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Israel fecha campo de gás natural no Mediterrâneo em meio à ofensiva do Hamas

 

A Chevron comunicou, nesta segunda-feira (9), que fechou um importante campo de gás natural no Mediterrâneo oriental a pedido de autoridades israelenses em meio a guerra no Estado.

O campo de Tamar está localizado a apenas 24 quilômetros da costa sul de Israel e é uma importante fonte de gás natural para abastecer a rede elétrica da nação.

No entanto, a Chevron disse que continua a fornecer aos seus clientes em Israel e na região gás da plataforma Leviathan.

“A Chevron está focada no fornecimento seguro e confiável de gás natural para o benefício do mercado interno israelense e de nossos clientes regionais”, disse a porta-voz da Chevron, Sally Jones, em um comunicado.

Jones disse que a Chevron foi “instruída” pelo Ministério de Energia de Israel a encerrar a produção na plataforma Tamar.

Espen Erlingsen, chefe de pesquisa da Rystad Energy, citou que: “Cortar o fornecimento de Tamar terá um impacto significativo no fornecimento de gás na região e aumentará a pressão sobre os preços.”

Tamar produz cerca de 900 milhões de metros cúbicos de gás por dia – o que equivale a aproximadamente 40% da produção total de gás de Israel, segundo Rystad. Grande parte do gás é enviado ao Egito para exportação para a Europa como gás natural liquefeito, ou GNL.

A paralisação ocorre no momento em que o Hamas ataca Israel e enquanto o Estado intensifica a sua retaliação.

Israel tem recorrido cada vez mais ao gás natural descoberto no Mediterrâneo como principal fonte de combustível e para substituir o carvão. O Estado se tornou um importante exportador de gás natural nos últimos anos.

Fonte: CNN

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RN estreia em ranking como 2º estado com melhor regulação para o mercado de gás natural

 

O Rio Grande do Norte estreou em um ranking nacional como o segundo estado com melhor regulação para a venda e consumo de gás natural em julho. O comparativo é feito pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) há um ano.

Segundo a entidade, o ranking apresenta uma avaliação das regulações vigentes em cada estado e relacionadas à abertura do mercado de gás.

Até julho, o estado não havia pontuado no ranking. Porém, estreou alcançando já o segundo lugar, com um ambiente regulatório que só perde para o estado da Bahia.

O motivo, segundo a entidade, foi a implementação da nova lei do gás no Rio Grande do Norte, que representa “um grande marco para o mercado de gás canalizado”.

Segundo a entidade, em linha com os princípios da Lei Federal 14.134/2021, a Nova Lei do Gás, o estado promoveu a abertura do mercado livre, o que permite que consumidores que atendam aos requisitos estabelecidos contratem volumes de gás diretamente dos fornecedores por livre negociação.

Na prática, indústrias e grandes consumidores de gás poderão comprar o gás diretamente dos fornecedores, sem passar pelo mercado antes monopolizado pela Petrobras. Segundo a entidade, isso permite maior concorrência e redução de preços.

“Com a retirada de relevantes entraves para o desenvolvimento deste mercado, é incentivada a competitividade do energético no estado. Em outras palavras, a expectativa é de redução do preço em função da competição, hoje inexistente, de novos fornecedores no mercado”, aponta a entidade.

Natália Seyko, analista de Gás Natural da Abrace, explica que o índice foi criado para apresentar a regulação em cada estado aos associados, mas também para incentivar os governos a criarem leis com menos barreiras à competição.

De acordo com ela, a regulação sobre a distribuição é de responsabilidade dos estados. No entanto, algumas unidades federativas criaram leis que geram barreiras à competição, como a exigência de um consumo muito elevado de gás, para que o consumidor possa comprar no mercado livre.

Natália ainda explica que a projeção é de que a abertura do mercado no Rio Grande do Norte favoreça a atração de indústrias para o estado.

“A ideia é dar liberdade para o consumidor final, para que ele possa negociar, favorecer a competição. Acreditamos que isso vai gerar aumento de demanda e novos investimentos. As empresas enxergam os primeiros colocados no índice como opções de locais para instalar ali sua próxima matriz”, pontuou.

A associação representa grandes empresas que consomem o gás natural como fonte energética na produção industrial, por exemplo. É o caso de siderúrgicas, indústrias ceramistas, vidreiras, automotivas, entre outras.

Natália ainda aponta que o estado perdeu da Bahia, em um dos pontos analisados pelo índice, pela pouca separação entre a distribuição e a comercialização do produto. Esse é um dos pontos análises no índice, que pode ir até 100. O RN pontua com 64 e a Bahia, primeira colocada, com 67.

Deu no G1

Economia

Depois de tanto aumento, gás natural fica mais barato no RN a partir desta terça-feira

Os usuários do gás natural canalizado no Rio Grande do Norte vão pagar mais barato pelo insumo a partir desta terça-feira, 1º. A redução da tarifa foi autorizada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos (Arsep/RN) e publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado. A diminuição ficou em torno de 10% e vale para todos os segmentos de atuação da Companhia Potiguar de Gás (Potigás). O GNV, por exemplo, conta com uma redução de R$ 0,37.

A redução da tarifa no Rio Grande do Norte vai na contramão do que vem ocorrendo em outros estados da federação que registram aumento de até 50% no gás natural canalizado ou sustentam a tarifa mediante liminar judicial. Isso ocorre porque a Potigás não conta mais com a Petrobras para suprir o mercado local.

Desde 1º de janeiro, a companhia tem contrato com a empresa Potiguar E&P, vencedora da chamada pública realizada em 2021 para compra de gás. A diretora presidente da Potigás, Larissa Dantas, explica que a baixa no preço do gás, além de aliviar o bolso dos potiguares também irá contribuir com a retomada da economia e atrair novas indústrias para o estado.

“Em um momento de alta da inflação que corrói os salários dos brasileiros e impacta fortemente o caixa das empresas, o Rio Grande do Norte tem a tarifa do gás reduzida. Essa medida irá aumentar a competitividade do nosso estado, favorecendo a atração de indústrias, o que irá ajudar na retomada econômica e trazer emprego e renda para os potiguares”, afirma.

A expectativa da Potigás era que a redução fosse ainda maior. No entanto, dois fatores impactaram no reajuste do preço. O primeiro deles é o aumento de 17,8% na tarifa de transporte, divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no dia 20 de janeiro.

O outro fator foi o aumento da demanda do gás no estado. Em setembro de 2021, a Potigás assinou contrato com a Potiguar E&P para o fornecimento de até 236 mil m³/dia para os anos de 2022 e 2023. Com a divulgação que o preço do gás iria reduzir no Rio Grande do Norte enquanto que nos demais estados com distribuição da Petrobras iria aumentar, cresceu a procura pelo gás natural no RN. A Potiguar E&P não pôde atender esse acréscimo no volume e a Potigás precisou contratar outra empresa para suprir essa nova demanda.