Polícia

Mulheres de líderes do PCC foram de pombos-correio a sócias no crime, aponta investigação da PF

Foto: reprodução/Record TV

Uma conversa de casal ganhou o noticiário e as redes sociais na última semana. No parlatório de uma penitenciária federal, o líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, falava com a mulher, Cynthia Giglioli Herbas Camacho. Segundo a Polícia Federal, ela teria participado de um esquema que planejava uma fuga cinematográfica para o marido e outras lideranças.

Os investigadores enxergaram no contato uma troca de códigos que visava facilitar a fuga. O papel de mulheres de megatraficantes como um pombo-correio para o mundo externo é uma prática antiga que atende desde apelos por fugas a organizações de mercados criminosos no mundo externo. Nos últimos 20 anos, o papel dessas mulheres, porém, se expandiu e assumiu diferentes características, como a ligação com atividades de lavagem de dinheiro, apontam especialistas ao Estadão.

“O envolvimento de mulheres do PCC e das outras organizações criminosas também não é novidade”, disse o procurador de Justiça de São Paulo Márcio Christino, autor do livro Laços de Sangue, a História Secreta do PCC. Ele reconhece que as formas de atuação das chamadas primeiras-damas envolvidas no crime organizado passaram por alterações ao longo do tempo.

Nos anos 1990, quando a facção surgiu nos presídios paulistas, Christino aponta que era bem mais comum a atuação de mulheres como pombo-correio, até pelo maior grau de improvisação que se tinha na época. “Isso teve seu ápice logo na época da primeira operação contra o PCC, quando os líderes foram isolados (dentro dos presídios)”, afirmou o procurador.

Diante da limitação imposta a eles, mulheres de lideranças históricas da organização – como José Márcio Felício, o Geleião, e Augusto Roriz da Silva, o Cesinha – teriam passado a desempenhar também papéis centrais, o que foi crescendo por volta dos anos 2000.

Conforme Christino, mulheres de líderes do PCC constituíram “um núcleo da organização durante certo período de tempo”. “Elas eram consideradas como verdadeiras líderes fora do sistema prisional. A palavra delas representava um mando direto dos líderes, chegaram a gerenciar a organização criminosa naquele momento.”

Transformação

O procurador explica que a atuação se transformou depois disso. A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivana David, destaca as funções financeiras e de gestão desempenhadas por elas nos últimos anos. “De lá para cá, a tecnologia foi mudando, o sistema prisional foi mudando. Os presos saíram das carcerárias das delegacias e foram levados para o interior. As mulheres também foram mudando sua atuação e cada vez mais ocupando cargos de maior relevância”, continua Ivana. “Hoje, a gente sabe que há mulheres que cuidam da parte financeira de células do PCC.”

Um experiente delegado da Polícia Civil de São Paulo, que investiga o PCC desde o fim dos anos 1990, destacou que o papel das mulheres das lideranças hoje passa pela gestão dos bens obtidos por meio de recursos do crime.

Ele, que preferiu não se identificar, explica ter comandado investigações que indicaram que as mulheres de lideranças chegaram a dar voz de execução em alguns casos e tomavam decisões por conta própria, principalmente no começo dos 2000. Com a estruturação da facção, o cenário mudou e elas migraram para outras funções.

Rio

O cenário não se restringe ao PCC. Danúbia de Souza Rangel, ex-mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, também ganhou o noticiário após ser acusada de coordenar o tráfico no morro após a prisão do marido. Irmã do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, a advogada Alessandra Costa já foi acusada pela Polícia Federal de atuar na administração dos bens do megatraficante. Elas alegam inocência.

Com informações do R7

Notícias

Governo dos EUA monitora ligação entre traficantes do PCC e garimpo ilegal de ouro na Amazônia

 

O governo dos Estados Unidos está preocupado com as ligações entre a maior quadrilha de tráfico de drogas do Brasil e a mineração ilegal de ouro na floresta amazônica, disse uma autoridade do Tesouro dos EUA nesta quarta-feira (18), após reuniões com autoridades de segurança brasileiras e a sociedade civil.

Brian Nelson, subsecretário de terrorismo e inteligência financeira do Tesouro dos EUA, afirmou ter recebido informações alarmantes sobre conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e garimpeiros que atuam na Amazônia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs em dezembro sanções financeiras ao PCC, que nasceu nas prisões de São Paulo no início dos anos 1990 e hoje é a organização criminosa mais poderosa do país, que ajuda a inundar a Europa com cocaína.

Nelson afirmou que suas reuniões em Brasília e São Paulo despertaram preocupações de que o PCC também possa estar envolvido em crimes ambientais, como mineração ilegal de ouro.

“Estamos focados na mineração ilegal de ouro… porque tanto pode gerar recursos para outras atividades ilícitas, dado o valor do ouro, quanto fornecer um meio para lavar os recursos ilícitos do narcotráfico”, disse ele a jornalistas.

Nelson afirmou que também discutiu com autoridades brasileiras uma proposta de teto para o preço do petróleo russo como parte de uma resposta do Ocidente à invasão da Ucrânia.

Ele não comentou a visão do governo brasileiro sobre a proposta, mas disse que as “discussões técnicas” continuarão. O Brasil é um exportador líquido de petróleo com poucas conexões diretas com o setor energético russo.

Informações do R7

Notícias

Mulher de Marcola diz que ele é traído por membros de facção e corre risco de morrer

 

Em uma conversa durante visita a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, Cynthia Giglioli da Silva Camacho afirmou que ele pode estar sendo traído por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), da qual é apontado como líder, e corre o risco de morrer. “Está saindo esse boato dessa maldita liderança que falam que é sua e que querem tomar de você”, disse.

Na gravação, Marcola responde confiante: “Ninguém tem condições de fazer nada comigo”. Mesmo assim, a mulher manifesta preocupação com a vida dele, e o chefe do PCC pede a ela que fique tranquila. “Quando você me viu perder?”, questiona.

O detento não tem direito a visita íntima porque está em uma penitenciária federal. Nesse tipo de presídio, Marcola consegue ver a esposa e falar com ela apenas por meio de uma parede de vidro, blindada. Ele fica 48 horas trancado na cela e tem direito a quatro de banho de sol.

A conversa foi gravada para que a polícia pudesse investigar possíveis códigos na comunicação entre ele, a família e os advogados.

Para tentar acalmar a esposa, Marcola muda de assunto em seguida e diz quanto ela está bonita. “Que saudade desse ‘bocão’, fecho os olhos e imagino ele.” Cynthia, por outro lado, desabafa e diz que gostaria de ter um marido normal.

O casal falou também sobre o desempenho dos três filhos na escola e a programação das férias da família pela Europa.

Marcola, hoje com 54 anos, foi condenado a 342 anos de prisão.

Filho

Em visita do filho à prisão, Marcola revela seu medo de que o garoto, que tem 13 anos, entre para o crime. Ele aconselha o adolescente a não usar drogas nem brincar com armas de brinquedo. “Meu maior trauma, da sua mãe e da família inteira é que você siga os meus passos”, disse ele ao filho durante uma visita na prisão.

As conversas gravadas foram disponibilizadas com exclusividade ao programa Domingo Espetacular, da Record TV. A data da gravação marca o dia 12 de janeiro deste ano.

Marcola também reclama de que o adolescente vem se mostrando rebelde e dando trabalho à mãe, já que teria de tudo, inclusive, segundo ele, uma casa com piscina. Além disso, aconselha-o a não usar drogas. “Fumar é coisa de mané, começa assim e pode te levar para o outro mundo”, diz ele, referindo-se ao crime. O suposto chefe do PCC pede ainda que o filho faça mais exercícios físicos.

Deu no R7

Notícias

PT e PCC: Polícia investiga envolvimento de advogada lulista com o crime organizado

 

Militante assumida pró-Lula, relações de Deolane com integrantes do PCC serão investigadas. Coaf aponta que empresa de advogada movimentou R$ 13 milhões em um ano.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que a empresa da advogada e influencer digital Deolane Bezerra movimentou quase o triplo do limite permitido. Documentos da Polícia Civil de São Paulo, obtidos com exclusividade pelo SBT, também apontam que ela teria participação em negócios duvidosos que anuncia nas redes sociais. A polícia investiga o envolvimento da advogada com o crime organizado.

Segundo o Coaf, a empresa de Deolane movimentou R$ 13 milhões entre maio de 2021 e maio de 2022, muito acima do limite de R$ 4,8 milhões estabelecido pelo Simples Nacional. O novo inquérito foi instaurado na mesma delegacia responsável pela busca realizada na mansão de Deolane Bezerra, em julho. Apesar de tentar demonstrar que o seu patrimônio recente tem sido formado por meio de contratos de publicidade, a estrela das redes vai responder por crime contra as relações de consumo e associação criminosa.

Propaganda enganosa

Os negócios costumam ser anunciados por Deolane, nas redes, como propostas rentáveis. Em um deles ela diz: “E não é porque eu sou embaixadora não, mas Lance Milionário é a melhor do mercado”. Em publicação recente, a advogada ainda cita: “É a empresa que eu mais gosto hoje em dia de divulgar, eu não tenho trabalho, não me enche a paciência, o retorno é muito bom”.

Em outra publicação, a advogada além de fazer a publicidade e venda de produto com características de jogo de azar, publica em seu Instagram que o filho, de 16 anos, utiliza a plataforma para jogos e anuncia que o menino ganhou e resgatou R$ 10 mil.

Deolane está sendo investigada ao lado das irmãs Daiane e Daniele Bezerra, que aparecem como sócias da empresa “Bezerra Publicidade” e se valem de propagandas anunciadas com métodos parecidos.

Segundo o inquérito, “as influenciadoras não estão agindo como ‘garotas propagandas’ dos itens, em verdade, atuam como ‘sócias de fato’ dos produtores, tendo em vista, receberem ‘porcentagem’ na venda de cada um”.

O documento aponta para a prática “reiterada” de crimes contra as relações de consumo, uma vez que as envolvidas se aproveitam da capacidade de seduzir seus seguidores e da confiança que eles depositam nelas.

Se ficar comprovado que Deolane e suas irmãs, induziram o consumidor ou usuário a erro, por indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre o bem ou serviço, por meio da divulgação publicitária, elas estarão sujeitaa a pena de detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.

Sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

A polícia também acusa a advogada de sonegação fiscal. Deolane declarou à Receita Federal o total de rendimentos tributáveis no valor de R$ 67.026,32, renda incompatível com a vida de luxo e ostentação.

“Analisando a modesta declaração de imposto de renda de ‘pessoa física’ da investigada, verificamos que é contrastante com o ‘luxuoso e dispendioso’ estilo de vida da influenciadora digital Dra Deolane, razão pela qual, compreendemos as razões para as comunicações feitas pela instituição bancaria ao Coaf em face da identificação de indícios de sonegação fiscal”, diz o documento.

Segundo o inquérito, pode ser possível que parte do volume a que se credita serem originados de contratos de publicidade, “em verdade, possam ser resultantes de atividade destinada ao branqueamento de dinheiro oriundo do tráfico de drogas”.

Novo inquérito

A Polícia Civil comunicou ainda ao Judiciário, a abertura de um terceiro inquérito contra Deolane Bezerra, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com base em documentos do Coaf, os policiais vão investigar negócios da advogada com integrantes do crime organizado.

Deolane comprou carros de pessoas ligadas a duas empresas do transporte público de ônibus da capital paulista: a Upbus e a Qualibus. As duas empresas, de acordo com a polícia, são controladas por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. A influenciadora também vendeu veículos para essas pessoas, o que a polícia define como lavagem de dinheiro.

Pelo menos dois carros de Deolane foram apreendidos em julho. A advogada pediu à Justiça à devolução dos veículos, mas o pedido foi negado.

Deu no Terra Brasil Notícias

Polícia

Operação da Polícia Federal busca prender integrantes do PCC que planejavam resgatar Marcola

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Anjos da Guarda, com o objetivo de desfazer o plano de resgate de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atualmente estão presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho (RO).

Entre eles, está o narcotraficante Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, que foi condenado a mais de 300 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas e homicídio.

Em março deste ano, Marcola  foi transferido de Brasília para Porto Velho, em Rondônia. De acordo com a Polícia Federal, o plano para soltar o líder contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

A PF informou, ainda, que além do provável resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos. Para organizar as atividades ilícitas, os investigados aproveitavam os  atendimentos e as visitas em parlatório (local de visita com o preso), usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que não existiam.

A  Operação Anjos da Guarda recebe o  Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Estão na equipe da ação cerca de 80 policiais federais para cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em três unidades da Federação: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).

Informações do Estadão

Notícias

Polícia Federal volta a investigar ligação de Adélio Bispo com o PCC

 

Sob novo comando, a Polícia Federal voltou a considerar, a partir da reabertura das investigações sobre o atentado contra a vida de Jair Bolsonaro, a possível relação entre Adélio Bispo, autor da tentativa de homicídio, e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.

A linha de investigação se encaixa com os anseios do próprio Jair Bolsonaro, que nunca se deu por satisfeito com as conclusões anteriores dos investigadores.

Em dois relatórios, o delegado Rodrigo Morais Fernandes, encarregado do caso até o ano passado, concluiu que Adélio agiu sozinho no dia do atentado. Ele não encontrou indícios da participação de terceiros no atentado contra o então candidato presidencial. Morais já havia descartado, inclusive, a ligação do PCC com o atentado.

Em diversas oportunidades, em público e em privado, o presidente se queixou do trabalho da PF. O Ministério Público Federal concordou com o resultado da apuração conduzida por Morais e propôs o arquivamento da apuração.

A troca no comando da investigação

Em dezembro de 2021, o delegado foi nomeado pelo então diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, para passar uma temporada de dois anos em Nova York, representando o Brasil em uma força-tarefa do governo americano dedicada ao combate a crimes financeiros.

A saída de Rodrigo Morais do caso coincidiu com uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o TRF-1, que finalmente autorizou que a PF vasculhasse os telefones celulares apreendidos com os advogados que assumiram a defesa de Adélio Bispo.

Até então, os policiais estavam impedidos de periciar os celulares em razão de uma liminar obtida pela Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB. Foi um pedido de Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, que levou o TRF a liberar o acesso aos aparelhos.

Com a decisão do tribunal, a apuração foi reaberta pela PF e outro delegado, Martin Bottaro Purper, foi escolhido para tocar o caso.

Delegado especialista em PCC

Purper é um dos maiores especialistas em PCC dentro da corporação. Ele esteve à frente, por exemplo, de uma operação que teve como alvo o braço financeiro da facção.

Paralelamente à mudança de delegado, por decisão da direção-geral da PF o inquérito deixou de correr na superintendência da corporação em Minas Gerais (estava lá porque o crime se deu na cidade mineira de Juiz de Fora) e passou a ser conduzido sob a estrutura da Diretoria de Inteligência Policial, a DIP, em Brasília.

O setor, responsável pelos casos mais sensíveis em investigação na PF, é subordinado diretamente ao gabinete do diretor-geral.

Martin Purper, o delegado que coordena atualmente a apuração, está vinculado à DIP. Pelo menos outros quatro policiais o auxiliam.

Registro em celular de advogado

Fontes a par da nova etapa da investigação disseram à coluna, sob reserva, que a hipótese de ligação de Adélio com o PCC voltou a ser considerada a partir de registros localizados no telefone celular de um dos advogados do agressor de Bolsonaro.

Em ao menos um desses registros, um dos advogados liga o nome de Adélio ao PCC. Não se sabe exatamente em que contexto nem está claro se poderia se tratar de um chiste. Foi o suficiente, porém, para que a nova equipe passasse a considerar a hipótese.

As especulações sobre a suposta relação do PCC com a facada em Jair Bolsonaro surgiram logo após o atentado, a partir da constatação de que pelo menos um dos advogados da equipe que se apresentou para defender Adélio também atende integrantes da facção criminosa.

O “sonho” de Bolsonaro

Ao menos no discurso, o atual comando da PF se mostra alinhado com a linha presidencial sobre a apuração do atentado. Diz, por exemplo, que nas administrações anteriores o caso não foi tratado com a atenção e a prioridade necessárias.

Investigadores, porém, asseguram estar empenhados para esgotar todas as hipóteses possíveis, de modo que nem Jair Bolsonaro nem outros interessados possam questionar o resultado do trabalho.

A PF é subordinada atualmente ao ministro Anderson Torres. O titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, delegado federal de carreira, é um dos mais leais auxiliares de Bolsonaro.

Informações do Metrópoles

Política

Denúncia de ligação com o PCC provoca pedido para cancelar registro do PT

 

Citando trechos da denúncia de Marcos Valério, ex-tesoureiro do Mensalão do governo Lula, que apontou ligações do PT com o crime organizado, inclusive ao PCC, até no financiamento de campanhas petistas, o diretor da Associação dos Assessores de Investimentos AIs Livres) de São Paulo, Gustavo Araújo, protocolou no Ministério Público o pedido de “cancelamento” do PT e o veto a candidaturas petistas este ano.

“Considerando esse fato, considerando os escândalos da Lava Jato envolvendo os maiores casos de corrupção com o Partido dos Trabalhadores, é necessário que o Ministério Público faça o quanto antes o cancelamento deste partido”, sustenta.

O investidor aponta a existência de “provas fartas de que o PT se tornou uma organização criminosa” e defende:

“Em qualquer país sério, se um partido político tiver relações de ex-tesoureiros ligados a organizações criminosas e financiamento externo de países ditatoriais, deve-se haver o imediato cancelamento conforme art. 30 da Lei 9.096/95”.

Gustavo, que é pré-candidato a deputado estadual pelo PL, postou vídeo nas redes sociais em que aparece diante do Ministério Público de São Paulo estimulando iniciativas semelhantes.

Deu na 96 FM

Política

Marcos Valério decide não ir à Câmara para falar da relação entre PT e PCC

 

O publicitário Marcos Valério decidiu nesta quinta-feira (7) que não vai comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados no próximo dia 14 para explicar a relação entre integrantes do PT e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi confirmada à CNN pela defesa de Valério.

Na quarta-feira (6), os parlamentares do colegiado aprovaram um requerimento de Eduardo Bolsonaro (PL), solicitando a presença do publicitário. O documento original falava em “convocação”, que obrigaria o Valério a comparecer. Os deputados, no entanto, modificaram o texto para “convite”.

Valério tomou a decisão após se reunir com seus advogados. Ele assinou uma carta em que declina o convite da Câmara. O documento foi enviado à comissão ainda nesta quinta-feira.

O requerimento foi apresentado após a Veja divulgar, na semana passada, trechos de uma delação premiada de Valério.

Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que o empresário Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas de ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro financiaria campanhas do PT ilegalmente.

Informações da CNN Brasil

Política

CPI do Narcotráfico deve investigar relação entre PT e PCC

 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) lembrou, em pronunciamento nesta quinta-feira (7), ter protocolado em abril deste ano o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico.

O objetivo do colegiado, segundo ele, é investigar o crime organizado e apurar a relação entre o aumento de homicídios de jovens e adolescentes no Brasil entre 2016 e 2020 e essa atividade criminosa.

“O fato é que essa CPI vai investigar a expansão do narcotráfico, principalmente nas regiões do país onde os índices de violência explodiram nos últimos quatro anos”, declarou.

Em sua fala, o parlamentar destacou a matéria da revista Veja sobre a delação de Marcos Valério à Polícia Federal (PF) que aponta a eventual existência de ligação entre o Partido dos Trabalhadores (PT), o assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Em 2005, o senhor Marcos Valério entregou R$ 6 milhões a um empresário de Santo André que estaria chantageando o ex-presidente Lula, ameaçando contar detalhes sobre a ligação do PCC com o assassinato de Celso Daniel. Isso é muito grave e a nação precisa de uma resposta”, acrescentou.

Girão também citou alguns dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), segundo os quais os 14 estados mais violentos do país estariam localizados nas regiões Norte e Nordeste.

“A OMS [Organização Mundial da Saúde] considera como limite aceitável um índice de 10 mortes por 100 mil habitantes. Nos últimos 10 anos, foram assassinados 600 mil brasileiros, um número maior do que todos os mortos na guerra da Síria, que já dura 10 anos”, avaliou.

Deu no Conexão Política

Política

Bolsonaro chama Lula de “mentor” da morte de Celso Daniel; petista diz que presidente é “mentiroso”

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta (7) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é o mentor da morte” do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

A declaração foi proferida durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto o mandatário dizia que os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes atuam para favorecer o petista.

“Ninguém confia no [instituto] Datafolha. Surpreendentemente, os três ministros do TSE confiam piamente no Datafolha. Não adianta falar que o outro lado está envolvido com as Farc, que o mentor da morte de Celso Daniel é o candidato deles, não vale nada”, declarou.

Em nota, a assessoria de Lula afirmou que os boatos de participação na morte do ex-prefeito são mentirosos e que o chefe do Executivo não tem provas das acusações.

“O senhor Bolsonaro é mundialmente reconhecido como um mentiroso, que fala coisas sem base ou prova nenhuma. Lamentamos a reprodução irresponsável das suas falas sem nenhuma base sobre os mais diversos assuntos – como pandemia e economia”, diz o texto.

O crime

Em janeiro de 2022, Celso Daniel foi encontrado morto com marcas de tortura e perfurações de tiros em uma estrada em Juquitiba (SP), dois dias depois de ter sido sequestrado após sair de um restaurante na capital paulista.

Filiado ao PT, Celso Daniel era o coordenador do programa de governo de Lula na campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto naquele ano, sendo substituído por Antonio Palocci. Mesmo após 20 anos, o crime brutal parece ser uma ferida que nunca cicatriza.

À época, a Polícia Civil concluiu que o caso foi um “crime comum”. Apesar disso, o Ministério Público garante que a versão não se sustenta. O ex-presidente Lula nunca foi investigado formalmente.

Informações do Conexão Política