Política

Guedes vê Eletrobras ‘condenada à irrelevância’ e risco para Correios

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (1º) que a Eletrobras está “condenada à irrelevância”, os Correios correm risco de perder mercado nos próximos anos e a Petrobras “está sob risco”. A fala foi feita durante evento de certificação de governança de estatais no Ministério da Economia.

Em seu discurso, Guedes argumentava a favor da privatização das estatais. Sobre a Eletrobras, cujo processo de privatização está em andamento no governo, o ministro disse que ela não tem capacidade de fazer os investimentos necessários para acompanhar um crescimento de “4% ou 5%” do país.

“A Eletrobras teria que investir R$ 15,7 bi todo ano só para manter o fornecimento de energia elétrica, a fatia de mercado dela do fornecimento de energia elétrica. Ela só consegue investir R$ 3,5 bilhões, então ela está condenada à irrelevância. Se o Brasil crescer ela desaparece, se o Brasil ficar pequenininho, parado, em recessão,e ela continua importante”, disse Guedes.

O ministro ainda disse que, em funcionamento, a Eletrobras impede que outras empresas entrem no mercado porque nenhuma instituição privada.

“Se você tem uma estatal dominando o mercado ninguém entra”, afirmou o ministro.

Logo depois, Guedes defendeu a venda dos Correios. Segundo ele, a estatal terá que virar uma empresa de logística e há um risco de “dois ou três anos” virar irrelevante no mercado.

“Todo mundo que tá fazendo vendas e entregas digitais já tá preferindo montar sua própria empresa de logística, então ou vende ou perde o valor”, disse.

O Globo

Notícias

Paulo Guedes diz que espera inflação maior que a prevista em 2022, mas crescimento também

 

O ministro da economia, Paulo Guedes, voltou a demonstrar otimismo no crescimento da economia brasileira ao participar de evento promovido pelo banco Bradesco BBI, mas destacou que a inflação do país também pode ser maior em 2022. “Certamente, nós temos um problema com a inflação subindo. Certamente nós temos um problema porque não estamos sendo bem-sucedidos em implementar as reformas com a velocidade necessária. Tem muito barulho político, obstruções, mas ainda acredito que o Congresso nos apoiará com as reformas (…) a inflação provavelmente será um pouquinho maior do que vocês preveem, mas o crescimento também será acima do que vocês estão prevendo”, disse o ministro, que também voltou a manifestar confiança de que a reforma administrativa será aprovada no Congresso antes do fim do ano – ela muda as regras para os funcionários do setor público e tem a intenção de fazer o governo gastar menos.

 

Guedes também previu que os juros devem seguir em alta. “É verdade que juros vão subir com luta do BC para controlar inflação. Mas estamos realmente fazendo a transição para crescimento sustentável em todos os setores”, comentou. Segundo o ministro, essa transição envolve atrair majoritariamente investimentos privados no Brasil, que já estariam chegando em ‘todos os setores’, como transporte ferroviário, saneamento e energia elétrica. Além disso, as conversas mantidas pelo governo em viagem aos Emirados Árabes teriam assegurado ao país o compromisso de investimentos de US$ 10 bilhões em 10 anos.

 

Contudo, o ministro também cobrou o Senado pela aprovação da PEC dos Precatórios e da reforma do imposto de renda, considerados fundamentais para a implantação do Auxílio Brasil, novo programa social do governo – a PEC abriria espaço no orçamento e a reforma do IR traria a fonte de financiamento, segundo o ministro. “As coisas não estão andando no Senado”, reclamou Guedes, após destacar que a Câmara aprovou as duas. O ministro atribuiu a demora do Senado em avaliar a reforma por causa de lobbies contrários à taxação de lucros e dividendos, prevista no projeto. Também ressaltou que todos os outros pré-candidatos da eleição presidencial de 2022 falam em criar esse imposto e que o Brasil precisará fazê-lo para convergir para os padrões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países ricos ao qual o Brasil deseja se integrar.

 

Jovem Pan

Política

“Eu nunca pedi demissão” diz Ministro Paulo Guedes

Guedes: ‘Em nenhum momento eu pedi demissão’

Na tarde desta sexta-feira (22), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não pediu demissão do governo federal e nem o presidente Jair Bolsonaro insinuou isso. A declaração foi dada por ele em entrevista coletiva.

Essas especulações surgiram após o governo decidir alterar o teto de gastos para pagar um Auxílio Brasil de R$ 400. As mudanças levaram quatro secretários de Guedes a pedirem exoneração de seus cargos, situação que o ministro classificou como “natural”.

“Eu não pedi demissão. Em nenhum momento eu pedi demissão. Em nenhum momento o presidente insinuou qualquer coisa semelhante. Quando eu me referi ao André Esteves é porque eu soube que, enquanto eu estava lá fora, teve uma movimentação política aqui. Existe uma legião de fura-tetos, o teto é desconfortável”, disse ele,.

“Estou errado de não pedir demissão porque vão gastar R$ 100 a mais? Por gastar R$ 33 bilhões a mais?”, completou Guedes.

Guedes disse mais cedo que integrantes da ala política do governo Jair Bolsonaro procuraram o dono do banco BTG, André Esteves, para buscar nomes para o substituir. A declaração de Guedes sobre André Esteves foi feita após um ato falho.

O ministro anunciava que o seu assessor Esteves Colagno assumirá a secretaria do Tesouro e Orçamento do ministério. Nesse momento, afirmou que o “André Esteves” assumiria a função.

Notícias

Paulo Guedes permanece no governo e segue com reformas, afirma Bolsonaro

 

Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou à CNN nesta quinta-feira (21) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, segue no governo, apesar da saída de membros de sua equipe.

“Paulo Guedes continua no governo e o governo segue com a agenda de reformas. Defendemos as reformas, que seguem no Congresso Nacional”, afirmou Bolsonaro.

A situação de Guedes foi alvo de especulações após a saída de quatro secretários da pasta nesta quinta. O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento,

Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, pediram exoneração.

Na entrevista, o presidente confirmou a criação de um “socorro” aos caminhoneiros, anunciado nesta manhã em evento no Nordeste. Segundo ele, o auxílio seria importante em um momento de crise, atribuida por ele à pandemia da Covid-19.

CNN Brasil

Política

Ministro Guedes prova com documento saída de direção de Offshore em 2018

Foto: Divulgação

Uma carta da Trident Trust, agente financeiro responsável pela gestão da offshore Dreadnoughts International Group Limited, informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, permaneceu como diretor da companhia, de 24 de setembro de 2014 até 21 de dezembro de 2018.

Obtido pelo site O Antagonista, o documento foi solicitado pela defesa de Guedes e encaminhado nesta sexta-feira (08) pela Trident.

“Sobre ‘offshore’, elas são legais. Ela foi declarada, não houve movimento cruzando as fronteiras, trazendo dinheiro do exterior ou mandando dinheiro ao exterior. Desde que eu coloquei dinheiro lá, em 2014/2015, eu declarei legalmente. Qualquer dinheiro que está lá, é gerenciado de forma independente. Minha ação não tem influência nenhuma. Eu sai da companhia dias antes de vir para o cargo de ministro”, afirmou Guedes em evento do Itaú BBA que ocorreu nesta manhã.

 

São sócias do ministro na offshore a mulher, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, e a filha, Paula Drumond Guedes. A empresa, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, tem patrimônio de US$ 9,55 milhões.

No evento, o ministro da Economia afirmou também que vendeu as participações acionárias que tinha em outras empresas, para evitar qualquer conflito de interesses e que perdeu dinheiro: “Perdi muito dinheiro registrado aqui exatamente para evitar problemas como esse. Tudo o que estava ao meu alcance de investimento eu vendi tudo pelo valor de investimento. Eu perdi muito mais do que o valor da companhia que está declarado legalmente lá fora. É permitido, não fiz nada de errado”.