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Lula quer desfazer lei das Estatais no Congresso

 

O governo Lula (PT) não quer ficar “refém” do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve patrocinar no Congresso a mutilação da lei que protege empresas estatais da rapinagem política. A quarentena de três anos para que políticos mandem nessas empresas é o principal alvo.

Hoje, figurões como Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, estão no posto fiado a decisão monocrática do ministro aposentado Ricardo Lewandowski. O Planalto não vai confrontar o STF e quer que parlamentares mudem a lei.

O projeto dormita no Senado desde janeiro. Foi aprovado na Câmara a toque de caixa, há um ano, com a chamada “emenda Mercadante”.

A proposta versa sobre publicidade, mas, para desfigurar a lei das estatais, Margarete Coelho (PP), hoje no Sebrae, emplacou um “jabuti”.

Margarete propôs quarentena de 30 dias. No Senado, até a oposição quer reduzir os três anos. Ciro Nogueira (PP-PI). sugere 12 meses.

Já Carlos Portinho (PL-RJ) e Alessandro Vieira (MDB-SE) apresentaram emenda para que o período seja de 180 dias.

Deu no Diário do Poder

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STF marca para 6 de dezembro julgamento de liminar que autorizou políticos em estatais

Plenário do STF vai julgar trecho da Lei das Estatais - Foto: Carlos Moura / STF

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 6 de dezembro o julgamento em plenário de uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski que derrubou pontos da Lei das Estatais e flexibilizou as regras para a nomeação de políticos.

Foram mais de oito meses de espera a despeito de regras do próprio STF de que decisões monocráticas não podem demorar mais de 90 dias para serem avaliadas. Nesse meio tempo, o governo Lula nomeou dezenas de políticos para cargos e empresas estatais.

O trecho da Lei das Estatais em questão determinava uma quarentena para políticos indicados a cargos em estatais.

A Câmara já aprovou essa mudança na Lei das Estatais, mas o assunto empacou no Senado, apesar do empenho pessoal de Lula, que chegou a conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Se a liminar for derrubada, todos os políticos indicados com base na liminar terão que deixar seus cargos, o que pode impactar inclusive na articulação de Lula no Congresso.

Judiciário

Lei das Estatais: Novo envia recurso ao STF contra decisão de Lewandowski

 

O partido Novo entrou neste sábado 18 com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que declara inconstitucionais dois artigos da Lei das Estatais que restringem a nomeação de políticos para empresas públicas.

A decisão de Lewandowski atropelou o pedido de vista que havia sido feito por outro ministro da corte, André Mendonça, e acatou o pedido feito pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) para que os trechos questionados fossem anulados.

O recurso do Novo se baseia na “necessária política de governança e imparcialidade na gestão de empresas estatais”, para que fiquem “afastadas de eventuais interesses políticos de ocasião, garantindo assim o alcance de sua finalidade constitucional, legal e empresarial”.

No documento, o partido pede que a liminar seja anulada, pois segundo o próprio Regimento Interno da Corte, Lewandowski não poderia ter decidido sobre o mérito sozinho, já que o processo estava sendo analisado pelo colegiado. O Novo também pede que o julgamento da matéria seja retomado pela corte.

Eduardo Ribeiro, presidente do partido, disse que as alterações foram feitas “por meio de um atalho muito questionável, uma decisão monocrática, que se contrapõe ao que já foi amplamente discutido e decidido pelo Congresso Nacional”, e que isso “é muito pior” do que simplesmente alterar a lei.

Mendonça reage à decisão de Lewandowski

Na quinta-feira 16, dia em que Lewandowski expediu a liminar, André Mendonça retirou seu pedido de vista sobre a constitucionalidade dos artigos da Lei das Estatais.

A ação do PC do B pode voltar a ser discutida e votada pelos ministros do STF, basta que seja pautada pela presidente do tribunal, Rosa Weber.

Deu na Oeste

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Lewandowski atende PCdoB e derruba restrições da Lei das Estatais

Plantão TBN: Lewandowski derruba restrições da Lei das Estatais

 

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as proibições presentes na Lei das Estatais para indicação de integrantes da estrutura dos governos federal, estadual e municipal a conselhos e diretorias de estatais e sociedades de economia mista.

O ministro também derrubou a exigência de quarentena de 36 meses para indicação de integrantes de partidos ou pessoas que atuaram em eleições aos mesmos cargos.

Esta decisão tem caráter liminar. Ela atende a um pedido do PCdoB, que questionou restrições previstas na Lei das Estatais.

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André Mendonça frustra PT ao paralisar julgamento da Lei das Estatais

 

O ministro André Mendonça, da Suprema Corte, suspendeu o julgamento de uma ação que tenta promover mudanças na Lei das Estatais, aprovada em 2016. Ele pediu vistas do processo, ou seja, mais tempo para analisar o caso.

Com isso, a definição sobre o assunto não ocorrerá tão cedo, ao menos até que o magistrado devolva o caso ao plenário. A medida representa uma frustação para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que esperava ter o aval do STF para mudar a legislação.

O governo federal planeja flexibilizar a lei a fim de que dirigentes partidários que atuaram em campanhas políticas possam assumir cargos importantes em empresas do Estado.

A ação foi protocolada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e questiona trechos da lei que vedam a indicação para o conselho de administração e para a diretoria das estatais de ministros de Estado, secretários, titular de cargo sem vínculo permanente com o serviço público e pessoas que tenham participado de campanha política ou da estrutura decisória de partidos políticos nos últimos 36 meses.

O relator do processo na Corte, Ricardo Lewandowski, votou para permitir a indicação de ministros de Estado e secretários de governos estaduais e municipais em cargos de diretoria de companhias públicas, mesmo que tenham participado de campanhas eleitorais.

Segundo ele, as proibições “violam frontalmente o princípio da isonomia” e o preceito de que “ninguém pode ser privado de direitos por motivo de convicção política”. Na visão de Lewandowski, os trechos da legislação “acabaram por estabelecer discriminações desarrazoadas e desproporcionais”.

Deu no Conexão Política

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Aras muda de posição e considera Lei das Estatais inconstitucional

Procurador-geral da República, Augusto Aras: Lei das Estatais restringe 'direitos fundamentais' | Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, mudou radicalmente seu parecer na ação que pede a inconstitucionalidade de artigos da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016) que impedem a nomeação de políticos para cargos de direção ou para os conselhos de administração. Em parecer com data do dia 5, às vésperas do Supremo Tribunal Federal (STF) começar o julgamento da ação, ele se manifestou favoravelmente à ação ajuizada pelo PCdoB, partido da base do presidente Lula.

Antes, no parecer de 28 de fevereiro, Aras achava que a Lei das Estatais poderia prevenir a criação de um “balcão de negócios” na indicação de cargos de direção das empresas controladas pelo governo, e que o Judiciário deveria adotar uma postura de autocontenção, o que significa o respeito às opções políticas adotadas pelo Legislativo.

Em dois incisos, a Lei das Estatais proíbe a indicação de ministros de Estado e dirigentes partidários aos Conselhos de Administração e diretorias das empresas públicas e sociedades de economia mista e estabelece quarentena de três anos para quem se envolveu em atividade político-partidária.

Para justificar a mudança radical de posição, Aras afirmou, no novo parecer, que deixou de analisar “aspecto essencial para a solução da controvérsia”, que é a “restrição de direitos fundamentais”. Assim, disse ele, toda sua argumentação anterior referente à “intenção do legislador de garantir a efetividade da governança corporativa e coibir possíveis conflitos de interesses” deve se submeter ao novo entendimento.

“Independentemente da valoração feita pelo legislador ordinário quanto à legitimidade das medidas restritivas voltadas a preservar a moralidade na gestão das estatais e a conferir maior eficiência e probidade na governança corporativa, essa avaliação política há de ceder diante da especial proteção conferida constitucionalmente aos direitos fundamentais de participação na vida político-partidária e de cidadania ativa na gestão da coisa pública”, afirmou Aras.

Acatando completamente os argumentos do PCdoB, o procurador-geral disse que a lei “consubstancia espécie de punição pela participação político-partidária, com privação de direito em face de convicção política” e, por isso, os dois incisos devem ser julgados inconstitucionais.

“Conquanto louvável o intuito de prevenir o chamado ‘balcão de negócios’ na indicação de cargos de direção das estatais”, escreveu o PGR, a norma “cria verdadeira hipótese de inabilitação para a participação do cidadão na esfera pública e política do Estado, sem prévia autorização constitucional para tanto”.

A Advocacia-Geral da União (AGU), em manifestação ao STF, também defendeu a inconstitucionalidade da lei, alegando que o país tem instituições capazes de fazer o controle e prevenir irregularidades e de investigar e punir quem as cometeu.

O parecer da AGU desconsiderou argumentos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) favoráveis à lei. Em nota técnica, a PGFN afirmou que as vedações previstas na lei são “juridicamente legítimas, razoáveis e proporcionais” e visam a evitar conflitos de interesses, além de impedir que “interesses político-partidários ou classistas do ocupante de cargo de administrador prevaleçam sobre o interesse público”.

A votação virtual da ação do PCdoB já começou, e o relator, ministro Ricardo Lewandowski, votou favoravelmente ao pedido do partido aliado.

Em dezembro, a Câmara aprovou uma mudança na Lei das Estatais, diminuindo a quarentena de 36 meses para 30 dias. A expectativa era que o Senado votasse a matéria, mas, em razão da polêmica — já que as ações de estatais, como a Petrobras e o Banco do Brasil, tiveram queda expressiva na Bolsa da Valores —, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não pôs a matéria em pauta.

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Discussão sobre a Lei das Estatais trava no Senado e votação é adiada

 

A discussão sobre a Lei das Estatais deve enfrentar mais dificuldade para avançar no Senado em comparação ao que ocorreu na Câmara dos Deputados. Tanto senadores do PT quanto do PL têm ponderações ao projeto que foi aprovado pelos deputados na última terça-feira (13).

O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), quer que o texto passe primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A ideia inicial era levar a proposta direto para o Plenário, mas Portinho já protocolou um requerimento que aumenta a discussão. “Não se pode discutir nem pautar por conveniência. Não acredito que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vai se sujeitar a pautar um projeto desses sem encaminhar para uma comissão”, disse.

Lideranças do PT estudam mexer no texto. A ideia é incluir sindicalistas na flexibilização da Lei das Estatais. Pelo texto que foi aprovado na Câmara, a diminuição da quarentena de 36 meses para 30 dias, para indicados à presidência ou à direção de empresas públicas, recai apenas a pessoas que participaram de campanhas eleitorais ou que ocuparam estrutura decisória de partido.

Caso haja mudança ao projeto da maneira com que veio da Câmara, ele volta para validação dos deputados, o que pode inviabilizar a promulgação do texto este ano.

Deu no R7

Política

Presidente do PT defende mudança proposta pelo governo na Lei das Estatais

 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a mudança na Lei das Estatais durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-fera, 22. A regulação proíbe políticos no cargo de empresas estatais ou de capital de misto, como a Petrobras.

“O que tem valor para ser discutido aqui é a proposta de mudança na Lei das Estatais, feita pela base do governo”, disse Gleisi, lembrando que essa regulação foi alterada pelo governo Michel Temer.

O PT, segundo ela, é contra mantê-la do jeito que está. “Quem pratica crime é a iniciativa privada, que corrompe.” A Lei das Estatais voltou ao centro do debate político nesta semana, depois do presidente Jair Bolsonaro tentar trocar mais uma vez o presidente da Petrobras, que no final pediu demissão, na segunda-feira, 20.

Insatisfeito com a política de preços da empresa, ele vem adotando medidas paralelas para diminuir o custo na bomba, entre elas o projeto que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, na terça-feira, 21, o ministro Adolfo Sachsida, de Minas e Energia, explicou que “o governo não pode mexer no preço adotado pela empresa, mesmo sendo o acionista majoritário”.

Segundo ele, existe um marco legal que determina a não interferência do Palácio do Planalto na administração da companhia. Um dia antes, o líder da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que a Lei das Estatais seja alterada através de uma Medida Provisória para dar mais celeridade ao processo.

O que é a Lei das Estatais

Foi sancionada em 2016, pelo presidente Michel Temer, justamente para blindar as estatais dos interesses políticos. A regulação surgiu como uma resposta a uma série de denúncias de corrupção, inclusive na Petrobras, durante a gestão da presidente Dilma Rousseff. A ideia era criar mecanismos que incentivasse a profissionalização das empresas, para que funcionassem com eficiência.