Política

Senado Chileno rejeita proposta de impeachment do presidente Sebastian Piñera

Manifestante em frente ao Senado pede destituiçao de Piñera: 'O acusado que vendeu o país barato', diz o cartaz Foto: RODRIGO GARRIDO / REUTERS
Foto : Rodrigo Garrido

 

O Senado do Chile votou na terça-feira,16, contra a remoção do presidente Sebastian Piñera do cargo, encerrando um processo de impeachment que havia sido aprovado em uma votação na Câmara dos Deputados na semana passada por supostas irregularidades na venda de uma mineradora.

A votação do Senado ficou abaixo da maioria de dois terços — 29 dos 43 senadores — necessária para destituir Piñera, que deve deixar o cargo em março do próximo ano.

Embora a votação ainda tenha sido oficialmente concluída, a quantidade de votos contrários já tornam inviável a aprovação.

Piñera é questionado por revelações da investigação jornalística Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que revela transações em paraísos fiscais envolvendo figuras globais da política e dos negócios.

Entre eles, há documentos que parecem delinear um acordo referente à venda em 2010 da mina de Dominga, um projeto abrangente de cobre e ferro no Chile. À época, Piñera, um empresário bilionário, estava no ano inicial de seu primeiro mandato presidencial.

Os chilenos vão votar nas eleições presidenciais neste domingo 21, na qual Sebastián Piñera não pode concorrer.

Política

Após reunião com Fux, Pacheco diz que “pedidos de impeachment não podem ser banalizados”

“Pedidos de impeachment não podem ser banalizados”, diz Pacheco após reunião com Fux
Foto: Divulgação

Em entrevista após a reunião com o presidente do STF, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que pedidos de impeachment não podem ser banalizados.

“A solução da crise está na maturidade dos homens públicos se sentarem e conversarem”, afirmou o senador. “Não tratamos dessa questão. Essa é uma questão paralela. O mais importante é se restabelecer diálogo e discussão de pontes nacionais. Isso será feito. Faremos uma avaliação oportuna. (Usar) O instituto impeachment é uma responsabilidade grande, porque não pode ser banalizado. É grave, excepcional, precisa ser feito dentro de critérios jurídico e técnico definidos pela lei. Tanto os de ministros do STF quanto os do presidente da República”, completou Pacheco.