Política

Petrobras não é só para ter lucro para acionistas, diz ministro

 

O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) falou nesta 2ª feira (1º.abr.2024) sobre as divergências entre os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a divisão dos dividendos extraordinários –pagamento extra que as empresas fazem aos seus investidores– da estatal. Em entrevista à GloboNews, Silveira afirmou ser preciso reconhecer que as empresas privadas e de capital misto são importantes para criar renda, mas elas têm “deveres sociais” com o Brasil.
“Nós não podemos admitir que a Petrobras tenha um único exclusivo objetivo de ter lucros exorbitantes para poder distribuir a seus acionistas. Nós queremos que ela tenha muito lucro, nós queremos que ela seja altamente competitiva”, declarou. “Nós vamos trabalhar para isso”, continuou. Em 7 de março, o Conselho da Petrobras aprovou a proposta de encaminhar à AGO (Assembleia Geral Ordinária), marcada para 25 de abril, uma distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, ou seja, o mínimo previsto em sua política. Outros R$ 43 bilhões serão retidos em reserva estatutária, mecanismo criado em 2023 com a aprovação de um novo estatuto da estatal. O ministro disse ficar “extremamente preocupado e até indignado” com o fato de o mercado chamar o governo de intervencionista, visto que o Executivo é “controlador da Petrobras”.

Ele declarou: “Nós nada mais fizemos do que exercer o nosso direito de discutir com os nossos conselheiros –indicados pelo governo, dentro da lei, respeitada a governança da Petrobras, respeitada essa natureza jurídica– a destinação correta dos dividendos extraordinários”. O Planalto orientou os conselheiros governistas a votar contra a distribuição dos proventos extras. Silveira disse que a distribuição dos dividendos ordinários, “que são aqueles que obrigatoriamente devem ser distribuídos aos acionistas”, foi feita de forma rigorosa.

“Os extraordinários foram encaminhados para uma conta de contingência que serve exclusivamente para pagar dividendos”, disse o ministro. Segundo ele, “existe uma clara demonstração de uma resistência do mercado em consequência da boca torta” que empresários “adquiriram nos últimos anos e, em especial, nos 4 anos” do governo de Jair Bolsonaro (PL). Durante esse período, “eles faziam o que queriam com o Brasil”.  “Agora, o que nós não podemos é deixar de fiscalizar, por exemplo, o que a diretoria da Petrobras está fazendo do ponto de vista do cumprimento do seu plano de investimento aprovado pelo conselho de administração”, completou.

Informações do Poder 360

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Grande empresa Suíça admite esquema de corrupção envolvendo a Petrobras por 10 anos

 

A Trafigura, uma das principais comerciantes de commodities do mundo, admitiu envolvimento em um esquema de corrupção que implicou autoridades brasileiras e a estatal Petrobras, conforme divulgado pelo Departamento de Justiça dos EUA. A atividade ilícita, que se estendeu por mais de dez anos, envolveu o pagamento de subornos a funcionários do governo brasileiro de 2003 a 2014 para assegurar contratos com a Petrobras. Durante os períodos mencionados, a Petrobras estava sob a gestão de nomeados por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Para resolver as investigações do órgão americano, a Trafigura concordou em pagar uma multa de 126 milhões de dólares.

Nicole Argentieri, chefe da divisão criminal do Departamento de Justiça, destacou que a confissão de culpa sublinha a seriedade das consequências para empresas que se envolvem em suborno e violam princípios jurídicos. Ela reiterou o compromisso do departamento em combater a corrupção e punir os infratores.

Segundo as acusações, a Trafigura teria lucrado aproximadamente 61 milhões de dólares com o esquema de corrupção global. A partir de 2009, a empresa teria acordado pagar subornos de até 0,20 dólares por barril de petróleo comercializado com a Petrobras.

Com informações do Uol Notícias

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MP pede ao TCU investigação sobre interferência de Lula na Petrobras

 

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), Lucas Furtado, pediu a apuração de interferência na Petrobras por parte de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele apontou indícios de descumprimento da Lei das Estatais, que proíbe a ingerência política em sociedades de economia mista, ainda que a União seja acionista majoritária.

Na representação, Furtado afirmou que a decisão de não repassar dividendos aos acionistas contrariou a avaliação da área técnica da empresa e também teria passado por cima das avaliações do Conselho de Administração e do próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Para o subprocurador, a medida “aparentemente não observou as bases econômicas necessárias e visou atender opções do governo federal”.

“A empresa conta com suas diretorias e com seu Conselho de Administração para tomar decisões técnicas, não sendo legítimo que o acionista controlador imponha qualquer tipo de decisão de forma arbitrária e sem os devidos fundamentos”, assinalou Furtado.

Caso os indícios sejam confirmados, o subprocurador pede que seja instaurada uma tomada de contas especial (processo que objetiva ressarcir danos) e que os agentes envolvidos sejam responsabilizados, “sem prejuízo de remessa de cópia ao Ministério Público Federal para adoção das medidas pertinentes”.

Na representação, Furtado afirmou que a decisão de não repassar dividendos aos acionistas contrariou a avaliação da área técnica da empresa e também teria passado por cima das avaliações do Conselho de Administração e do próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Para o subprocurador, a medida “aparentemente não observou as bases econômicas necessárias e visou atender opções do governo federal”.

Deu no R7

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Do recorde à crise: como o ‘atropelo’ do governo derrubou ações da Petrobras

 

A confusão política que provocou perdas bilionárias nas ações da Petrobras começou antes da divulgação do balanço da estatal, que veio acompanhada do anúncio da decisão de reter dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023.

Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, segundo a Folha apurou, procuraram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para defender a retenção dos dividendos extraordinários, argumentando que a empresa precisa ter dinheiro em caixa para investir mais.

A iniciativa dos ministros, que contrariava a estratégia da companhia, considerava parecer interno apontando que a eventual distribuição dos dividendos poderia ter impacto nos indicadores de endividamento na companhia, prejudicando investimentos futuros.

Esse era, porém, apenas um dos cenários traçados.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Petrobras dobrou gastos de publicidade em 2023 para mais de R$186 milhões

 

O primeiro ano do terceiro mandato de Lula foi de bonança para veículos de comunicação amigo, que recebem anúncios da Petrobras. Entre TV, internet, mídia exterior e etc, são nove nichos onde a petroleira despejou exatos R$186.202.739,71 em 2023. A montanha de dinheiro é mais do que o dobro usado em 2022, quando a companhia usou R$92,2 milhões. A dinheirama supera o recorde de 2017, conforme consta da transparência da petroleira, torrando R$170 milhões em propaganda.

Jornalões faturam

Com circulação cada vez mais rara, jornais também multiplicaram a verba, que passou de R$1 milhão em 2022 para R$5,7 milhões.

Para inglês ver

Para ficar bem na fita, gastos com mídia exterior foram turbinados, saltaram de R$6,1 milhões para impressionantes R$24,5 milhões.

Gastos com publicidade na internet, outra bolada: R$34 milhões. Até revistas em declínio receberam um arame, R$128,3 mil.

Emissoras de canais abertos e fechados não têm o que reclamar: foram mais de R$90 milhões para divulgar a Petrobras.

Informações do Cláudio Humberto

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Alto escalão da Petrobras devolveu R$279 milhões e confessou corrupção

 

O esquema de corrupção ligado à Petrobras e investigado pela Operação Lava Jato a partir de 2014 foi confirmado por cinco ex-funcionários do alto escalão da estatal em delação premiada. Os ex-executivos ainda aceitaram devolver R$279,8 milhões ao Tesouro e à petrolífera.

Do total de recursos devolvidos, R$244 milhões foram oriundos de propinas obtidas pelos executivos e eram mantidas em contas no exterior, em dinheiro vivo e na forma de terrenos e até de carro importado. O restante corresponde a valores de multas compensatórias pelos crimes cometidos.

Nos acordos de delação, os ex-funcionários da Petrobras apontaram as maiores empresas do setor de infraestrutura brasileiro como pagadoras de propina e eles próprios. Em uma ação inédita no País, a Lava Jato investigou e prendeu presidentes e dirigentes das gigantes da construção entre 2014 e 2015. Com o prosseguimento das investigações, executivos da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht passaram a confessar os pagamentos ilegais e assinaram delações. As empresas firmaram acordos de leniência.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi o primeiro ex-integrante da cúpula da estatal a dizer que um cartel de empreiteiras dominou as obras bilionárias da petrolífera a partir de 2006. Costa admitiu ter recebido milhões em propinas sobre os contratos da estatal com essas empresas e contou que recebeu o dinheiro em shoppings e em casa.

Ao formalizar a delação, o ex-diretor renunciou a US$2,8 milhões que estavam em uma conta nas Ilhas Cayman e a US$23 milhões depositados na Suíça. Comprometeu-se a pagar uma multa compensatória cível de R$ 5 milhões e a entregar uma lancha de R$ 1,1 milhão, terrenos avaliados em R$ 3,202 milhões, valores em espécie apreendidos com ele (R$ 762.250,00, US$ 181.495,00 e 10.850,00 euros) e um carro importado de R$ 300 mil.

Após Costa, a Lava Jato fechou acordos de colaboração com o ex-diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, e os ex-gerentes da Petrobras Pedro Barusco e Eduardo Musa. O ex-diretor da área de Engenharia Renato Duque não chegou a firmar uma delação com o Ministério Público Federal, mas afirmou, durante audiência perante a Justiça Federal do Paraná, no ano passado, que colaborava espontaneamente.

Em novembro de 2015, Cerveró concordou, por exemplo, em entregar 1 milhão de libras que eram mantidas em contas na Inglaterra. O ex-diretor também aceitou devolver outros US$495 mil que estavam em uma offshore nas Bahamas e R$6,7 milhões, o equivalente ao valor de dois apartamentos que o ex-dirigente mantinha em Ipanema, no Rio.

Deu no Diário do Poder

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Marinho aciona TCU e PGR contra Lula por ingerência na Petrobras

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Foto: Agência Senado

 

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que atuem contra o aparelhamento político e manipulação da Petrobras pelo governo de Lula (PT). O senador denunciou, ontem (12), em discurso no Plenário do Senado, que a ingerência do governo do PT prejudica a maior estatal e a economia do Brasil.

Marinho acusa o governo de Lula de causar a perda de quase R$ 60 bilhões no valor da Petrobras, na Bolsa de Valores, “graças à forma desastrada, eleitoreira, populista e irresponsável” com que interfere na estatal. E sua representação no TCU questiona a legalidade da atuação do presidente da República e dos ministros Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Fernando Haddad, da Fazenda, no episódio que pressionou a estatal a reter a distribuição de dividendos da Petrobras a acionistas.

“Exigimos transparência e respeito às leis, não o típico aparelhamento e manipulação política do PT, que prejudica a nossa maior estatal e a economia!”, disse Marinho, ao tratar de seu apelo ao TCU.

Ex-ministro de Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL), Marinho acusa o PT de voltar a aparelhar a Petrobras e a adotar “o velho populismo que dilapidou a maior estatal brasileira”, em clara referência aos escândalos de corrupção combatidos pela Operação Lava Jato, o petrolão . “São os mesmos personagens, os mesmos métodos e as mesmas práticas irresponsáveis que afundaram nossa economia em 2015 e 2016”, acusou o senador.

Marinho pede que a PGR investigue possíveis ilícitos de movimentações atípicas com ações da Petrobras, ao sugerir que a entrevista do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a retenção dos lucros, derrubou títulos da estatal na Bolsa, e milhões de ações foram adquiridas. “Alguém ganhou muito dinheiro com isso. Por isso, pedimos apuração”, justificou.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi alvo de pedido de Marinho para investigar a ingerência sobre a definição do comando da Vale, bem como sobre a Petrobras estar vendendo petróleo às refinarias da Petrobras por um preço e às refinarias privatizadas por um preço de 10% a 15% maior do que o seu valor de venda.

Deu no Diário do Poder
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Petrobras e Vale perdem R$104 bilhões em valor de mercado após interferências de Lula

Presidente Lula. Foto: Agência Brasil

 

Expressão brasileira define bem o calote no pagamento de dividendos a acionistas da Petrobras e as tentativas de interferência do governo na Vale: Lula “passou a perna” nos investidores.

Desde os ataques, as duas maiores empresas do Brasil perderam mais de R$104 bilhões de valor de mercado. E o petista ainda conspira contra as contas públicas, reduzindo na estatal a maior parte de dividendos, a ser paga ao próprio governo, que passou a mão em tudo e ainda xinga investidores de “gananciosos”.

Após o assédio de Lula no comando da Vale, a empresa perdeu R$48,3 bilhões de valor desde janeiro. A Petrobras derreteu quase R$56 bilhões.

A imensa maioria dos enganados são de trabalhadores, inclusive os que Lula 2 estimulou que comprassem ações da Petrobras com seu FGTS.

Estudo recente da bolsa de valores B3 mostrou que dois terços dos investidores alocam até um máximo de cem reais por mês em ações.

O golpe petista, a pretexto de “investir os dividendos”, provocará fuga de investidores, encolherá o caixa e a Petrobras entrará na rota do brejo.

Deu no Diário do Poder

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Lula derruba ações após dizer que Petrobras não deve pensar nos acionistas

Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (11) que a Petrobras não tem de pensar nos acionistas. Em entrevista, o esquerdista chamou o mercado financeiro de “dinossauro voraz”, que quer tudo para ele. A fala ocorre em meio a uma intensa crise envolvendo a companhia. A Petrobras anunciou, na quinta-feira (7), queda no lucro e não distribuiu todos os dividendos. A ação, como já era de se esperar, levou a um temor por pressão do Planalto sobre a companhia e fez desabar as ações da empresa

A petroleira perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado na sexta-feira (8) e ações caíram mais de 10%, com os ADRs (recebidos de papéis negociados nos Estados Unidos) recuando.

No pregão desta segunda, as ações da petroleira até chegaram a apresentar recuperação e operaram em alta na maior parte do dia, mas voltaram a desabar a com as declarações do presidente. No fechamento do dia, a Petrobras encerrou em queda de 1,30% nos papéis preferenciais (sem direito a voto) e 1,95% nos ordinários (com direito a voto).

Ao todo, desde a última sexta, a empresa já perdeu R$ 63,7 bilhões em valor de mercado. Lula, no entanto, minimizou os efeitos negativos.

Deu no Conexão Política

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Com Petrobras sob pressão, Ibovespa cai quase 1%, aos 127 mil pontos

B3 teve alta de 0,15%, a 129.609,05 pontos, com giro financeiro fraco, de R$ 17,4 bilhões

 

O Ibovespa moderou perdas ao longo da tarde e conseguiu sustentar, no fechamento, a linha de 127 mil pontos, após ter tocado mínima da sessão a 125.802,48, mais cedo, então no menor nível intradia desde 8 de dezembro. Boa parte desta queda decorreu da correção implacável em um dos principais ativos da B3, Petrobras, que mostrou em boa parte do dia perdas de dois dígitos, tanto na ON como na PN. A correção decorreu menos do lucro de 2023 – segundo maior da história, ainda que em queda significativa ante o recorde de 2022 – e mais da frustração dos investidores com relação a dividendos extras e planos da empresa.

No fechamento, Petrobras ON e PN mostravam quedas ainda expressivas, de 10,37% e 10,57%, respectivamente, que colocaram o Ibovespa em baixa de 0,99%, a 127.070,79 pontos, em dia em geral positivo para outras ações de peso no índice, com destaque para os grandes bancos (Itaú PN +0,92%, Bradesco PN +0,58%, Santander Unit +0,99%) e parte do setor metálico, como CSN (ON +2,90%). Vale ON, por sua vez, caiu 0,77%.

Na ponta do Ibovespa na sessão, destaque para Dexco (+6,77%), Petz (+4,76%) e 3R Petroleum (+4,28%). No lado oposto, além das duas ações da Petrobras, vieram Fleury (-1,98%) e Vamos (-1 91%). Reforçado, o giro financeiro na B3 subiu a R$ 32,9 bilhões nesta sexta-feira, em que a abertura do dia, aos 128.334,69 pontos, quase correspondeu à máxima (128.338,33) da sessão. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 1,63%, após ter cedido 0 18% no intervalo anterior. No mês, o índice recua 1,51% e, no ano, perde 5,30%.

Fonte: Estadão Conteúdo