Notícias

Nova perícia médica de Adélio Bispo não tem data para ocorrer por falta de peritos

 

A nova perícia médica de Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) em 2018, não tem data para ocorrer devido à dificuldade para encontrar peritos disponíveis para realizá-la.

Adélio foi considerado inimputável em 2018, o que o levou a ser absolvido, mas internado no Presídio Federal de Campo Grande (MS) por tempo indeterminado por ser considerado perigoso. Na sentença, um prazo de três anos foi estipulado para uma nova perícia, período que se encerra no próximo dia 14 de junho.

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, afirmou não ter competência para decidir sobre a perícia, e a responsabilidade ficou com a 5ª Vara Federal de Campo Grande, que tem tido dificuldades para encontrar os profissionais capacitados. Dependendo do resultado da perícia, Adélio pode ser libertado caso seja notado que ele não oferece mais perigo.

Em nota enviada à Jovem Pan, a 5ª Vara Federal de Campo Grande explicou que foi considerada competente pelo Superior Tribunal de Justiça. “No entanto, apesar dos diversos esforços da secretaria da Vara junto aos peritos cadastrados na Subseção Judiciária de Campo Grande, até a presente data não houve manifestação de interesse dos dois peritos para a realização da avaliação, conforme exigido por lei”, esclareceu a instância.

A busca por peritos foi suspensa temporariamente por causa da pandemia de Covid-19 e a falta de peritos interessados não se restringe a esse caso. Por isso, a Vara solicitou manifestação do Departamento Penitenciário Nacional, entidade vinculada ao Ministério da Justiça, que informou que “não dispõe de servidor médico psiquiatra com aptidão para a realização de perícia médica e emissão de parecer pericial conclusivo”.

A Vara proferiu, então, despacho nesta sexta, 20, pedindo manifestação do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul e da Defensoria Pública, que ainda não responderam.

Polícia

Marqueteiro de Lula é acusado de desviar R$ 7,5 milhões de reais pelo MP

 

O novo marqueteiro do pré candidato à Presidência, Lula da Silva (PT), para as eleições de outubro, Sidônio Palmeira, é acusado de enriquecimento ilícito pelo Ministério Público. Segundo o MP, Sidônio teria participado de uma operação ilegal que desviou 7,5 milhões de reais dos cofres públicos.

Sidônio Palmeira também trabalhou para Fernando Haddad em 2018. Sua carreira, porém,  foi construída na Bahia, onde trabalhou para eleger e reeleger Rui Costa, o atual governador.

A informação foi divulgada revista Veja nesta sexta-feira (13/05). Sidônio é dono da Leiaute Propaganda. No ano de 2006, um consórcio liderado por sua empresa venceu uma licitação para prestar serviços de propaganda à Câmara dos Vereadores de Salvador.

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia descobriu uma série de fraudes no negócio. Uma delas foi a de ter recebido o dinheiro e simplesmente não prestou o serviço pelo qual foi paga.

O publicitário se defende atribuindo a culpa a uma falha dos vereadores na prestação de contas. Mas a alegação não convenceu o MP que, desde 2018, pede que Sidônio devolva parte do dinheiro desviado.

“Afinal, foram milhões de reais envolvidos no Contrato e seus Termos Aditivos, comprovadamente irregulares e, ainda, pretendem os acionados serem tratados como vítimas de uma suposta imprevidência de gestores, frontalmente vilipendiados pela Auditoria do TCM e pelo Ministério Público”, relatou a promotora Heliete Viana.

A denúncia do MP está estranhamente parada há mais de quatro anos na 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, sem qualquer manifestação do juiz, a quem cabe decidir se arquiva o caso ou transforma os suspeitos em réus.

No mês passado, a promotora Nívia Carvalho protocolou um ofício dirigido ao juiz onde cobrou o andamento da ação.

Notícias

Após flagrantes de advogados levando bilhetes de criminosos para detentos, Seap altera regras para entrada nos presídios do RN

 

Após flagrantes de advogados levando bilhetes de criminosos para dentro de presídios, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte decidiu endurecer os procedimentos para entrada desses profissionais nas unidades prisionais do estado.

De acordo com a pasta, a partir de agora os advogados deverão passar pelo bodyscan (aparelho de raios-x semelhante aos utilizados em aeroportos) e terão as visitas limitadas a 30 minutos de atendimento por cliente.

A Seap informou que desde janeiro foram registrados cerca de 10 casos de advogados com bilhetes de criminosos no sistema prisional – sendo pelo menos sete somente no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta. O último ocorreu durante o feriado de Páscoa.

Ainda segundo a Seap, a troca de mensagens ocorre por meio de bilhetes portados pelos próprios advogados dos presos, que receberiam até R$ 1 mil pelo serviço ilícito, segundo a pasta.

Segundo a pasta, os materiais apreendidos foram entregues à Polícia Civil e ao Ministério Público, para investigação.

“Algumas apreensões foram registradas pelas câmeras de circuito interno das unidades, inclusive casos de troca de salas atendimento para que o advogado pudesse falar com liderança do crime organizado que sequer era cliente dele. As imagens também estão em poder das autoridades”, informou a Seap.

A alteração nos procedimentos de entrada dos advogados foi regulamentada por uma recomendação emitida na última sexta-feira (29), mas o documento foi parar na Justiça.

Neste domingo (1º), a seccional potiguar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com um mandado de segurança na Justiça Federal, contra as novas normas, e conseguiu indeferimento de parte delas, porém o juiz federal plantonista Francisco Glauber manteve algumas das mudanças.

Informações do G1

Judiciário

MP aponta contradições e vai investigar contratação da Casa da Ribeira para gerir Complexo da Rampa

O Ministério Público do RN vai investigar para os indícios de irregularidades referente a contratos firmados com a Casa da Ribeira em abril de 2021, no valor de R$ 6,4 milhões.

No início deste mês, o promotor de justiça Afonso de Ligório, da Promotoria do Patrimônio Público, abriu um inquérito civil para apurar “suposto direcionamento por parte da secretaria de estado do turismo, na contratação da casa da ribeira para elaboração de projeto museológico e expográfico, bem como o desenho e respectivo enquadramento em leis de incentivo à cultura nas esferas federal e estadual, do museu da rampa”.

A “demora” é porque essa situação foi mostrada e repetida pela reportagem da 96 fm ainda em julho do ano passado, porque a Casa da Ribeira, dois meses após ser contratada para gerir o complexo cultural da rampa, não havia procurado nenhum dos antigos gestores da Fundação Rampa, Associação que mantinha o acervo da participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial.

A aparente falta de interesse da Casa da Ribeira nesse acervo acabou por evidenciar outras questões polêmicas. Primeiro: o espaço cultural que deveria contar a participação do RN, iria servir como museu para expor obras de artes nacionais e potiguares, não necessariamente ligadas a Segunda Guerra.

Contudo, outras irregularidades logo surgiram, como o fato do contrato ter sido firmado junto a Secretaria Estadual de Turismo e não a de Cultura. Situação tão estranha, inclusive, que a própria secretária de Turismo, Ana Maria da Costa, foi procurada pelo MP antes da abertura do inquérito e nem mesmo respondeu ao questionamento do órgão.

Porém, foi a justificativa para a contratação da Casa da Ribeira que fez o MP, realmente, abrir o olho. Segundo o promotor Afonso de Ligório, a Casa foi contratada por inexigibilidade de licitação, porque teria “singular e notória especialização” nesse tipo de trabalho. O problema é que não há, no portfólio da instituição, qualquer experiência ou mesmo trabalho museológico.

Além disso, identificou-se que o contrato celebrado no valor de R$ 7,5 milhões assinado pelas Secretaria da Infraestrutura do RN e pela Setur com a construtora Ramalho Moreira, em 2013, tinha o objeto de executar obras de implantação do Museu da Rampa e Memorial do Aviador, e não para um projeto “museológico e expográfico”, como era o da Casa da Ribeira.

É como se a obra fosse para uma coisa, o projeto apresentado pela casa de ribeira para o outro, mas a Secretaria de Turismo decidiu encaixar uma coisa na outra.

Neste ano, a Casa da Ribeira decidiu abrir uma concorrência pública para contratação de obras que farão parte do acervo do museu. Algo ligado a Segunda Guerra? Nada disso. Ligado ao suposto “Estado de Luta”. “Estamos falando de ‘Estado de Luta’ em um espaço de camadas e de composições que se atravessam na cultura e na história. O Complexo Cultural Rampa já foi muitos outros, durante tempos de guerra e tempos de paz, ambos circunstanciados, pois nunca são tempos destituídos de lutas, de esforços perenes de vida e sonho em um mundo de desigualdades. Assim, este edital deve ser impulso para a criação de um espaço poético-político de rebeldia e visibilidade, de desgaste e regeneração, de grito, aviso e sussurro, para as diferentes escalas de luta que o módulo virá a abrigar”, explica a curadoria, formada por André Bezerra, Gustavo Wanderley e Rafael Bicudo.

Cada peça contratada pela Casa da Ribeira custará R$ 20 mil.

Com informações do Portal da 96 FM

 

Saúde

Com novos casos de Covid-19 e gripe, MPRN suspende atendimentos presenciais

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai suspender novamente o atendimento presencial ao público externo, excetuadas situações comprovadamente excepcionais. O motivo da suspensão é o aumento dos casos confirmados e da taxa de transmissibilidade da Covid-19 no Estado e o crescimento do número de acometidos com síndromes gripais, com sintomas semelhantes ao da Covid, e a sobrecarga nos atendimentos de urgência nas unidades de saúde. A medida passa a valer já a partir desta segunda-feira (10).

 

Para tomar essa decisão, o MPRN levou em consideração a crescente confirmação de casos de Covid-19 de integrantes da instituição e a necessidade de evitar a transmissão da doença, resguardando a saúde dos integrantes e demais colaboradores do MPRN, bem como da população.

 

O retorno das atividades presenciais, enquanto não estiver controlada a disseminação da Covid-19 em todo o território do Rio Grande do Norte, ocorrerá de forma gradual, por meio de rodízio, no percentual de até 50% do total de integrantes nas respectivas unidades, respeitando o distanciamento social entre as estações de trabalho, de modo a conciliar a preservação da saúde e a produtividade institucional, cabendo às respectivas chefias imediatas a definição de escalas de trabalho.

 

O horário de funcionamento do MPRN será, de forma presencial e remota, de segunda a quinta-feira, das 8h às 15h, e sexta-feira, das 8h às 14h, bem como, apenas remotamente, de segunda a quinta-feira, das 15h às 17h. Com isso, fica suspensa a contabilização de créditos e eventuais compensações do banco de horas dos servidores.

 

O horário de atendimento ao público ocorrerá, de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h e, sexta-feira, das 8h às 14h, pelos meios disponíveis no portal do MPRN (clique aqui), tais como e-mail e telefone funcional.

 

Além dessas formas de atendimento, estão disponíveis o WhatsApp do Gaeco (98863-4585) e da Ouvidoria do MPRN (99994-6057), e, fora do horário de expediente, o telefone de Atendimento ao Cidadão (99972-5298).

 

Fica suspensa a realização de eventos, cursos e treinamentos presenciais dentro do MPRN.

Política

MPRN emite nota visando acabar com o nepotismo em municípios do interior do Estado

As Prefeituras de Lajes (RN), Pedra Preta (RN), Pedro Avelino(RN) e Caiçara do Rio do Vento(RN) deverão tomar medidas para cessar a prática de nepotismo na administração pública local. A medida está sendo recomendada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (RN) (MPRN) e foi motivada após o recebimento de denúncias de supostos casos de contratação de parentes de autoridades no âmbito dos municípios que compõem a Comarca da Promotoria de Lajes.

Na publicação, disponível no Diário Oficial do Estado (DOE), está fixado o prazo de 15 dias para que os chefes do Executivo de cada Município mencionado exonerem as pessoas que sejam parentes até o terceiro grau em linha reta, colateral e por afinidade de quaisquer das pessoas ocupantes dos seguintes cargos: prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, procurador-geral do município ou chefe de gabinete, que caracterizem o nepotismo.

Além disso, as autoridades deverão exigir que o nomeado para cargo em comissão, de confiança ou o designado para função gratificada, antes da posse, declare por escrito não ter relação familiar já descrita. Isso inclui ainda a autoridade nomeante do respectivo Poder, ou de outro Poder, bem como de detentor de mandato eletivo ou de servidor ocupante de cargo de direção, chefia ou assessoramento no âmbito de qualquer Poder daquele ente federativo.

O nepotismo é incompatível com o conjunto de normas éticas abraçadas pela sociedade brasileira e pela moralidade administrativa, sendo, portanto, uma forma de favorecimento intolerável em face da impessoalidade administrativa.

Praticado reiteradamente, beneficiando parentes em detrimento da utilização de critérios técnicos para o preenchimento dos cargos e funções públicas de alta relevância, constitui ofensa à eficiência administrativa necessária no serviço público.

A um só tempo a prática do nepotismo viola os princípios da moralidade, da impessoalidade e da eficiência, norteadores da Administração Pública.

Informações do MPRN

Política

Promotores aposentados pedem a prisão de 9 ministros do STF

Foto: Nelson Jr. / STF

Em peça direcionada ao Ministério Público Militar, dois advogados e promotores de Justiça aposentados do DF apresentaram notícia-crime pleiteando a prisão em flagrante ou afastamento dos cargos de 9 ministro do STF, Toffoli, Fux, Gilmar Mendes, Lewandowski, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Barroso, Fachin e Alexandre de Moraes, “por estarem incursos nas penas de crimes permanentes e inafiançáveis contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Direito”.
No documento, os apoiadores de Bolsonaro dizem que os ministros, objetivando se opor ao presidente da República, cometeram crimes de genocídio, tortura e outros previstos na já revogada lei de segurança nacional, “praticados pela organização criminosa promovida, constituída e integrada por todos os representantes”. Na peça, pedem ainda a suspensão das medidas sanitárias contra a disseminação do coronavírus.

O único ministro que não está na lista é Nunes Marques, ministro indicado pelo atual presidente.
De acordo com o documento, os 9 ministros, cada um em seu cargo e com apoio da TV Globo, teriam divulgado notícias inverídicas, alarmantes e causadoras de pânico relativamente aos casos de infecções e mortes pelo coronavírus.

Afirmam que os ministros, “cada um abusando do poder em razão do exercício dos cargos que ocupam, dando continuidade ao pacto criminoso” e objetivando se opor ao presidente Bolsonaro, levaram à morte de diversas formas pessoas humildes, trabalhadoras, honestas, pequenos comerciantes e outros, “com finalidade nitidamente político-ideológica”.
Além disso, diz a peça que os ministros vêm contribuindo para impedir o fornecimento de medicamentos enviados pelo Executivo para a cura do coronavírus, e que foram inconstitucionais prisões de bolsonaristas autorizadas pelo Supremo (de Daniel Silveira, Oswaldo Eustáquio e Roberto Jeferson).
Segundo o texto, o STF “criminalizou o conservadorismo e o cristianismo, opondo-se à esmagadora maioria do povo brasileiro”.
Os autores dedicam-se também a criticar vacinas, dizendo que em todos os imunizantes há substâncias que podem causar alergias, e cita artigo dizendo que as máscaras são “o grande engodo. Viraram estereótipo universal, com sua ausência sendo punida como invocação do diabo na Idade Média, verdade única inapelável”.