos Ministérios

Na Esplanada, indígenas rejeitam vitória de Lula nas eleições

 

Indígenas se manifestaram nesta segunda-feira, 5, contra Lula (PT), na Esplanada dos Ministérios. O grupo clamou por liberdade e teceu críticas à “censura” imposta aos brasileiros pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o cacique Ataíde, que esteve na manifestação, um político condenado por corrupção não deveria concorrer a cargos eletivos. “Nos países estrangeiros, uma pessoa que é presa e sentenciada por diversos juízes pode sair da cadeia e concorrer a eleições?”, perguntou, referindo-se a Lula, em conversa com Oeste.

O indígena diz que “a nação acordou e está vendo que não podemos entregar o país de mãos beijadas”. Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro (PL) retomou o espírito de patriotismo no Brasil. “Queremos um país com dignidade, com respeito e educação em primeiro lugar”, ressaltou.

“O atual presidente foi o primeiro a abrir a boca e dizer que os indígenas têm direito de extrair minério, arrendar a terra, fazer parceria com fazendeiros. É um homem trabalhador. Ele enfrentou um sistema todo.”

Ataíde acusou o PT de “usar os índios como massa de manobra, para poder vender o país e tapar os olhos” dos indígenas. Ele disse que “nenhum índio trabalha, porque tudo é politicagem”. “Bolsonaro cortou as ONGs e tudo que estava abusando do direito dos índios”, observou.

Deu na Oeste

Notícias

Feriado é marcado por protestos contra Lula e STF em ao menos 12 Estados

 

O feriado de Proclamação da República nesta terça-feira (15) foi marcado por protestos realizados contra a eleição de Lula (PT) e contra o autoritarismo e arbitrariedade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Manifestantes estão nas ruas desde 30 de outubro, dia do pleito decisivo que elegeu o petista.

Pelas redes sociais, manifestantes programaram atos em todo país, principalmente em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Eles convocam a população e pedem a anulação da eleição.

Foram organizados atos no Rio Grande do Norte, em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Pará, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Política

ARREPENDIMENTO ? : Milhares vão às ruas na Colômbia contra presidente socialista

Um mês e meio após a posse do presidente socialista Gustavo Petro, milhares de colombianos tomaram as ruas das principais cidades da Colômbia nesta segunda-feira (26/09) para protestar contra as reformas econômicas e políticas propostas pelo novo governo.

Chama de “Grande Marcha Nacional”, os protestos ocorreram em mais de 20 cidades do país e também em várias cidades de Estados Unidos, México, Panamá e Suíça. Uma segunda jornada de protestos já está marcada para o dia 24 de outubro.

Segundo a organização dos protestos, a reforma tributária proposta pelo governo afetará os mais pobres.

Eles disseram ao país que esta reforma era para os 4.000 colombianos mais ricos, mas parece ser para 48 milhões de colombianos“, comentou Pierre Onzaga, um dos líderes do movimento.

Outro alvo das manifestações foi a reforma trabalhista, que o governo apresentará no próximo ano, e do código eleitoral, dentre outros.

A reforma desse código, de acordo Onzaga, tem como objetivo a criação de um “mega órgão” que terá o poder de cancelar qualquer partido político “arbitrariamente sob critérios que eles mesmos venham a criar“, disse ele.

Durante os protestos, o Presidente Petro estava na fronteira com a Venezuela comandando a reabertura das fronteiras entre os países, fechadas há sete anos.

Política

Mesmo com recomendações, 1º dia do Rock in Rio tem protestos contra o governo

 

A 9ª edição do Rock in Rio começou nesta sexta-feira, 02, na Cidade do Rock com o Dia do Metal. A primeira banda a se apresentar foi o Black Pantera, no Palco Sunset. O trio de mineiros fez um show forte com protestos antirracistas, antiLGBTfóbicos e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A banda tocou com o trio Devotos e fez uma homenagem à Elza Soares, falecida no início do ano.

Ainda no Sunset se apresentaram Metal Allegiance e Living Colour feat Steve Vai. Quem encerrou as apresentações no palco foi a banda Bullet For My Valentine com um grande público. No Palco Principal, o Sepultura se apresentou com a Orquestra Sinfônica Brasileira e agitou a plateia enquanto o sol caía. O Gojira tocou na sequência e fez um tributo aos indígenas no encerramento do show e a plateia entoou cantos contra o presidente.

O Iron Maiden, atração mais esperada do dia, fez um show com muitos cenários e enlouqueceu os fãs. Mesmo sendo os headliners, o Iron tocou antes do Dream Theater pela idade avançada dos membros, que pediram para trocar de horário para descansarem. Antes do início do festival, a organização publicou um comunicado sobre as manifestações políticas nos palcos determinando a proibição de candidatos às eleições participarem dos shows.

No entanto, todas as manifestações vieram da plateia. Pela primeira vez desde 1985, ano de sua primeira edição, o Rock in Rio acontece durante a corrida eleitoral e os organizadores pediram para que artistas “se atentassem às leis eleitorais”. No Lollapaloozadeste ano algumas ações foram movidas contra artistas que se posicionaram politicamente.

Deu na Jovem Pan

Notícias

Dois protestos em frente à governadoria do RN marcam a manhã desta segunda-feira

 

Na manhã desta segunda- feira (13), aconteceram dois protestos em frente a governadoria do Rio Grande do Norte.

O primeiro foi realizado por candidatos aprovados no concurso para admissão ao curso de formação de soldados da Polícia Militar do RN. Eles aguardam a sanção da governadora Fátima Bezerra.

Os manifestantes baseiam seu protesto em um projeto de lei já aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande Do Norte, para que possam fazer a devida matrícula em cursos de formação. Desde 2015, os concursados da Polícia Militar aguardam a matrícula.

Já o segundo protesto foi realizado pelos condutores do SAMU, acontecendo em razão da contratação de uma nova empresa. Os profissionais, que são responsáveis pelo atendimento das cidades do entorno da capital, temem perder o emprego porque uma nova empresa terceirizada vai assumir o serviço.

Mundo

Protestos contra obrigatoriedade da vacina ganham adeptos em todo o mundo

 

Em novembro de 2021, uma nova variante do coronavírus impôs um revés aos países europeus que transitavam para o “pós-pandemia”. O surgimento da Ômicron fez com que diversos governos recrudescessem as medidas de combate à Covid-19 e a alta transmissibilidade da nova cepa mostrou a necessidade de se avançar ainda mais com as campanhas de vacinação pelo mundo. Em muitos países, a solução encontrada foi a exigência de um “passaporte da vacina” para a entrada em estabelecimentos. O documento é uma forma rápida de se comprovar que uma pessoa completou o esquema vacinal contra a doença. A medida, no entanto, desagradou movimentos da direita pelo mundo. Entoando gritos de “liberdade”, manifestantes se opuseram à obrigatoriedade da vacina. Muitos usaram a oportunidade para desacreditar os imunizantes em si. Em quase todos os países, os atos se tornaram políticos. Na América do Norte, por exemplo, os protestos convergiram para críticas aos governos. Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, foram alguns dos alvos de manifestantes. Na França, a oposição de Macron se aproveitou para atrair a atenção da população às vésperas das eleições presidenciais. Na Suécia, Alemanha e Canadá, neonazistas se infiltraram nos protestos. Veja como os protestos têm acontecido ao redor do mundo.

  • Canadá

Caminhoneiros do Canadá se mobilizaram no final de janeiro contra a exigência de passaporte da vacina contra a Covid-19 para atravessar a fronteira com os Estados Unidos. No início do mês, o país começou a exigir que os caminhoneiros não vacinados ficassem em quarentena por 14 dias após chegarem dos EUA. Apesar do governo estimar que menos de 15% dos motoristas não se imunizaram contra a doença, a medida desagradou a categoria, que realizou protestos em Ottawa, capital do Canadá. Além dos caminhoneiros, outros milhares de manifestantes se juntaram ao “Comboio da Liberdade”, e logo os atos se transformaram em pedido para revogação de todas as medidas restritivas para contenção do coronavírus e pela derrubada do governo de Justin Trudeau. Os atos foram marcados por polêmicas como o levantamento de bandeiras e placas com suásticas e danças no túmulo de um soldado canadense. Em pronunciamento sobre os atos, o presidente do Canadá definiu as manifestações como uma “minoria marginal”. A revolta contra Trudeau fez com que ele e sua família tivessem que ser escoltados para um lugar não revelado.

 

  • Estados Unidos

 

Em 23 de janeiro, milhares de manifestantes de todos os cantos do país se reuniram em Washington. O movimento se concentrou na capital em virtude da exigência de passaporte da vacina para entrada em alguns estabelecimentos como restaurantes, casas de show, teatros e academias no distrito. Saindo do memorial de George Washington, os manifestantes marcharam até chegarem ao memorial Abraham Lincoln, onde discursos foram feitos pelos organizadores, muitos deles médicos. “A obrigatoriedade e as liberdades não são compatíveis. São como óleo e água”, disse um dos oradores aos presentes. Alguns deles carregavam bandeiras em defesa do ex-presidente Donald Trump e contra Joe Biden. O protesto contra a “tirania” da obrigatoriedade das vacinas no país rapidamente se tornou um protesto contra os imunizantes.

  • Suécia

 

Na Suécia, cerca de 9 mil pessoas se reuniram na capital Estocolmo no dia 22 de janeiro para protestar contra o passaporte da vacina. A apresentação do certificado para entrar em locais fechados com mais de 50 pessoas é obrigatória para os cidadãos suecos desde 12 de janeiro. Durante o protesto, os presentes entoavam cantos dizendo: “Não ao passaporte da vacina, sim à liberdade”. O grupo marchou pelas ruas da capital em direção à praça Sergel sob liderança do Movimento da Liberdade. Um outro ato aconteceu em Gotemburgo, a segunda maior cidade da Suécia, reunindo 1.500 pessoas. Alguns manifestantes se juntaram ao movimento neonazista de resistência nórdica, conhecido no país pela sua violência.

  • França


Antes mesmo da lei que prevê a implementação de restrições mais rígidas a pessoas não vacinadas contra a Covid-19 ser aprovada na França, manifestantes se mobilizaram para dizer não às medidas. Desde 8 de janeiro, milhares saíram às ruas pedindo a não implantação do passaporte da vacina. O Ministério do Interior estimou que 105,2 mil pessoas participaram dos atos no dia 8. Os movimentos foram impulsionados pela fala do presidente Emmanuel Macron, que, no início de janeiro, declarou: “Para os não vacinados, quero muito irritá-los. E vamos continuar fazendo isso, até o fim. Essa é a estratégia.” Alguns dos manifestantes, inclusive, foram convocados pelo candidato presidencial de extrema-direita Florian Philippot. Apesar das movimentações, o governo não cedeu. Em 24 de janeiro, a exigência do passaporte da vacina para a entrada de maiores de 16 anos em locais como cinemas, restaurantes e trens se tornou obrigatória. Anteriormente, os não vacinados podiam entrar nos estabelecimentos mostrando apenas o resultado negativo de testes de detecção da Covid-19.

 

  • Bélgica

 

Bruxelas, a capital da Bélgica, foi inundada por protestos contra a nova medida do primeiro-ministro Alexander De Croo, que determinou que toda a população belga deveria tomar a dose de reforço após cinco meses do esquema vacinal para manter os seus passaportes de vacina para frequentarem bares, cinemas e outros espaços públicos no país. Em 23 de janeiro, os movimentos contra a medida reuniram 50 mil pessoas em Bruxelas e ganharam os tabloides do mundo pela violência. Os confrontos eclodiram quando a polícia decidiu usar canhões de água e gás lacrimogêneo para repelir os manifestantes, que arremessaram pedra e fogos de artifício perto da sede da Comissão Europeia. Segundo a polícia, mais de 60 pessoas foram presas neste dia.

  • Alemanha

Em um discurso no parlamento alemão, o chanceler Olaf Scholz defendeu a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 visando aumentar a taxa de imunizados no país. A fala do primeiro-ministro desencadeou uma série de protestos. Semanalmente, dezenas de milhares se mobilizam em marchas em cidades e vilarejos da Alemanha contra a medida. No dia 11 de janeiro, o Ministério do Interior contabilizou a presença de 188 mil pessoas. A maioria não condena apenas o mando de vacinação, mas os próprios imunizantes – o país tem a maior parcela de não-vacinados entre as grandes nações da Europa Ocidental. Grande parte do centro de gravidade dos atos permaneceu concentrada na extrema-direita, dando novo impulso ao partido AfD. Alguns protestos contaram, inclusive, com a presença de grupos neonazistas, o que acendeu um alerta sobre a radicalização do movimento.

Imformações JP News

Notícias

Assassinato do Congolês Moïse gera protestos em várias partes do País

 

A indignação da população brasileira com o assassinato de Moïse Kabagambetomou as ruas do país na manhã deste sábado, 5. Em várias cidades espalhadas pelo Brasil, milhares de pessoas saíram de casa para cobrar justiça pelo crime cometido contra o congolês de 24 anos, espancado até a morte por cinco pessoas no Rio de Janeiro. Na capital fluminense, em frente ao quiosque Tropicália, onde o africano foi linchado, um grupo se concentrou com faixas pedindo punição aos responsáveis. “2022 e o racismo ainda mata” e “Vidas negras importam” foram algumas mensagens escritas nos cartazes. De lá, os imigrantes e ativistas percorreram pela orla da praia, na Barra da Tijuca. Em São Paulo, os atos ocorrem no vão do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e contaram com o apoio de políticos, como o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB). Em Salvador, o protesto foi realizado no Largo do Pelourinho e contou com a presença do Olodum. Manifestações também foram registradas em Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Luís.

A polícia do Rio segue atrás de testemunhas do caso para elucidá-lo completamente. Uma das pessoas já ouvidas pela polícia disse que chegou a ver as cenas de agressão em loco. Os três agressores, que já estão presos, disseram que a ação era uma espécie de “puxão de orelha”, um “corretivo”, porque Moïse estaria perturbando a ordem e praticando pequenos furtos. Mas nada disso foi comprovado até agora. Os agressores dizem também que não houve mandante para o crime e que não houve motivação racial até mesmo de gênero. Segundo eles, foi uma confusão envolvendo barraqueiros que atuam em quiosques da zona oeste do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Trabalho está investigando a relação trabalhista de Moïse com o quiosque Biruta, na Barra da Tijuca. Segundo as primeiras indicações, poderia haver uma relação análoga ao trabalho escravo. A família de Moisés disse que ele foi até o quiosque naquela noite cobrar diárias que somavam R$ 200.

Deu na JP News

Foto: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO