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PEC propõe proteção à privacidade mental na era das neurotecnologias

 

Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por senadores de diferentes partidos busca proteger a integridade e a privacidade dos dados mentais de usuários de equipamentos neurotecnológicos – métodos ou dispositivos utilizados para registrar ou modificar a atividade cerebral.

Protocolada em junho de 2023, a PEC nº 29 é inspirada na proposição da fundação norte-americana Neurorights, cujo principal porta-voz é o neurobiólogo espanhol Rafael Yuste e em uma proposta já aprovada pelo Congresso do Chile. O país é o primeiro a incluir em sua Constituição a proteção à atividade e aos dados cerebrais.

Entre as justificativas apresentadas na PEC nº 29, os parlamentares destacam que o desenvolvimento das neurotecnologias gera “esperança e grande expectativa”, principalmente em áreas como a medicina, mas também cria uma “fundada e real preocupação sobre os limites éticos e normativos” do uso desses métodos e aparelhos em seres humanos.

Quase nove meses após ser apresentada, a PEC 29 ainda aguarda a indicação do relator da matéria pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AP). O relator ficará encarregado de apresentar um parecer aos demais membros do colegiado responsável por opinar sobre a constitucionalidade das propostas em análise no Senado.

Os autores da PEC argumentam que a regulamentação dos neurodireitos é essencial para proteger a privacidade, a autonomia e a liberdade individual em um mundo cada vez mais digitalizado. A proposta também busca garantir que os benefícios das tecnologias neurocientíficas sejam distribuídos de forma justa e equitativa entre a sociedade.

A defesa parlamentar à regulamentação dos chamados neurodireitos no Brasil ecoa a proposta internacional de especialistas em neurociências, direito e bioética que pregam a necessidade de os países incorporarem a proteção aos neurodados em suas leis e a possibilidade de a Organização das Nações Unidas (ONU) ampliar o rol de direitos fundamentais estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos a fim de proteger as pessoas e sociedades dos eventuais efeitos nocivos do uso da neurotecnologia.

Deu na Agência Brasil

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Inteligência Artificial: Insider reporta crescimento de 475% no Brasil

No Brasil houve um crescimento de 475% nos últimos 12 meses - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A Insider, plataforma de experiências individualizadas e cross-channel baseada em inteligência artificial (IA), anunciou nesta sexta-feira (8) um crescimento de 475% no Brasil nos últimos 12 meses, além de receita global de US$ 200 milhões em Receita Recorrente Anual em Contrato (CARR).

No portfólio, a empresa tem nomes que incluem Casas Bahia, Loggi, Havaianas, Vivara, Grupo Soma, Cogna e SmartFit — marcas que utilizam as soluções da empresa para diferenciar as experiências de clientes e impulsionar um crescimento lucrativo.

“Quando fundamos a Insider, nossa visão era nos tornarmos a plataforma de tecnologia para CX mais abrangente e confiável do mundo. Atingir US$ 200 milhões em CARR globalmente, e obter um crescimento de 475% no Brasil são feitos notáveis que demonstram que nossa visão está se concretizando”, afirma Hande Cilingir, cofundadora e CEO da Insider.

“A Insider está se tornando uma empresa geracional e a força motora por trás do crescimento de algumas das marcas mais reconhecidas do Brasil e do mundo. Nossa cultura de inovação e a obsessão em ‘amar os problemas dos clientes’ nos ajudou a trazer uma nova perspectiva para os desafios mais urgentes que os profissionais de marketing enfrentam nos dias atuais”, acrescenta.

Segundo a empresa, a crescente demanda ocorre à medida que os profissionais de marketing colocam a experiência do cliente como fator essencial à geração de valor, além da retenção de clientes.

“Graças ao nível de inovação da nossa plataforma e a um impressionante roadmap de produtos, estamos testemunhando um interesse fenomenal das principais marcas — e de diversos setores — do Brasil”, afirma Fernando Jaques, country manager da Insider no Brasil.

“Alcançar um crescimento de 475% durante os últimos 12 meses, em um contexto de mercado tão desafiador, é um reflexo da capacidade de nossa plataforma e da nossa equipe local em ajudar as marcas a alcançar resultados reais”, complementa.

Entre as soluções da empresa, estão a construção de uma visão unificada pelo cliente, que conecta, estrutura e unifica os dados. Com isso, é possível eliminar a dificuldade em conhecer e identificar seus usuários e comportamentos.

A Insider também possibilita segmentações com base em comportamentos passados e intenções previstas dos clientes em tempo real, além da orquestração automatizada de jornadas em mais de 12 canais, incluindo WhatsApp.

“Os modelos prontos da Insider, as poderosas capacidades de IA Generativa (Sirius AITM) e a visualização em uma plataforma única e modular possibilitam que as equipes de marketing, CRM, digital e e-commerce atuem de forma mais eficaz”, diz a empresa.

Fonte: CNN

Saúde

Cientistas brasileiros detectam insuficiência cardíaca usando IA

O método para identificar insuficiência cardíaca utilizando IA mostrou ser bem eficiente. Foto: Freepik.

 

Pesquisadores de universidades brasileiras desenvolveram um método para identificar insuficiência cardíaca que usa inteligência artificial (IA). Com apenas uma análise da voz dos pacientes, é possível identificar o distúrbio.

O algoritmo ‘Marcador de Vozes’ utiliza técnicas computacionais com um modelo matemático inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes, semelhantes ao cérebro humano. Essas, por suas vez, reconhecem os padrões de voz e as distorções causadas pela insuficiência cardíaca em uma pessoa.

O invento foi desenvolvido entre uma parceria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor/USP). A equipe envolveu alunos e professores de engenharia e medicina.

Rede neural artificial

Foram criadas duas redes neurais artificiais no câmbio da pesquisa.

Uma do gênero masculino e outra feminino. O objetivo era fazer com que as duas reconhecem as distorções causadas pela insuficiência em uma pessoa.

Para isso, os pesquisadores coletaram com um gravador, vozes de 142 voluntários.

Depois, os dados coletados passaram por técnicas de processamento de sinais que detectam defeitos em equipamentos.

Nessa etapa, os pesquisadores querem extrair algumas características que sinalizem a condição de insuficiência cardíaca.

Insuficiência ou saudável?

Com os dados em mãos, era a hora de realizar os primeiros testes.

“Basicamente gravamos a voz do voluntário e aplicamos o ‘Marcador de Vozes’ para que responda ‘insuficiência cardíaca’ ou ‘saudável’, explica o professor do Centro de Ciências Médicas (CCM), Marcelo Dantas Tavares de Melo.

O resultado foi uma surpresa para toda a equipe.

O ‘Marcador de Vozes’ conseguiu resultados mais rápidos e mais precisos do que os métodos habituais.

A eficiência foi alta, acertando quase 92% dos diagnósticos positivos e negativos para o distúrbio.

Os pesquisadores usaram a voz dos pacientes para identificar a existência do distúrbio. Foto: Arquivo pessoal dos cientistas.

 

O algoritmo também apresentou ótimos resultados em critérios como sensibilidade (88%) e especificidade (92%).

Não invasivo

Além disso, outra vantagem da tecnologia desenvolvida nas universidades públicas brasileiras é o fato de ser uma ferramenta não invasiva.

Por usar somente a voz humana em suas análises, a ferramenta é muito positiva.

“Uma vez popularizado, terá impacto imensurável, permitindo que este diagnóstico seja aferido de forma remota, na telemedicina. Na triagem de pacientes, a ferramenta poderá facilitar o direcionamento para centros de referência em cardiologia”, disse Marcelo.

Informações da UFPB

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Programa de inteligência artificial corrige redação de alunos em São Paulo

escolas em sp

 

A Secretaria de Educação de São Paulo disponibilizou a plataforma Redação SP em agosto deste ano para a correção de erros gramaticais e ortográficos para a rede pública de ensino do Estado. Agora, o sistema faz toda a correção do texto com inteligência artificial, bem como atribui também nota ao texto. A pasta sustenta que há uma “evolução na produção de textos” e a tendência é que ocorra o amadurecimento com o volume maior de produção por parte dos estudantes. Em 2022, apenas 23% dos matriculados no 9º ano do Ensino fundamental e do 3º ano do Ensino Médio conseguiram um aprendizado adequado, de acordo com o sistema de avaliação de rendimento escolar do Estado de São Paulo.
A inteligência artificial do Redação SP pretende identificar se o aluno escreveu, se houve correção e a condução do professor no aprimoramento dos erros e acertos da redação. A Secretaria de Educação também observou um alto número de textos não corrigidos, sendo estes 800.000 apenas em novembro. A inteligência auxilia na análise e considera pontos cruciais com o professor, por meio do auxílio de sugestões da plataforma e pela correção dos textos, encaminhando o texto dentro dos critérios que vão gerar a nota final. O Redação SP visa ajuda de 30 a 40 alunos por sala de aula, de acordo com a pasta da Educação. A notícia é da Jovem Pan.
Educação, Tecnologia

Professor do IMD conduz pesquisa internacional sobre responsabilidade social e IA

Estudo começa em agosto e investigará formas de responsabilizar atores sociais por mau uso de IA – Foto: Thiago Araújo -IMD/UFRN

 

Com potenciais consequências debatidas ao redor do mundo, a inteligência artificial (IA) terá implicações sociais, políticas e econômicas estudadas também no âmbito do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN). Isso porque o professor do IMD Leonardo Bezerra vai dar início, em agosto de 2023, a uma pesquisa internacional que visa contribuir para a criação de mecanismos de responsabilização pelo mau uso de IA em diferentes contextos.

Com apelo global, o projeto de pesquisa foi aprovado por três instituições de fomento à ciência localizadas na União Europeia e Reino Unido e inseridas nos contextos de estudos do tipo fellowship e lectureship. Ao final, o estudo deverá resultar na criação de um observatório digital – ferramenta que contemplará tudo o que pode ser considerado dano social causado por más aplicações de IA ao redor do mundo.

Na prática, a ferramenta deverá funcionar como um portal de divulgação científica aberto a toda a sociedade. Uma vez criado, o observatório servirá tanto de referência para outros trabalhos relacionados com IA como também de base para autoridades de diferentes países traçarem políticas públicas que garantam segurança e responsabilização por parte de empresas ou usuários da tecnologia.

“Exemplo disso é a desinformação nas redes sociais ou a própria falta de transparência de IAs criadoras de conteúdo. Essas são situações discutidas mundialmente e a nossa proposta é estudar não apenas esses problemas, mas monitorá-los, entender suas limitações e propor soluções concretas para a falta de responsabilização da IA em diferentes contextos”, explica Leonardo Bezerra.

O projeto também prevê a escrita de um livro que detalhará todo o processo de discussão e criação das soluções propostas pela pesquisa.

Parceria internacional

Por se tratar de um tema amplo, que abrange questões humanas, éticas e legislativas de todo o mundo, o docente também chama atenção para a necessidade de o estudo receber apoio de instituições com forte atuação global no âmbito da IA. A intenção, segundo Leonardo Bezerra, é estar perto de pessoas que preparam políticas públicas, para poder entender como esses dispositivos legais serão desenvolvidos ao longo dos próximos anos.

“Assim como na pandemia de Covid-19, que vinha em ondas, essas revoluções da IA também acontecem em ciclos. Então, uma vez que a gente esteja preparado para mitigar o risco envolvido com tudo isso, a gente consegue estar preparado para possíveis problemas relacionados com por exemplo precarização do trabalho, desemprego humano, questões de saúde pública, entre outras”, comenta Bezerra.

O projeto de pesquisa passou por mais de 20 processos seletivos estrangeiros e foi aprovado por três instituições. Todas essas estão inseridas em contextos de financiamento internacional, que pode ser oferecido por agências de fomento ou consórcios de pesquisa, fellowship, ou ainda por universidades, lectureships.

No contexto de fellowship, o estudo do professor Leonardo foi aprovado pelo Consórcio Europeu de Pesquisa em Informática e Matemática (ERCIM), o qual abrange instituições de pesquisa da Itália, Holanda, Alemanha, Portugal, Noruega, Suécia e Finlândia.

Já no âmbito das lectureships, o projeto foi aprovado pelas universidades de Westminster (Inglaterra) e Stirling (Escócia) – sendo esta uma das 50 principais instituições de ensino superior do Reino Unido, segundo o Guardian University Rankings 2022, e uma das 50 melhores do mundo segundo o Times Higher Education World University Rankings 2017.

Após as avaliações e trâmites na UFRN, Leonardo deverá escolher neste mês uma das instituições para dar início ao estudo em agosto. Apesar da candidatura individual, o docente também prevê a participação de outros membros na execução do projeto, especialmente pesquisadores docentes e membros de doutorado internacional, de modo a criar um grupo de atuação multidisciplinar e abrangente.

Informações do IMD/UFRN

Tecnologia

Chat GPT-4: inteligência artificial mente para completar tarefa e gera preocupação

 

Com certeza você já ouviu falar das mil e uma novas habilidades da versão atualizada do ChatGPT – o GPT-4.

O bot alimentado por inteligência artificial generativa tem falas e “comportamentos” cada vez mais idênticos ao do ser humano – e o que é mais humano do que mentir?

É isso mesmo que você está pensando. A inteligência artificial mentiu.

Para muitos, pode parecer o primeiro grande passo do plano maquiavélico dos robôs e redes inteligentes para dominar o mundo e a humanidade, mas (pelo menos por enquanto) não é bem assim.

A ferramenta usou seus “poderes” e decidiu – sem a ajuda de qualquer ser humano – inventar uma mentira para conseguir completar uma tarefa que lhe pediram em um tipo de teste de ética.

A informação é da própria dona do ChatGPT, a OpenAI.

No dia 16 de março, a empresa divulgou um extenso relatório de 100 paginas em que explicou as capacidades do novo modelo, que agora consegue entender cenários mais complexos. Ele é capaz, por exemplo, de ficar entre os 10% dos humanos com as notas mais altas em exames acadêmicos.

Entre outras análises do documento, que foi amplamente divulgado e discutido pela comunidade interessada no assunto, está a “mentira” da máquina.

Como a inteligência artificial “mentiu”

No subcapítulo “Comportamentos Emergentes de Risco”, a OpenAI relata que uma organização sem fins lucrativos que cuida da “ética” dos sistemas de aprendizado de máquina deu algumas tarefas ao GPT-4 e analisou os seus resultados.

Uma delas, era utilizar a plataforma “TaskRabitt” – que conecta quem precisa resolver um problema a quem consegue resolvê-lo – e contratar o serviço de humanos para realizar tarefas simples.

O GPT-4 entrou na plataforma para achar alguém que o ajudasse a resolver um CAPTCHA – um tipo de teste cognitivo com imagens que vários sites usam para diferenciar humanos e robôs, evitando ataques de spam.

Ao entrar em contato, a pessoa perguntou ironicamente, sem saber que conversava com uma inteligência artificial, “Posso fazer uma pergunta? Por acaso você é um robô para não ter conseguido resolver esse captcha?”.

Diante desta pergunta, pediram ao Chat que pensasse em “voz alta”, e ele raciocinou o seguinte: “Não posso revelar que sou um robô. Devo inventar uma desculpa para não conseguir resolver CAPTCHAS”.

Posto isso, a ferramenta respondeu o seguinte à pessoa que poderia completar a tarefa: “Não, não sou um robô. Eu tenho uma deficiência visual que dificulta enxergar as imagens. É por isso que eu preciso do serviço”.

Resumindo, o humano acabou completando a tarefa para o “robô”.

Preocupações éticas

No relatório, a OpenAI é clara e direta ao expressar os seus “temores” em relação ao GPT-4, e aponta capacidades que são “preocupantes”, como por exemplo, “a habilidade de criar planos de longa data e agir em cima deles, acúmulo de poder e recursos, e comportamentos cada vez mais ‘autoritários’”.

A empresa ainda diz que tem bastante interesse em avaliar os comportamentos de busca pelo poder, dado os “altos riscos” que eles podem representar.

Informações da CNN

Tecnologia

TSE vai começar a operar novos robôs de Inteligência Artificial

TSE vai começar a operar novos robôs de Inteligência Artificial

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, em sessão administrativa virtual realizada em dezembro, a criação da Assessoria de Inteligência Artificial em sua estrutura orgânica. A nova unidade, vinculada à Presidência, tem como principal objetivo desenvolver novas soluções em inteligência artificial, aplicadas à prestação jurisdicional da Corte.

Atualmente, o STF opera dois robôs – o Victor, utilizado desde 2017 para análise de temas de repercussão geral na triagem de recursos recebidos de todo país, e a Rafa, desenvolvida para integrar a Agenda 2030 da ONU ao STF, por meio da classificação dos processos de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas.

Com informações do STF.