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Líder de bancada passa pano para Lula e irrita deputados evangélicos

 

A bancada evangélica ainda não digeriu fala do líder da frente, Silas Câmara (Rep-AM), que mudou o discurso da água para o vinho após se reunir com Fernando Haddad (Fazenda) na última semana.

Ao passar pano e declarar “diálogo aberto com o governo” sobre o fim da isenção fiscal a pastores, membros da própria frente dispararam contra Silas. “Que diálogo? Com que pastor? Ele que fale por ele”, retrucou à coluna o vice-presidente da frente, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

A frente se ressente por não ter sido chamada antes da tesourada. O clima piorou quando Haddad escolheu a dedo a quem daria explicações.

O próprio Silas chamou a medida do governo Lula de “lamentável”. Após um cafezinho com Haddad, o atual presidente da frente recuou.

“Cai na chantagem do governo quem quiser”, diz Sóstenes ao avaliar que o governo falhou na tentativa de se aproximar do segmento.

Reservadamente, membros da frente acusam o governo de tentar negociar a manutenção da isenção por pautas de interesse do Planalto.

Deu no Diário do Poder

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AGU quer convencer evangélicos a apoiarem regulação das redes

 

O advogado-geral da União, Jorge Messias, confirmou em entrevista à CNN que foi escalado pelo governo Lula a convencer os parlamentares evangélicos a votarem favoravelmente ao projeto de lei que visa regulamentar as redes sociais.

Para isso, ele busca conversar com cada deputado ou senador que faça parte da Frente Parlamentar Evangélica, com o intuito de conquistar os votos necessários para que o projeto parado na Câmara possa avançar.

– Farei corpo a corpo com os evangélicos. O governo precisa dialogar, pois os evangélicos são vítimas de fake news também – disse Messias.

O AGU declarou ainda que “aprovar o PL das fake news será a coisa mais importante no primeiro semestre”, por isso, seu trabalho junto aos evangélicos será primordial.

Além da questão sobre a liberdade de expressão nas redes, há outros pontos delicados no projeto 2630/2020. Entre eles, transferir recursos das plataformas digitais para grandes grupos de comunicação.

A Bancada Evangélica é uma das mais reticentes em apoiar o texto. Por isso, Messias terá uma reunião com ministros do governo para lapidar uma estratégia para conseguir convencer os parlamentares.

Deu na CNN

Política

Lula usa programas sociais para se aproximar de evangélicos, de olho nas eleições

Foto: Ricardo Stuckert

 

Buscando diminuir a rejeição entre evangélicos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca estratégias para se aproximar do segmento por meio dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou que o Palácio do Planalto está treinando integrantes de igrejas para cadastrar pessoas em situação de vulnerabilidade nos programas sociais, como Bolsa Família, Farmácia Popular, Minha Casa, Minha Vida e Luz para Todos.

“A orientação é trabalhar com quem quer trabalhar [com o governo]. Independentemente de quem votou. As igrejas chegam onde ninguém chega. Há uma relação muito além da disputa política e do interesse eleitoral, que é a de redução da pobreza, e vamos precisar de todos os setores que possam ajudar”, disse Dias ao O Globo.

A estratégia adotada pelo governo segue após a última pesquisa DataFolha, publicada em 7 de dezembro, mostrar que Lula é reprovado por 38% dos evangélicos. O seguimento é vital para as próximas eleições – tanto as municipais, em 2024, quanto as gerais, em 2026 -, visto que representa 28% do eleitorado brasileiro. Além disso, os evangélicos são mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Será que estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Ou será que temos que aprender com o povo como é que fala com eles? Como é que a gente chega aos evangélicos?”, questionou Lula em um evento ainda em dezembro.

Para o senador Magno Malta (PL-ES), membro da Frente Parlamentar Evangélica no Senado e da oposição ao governo Lula, a tática do Planalto já é conhecida pelo público evangélico, sendo semelhante ao discurso do primeiro mandato do petista.

“Isso foi uma bela invenção do [marqueteiro] Duda Mendonça: criar aquele Lula que se elegeu em 2002 com o discurso de lutar contra a miséria e a corrupção. Quem não quer isso? Os cristãos brasileiros, de fato, viviam apartados disso. Realmente, era o conto do vigário e todos nós caímos nesse conto”, disse o senador.

Para ele, essa é uma estratégia recorrente do PT. “Todo processo eleitoral eles tentam se aproximar da Igreja porque o voto é muito importante. Inclusive, já criaram pastores, líderes de igrejas de esquerda para irem às redes sociais atacarem líderes que não apoiam essa ideologia comunista e abortista”. Malta lembrou ainda que membros da esquerda costumam ser favoráveis à liberação das drogas.

A declaração do senador segue na esteira da percepção captada pela pesquisa do PoderData, a qual mostrou que 52% do eleitorado evangélico considera o governo Lula pior que a gestão de Bolsonaro. A taxa oscilou 5 pontos percentuais para cima desde o início do ano.

Aproximação com evangélicos foi foco Planalto em 2023

A tentativa de aproximação do governo com os evangélicos foi foco da articulação política da gestão petista ao longo do ano. Em junho, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ambos evangélicos, representaram o governo Lula na Marcha para Jesus – importante evento para a categoria.

Lula chegou a ser convidado, mas a leitura do Planalto foi de que a presença do mandatário poderia gerar forte rejeição por parte do público. Com isso, Lula enviou uma carta ao apóstolo Estevam Hernandes, idealizador da Marcha para Jesus, agradecendo o convite, mas negando a participação.

“Sempre admirei e respeitei a Marcha para Jesus, que considero uma das mais extraordinárias expressões de fé do nosso povo”, diz o texto assinado por Lula. Na época, Hernandes elogiou o gesto do presidente da República.

“Achei muito importante da parte dele esse reconhecimento da Marcha, no sentido de ser um evento cristão de importância mundial”, afirmou Hernandes à Folha de S. Paulo. Em 2009, Lula sancionou a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Porém, o petista nunca participou de nenhuma edição. Bolsonaro foi o primeiro a ir ao evento, já no primeiro ano de seu mandato.

Evangélicos também tiveram influência na disputa por vaga no STF

Além da Marcha para Jesus, Messias ficou responsável pela interlocução do Planalto com a Frente Parlamentar Evangélica, o que conferiu ao governo certa segurança no trato com deputados e senadores em temas sensíveis ao Executivo.

Antes da votação da PEC 08/2021 no Senado, que limita as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Messias era apontado como um nome de consenso entre os parlamentares evangélicos na disputa pela vaga aberta com a saída de Rosa Weber. O AGU era visto como alguém que votaria contra pautas progressistas no STF – como a descriminalização do aborto e a liberação do porte de drogas.

No entanto, o desgaste entre Lula e o STF, devido ao voto do senador Jaques Wagner (PT-BA) na PEC 08, fez com que o Executivo descartasse a candidatura de Messias e indicasse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para ocupar a vaga. Dino era o favorito de membros da Suprema Corte.

A mudança gerou descontentamento entre senadores da Frente Parlamentar Evangélica, o que forçou Lula a se movimentar novamente para diminuir os atritos entre os evangélicos. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que também faz parte dessa Frente, foi escalada pelo Planalto para atenuar a rejeição de Dino entre os colegas.

Identitarismo da esquerda torna aproximação de Lula com evangélicos pouco provável

Ao disputar a presidência em 2022, Lula assumiu compromissos com diversos segmentos da sociedade. Entre eles, a ala da esquerda que defende pautas identitárias que causam preocupação e alerta no meio cristão. Na leitura de analistas políticos, a infiltração de agentes pró-governo em redutor religiosos não anulará a discordância desse segmento em assuntos relacionados a ideologia de gênero, questões raciais, aborto e legalização das drogas.

Para o cientista político Elton Gomes, professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o Planalto não entendeu que as diferenças de crença e valores falam mais alto do que benefícios sociais.

“O governo está subestimando a importância das crenças, dos valores, de elementos simbólicos e representacionais que são a contrapartida do identitarismo. Ou seja, se o governo defende o identitarismo de raça, gênero e opção sexual; os evangélicos defendem outra identidade: a identidade tradicional do direito romano, da filosofia grega, da moral judaico-cristã e dos valores familiares. Isso tudo também é identitarismo e o governo não se dá conta de que não será um benefício assistencial que vai transformar a visão das pessoas”, disse Gomes.

Ele também explica que os efeitos na mudança de opinião, caso ocorra, de um segmento como o evangélico só poderá surtir efeito no longo prazo.

“Essa atuação junto às lideranças evangélicas, segundo estudos acadêmicos sobre o assunto, é um processo longo. Normalmente, quando se tem infiltração em determinado grupo político ou religioso, leva-se décadas para ter algum efeito”, afirmou.

Deu na Gazeta do Povo

 

Notícias

Cara lavada: Lula defende aproximação com evangélicos

 

Em evento do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre as próximas eleições municipais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou os evangélicos de “gente de bem” e defendeu uma aproximação de sua legenda com os cristãos. Ele ainda questionou se os representantes da sigla estão falando “o que o povo quer ouvir” e reclamou de o PT ter conseguido eleger “só” 70 deputados no pleito passado.

– Nós temos que nos perguntar por que que um partido que, muitas vezes no discurso pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados? Por que tão pouco se a gente é tão bom? Por que tão pouco se a gente acha que a gente poderia ter muito mais? É preciso que a gente tente encontrar resposta dentro de nós. Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades? – declarou.

Na sequência, Lula classificou os evangélicos como “gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja por ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família”. Também se referiu aos empresários, outro dos segmentos eleitorais resistentes ao PT, questionando como a sigla ia fazer para conseguir votos dos pequenos empreendedores.

Lula ainda previu que a próxima eleição será “outra vez Lula e Bolsonaro” a nível municipal e prometeu ser um “bom cabo eleitoral”.

– Eu prometo ser um bom cabo eleitoral fazendo as coisas corretas para vocês sentirem orgulho daquilo que está acontecendo no Brasil. A gente não vai falhar, a gente não vai errar – prometeu.

Informações do g1

Política

Frente Evangélica reage à ameaça de Lula

 

 

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso emitiu nota de repúdio à ameaça de Lula (PT) às lideranças evangélicas. Em uma tentativa de intimidação dos líderes evangélicos, apoiadores de Bolsonaro, Lula disse que eles poderiam ser responsabilizados por mortes por COVID-19 caso não aderissem às políticas lulistas de vacinação.

Em nota, o líder da frente parlamentar, Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), convoca o povo evangélico a refletir sobre “princípios que nortearão a República, caso Lula assuma e permaneça presidente”.

Discursos como esse reforçam a necessidade de continuarmos conclamando nossa sociedade a refletir sobre os fundamentos e os princípios que nortearão a República, caso Lula assuma e permaneça na presidente, eis que tal fala conduz o país ao temeroso caminho da discriminação, preconceito e intolerância religiosa, especificamente contra os Evangélicos”, diz a nota.

A ameaça de Lula ocorreu em uma reunião online com integrantes do grupo de trabalho da Saúde da equipe lulista de transição na última quinta-feira (24/11). Os petistas deixaram o trecho da reunião vazar para que a tentativa de intimidação chegasse aos evangélicos.

Eu pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas: ‘Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?’ Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas”, ameaçou o petista.

É o PT sendo PT !

 

Deu no NI 24h

Política

Bancada evangélica vê carta de Lula como “escárnio” e espera que Bolsonaro tenha 75% dos votos do segmento

Sóstenes Cavalcante em plenário da Câmara

 

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada evangélica no Congresso Nacional, classifica a carta divulgada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao segmento como “um escárnio”.

No documento divulgado na última quarta-feira, 19, o petista voltou a se dizer contra o aborto, defendeu o fortalecimento das famílias e destacou que, em seu governo, assinou leis e decretos que reforçaram a liberdade religiosa no país. Na avaliação de Sóstenes, no entanto, o candidato do PT mudou de opinião “somente por conta do período eleitoral”.

“A carta de Lula aos evangélicos é um escárnio. É vergonhoso ver alguém mudar de opinião somente por conta do período eleitoral. Todos sabemos das declarações dele até recentemente a favor de aborto, ofendendo a família. Chega em período eleitoral, a máscara quer ser colocada novamente no Lula, mas já vacinamos bem o segmento evangélico com o antídoto anti-Lula, contra a hipocrisia, a falsidade e a mentira do PT”, disse Sóstenes.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizam uma fala de Lula ainda no período de pré-campanha, em abril deste ano, para afirmar que o petista é a favor do aborto. Há seis meses, o ex-presidente disse, em um evento com representantes do Parlamento Europeu, que o assunto “deveria ser transformado numa questão de saúde pública”.

“Aqui no Brasil ela não faz porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha”, disse. Na ocasião, o ainda pré-candidato acrescentou que, no Brasil, mulheres pobres morrerem ao tentar abortar enquanto “madame pode fazer um aborto em Paris” ou “ir para Berlim procurar uma clínica boa”. Na carta divulgada nesta semana, o ex-presidente reafirmou o compromisso “com a vida plena em todas as suas fases”.

“Para mim a vida é sagrada, obra das mãos do Criador e meu compromisso sempre foi e será com sua proteção. Sou pessoalmente contra o aborto e lembro a todos e todas que este não é um tema a ser decidido pelo Presidente da República e sim pelo Congresso Nacional”, diz um trecho do manifesto.

Deu na Jovem Pan

Política

Evangélicos reagem a Lula e PT após pedido de censura contra a Assembleia de Deus mais antiga do Brasil

 

Personalidades do segmento evangélico usaram as redes sociais para comentar o processo que o Partido dos Trabalhadores (PT) moveu contra a Igreja Assembleia de Deus em Belém (PA).

Conforme noticiou e antecipou o Conexão Política, o PT acionou a Justiça para exigir a retirada de uma Bandeira do Brasil estendida na lateral do templo religioso. O ato, no entanto, não é uma prática recente. As lideranças da AD Belém estendem o símbolo nacional há anos, independentemente de período político ou não.

Além disso, ainda que o gesto fosse fomentado pelo período eleitoral, isso não daria o direito de um partido político acionar as autoridades para censurar as liberdades de expressão, de pensamento, de culto, de profissão de fé, cujos direitos estão garantidos pela Constituição Federal.

Com base nisso, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) negou a remoção da bandeira. A juíza eleitoral Blenda Nery Rigon Cardoso declarou que “não há vedação para o uso de símbolos nacionais na propaganda eleitoral (…) Inviável limitar o direito à liberdade de expressão quanto à utilização de um símbolo nacional, garantia fundamental insculpida constitucionalmente”, evocando a decisão do TRE do Rio Grande do Sul sobre a exposição de bandeiras durante o período eleitoral.

Vale destacar, inclusive, que a Assembleia de Deus em Belém é a igreja evangélica mais antiga do país.

Entre os nomes que se manifestaram sobre o caso está a cantora gospel Eyshila, que é uma das principais representantes da música cristã no país. Para ela, a ação do PT traz à tona os reais interesses da esquerda e mostra o que o partido de Lula está disposto a fazer contra os cristãos brasileiros caso vença a eleição presidencial.

— Veja o que o partido das trevas já está fazendo com as igrejas sem estar no poder. Imagine se eles ganhassem. Mas não vão, não! Os números já mudaram e vamos continuar trabalhando para que o Brasil jamais volte para as mãos desses bandidos que falam em democracia, mas querem implantar uma ditadura. Nossa bandeira jamais será vermelha — escreveu a cantora nas redes sociais.

Informações do Conexão Política

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Lula sobre carta aos evangélicos: “Não preciso prestar conta às pessoas”

 

Ao ser interpelado sobre uma possível carta aos evangélicos no segundo turno, Lula (PT) disse que não precisa prestar conta às pessoas. A pergunta foi feita durante uma coletiva de imprensa, com lideranças do PSD, em um hotel na capital paulista.

“Trato a religião com muita seriedade”, disse o petista. “A população sabe que eu criei a Lei da Marcha Pra Jesus e o Dia do Evangélico. Não preciso prestar conta às pessoas.”

A Lei nº 12025 de 03/09/2009, da Marcha Pra Jesus, é de autoria do então senador Marcelo Crivella (PR-RJ) e foi apenas sancionada pelo petista, na época presidente da República. Já o Dia do Evangélico, está previsto na lei 12.328 de 2010. A legislação não representa ponto facultativo, sendo de autoria do então deputado federal Cleber Verde (Republicanos-MA). Mais uma vez, Lula sancionou a medida, mas não é o autor dela.

Aceno à base ruralista

Na mesma pergunta, o petista foi interpelado se faria algum aceno à base ruralista, com quem o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) sempre dialogou bem.

“É só fazermos uma comparação”, explicou Lula. “O que foi feito com o agronegócio no governo do PT em comparação com o governo de Bolsonaro. Não preciso ficar fazendo carta ou aceno. O que tenho é um legado de oito anos como presidente da República que me fez terminar o mandato com 87% de aprovação.”

Em 28 de agosto deste ano, em sabatina no Jornal Nacional, o petista afirmou que o agronegócio brasileiro era “fascista e direitista”. O agronegócio brasileiro alimenta quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Aproximadamente 200 países recebem as frutas, as verduras e os legumes produzidos no Brasil. Os produtores rurais brasileiros abastecem a África, a Ásia e a Oceania.

Em 2021, no governo Bolsonaro, o Brasil foi considerado o maior exportador líquido de alimentos. Produtos como soja, milho e algodão, por exemplo, aceleraram a produção. De 2000 a 2020, o país teve uma participação de quase 15% no valor mundial das exportações de grãos, segundo dados divulgados pelo Consumer Price Index, indicador norte-americano de inflação. Se considerado apenas o ano de 2020, contudo, a participação brasileira ultrapassa a marca de 20%.

Deu na Revista Oeste

Política

Campanha de Lula distribui panfletos para evangélicos com trechos bíblicos e citando “defesa da família”

 

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a distribuir, nesta quinta-feira, um panfleto voltado para eleitores evangélicos, grupo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem seu melhor desempenho em pesquisas eleitorais divulgadas até agora. O material, que faz parte da ofensiva de Lula pelo voto evangélico, é assinado pela página “Restitui Brasil”, assumida pela campanha do petista em ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 20.

O panfleto, aberto com a frase “o que os evangélicos realmente querem para o Brasil”, traz propostas e o histórico de atuação de Lula em áreas como educação, saúde e emprego. Cada tópico é acompanhado por um versículo bíblico. Também há referências a “cuidar da criação de Deus”, ao citar a preservação do meio ambiente, e à “defesa da família”, além de críticas à expansão das armas de fogo, uma das bandeiras do governo Bolsonaro que mais teve resistências entre evangélicos.

“A preocupação com os valores da família é central para Lula e Alckmin”, diz um trecho do panfleto.

A divulgação do panfleto provocou reação de lideranças evangélicas aliadas de Bolsonaro. O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, gravou um vídeo afirmando que a campanha de Lula tenta “enganar o povo evangélico” e criticando posicionamentos anteriores do petista, como uma declaração, dada em abril, de que “todo mundo” deveria ter direito ao aborto. Malafaia também sugeriu a fiéis que “rasguem” o panfleto caso seja distribuído próximo a igrejas.

— Ou rasga a Bíblia e fica com panfleto mentiroso de época de eleição, ou rasga o panfleto e fica com a palavra de Deus — disse Malafaia

A manifestação de Malafaia foi criticada por pastores ligados ao PT que participaram da elaboração do panfleto. Cesário Silva, presbítero da Assembleia de Deus do Belém (SP) em Jundiaí, e que atua no Comitê Evangélico Unificado (CEU) do PT, afirmou que Malafaia fez uma “crítica odiosa” ao panfleto.

— O pastor Silas Malafaia não perde tempo em destilar seu ódio, sua estupidez e sua falta de educação, apresentando suas narrativas espetaculosas ao povo evangélico, pensando que o povo de Deus é boiada dele ou de Bolsonaro — declarou.

Após hesitar em acenos religiosos, a campanha de Lula reviu a estratégia e passou a planejar conteúdos voltados especialmente para eleitores evangélicos. Além da página “Restitui Brasil”, que apresenta vinculação mais discreta com o ex-presidente, misturando pedidos de voto com mensagens bíblicas, outro grupo de perfis criados pela campanha, sob o mote “Evangélicos com Lula”, tem divulgado conteúdos refutando notícias falsas de que o PT “fecharia igrejas” e citando leis sancionadas em governos petistas que beneficiaram diferentes religiões.

O PT também prepara uma “carta de apoio” que será assinada por evangélicos e entregue a Lula em um evento com pastores no próximo dia 9, em São Gonçalo (RJ). Uma primeira versão da carta, que já vem sendo compartilhada em busca de assinaturas, afirma que “evangélicas e evangélicos de várias denominações” tiveram “total liberdade para pregar a palavra do Senhor” nos governos Lula, e argumenta que o ex-presidente “se preocupa de fato com o povo, com as famílias e com a vida”.

Informações de O Globo

Política

Em reação ao crescimento de Bolsonaro, campanha de Lula cria perfis nas redes sociais direcionados a evangélicos

 

Pastores com 50 milhões de seguidores no Instagram, Facebook e Twitter expressam apoio a Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição na corrida pelo Palácio do Planalto. Juntos, os dez maiores líderes religiosos apoiadores do presidente ecoam mensagens da luta do bem contra o mal e de uma guerra, em sintonia com o discurso do presidente. Com medo da derrota e em reação ao avanço de Bolsonaro, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu criar perfis nas redes sociais direcionados aos evangélicos.

Em período eleitoral, o apoio de pastores é valioso. A missão, segundo eles, é salvar o País. “Eu te convido, com as suas mãos erguidas, a orar. Nós temos nesta tela a Bandeira do Brasil 2022 é um ano de guerra. Nós estamos em guerra. É uma batalha ideológica, de filosofias, é uma batalha cultural”, disse o pastor André Valadão, da Igreja Batista Lagoinha, em janeiro, em um prenúncio do que seria 2022.

A pregação foi publicada no Instagram, rede na qual o líder tem 5,3 milhões de seguidores. Foi em um culto com Valadão que a primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o Planalto era “consagrado a demônios”.

Outro líder é Claudio Duarte, com mais de 13,9 milhões de seguidores. Da Igreja Projeto Recomeçar, o líder se apresenta como “um pastor seriamente engraçado”. Entre sermões e esquetes de humor, usa as redes para publicar fotos com o presidente. “Eu sou eleitor de Bolsonaro, sou cabo eleitoral dele e sou intercessor dele”, afirmou, em vídeo.

Na corrida eleitoral, o apelo à fé tem surtido efeito. Bolsonaro cresceu no segmento evangélico, que corresponde a 25% da amostra da mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira. Ele subiu de 43% para 49%, enquanto Lula oscilou de 33% para 32%.

Em comício no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, o ex-presidiário Lula tratou de religião e política. “O Estado não tem de ter religião todas as religiões têm de ser defendidas pelo Estado. Mas também quero dizer: as igrejas não têm de ter partido”, afirmou. Segundo ele, “tem gente” que “está fazendo da igreja um palanque político”.

Para frear as investidas de Bolsonaro, a campanha do petista informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também ontem, da abertura nas redes das contas “Evangélicos com Lula”. Em nota, a assessoria disse que a iniciativa “partiu de religiosos”. “Alguns setores evangélicos – tanto dos partidos da coligação quanto de fora dela – nos contataram com interesse em atuar junto a comunidades evangélicas na campanha, e, para isso ser possível, registramos esses sites e perfis no TSE.”

Por interesse estritamente político, Lula já esteve próximo de pastores e os puxava para sua órbita de poder. Idealizador da Marcha para Jesus, o apóstolo Estevam Hernandes, da Renascer em Cristo, hoje, é um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro – na foto de perfil, já aparece ao lado do presidente. Ele, por exemplo, esteve na ocasião da sanção da lei que instituiu um dia para a realização da marcha, em 2003, durante o governo do petista.

O prestígio dado a líderes religiosos no passado não se mostra suficiente agora. Novo conselheiro de Lula na comunicação com evangélicos, o pastor Paulo Marcelo Schallenberger fala apenas com 260 mil seguidores nas redes. Já o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), fundador da Igreja Batista do Caminho e pré-candidato a deputado federal, acumula 913 mil seguidores.

Ex-aliado de Lula e fundador da Catedral do Avivamento, o deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) mudou de lado. “Sou a favor de Bolsonaro porque ele defende os valores cristãos e da família tradicional. Sou contra Lula porque ele defende a subversão desses valores. É uma questão de sobrevivência”, afirmou Feliciano.

Em maior ou menor intensidade, Silas Malafaia, Damares Alves, Valdemiro Santiago, José Wellington Bezerra da Costa, Josué Valandro Jr. e o bispo Robson Rodovalho também dão suporte ao presidente nas redes sociais. E, pelos menos, na disputa entre os eleitores evangélicos, parece não haver dúvidas de que o presidente possui larga vantagem sobre o ex-presidiário Lula.