Economia

Lira diz que projeto de lei que estabelece limite para ICMS de combustíveis e energia elétrica será votado na próxima terça-feira

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou nesta quinta-feira, 19, que o projeto de Lei que classifica combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes como bens e serviços essenciais será votada em plenária na próxima terça-feira, 24. O texto também limita a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)  desses bens em 17%. “Esse não é um debate político ou ideológico.

É um debate de país. Vou conclamar todos os Poderes para refletirmos sobre a realidade emergencial do mundo de hoje, que afeta o povo e exige ações institucionais com visão de nação”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais. O anúncio foi feito um dia após a Casa aprovar a urgência do projeto. O PLP 18/22, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), tramita junto com o PLP 211/21, que trata sobre o mesmo assunto.

Economia

Política Comsefaz propõe levar decisão de Mendonça sobre ICMS ao plenário do STF

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

O Comitê Nacional dos Secretários da Fazenda (Comsefaz) divulgou na noite dessa segunda-feira (16) uma nota técnica para ajudar na defesa da liminar do Ministro do STF André Mendonça sobre o convênio 16/22 sobre diesel.

Na sexta-feira (13), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que definiu as alíquotas de ICMS que cada estado cobra sobre o diesel.

O magistrado atendeu um pedido do governo Jair Bolsonaro, que, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), foi ao Supremo questionar o desrespeito à lei que instituiu uma alíquota única do imposto para todos os estados, em reais por litro, cobrada apenas na etapa da produção.

No documento divulgado nesta segunda-feira pelo Comsefaz, propõe-se levar a decisão de Mendonça para o plenário do STF.

O documento do Comsefaz aponta ainda, como “ponto mais importante”, “a evidente violação do princípio federativo pela cautelar concedida, na medida em que viola competências e poderes atribuídos aos estados e ao DF na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional”.

A nota técnica ressalta que, devido aos aumentos constantes no preço do diesel na saída das refinarias pela Petrobras em 2022, “o peso proporcional do ICMS no preço final pago pelo consumidor para cada litro de diesel diminui sensivelmente.”

Com informações de CNN Brasil

Economia

Estados vão recorrer da decisão do STF sobre ICMS único do diesel

Foto: reprodução

O Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz), vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), informou o presidente do órgão, Décio Padilha, secretário da Fazenda de Pernambuco.

A decisão de recorrer, segundo Padilha, foi tomada em reunião extraordinária do comitê, realizada virtualmente neste sábado (14).

Na véspera, o ministro André Mendonça atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspendeu a forma como os Estados aplicaram a alíquota única do ICMS que incide sobre o óleo diesel (vídeo abaixo). O presidente Jair Bolsonaro comemorou: “Papai do céu nos ajudou”.

“Fizemos uma avaliação técnico-jurídica. Nessa avaliação identificamos que o comitê nacional de secretários, apesar de respeitar toda a decisão judicial, cumprir decisões judiciais, a gente vai recorrer”, afirmou o presidente do Comsefaz.

Segundo Décio Padilha, o Comsefaz vai recorrer por meio das procuradorias estaduais. “Vamos recorrer por entender que todos os requisitos da lei complementar 192 foram cumpridos”, declarou o secretário, que não informou quando o recurso será apresentado ao Supremo.

Na decisão, o ministro Mendonça abriu prazo de cinco dias para que a Câmara, o Senado e o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) se manifestem sobre o tema. Em seguida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a AGU terão prazo semelhante.

Com informações de G1

Economia

‘Petrobras privatizada oferecerá melhores serviços ao país’, defende Maílson da Nobrega

 

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nobrega considera positiva a proposta do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, de defender a privatização da Petrobras. No entanto, embora seja “100% favorável” à desestatização, o economista descartou que o certame possa acontecer ainda neste governo. “O novo ministro de Minas e Energia anunciou que haverá a privatização da Petrobras, mas acho que é impossível faltando menos de oito meses [para o fim do governo]. Mas privatizada, a Petrobras oferecerá melhores serviços ao país e com grande eficiência e levará a redução dos preços do petróleo“, ponderou Maílson, que também explicou as dificuldades para andamento da proposta. “É um processo complexo e vai exigir um modelo, porque não pode sair de um monopólio e entrar em outro. É um processo que pode levar no mínimo três anos de trabalho.

Outra dificuldade apontada pelo ex-ministro é o apoio popular. Segundo ele, pesquisa do Instituto Datafolha apontou que 69% dos brasileiros são contra a desestatização da Petrobras, o que mostra, na visão de Maílson, que a sociedade brasileira “não comprou” a proposta. “A sociedade brasileira desconfia do lucro. Então é um trabalho que os líderes vão ter que fazer para educar os eleitores que a privatização vai gerar mais benefícios”, mencionou. Maílson da Nobrega também defendeu a posição do presidente Jair Bolsonaro de não interferir na política de preços da estatal, apesar da pressão pelos sucessivos aumentos dos combustíveis. “A Petrobras está blindada da interferência dos Poderes, tem um bom esquema de operação do trabalho dela na produção, de refinaria e comercialização dos combustíveis”, completou.

inda a respeito dos combustíveis, o economista defendeu a adoção de uma alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), embora considere que o imposto “não tenha salvação e esteja condenado”. “Seja porque ficou bagunçado demais e não tem coordenação ou seja porque a base tributária, que são os bens, está encolhendo”, citou Maílson. Na visão do ex-ministro da Fazenda, para resolver o atual cenário do país, o Brasil deve caminhar para fundir tributos, ação que passaria pela aprovação da PEC 45 e PEC 110, base da reforma tributária. “Não há no mundo nada parecido. Temos cinco tributos sobre o consumo das famílias, das empresas: três do governo federal, um dos Estados e um nos municípios. E nos Estados, o ICMS, é o mais caótico. […] O próximo governo, sem quem for o governo, vai levar à frente essa reforma tributária. É o ponto mais importante hoje do cenário para fazer economia voltar a crescer”, finalizou.

Deu na Jovem Pan

Cidade

Empresas de ônibus pedem que prefeitura passe a custear valores da gratuidade dos idosos e da meia-passagem em Natal

 

As empresas concessionárias do transporte público de Natal pediram que a prefeitura seja responsável por custear, na integralidade, os valores descontados das gratuidades dos idosos e também de meia-passagem nos ônibus da capital potiguar. O valor hoje, segundo o Seturn, é redistribuído e acaba custeado por quem paga as passagens inteiras.

O motivo do pedido é em função do novo aumento, de 8,8%, no preço do diesel para as distribuidoras, anunciado pela Petrobras e que começa a valer a partir desta terça-feira (10).

Segundo o Seturn, para que as contas fechem, sem esse suporte financeiro da prefeitura, seria necessário um novo aumento no preço das passagens, o que não pode acontecer devido a um condicionamento para a isenção do ICMS concedido pelo governo do RN.

O sindicato, no entanto, informou que, se não conseguir que haja o custeio por parte da prefeitura, as empresas podem ser obrigadas a devolver mais linhas de ônibus. As empresas já devolveram um terço das linhas ao município desde o início da pandemia – elas deixaram de operar.

Atualmente também está sendo votado a renovação da isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) na Câmara Municipal de Natal. Uma das emendas anexadas condiciona a isenção à não-devolução de mais nenhuma linha pelas empresas.

“O ISS não resolve essa crise do óleo diesel. Longe de resolver. Corrige esse reajuste que foi revogado, quase corrige. Então é necessário esse outro projeto mais abrangente e que venha restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro das empresas para que o transporte de Natal tome outra direção”, disse Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn.

Informações do G1

Economia

Estados batem recorde com arrecadação de ICMS em combustíveis

 

Nos primeiros quatro meses deste ano, os estados brasileiros arrecadaram R$ 34,3 bilhões com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis e petróleo. As informações são do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O valor é o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1999. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o índice aumentou 12,9%. Na ocasião, os governadores arrecadaram R$ 30,4 bilhões. Em 2020, foram R$ 28 bilhões.

Os números do quadrimestre tendem a ser ainda mais elevados, uma vez que nem todos os estados informaram a arrecadação relativa ao mês de abril.

Assim, faltam os dados das seguintes unidades federativas: Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

Ainda de acordo com a planilha do Confaz, o total arrecadado com ICMS entre janeiro e abril foi de R$ 182,6 bilhões. O encargo sobre os combustíveis equivale a 19% desse montante.

Informações do Conexão Política

Comércio

RN perdeu R$ 30 milhões com suspenção da diferença de ICMS

ICMS/RN – Governo retira da substituição tributária os setores de autopeças  – Correio Mecânico

 

O Rio Grande do Norte deixou de arrecadar cerca de R$ 30 milhões nos três primeiros meses de 2022 com a suspensão da cobrança do diferencial de alíquota do ICMS sobre os produtos que são comercializados pela internet com origem em outros estados para consumidores locais. A cobrança do tributo no e-commerce estava suspensa por força de uma decisão do STF que entendeu necessitar de uma lei complementar para que os estados pratiquem a cobrança, que voltou a vigorar no dia 1º de abril.

“A gente teve uma perda mensal na casa de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões com a suspensão que ocorreu desde o final do ano passado. Voltamos a fazer a cobrança agora, desde o início do mês de abril, numa parametrização do sistema da Secretaria. Quando essas notas são emitidas para o estado, automaticamente é feita essa cobrança”, explicou o secretário de estado da Tributação, Carlo Eduardo Xavier.

Antes de 2015 e do boom substancial das vendas online no Brasil, o percentual do ICMS era arrecadado somente para o estado onde a empresa vendedora estava localizada.

Contudo, muitos estados estavam sendo prejudicados em relação ao recolhimento desse imposto devido a competitividade das vendas virtuais.

A partir dessa situação, os estados passaram a praticar o diferencial de alíquota, batizado de Difal, por meio de um convênio para garantir um maior equilíbrio no recolhimento de impostos no país. A medida visava um equilíbrio nas contas, já que existe uma diferença na cobrança de ICMS entre os estados, o que fazia as pessoas e empresas comprarem produtos onde o imposto fosse menor.

Economia

ICMS sobre diesel ficará congelado em R$ 0,95 por litro no RN até junho de 2023

Brasília – Postos de combustíveis ajustam os preços e repassam para o consumidor o aumento da alíquota do PIS e Cofins pelo litro da gasolina(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

A cobrança de ICMS sobre óleo diesel continuará congelada no Rio Grande do Norte até junho de 2023, anunciou nesta quinta-feira (24) o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier. Serão mantidos até lá os valores que vêm sendo praticados desde novembro de 2021.

Mesmo que o preço do combustível continue subindo nas bombas, por consequência de reajustes anunciados pela Petrobras, o Estado só vai recolher R$ 0,95 por litro de diesel S10, o mais usado, e R$ 0,92 por litro de diesel S500.

Atualmente, o litro do diesel S10 é comercializado nas bombas a um valor médio de R$ 7,10 no Rio Grande do Norte. Considerando o preço de hoje, a alíquota real praticada, portanto, é de 13%. Antes da atual crise dos combustíveis, o Estado cobrava 18% por litro.

O congelamento atende à Lei Complementar 192, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do mês. A lei determina que os estados adotem um valor fixo para o ICMS sobre o diesel, oficializando o que, na prática, já vinha ocorrendo por decisão dos próprios governadores.

Durante reunião nesta quinta-feira do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os secretários definiram o valor fixo em R$ 1,00 por litro de 1º de julho de 2022 a 30 junho de 2023, mas alguns estados terão subsídio de ajuste para manter o valor no patamar atual – caso do RN, que seguirá cobrando os R$ 0,95 que vêm sendo praticados desde novembro.

O Confaz também oficializou o que já havia sido anunciado na terça (22) pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), sobre a gasolina: congelamento por mais 90 dias do preço médio para cálculo do ICMS.

Com isso, no caso do Rio Grande do Norte, a alíquota de 29% segue sendo aplicada sobre o preço médio de R$ 6,62, enquanto nas bombas o valor é R$ 7,92. Também ficou definido que não haverá alteração na cobrança do ICMS sobre o diesel até a entrada em vigor do congelamento, em julho.

Em entrevista à TV Tropical, o secretário de Tributação explicou que, com a medida, estados estão abrindo mão de arrecadação. Ele enfatizou também que o congelamento de ICMS já vem sendo praticado desde novembro e isso não representou redução no preço do combustível, pelo contrário.

“Já está provado que o ICMS não é o causador desses aumentos. A mudança do ICMS não vai reduzir o preço da gasolina. É preciso que se reveja a política de preços da Petrobras. Precisa haver a mudança da política de preços que segue o preço internacional do barril do petróleo”, finalizou.

 

98 FM

Economia

Entenda o que muda no preço da gasolina com projeto do ICMS

Reprodução

 

O preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha terá uma alíquota única de ICMS em todo país com a aprovação do Projeto de Lei 11/2020 no Congresso Nacional na quinta-feira (10.mar.2022). Agora, a cobrança do imposto terá valor fixo sobre determinada medida, como litro ou quilo para os combustíveis líquidos, e metro cúbico para o gás de cozinha.

O texto também estabelece a monofasia tributária, que recairá sobre refinarias e importadores de combustíveis. A medida define que uma única etapa da cadeia produtiva pagará o ICMS devido por todo o processo. Por outro lado, não há definição sobre prazo para que os governadores adotem as mudanças.

O PL institui regra de transição para as operações com diesel: enquanto não for aplicada a incidência monofásica para esse combustível, a base de cálculo do ICMS será definida pela média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores.

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), do qual fazem parte os Estados, o Distrito Federal e o Ministério da Economia, poderá definir a alíquota única em reais a seu próprio ritmo.

O texto zera as alíquotas de PIS/Cofins sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação até o fim de 2022. Também dispensa a desoneração de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige compensação com corte de despesa ou aumento de receita, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022.

ENTENDA AS MUDANÇAS

Atualmente, a cobrança é feita da seguinte forma:

  • Cada Estado tem uma alíquota diferente de ICMS;
  • Cobrança é polifásica, ou seja, cada etapa da produção do combustível tem um valor diferente;
  • Estados podem aumentar ou diminuir o percentual do imposto cobrado sobre os combustíveis de forma individual.

O que muda com a aprovação do PL:

 

  • Cobrança do ICMS será uniforme em todo o território nacional e poderá ser diferenciada apenas por produto;
  • Será definida de forma “ad rem”, ou seja, pela unidade de medida, como litro ou quilo no caso dos combustíveis líquidos, e metro cúbico no gás de cozinha; e poderá ser reduzida e restabelecida no mesmo exercício financeiro;
  • Institui regra de transição para as operações com diesel: enquanto não for aplicada a incidência monofásica para esse combustível, a base de cálculo do ICMS será definida pela média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores;
  • Valor a ser cobrado será feito pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), formado por Estados e governo federal;
  • Zera PIS/Cofins sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação até o fim de 2022.
Economia

‘NO DINHEIRO’: ICMS arrecadado com combustíveis cresceu 25% na comparação com 2020 no RN e impostos na gestão Fátima aumentou 17,2% em 2021

 

A arrecadação de impostos estaduais aumentou 17,27% no Rio Grande do Norte em 2021. Os tributos recebidos pela máquina pública saltaram de R$ 6,25 bilhões em 2020 para 7,33 bilhões ao longo dos 12 meses do ano passado.

Somente a arrecadação de ICMS com a venda de combustíveis e outros derivados de petróleo no RN subiu mais de 25% no período.

O resultado da arrecadação anual foi o maior registrado no estado ao longo da série histórica iniciada em 1998, segundo os dados do Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais do Conselho Nacional de Fazenda, ligado ao Ministério da Economia.

Ainda assim, o crescimento do Rio Grande do Norte ficou pouco abaixo da média da região Nordeste (17,90%) e dos estados brasileiros como um todo (22,13%).

Os principais impostos estaduais são:

  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
  • Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA)
  • Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD).

Somente o ICMS, que é o principal imposto estadual, foi responsável por uma arrecadação de R$ 6,8 bilhões ao longo de 2021, contra 5,83 bilhões no ano anterior. O crescimento foi de 17,77% no período.

O setor primário, que engloba a agropecuária, por exemplo, foi o que registrou maior crescimento percentual de arrecadação de ICMS: 196,8%. O salto foi de R$ 118,93 milhões em 2020 para 353,02 milhões pagos ao poder público estadual em 2021.

Com isso, de um ano para o outro, o setor deixou de representar 2% e passou para pouco mais de 5% de todo o ICMS recebido pelo estado.

O setor terciário, que engloba comércio e serviços, continuou sendo o que mais arrecada ICMS no estado, mas teve um crescimento menor, de cerca de 13,2%, e sua participação reduzida. Enquanto em 2020 representava de 51% do ICMS recolhido pelo estado, em 2021 foi responsável por 49%. Ainda assim, pagou R$ 3,4 bilhões de tributo.

O setor secundário, da indústria, reduziu em cerca de 4% a arrecadação de ICMS no estado.

Combustíveis

Já a arrecadação de ICMS com combustíveis e outros derivados do petróleo aumentou mais de 25% no Rio Grande do Norte em 2021 e chegou a R$ 1,54 bilhão. O número representa quase R$ 310 milhões a mais em relação ao ano anterior.

Somente essa área foi responsável por cerca de 22% de todo o ICMS arrecadado pelo estado no ano, de acordo com o boletim.

O aumento de arrecadação no setor foi resultado da alta do preço dos combustíveis, provocada pelo aumento do valor petróleo no mercado internacional e pelo dólar – dois dos fatores levados em conta pela Petrobras para reajustar os preços periodicamente.

A cobrança do ICMS no preço dos combustíveis se tornou um embate público entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os governadores. Com frequência, Bolsonaro cobra dos estados uma redução do imposto para ajudar na queda dos preços da gasolina e do diesel.

Por outro lado, os governadores alegam que não aumentaram o percentual do ICMS cobrado sobre o combustível e ainda aprovaram o congelamento do preço cobrado até março de 2022.

Em comunicado após a decisão da renovação do congelamento em janeiro, os secretários de Fazenda defenderam que sejam criadas “soluções estruturais para a estabilização dos preços dos combustíveis, como um fundo de equalização de preços”.

Eles avaliaram, ainda, que só o congelamento do ICMS “não é suficiente para impedir os reajustes dos combustíveis, visto que os elementos centrais dos aumentos são a variação do dólar e a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional do petróleo”.

 

 

Deu no G1