Política

Lula e presidente do PT voltam a criticar a privatização da Eletrobras

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, voltaram a criticar neste sábado (11) a privatização da Eletrobras.

Nas redes sociais, os petistas argumentaram que a desestatização tornará a energia elétrica ainda mais cara aos brasileiros.

“Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobras, para aumentar ainda mais a conta de luz”, escreveu o ex-presidente.

Com o processo de capitalização, o governo deixará de ser o maior acionista da empresa e passará a ter 45% do capital acionário — antes, a União tinha 72% das ações da companhia.

Segundo Lula, o governo federal está vendendo a estatal a “toque de caixa e a preço de banana”. “Perder a Petrobrás é aumentar ainda mais a conta de luz, que hoje já pesa não apenas no bolso do trabalhador, mas também no orçamento da classe média”, argumentou.

 

Gleisi foi na mesma linha do correligionário. “Tática nefasta de vender ações da Eletrobras até o governo perder o controle da empresa foi o golpe mais baixo que já se viu. O povo tá desempregado, endividado, sem renda, com fome e a preocupação de Bolsonaro e Guedes é com o mercado. Essa dupla é a destruição do Brasil”, comentou a deputada federal.

Com informações da CNN Brasil

Economia

Eletrobras é privatizada por R$ 100 bilhões

Foto: Reprodução

A Eletrobras foi privatizada, finalmente. A companhia foi vendida por praticamente R$ 100 bilhões. Para ser preciso, R$ 96,6 bilhões. O cálculo, porém, é um pouco diferente do tradicional de uma desestatização, e isso se deve ao modelo adotado. A União Federal deixou de ser controladora da empresa. Embora o BNDES tenha vendido ações na oferta global, a perda do controle ocorreu principalmente pela diluição da participação do governo com a emissão de novas ações.

Como resultado da transação, o governo terá menos de 45% do capital social da companhia. Demorou um bocado, mas saiu. Ninguém mais acreditava, até a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) liberar o negócio e o prospecto da oferta ser publicado em seguida.

O valor da privatização é o equivalente ao novo capital social da companhia, ou seja, à nova quantidade total de ações multiplicado por R$ 42,00. Esse foi o preço que os investidores consentiram em investir no negócio. A demanda total, nesse valor, foi equivalente a duas vezes o livro, em um dos ambientes mais desafiadores para o mercado de ações desde o 11 de setembro de 2001.

Contudo, as características da empresa ajudaram a demanda a aparecer: negócio com grande ativo fixo, geração de caixa previsível e potencial de melhoria operacional muito significativo nas mãos da iniciativa privada. Do valor total da oferta, de R$ 33,6 bilhões, mais de R$ 30 bilhões vão reforçar o caixa da companhia, considerando a oferta base e mais o greenshoe.

De tudo que foi vendido, o investidor individual, de varejo, assumiu R$ 9 bilhões, ou 27%. Desse valor, R$ 6 bilhões foram recursos do FGTS colocados na empresa e o restante, por meio de participação direta adquirida por meio de corretoras.

O novo valor de mercado — se sustentado — coloca a Eletrobras entre as 10 empresas mais valiosas da bolsa brasileira, passando a superar companhias como B3, Suzano, JBS e Itaúsa. O tamanho da Eletrobras em relação à segunda maior empresa de energia listada na bolsa, a Engie Brasil, aumentou de duas para três vezes.

Nos três primeiros meses do ano, a empresa teve receita líquida de R$ 9,1 bilhões, 12% acima de igual período de 2021. O lucro líquido passou de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,7 bilhões nessa mesma comparação. A capitalização vai reforçar o balanço do negócio de forma significativa, uma vez que ao fim de março a dívida líquida estava em R$ 20,5 bilhões — o caixa estava pouco acima de R$ 15,5 bilhões. Portanto, com os recursos novos, a liquidez da companhia mais do que dobra, considerando o ingresso líquido de capital.

Em Brasília, ainda que ninguém por enquanto leve fé, começam a ecoar, cada vez mais frequentemente, planos e desejos para privatização da Petrobras. Difícil acreditar que o projeto avance. Muito menos rapidamente. Mas é um começo. A estatal rende já bastante frutos ao governo via tributos, mais do que dividendos — mesmo elevados. A petroleira é a maior companhia da B3, avaliada atualmente em cerca de R$ 410 bilhões.

Com informações de Exame

Economia, Política

Governo tenta derrubar liminar que coloca em risco privatização da Eletrobras

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio concedeu uma liminar a favor da Associação dos Empregados de Furnas, que pediu a suspensão de uma etapa considerada crucial para a privatização da Eletrobras. Estava marcada para hoje uma assembleia de detentores de debêntures (títulos de dívida) de Furnas, subsidiária da estatal. O objetivo era aprovar um aporte de capital na Hidrelétrica de Santo Antônio.

No prospecto da oferta de ações que viabiliza a privatização da Eletrobras, a empresa informa que se esta etapa não for terminada até hoje, a operação estaria suspensa. O objetivo da União é concluir a privatização até meados deste mês. O governo já se mobiliza para derrubar a liminar, e a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer.

Mesmo que o governo consiga derrubar rapidamente a decisão e conquiste o aval dos credores de Furnas para o aporte de capital na hidrelétrica hoje, a expectativa é de briga jurídica até o último minuto da privatização da Eletrobras.

Com informações de O Globo

Economia

Rumo à privatização: Eletrobras lança oferta de ações na Bolsa

 

A Eletrobras lançou, nesta sexta-feira (27/5), a oferta de ações na Bolsa de Valores como parte do processo de privatização da empresa. A expectativa do governo é que a operação movimente cerca de R$ 30 bilhões. Caso a estimativa se concretize, esta será a maior oferta de ações deste ano.

A operação será feita a partir da oferta primária e secundária de ações ordinárias, que serão realizadas de forma simultânea no Brasil e no exterior. De início, a oferta primária será de 627.675.340 novas ações, de acordo com a Reuters. Já a secundária, a expectativa é de 69.801.516 ações.

Entre os dias 3 e 8 de junho, acontece o período de reserva, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse momento é destinado aos investidores, para que eles sinalizem quantas ações ou cotas da empresa desejam comprar ou o valor que pretendem investir.

A precificação está prevista para ocorrer em seguida, 9 de junho. Já o início oficial das negociações deve acontecer em 13 de junho. Após isso, a companhia vai passar pelo processo de apresentação aos potenciais investidores, etapa conhecida no mercado financeiro como “roadshow”.

Deu no Metrópoles

Economia

Em vitória do governo Bolsonaro, TCU aprova privatização da Eletrobras

 

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (18), por 7 votos a 1, o modelo de privatização da Eletrobras, estatal considerada a maior empresa energética da América Latina. Esta era a última etapa pendente para que o governo pudesse executar o processo de desestatização da companhia, o que pode ocorrer ainda em 2022.

Votaram a favor os ministros Aroldo Cedraz (relator), Benjamin Zymler, Bruno Dantas, Augusto Nardes, Jorge Oliveira, Antonio Anastasia e Walton Alencar Rodrigues. O ministro Vital do Rêgo, que era o revisor do processo, votou contra.

Aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República em meados do ano passado, a privatização da Eletrobras aguardava uma análise do TCU para ser concluída.

A Corte de contas já havia aprovado, em fevereiro deste ano, a modelagem financeira da desestatização e, agora, validou a forma como a empresa será repassada para controle acionário privado, nos moldes propostos pelo governo federal, por meio da venda de papéis.

Esta será a primeira grande concessão do governo de Jair Bolsonaro. A aprovação foi recebida sob forte comemoração entre a cúpula governista.

Após o julgamento, uma assembleia de acionistas deve ser convocada, confirmando processo de comunicação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à SEC. A partir disso, o edital para a venda de ações estará autorizado e, após publicação e venda dos papéis, a empresa pode ser considerada como privatizada.

Economia

Privatização da Eletrobras deve ocorrer até agosto

 

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirmou nesta última terça-feira (17) que, em um cenário positivo, a conclusão da operação de privatização da estatal poderá ocorrer até meados de agosto.

“Este é o cenário mais favorável”, disse Limp durante entrevista coletiva sobre os resultados do primeiro trimestre, afirmando que essa é a melhor janela de mercado, coincidindo com as férias no Hemisfério Norte e antes do período eleitoral no Brasil, o que representa, no seu entender, “mais benefícios para a empresa e para a União”.

Ele afirmou que aguarda a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), em reunião marcada para esta quarta-feira (18), para poder dar seguimento ao processo de capitalização da companhia pública. Depois da aprovação da Corte, será necessário ainda concluir a elaboração de toda a documentação do prospecto e realizar avaliação de auditoria independente. A diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Presta, declarou ser precipitado falar de datas para o road show (apresentação de uma empresa e seus produtos para investidores).

Deu no Conexão Política

Economia

Governo rebate reportagem sobre privatização da Eletrobras

O MME (Ministério de Minas e Energia) divulgou nesta segunda-feira (25) uma nota rebatendo informações publicadas pelo jornal O Globo sobre a privatização da Eletrobras.

A reportagem diz que as térmicas incluídas na lei de privatização da Eletrobras custariam R$ 52 bilhões e que isso faria com que a conta de luz ficasse mais cara. Além disso, mencionava que investimentos em gás natural vão de encontro com as metas globais para travar o aquecimento global.

A publicação também afirmava que, segundo decreto, o cálculo da tarifa de referência para contratação de termelétricas deveria se restringir à atualização pela inflação desde 2019. O MME argumenta que, por lei, “o preço máximo para a contratação dessas termelétricas deve (…) considerar a variação do dólar e os preços internacionais do gás natural”.

“Importa destacar que, há 15 anos, desde a edição da Portaria MME nº 42/2007, os leilões para contratação de termelétricas a gás natural já incorporam na fórmula de reajuste a cotação do dólar e os índices internacionais de combustíveis, reconhecendo a dinâmica inerente a esse mercado”, lê-se na nota do ministério.

Sobre o custo adicional das termelétricas de R$ 52 bilhões, apontado pela reportagem, o MME diz que o valor inclui outras medidas de modernização do setor, que atenderão ao crescimento da demanda em 10 anos.

O MME fala sobre a expansão de usinas a gás natural. Segundo o comunicado, em conjunto com outras fontes de energia renováveis (como eólica, solar e hidrelétricas) e combinadas a termelétricas, a expansão de usinas a gás natural é “uma das formas de garantir a segurança do abastecimento” e “dar confiabilidade ao sistema”.

O ministério afirma que o modelo de contratação adotado “promoverá a confiabilidade do sistema e seu pagamento deverá ser alocado a todos os beneficiários (consumidores livres e cativos), posto que a segurança do suprimento é um bem público”.

 

Com informações do Poder360

Notícias

Presidente do PT diz que privatização da Eletrobrás será ‘revista’ caso Lula seja eleito

 

Foto: Ed Alves

 

PT defende a revisão do processo de privatização da Eletrobras. A possibilidade foi levantada depois de uma reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Lula. Gleisi afirmou que, em caso de vitória de Lula nas eleições de outubro, o processo de privatização da Eletrobras será completamente revisto, pois o partido considera o modelo atual muito ruim. A presidente da legenda não acredita que a privatização da estatal seja concluída antes da posse de um novo presidente. O modelo definido para a venda da estatal está em análise no Tribunal de Contas da União(TCU). Bolsonaro defendeu na sexta-feira, 11, o andamento das privatizações como dos Correios e da Eletrobras, mas disse que tudo depende do aval do Congresso. “A privatização não é pegar uma estatal, botar na prateleira e ‘quem quer comprar leva’. É muito complexo. O Supremo Tribunal Federal decidiu que muitas dessas estatais tem que passar pelo crivo do parlamento. Assim está sendo tratado os Correios e a questão da Eletrobras também. Temos muita coisa em andamento, porque é um processo demorado. E, ao longo dos próximos anos, se o governo continuar com a filosofia semelhante à nossa, isso irá se transformar numa realidade”, afirmou Bolsonaro.

Nesta sexta-feira, 11, Lula recomendou que aliados não fiquem constrangidos por denúncias de supostas irregularidades da Petrobras durante os governos petistas, mas sim que defendam a política energética de seu governo e apresentem saídas para o setor, A estratégia do PT é antecipar os debates sobre assuntos polêmicos para evitar o desgaste mais perto das eleições. Neste momento, o PT começa articular apoios para a eleição de outubro. A executiva nacional do PSOL confirmou que na próxima quarta-feira, 16, começa oficialmente as negociações para apoiar a candidatura de Lula na corrida ao Palácio do Planalto. Guilherme Boulos deve estar à frente para costurar esse acordo entre PT e PSOL. O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e a deputada federal Taliria Petroni também estão costurando os acordos. Mas, em troca do apoio a Lula, o PSOL vai estabelecer algumas condições como, por exemplo, a revogação da reforma trabalhista e a previdenciária, o teto de gastos, além do compromisso de que o PT fará uma reforma tributária para diminuir a taxação no consumo de bens essenciais e populares e crie a taxação de grandes fortunas.

Política

TCU marca primeira análise da privatização da Eletrobras para 15 de dezembro

 

O processo que trata da privatização da Eletrobras entrou na pauta da última reunião do Tribunal de Contas da União (TCU) deste ano, marcada para a próxima quarta-feira (15), aponta o documento divulgado no site da corte nesta sexta-feira (10).

 

A primeira análise do tribunal sobre o processo estava prevista para esta semana, mas acabou sendo adiada de última hora devido à apresentação de manifestações “oriundas do Poder Executivo e da sociedade”, segundo o relator do processo, Aroldo Cedraz.

 

Na sessão da semana que vem, que começará às 10 horas, o TCU vai avaliar o bônus de outorga a ser pago pela renovação das concessões da Eletrobras em novo modelo, além da destinação de recursos da operação à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

 

CNN Brasil