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Gilmar Mendes anula operação da PF contra FGV

 

Em uma decisão proferida em março deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, anulou as decisões da Justiça Federal do Rio de Janeiro que conduziram a Operação Sofisma, que investigava suspeitas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro em contratos estabelecidos entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e órgãos públicos.

O ministro acolheu, em parte, um pedido feito pela FGV, que buscava o trancamento da investigação, mas esse pleito não foi atendido. Com a decisão de Gilmar Mendes, a investigação da Operação Sofisma foi remetida à competência da Justiça Estadual do Rio.

– Concluo pela ausência de competência da Justiça Federal para supervisionar os fatos relativos à denominada Operação Sofisma, circunstância que constitui flagrante ilegalidade que tem se repetido nos inúmeros casos acima descritos. Registre-se que essa situação de persistente e reiterada teratologia ou de flagrante ilegalidade na atuação expansiva da Justiça Federal demanda correção imediata mediante concessão da ordem neste habeas corpus – diz a decisão de Mendes que estava em segredo de justiça.

Agora, caberá à Justiça do Rio e ao Ministério Público Estadual a análise dos fatos anteriormente sob a responsabilidade da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. As informações são do Metrópoles.

O ministro fundamentou sua decisão alegando a falta de competência da Justiça Federal para supervisionar os acontecimentos relacionados à Operação Sofisma, destacando que essa situação de ilegalidade tem sido recorrente em diversos casos.

A Operação Sofisma teve como foco investigar casos de corrupção nos contratos entre a FGV e entes públicos. Esses contratos envolviam a realização de pareceres e estudos em processos ligados à construção de prédios estatais, privatizações e obras de infraestrutura. De acordo com a Polícia Federal, diretores da FGV teriam recebido propinas para favorecer contratações fraudulentas no governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro.

As investigações da PF apontaram que os pagamentos de propina eram feitos diretamente por empresas contratadas nas concorrências para consultorias pertencentes a diretores da FGV. O montante das movimentações suspeitas atingiu o valor de R$ 487 milhões, sendo parte desse valor, cerca de R$ 36 milhões, supostamente movimentado em contas no exterior.

Deu no Pleno News

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Câmara escolhe FGV para organizar concurso com 140 vagas e salário inicial de R$ 26 mil; veja detalhes

Último concurso da Câmara foi em 2014

 

Câmara dos Deputados escolheu a Fundação Getúlio Vargas (FGV) como banca organizadora do concurso público que pretende realizar ainda neste ano para o cargo de analista legislativo. Serão pelo menos 140 vagas imediatas em 10 especialidades diferentes. O edital da nova seleção ainda não tem data prevista de publicação. A última seleção da Casa foi em 2014, e teve 60 cargos para agente de polícia legislativa e 53 para consultor legislativo.

O salário inicial é de R$ 26.196,30 para cargos de nível superior, com carga de trabalho de 40 horas semanais. Acionada para dar mais detalhes, a Câmara dos Deputados ainda não respondeu.

A efetivação do contrato com FGV para realizar o concurso “dependerá da anuência das instâncias superiores”, informa o site da Câmara dos Deputados. A Casa disse que informações técnicas nortearam a escolha da banca. “Foram adotados, entre outros, os seguintes critérios para análise das propostas: o prazo de execução das principais etapas do certame, as medidas de segurança utilizadas usualmente para prevenção de fraudes, a experiência na realização de certame com número de inscritos superior a 50 mil candidatos e o valor total a ser pago”, afirmou.

A FGV é conhecida por ser a responsável atual pela realização do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Detalhes do concurso

O concurso terá  provas objetivas, discursivas e de títulos. Das vagas, 20% são reservadas a quem se autodeclarar negro – ou seja, preto ou pardo. Também são reservadas 5% das vagas a pessoas com deficiência, conforme a lei 8.112/1990

Para conquistar a estabilidade no cargo, é preciso passar no período de estágio probatório, que é de três anos. Acesse aqui a íntegra do projeto-base do concurso, que contém detalhes sobre a realização do exame.

Deu no R7

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Atividade econômica ficou estagnada em janeiro

 

A atividade econômica ficou estagnada em janeiro, na comparação com dezembro de 2022, na série com ajuste sazonal. É o que aponta o Monitor do PIB-FGV, indicador do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Na comparação com janeiro do ano passado, o crescimento da economia foi de 4,1%. E na análise trimestral, o crescimento foi de 2,2% no trimestre móvel, findo em janeiro, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, explica que a estagnação verificada em janeiro resulta de uma combinação de fatores, como a retração da indústria, a estagnação do setor de serviços e o crescimento verificado apenas na agropecuária. Na sua visão, o resultado aponta a tendência para o ano.

“Esta configuração já mostra o que se deve esperar em 2023, tendo em vista que o contexto econômico é mais desafiador este ano do que se observou em 2022. Em um cenário de juros e de endividamento elevados e perspectiva de recessão global, o consumo e os investimentos tendem a perder força e dificultar o crescimento econômico. A expectativa de safra recorde na agricultura, por sua vez, mostra que o crescimento da economia no ano deve ser bastante influenciado pela agropecuária”, disse.

Componentes

O índice da série trimestral interanual mostra que o consumo das famílias apresentou crescimento de 4,3% no trimestre móvel terminado em janeiro, com aumento de 5,9% no consumo de serviços e de 5,5% no de produtos não duráveis. Segundo a pesquisa, o crescimento dos serviços foi disseminado entre diversos segmentos e o de não duráveis teve como principal responsável o consumo de combustíveis e lubrificantes.

A formação bruta de capital fixo (FBCF – investimentos) cresceu 0,7%, influenciado pela construção e com recuo no setor de máquinas e equipamentos.

Na exportação, bens e serviços cresceram 11,2%, com retração apenas nos bens intermediários. O levantamento destaca que mais da metade do crescimento teve como responsável os produtos da extrativa mineral.

Já a importação de bens e serviços cresceu 2,7% no mesmo período. Houve crescimento tanto em bens de capital como em bens de consumo, mas o destaque foi o desempenho das importações do segmento de serviços, principalmente em serviços de informação e viagens internacionais.

A estimativa do Monitor da FGV é que o PIB em janeiro tenha sido de R$ 897,564 bilhões, em valores correntes.

A taxa de investimento em janeiro foi de 15,4%, ficando abaixo da média mensal verificada desde o ano 2000.

Fonte: Agência Brasil

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Inscrições para concurso do TJRN terminam hoje

 

As inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) terminam nesta segunda-feira (10). Os interessados podem se inscrever, exclusivamente, pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV) até às 16h. Os valores das inscrições variam de R$ 85,00 a R$ 110,00 a depender do cargo pretendido. Ao todo, o concurso do TJRN oferta 229 vagas, além de cadastro de reserva, e os salários iniciais variam de R$ 3.974,08 a R$ 7.301,18. Foram lançados três editais, contemplando níveis médio e superior.

No primeiro edital estão sendo ofertadas 32 vagas para o cargo de Analista Judiciário – Apoio especializado e duas vagas para o cargo de Oficial de Justiça – com remuneração inicial de R$ 6.637,44. Já no segundo edital estão sendo ofertadas 35 vagas para o cargo de Analista Judiciário – Apoio Especializado em Tecnologia de Informação. A remuneração inicial é de R$ 7.301,18. E no terceiro edital estão sendo ofertadas 160 vagas para o cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária. A remuneração inicial é de R$ 3.974,08.

Provas

As provas objetiva de múltipla escolha e a de escrita discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para os cargos de Analista Judiciário – Apoio especializado, Oficial de Justiça e Analista Judiciário – Apoio Especializado em Tecnologia de Informação serão realizadas em Natal, Mossoró e Caicó, no dia 4 de junho de 2023, das 8h às 13h, segundo o horário oficial de Brasília.

Já a prova objetiva de múltipla escolha e a escrita discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para o cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária serão realizadas em Natal, Mossoró e Caicó, no dia 11 de junho de 2023, das 8h às 12h30, segundo o horário oficial de Brasília.

Os locais para realização da Prova Objetiva e da Prova Escrita Discursiva serão divulgados no endereço eletrônico https://conhecimento.fgv.br/concursos/tjrn2023.

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Só faltou o boné do MST: aula da FGV demoniza produtor rural

Aula demoniza agronegócio | Foto: Reprodução

 

Circula nas redes sociais um vídeo de uma aula na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EASPE-FGV). Nela, os estudantes da FGV usam um brinquedo para demonizar o produtor rural. A mensalidade da graduação em Administração de Empresas da FGV custa mais de R$ 6 mil.

Publicado no Instagram há dois dias, a legenda diz: “Usando Lego, como vocês representariam uma pessoa preconceituosa? Era uma das tarefas a fazer pelos alunos da semana de imersão da FGV Compliance e ESG da Latam”.

Nas imagens, é possível ver um homem montando um boneco, cuja “cabeça é fechada”. “Ele não está disposto a abrir a cabeça dele”, diz a pessoa. “Ele tem uma picape e um cachorro bem bravo. Não é só proteção. Ele ataca mesmo.”

A interpelar os demais estudantes da FGV, o homem ouve alguns comentários sobre o produtor rural. “Ele é armamentista e acredita no patriarcado”, afirma uma mulher. “Ele defende os valores tradicionais.”

 

 

Depois de receber uma série de críticas de internautas, a página da EASPE-FGV tirou o conteúdo do ar. Usuários da rede social pediram uma manifestação pública a Ligia Maura Costa, uma das coordenadoras da FGV.

Em nota, a Latam esclareceu que “repudia veementemente qualquer tipo de preconceito e reforça que qualquer opinião que contrarie o respeito não reflete os valores e princípios da empresa”.

“A companhia informa que foi surpreendida pelo conteúdo do vídeo e esclarece que a atividade apresentada nas imagens não ocorreu em suas dependências ou contou com o conhecimento ou participação de qualquer de seus profissionais”, acrescentou a Latam.

Procurada, a FGV disse não ter encontrado o porta-voz para comentar. O espaço está aberto.

Deu na Revista Oeste

Economia

“Haddad na economia é um desastre”, explica ex-secretário adjunto do Ministério da Fazenda

“Haddad na economia é um desastre”, explica ex-secretário-adjunto do Ministério da Fazenda

 

“Não me recordo de nenhum aumento de gastos dessa magnitude, realmente é um desastre fiscal sem paralelos.” A opinião é de Rogério Mori, doutor em economia de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O economista falou no programa Oeste Sem Filtro nesta sexta-feira, 6, sobre o início da equipe econômica do novo governo e fez um alerta sobre o aumento de gastos.

Para o professor da FGV, “Haddad na economia é um desastre”. A avaliação é uma resposta à fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a subida da inflação que atingiu o Brasil no ano passado. Segundo o petista, a inflação foi puxada pelo aumento de gastos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e não pela alta do valor das commodities, que afetou o mundo todo.

Quando perguntado sobre o legado do ex-ministro Paulo Guedes e os desafios que o Brasil deve enfrentar, Mori disse que as ações de Guedes vêm sendo sistematicamente destruídas e que o grande desafio do país é garantir que a máquina pública continue funcionando. “O grande desafio do Brasil no século 21 é tornar o setor público mais eficiente. Ou seja, fazer uma reforma administrativa, aumentar eficiência do setor público e a produtividade. Esse é nosso grande desafio”, concluiu.

Outros obstáculos econômicos

Mori ressaltou também que políticos em cargos estratégicos de estatais e bancos públicos são sinais muito ruins, e que o mercado respondeu de maneira imediata ao retrocesso. “Vamos esperar que não voltemos àquilo que vimos durante ‘Lula 2’, ‘Dilma 1’ e ‘Dilma 2’. Que foi o uso dessas máquinas para fins não adequados econômicos e financeiros”. E perguntado sobre a possibilidade da existência de uma moeda única entre Brasil e Argentina, foi enfático em sua resposta. “Esse é o devaneio mais absurdo que eu ouvi nos últimos anos.”

Com informações da Revista Oeste.

Economia

FGV: confiança da indústria brasileira atinge nível mais baixo em dois anos e meio

 

A confiança da indústria brasileira caiu com força em novembro e foi ao menor patamar em quase dois anos e meio. A movimentação ocorre em meio a incertezas das situações atual e futura, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (28).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,6 pontos na comparação com outubro, indo a 92,1 pontos, o pior resultado desde julho de 2020, amargando a terceira queda seguida em 2022.

“Há deterioração das percepções sobre a situação atual decorrente de uma piora da demanda e consequente aumento do nível de estoques, o maior desde o período de lockdown”, explicou o economista Stéfano Pacini, do FGV IBRE.

“Além disso, observa-se uma piora das expectativas para os próximos meses, possivelmente relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro de incertezas para o início do próximo ano”, acrescentou ele.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários acerca do momento presente do setor industrial, recuou 4,6 pontos, caindo para 91,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 2,4 pontos, para 92,6 pontos. Ambos foram em novembro ao menor nível desde julho de 2020.

Deu no Conexão Política

Polícia

PF identifica R$ 487 mi em movimentações financeiras na FGV

Polícia Federal

 

A Operação Sofisma, deflagrada pela Polícia Federal (PF), identificou R$ 487 milhões em movimentações financeiras de dirigentes e ex-dirigentes da Fundação Getulio Vargas (FGV). As quebras de sigilo verificaram pelo menos R$ 36 milhões enviados ao exterior, o que, segundo a PF, envolve o uso de contas em paraísos fiscais. Os valores têm origem em contratos da FGV com entes públicos, para privatizações, obras de infraestrutura e construção de prédios estatais.

As investigações tiveram início a partir da delação de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. À PF, o político afirmou que contratava a FGV para obter pareceres a favor da legalidade de contratações que, segundo Cabral, eram fraudadas para atender a seus próprios interesses.

Em troca desses pareceres, diretores da FGV recebiam uma parte da propina das empresas de fachada contratadas, que, segundo o ex-governador, também faziam repasses ao seu grupo político.

O atual diretor-executivo da FGV Projetos, Luiz Carlos Guimarães Duque, vinha sendo investigado por receber R$ 5,6 milhões entre 2011 e 2016. A suspeita é que Duque utilizava empresas de fachada para recolher recursos pagos pelo consórcio contratado para construir a nova sede da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro.

Deu na Oeste

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Gilmar Mendes suspende investigação sobre corrupção e fraudes na Fundação Getúlio Vargas

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ação da Justiça Federal sobre suposto esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na quinta-feira (17), conforme noticiou e antecipou o Conexão Política, a Polícia Federal fez operação na instituição de ensino e pesquisa privada. A sede fica situada no Rio de Janeiro.

Fontes da PF dizem que três integrantes da família Simonsen estão entre os alvos: Ricardo Simonsen, que ocupa cargo de diretor na FGV, Maria Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen.

No entanto, de acordo com Gilmar, a ação não é de competência da Justiça Federal. “Basta um breve lançar de olhos sobre as decisões proferidas pelo Juízo de origem para concluir que, assim como ocorreu em outros casos da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, promoveu-se uma tentativa de expandir a jurisdição da Justiça Federal para fatos que, a rigor, não atraem a competência especializada aludida no art. 109 da Constituição Federal”, escreveu o magistrado.

O magistrado mandou o caso para a justiça estadual. O ministro também determinou que as medidas cautelares contra os investigados sejam suspensas e mandou notificar as corregedorias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Em nota, a FGV afirma ser “vítima de perseguição” e diz que tomará todas as medidas cabíveis.

Deu no Conexão Política

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Operação da Polícia Federal na FGV é uma bomba que pode atingir Ministros do STF

 

Passou quase despercebido na imprensa nacional (sem destaque em praticamente nenhum grande site) a operação da Polícia Federal, deflagrada ainda na quinta-feira (17), e que apura um esquema de “venda de relatórios” na Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma das mais respeitadas instituições do Brasil.

A Operação Sofisma cumpriu 29 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, tanto na capital fluminense quanto na cidade de São Paulo. Também foram expedidas ordens de sequestro e cautelares restritivas. Segundo a PF, o esquema envolvia órgãos federais e estaduais, que contratavam a FGV com dispensa de licitação. As investigações, iniciadas em 2019, mostram que havia superfaturamento de contratos.

Segundo a PF, a instituição era usada “para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos, que resultaram em pagamento de propinas”. “Apurou-se que, mais do que emitir pareceres inverídicos que camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a entidade superfaturava contratos feitos por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios”.

De acordo com o que foi divulgado, a investigação pode até criar embaraços imensos para ministros de tribunais superiores de Brasília, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, a PF não mira suspeitas de de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraude em licitações que envolveriam a fundação dentro da própria FGV.

Isso porque a Fundação Getúlio Vargas tem laços estreitos há tempos com magistrados de Cortes superiores. Nos últimos tempos a fundação passou, por exemplo, a participar da organização de eventos jurídicos que eram realizados por entidades ligadas a magistrados e que recebem patrocínios de empresas com interesses em tribunais.

A quebra dos sigilos da entidade no curso da investigação pode detalhar o caminho do dinheiro a partir dos repasses, com chances de escalar o caso para instâncias elevadas do Poder Judiciário. Integrantes da cúpula da FGV que são alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta são íntimos de importantes ministros das Cortes brasilienses.

Entre os assuntos que são objeto da operação está o uso da fundação para a emissão de pareceres cuja contratação servia, de acordo com a apuração, para mascarar pagamentos de propina a agentes públicos. O esquema inclui empresas de fachada no Brasil e contas em paraísos fiscais do Caribe, como Bahamas e Ilhas Virgens.