Tecnologia

Energia solar em casa: qual o tempo de retorno do investimento em cada estado

O retorno do investimento em painéis de geração de energia solar varia conforme o estado.| Foto: Pixabay

 

O investimento em um sistema de energia solar residencial se paga mais rápido em Mato Grosso, Alagoas e Piauí. As informações são de levantamento da consultoria Greener, que estimou o tempo de retorno da instalação de painéis fotovoltaicos em cada estado brasileiro.

Em Mato Grosso, a média é de 2,6 anos para o “payback” – o tempo de retorno do investimento. Em Alagoas e Piauí, 2,7 anos. Ceará e Pará vêm em seguida, com um prazo de aproximadamente 2,8 anos.

Na outra ponta da lista, nos estados do Amapá, Paraná e Roraima a aposta na energia solar residencial leva mais de quatro anos para dar frutos. Em Santa Catarina, mais de cinco anos.

O levantamento da Greener considera sistemas residenciais de 4 kWp, de baixa tensão. No cálculo, foram considerados tempo de obra, início da operação, reajustes tarifários e preço de equipamentos.

Na média brasileira, considerando todos os estados, houve redução de 25% de payback entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024. Ou seja, o retorno do investimento ficou mais rápido.

O valor do sistema na baixa tensão residencial caiu de R$ 4,39/Wp para R$ 3,17/Wp no período. Com isso, o preço médio de um sistema fotovotaico residencial passou de R$ 17.560 no início do ano passado para uma média de R$ 12.680 neste ano.

Energia solar residencial: tempo de retorno em cada estado brasileiro

Mato Grosso: 2,6 anos
Alagoas: 2,7 anos
Piauí: 2,7 anos
Ceará: 2,8 anos
Pará: 2,8 anos
Rio de Janeiro: 2,8 a 2,9 anos
Mato Grosso do Sul: 2,9 anos
Minas Gerais: 2,9 anos
Bahia: 3 anos
Distrito Federal: 3 anos
Pernambuco: 3 anos
Rio Grande no Norte: 3 anos
Tocantins: 3,2 anos
Amazonas: 3,3 anos
Goiás: 3,3 anos
São Paulo: 3,3 a 4,2 anos
Sergipe: 3,3 a 3,9 anos
Maranhão: 3,4 anos
Acre: 3,6 anos
Espírito Santo: 3,6 anos
Paraíba: 3,6 anos
Rio Grande do Sul: 3,8 a 4,4 anos
Amapá: 4 anos
Paraná: 4 anos
Roraima: 4,1 anos
Santa Catarina: 5,1 anos

Informações da Gazeta do Povo

 

Negócios, Tecnologia

Com 13 novos parques em 2024, RN gera 32% da energia eólica no País

 

Líder na produção de energia eólica no Brasil, o Rio Grande do Norte deu mais um passo para ampliar ainda mais a primeira posição na viabilização de energia limpa no País. O Estado ganhou 13 novos parques eólicos nos dois primeiros meses de 2024, segundo o Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O número de parques em operação representa um crescimento de 0,45 gW de potênciaativa no Estado. Só em 2023, o RN registrou R$ 22,5 bilhões em investimentos em novos projetos de geração de energia, tanto para fontes eólicas como solares.

O Estado tem 293 parques eólicos em atividade e, no cenário nacional, fica atrás apenas da Bahia, que tem 319 empreendimentos. Mesmo assim, o RN é líder na potência em operação, com 9,43 gW, o que representa quase 32% de toda a geração de energia eólica no País. A plataforma da Fiern aponta ainda que há 91 empreendimentos em desenvolvimento, com 3,58 gW de potência outorgada, que consiste na potência em construção ou ainda não construída.

“A qualidade dos ventos, tanto no litoral do Rio Grande do Norte como em boa parte do interior, tem atraído novos investimentos na geração de energia eólica. Esse crescimento da atividade tem lastro nos 5,5 Gw (on-shore) já contratados para os próximos anos. Isso sem falarmos do potencial de 51 Gw já mapeado para geração da energia eolica off-shore, em fase de aquecimento. Essa liderança mais a vocação natural do Estado têm levado o SENAI/RN, através do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT), a liderar diversos projetos nacionais e manter amplo intercâmbio mundial”, aponta o presidente da Fiern, Roberto Serquiz.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, o RN possui “qualidades excepcionais para os ventos” e destaca o protagonismo do Estado na área.

“Temos excelentes jazidas de ventos, e na medida que tenhamos capacidade de escoamento, com linhas de transmissão, o RN seguirá sendo o protagonista de produção de energia eólica no Brasil enquanto tivermos área para construir os parques. Nosso problema, em gerando energia, é o escoamento, mas tem que existir a necessidade da demanda. O Brasil precisa retomar o seu crescimento para termos demanda de energia cada vez maior e com isso possamos construir uma maior quantidade de parques para gerar mais energia para suprir essa necessidade”, explica.

Segundo o coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec-RN), Hugo Fonseca, a entrada em operação dos novos parques está dentro do cronograma das outorgas recém-contratadas.

“Esses parques que entraram em operação estão obedecendo o cronograma previsto de implantação. Temos uma série de usinas que estão previstas para entrar em operação em 2024, mas esses 13 estão dentro do plano informado à Aneel e, principalmente, para o início da entrada de operação e comercialização desses projetos já junto a ONS. Esses 13 parques estão dentro do universo dos quase 13,1 GW contratados e outorgados que entrarão em operação até o início de 2026”, explica Hugo Fonseca.

“Avaliamos esse crescimento de forma muito positiva, pois cada novo parque significa em media 500 empregos. Além de movimentar toda cadeia produtiva, desde pousadas, casas alugadas de moradores das cidades do entorno, como também movimenta o setor de bares restaurantes, pousadas e a economia das cidades próximas”, disse Max Fonseca, consultor da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN).

“O RN já é um líder em energias renováveis, pois lidera a produção de energia eólica no Brasil. O fator central é pelo recurso disponível dos ventos da região Nordeste, com destaque para o RN. Aliado a isso é importante ter um governo pensando nas energias renováveis, em atrair investimentos, e a gente tem percebido isso no Estado, com Atlas Eólico, Onshore, Offshore, e agora o hidrogênio e solar. O papel do Estado de dar uma indicação aos investidores faz com que os estudos atraiam mais investimentos”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum.

RN terá 1,97 bilhão para linhas de transmissão

O Rio Grande do Norte vai receber o investimento de R$ 1,97 bilhão por conta do primeiro leilão de transmissão de energias renováveis que vai ocorrer no dia 28 de março, na sede da B3, em São Paulo.
Ao todo, o leilão vai contemplar 15 lotes em 14 estados brasileiros. A previsão é que seja investido cerca de R$ 18,2 bilhões. No leilão deste ano, o Rio Grande do Norte foi contemplado nos Lotes 3 e 4 junto com os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Entre os projetos previstos, destaca-se a linha de transmissão de 500kV, entre Ceará-Mirim e João Pessoa (PB), com 198 quilômetros.

O presidente do Sindicato da Indústria Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, aponta ainda que o desenvolvimento do setor é importante para que o Estado esteja pronto para a demanda de Hidrogênio Verde que se aproxima.

“Acredito na capacidade do RN de gerar essa energia. A vantagem do H2V é que em boa parte das plantas, não em todas, não há necessidade de linhas de transmissão. A produção de energia é para consumo da própria indústria de hidrogênio, para o próprio processo de hidrólise, então esse é um ponto que o RN sai com uma vantagem”, acrescenta Azevedo.

Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os empreendimentos estão previstos para entrar em operação no ano de 2029. As novas linhas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e têm como objetivo principal expandir e fortalecer a rede básica de energia elétrica do estado. “As quatro grandes obras, nos blocos 3 e 4, garantirão a conexão de novos empreendimentos de geração de energia no sistema elétrico nacional”, ressaltou ele.

O leilão deste ano prevê a construção, operação e manutenção de 6.464 quilômetros de linhas de transmissão e 9.200 MVA em capacidade de transformação em todo o país. “A partir do leilão, esses projetos já podem comercializar seus contratos, abrindo margem no sistema elétrico para a conexão de novos empreendimentos”, complementou.

PANORAMA DAS EÓLICAS
293 é o número de parques em operação no RN

9,43 gW é a geração de energia com parques eólicos no Estado

30% é a produção de energia eólica do RN para o Brasil

25,5 GW de potência contratada no Brasil

13 é o número de parques instalados no último bimestre no RN

3,5 gW é a potência contratada no RN

91 empreendimentos estão em construção

3,58 gW é a potência outorgada


Informações: Tribuna do Norte e Fiern/Aneel

Comércio, Emprego, Tecnologia

Investimentos em energia solar no RN superaram os R$ 625 milhões em 2023

 

Líder absoluto na geração de energia eólica no País, o Rio Grande do Norte também tem se destacado e se consolidado nacionalmente como um dos principais geradores de energia solar. Em 2023, os investimentos na área superaram a cifra dos R$ 625 milhões. Em 2022, outros R$ 800 milhões já tinham sido investidos, em um ritmo aquecido de aportes que ultrapassam a casa das centenas de milhões desde 2019, conforme levantamento do Observatório da Energia Solar, da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper). Estimativa é de que setor gere cerca de 5 mil empregos atualmente.

De acordo com José Maria Vilar, que participou da elaboração do estudo, o Estado vive um bom momento, de estabilização em um patamar elevado, mas, ainda assim, mantendo a perspectiva positiva de futuros investimentos. “O setor passou por um grande ‘boom’ em anos recentes e parece estar caminhando no sentido de uma estabilização, com crescimento mais moderado, embora haja ainda um amplo mercado potencial a ser explorado”, aponta o especialista, que também é vice-presidente da Aper.

Ainda segundo Vilar, o Rio Grande do Norte tem um grande potencial para gerar ainda mais empregos. Ele estima que aproximadamente 5 mil pessoas estejam empregadas diretamente no segmento. “Utilizando-se dados da consultoria Greener e da quantidade de CNPJs já atendidos diretamente pelo Sebrae/RN a empresas do setor, estima-se que estejam operando no RN cerca de 500 empresas integradoras, vendendo e instalando equipamentos em todas as regiões do estado. Considerando uma média de 10 empregos/empresa, estarão sendo gerados no RN cerca de 5 mil empregos, ligados diretamente à atividade”, diz.

Ele acredita que há espaço para o Estado crescer cerca de 10% em 2024 em comparação com o ano passado. “Com a continuidade na queda da Taxa Selic e o seu reflexo sobre os juros dos financiamentos, esperamos uma elevação nas vendas em cerca de 10% para o ano de 2024. A queda verificada no preço dos equipamentos, associada a uma provável retomada dos financiamentos em ritmo mais forte, além do elevado nível de satisfação por parte de quem já utiliza a energia solar, deverão assegurar a continuidade do crescimento do setor”, analisa.

Potência aumenta 46%
O investimento massivo resultou em um aumento de 46,9% na potência instalada acumulada no Estado, que passou de 381.774 kW em 2022 para 560.513 kW no ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o Rio Grande do Norte atinge a 7ª posição no ranking nacional de geração de energia eólica, atrás apenas de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Pernambuco, Ceará e São Paulo. Para José Maria Vilar o resultado é considerado positivo.

“O RN vem se mantendo bem posicionado em relação ao restante do país. Levando-se em consideração a potência total já instalada até 2023 em relação a 2022, o RN cresceu 48,2%; o Nordeste, 51%; e o Brasil, 39,6%. A potência instalada no RN representa 2,2% da potência instalada no Brasil e 10,8% da potência instalada na região Nordeste, evidenciando a importância proporcional que o RN ocupa na região”, considera.

Para se ter uma ideia, a potência instalada de 560.513 kW é suficiente para atender cerca de 311 mil domicílios residenciais com conta média mensal de R$ 200, número superior à quantidade de casas em Natal, que conta aproximadamente com 270.045 domicílios, de acordo com o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2022). No RN, Natal lidera a potência instalada (112.287 kW); seguida por Mossoró (85.453 kW); Parnamirim (52.633 kW); Caicó (20.898 kW); e São Gonçalo do Amarante (9.817 kW).

Natal, Parnamirim e Mossoró concentram 50% das conexões

No Rio Grande do Norte, os dez principais municípios em potência instalada respondem por 65,9% da quantidade de conexões e 60,6% da potência instalada. Somente Natal, Mossoró e Parnamirim equivalem a 50,4% das conexões – incluindo todas as categorias – ativas em 2023. O ritmo de avanço tem aumentado, diz o vice-presidente da Aper. José Maria Vilar, mas ainda está aquém do potencial potiguar. A expectativa é de quem o Estado possa crescer nesse quesito em 2024.

“A quantidade de conexões tem avançado em ritmo bem maior do que aquele que era inicialmente previsto há poucos anos. Mesmo assim, há ainda um grande potencial de crescimento, pois a quantidade de conexões já instalada no estado representa apenas 4,9% da quantidade total de domicílios”, avalia. E complementa: “Com esse aumento de atratividade, cuja expectativa é de que permaneça, já é observada uma retomada gradual na velocidade de aprovação e instalação de novos projetos, tanto residenciais quanto empresariais”.

A potência acumulada instalada no Estado corresponde a 56.405 sistemas conectados à rede no Rio Grande do Norte, um crescimento de 67,4% em comparação com 2022. A maior parte é residencial com 45.869 conexões (81,3%); depois vem os sistemas comerciais, com 8.231 conexões (14,6%); rural, com 1.781 (3,2%); industrial, com 334 (0,6%), e poder público, com 188 (0,3%).

De acordo com Vilar, a expectativa é de que o número de sistemas conectados à rede aumente em 2024 por causa de uma queda no preço médio dos equipamentos. “Com esse aumento de atratividade, cuja expectativa é de que permaneça, já é observada uma retomada gradual na velocidade de aprovação e instalação de novos projetos, tanto residenciais quanto empresariais”, aponta.

No País, setor recebeu investimentos de R$ 59,6 bi em 2023, mostra Absolar

Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostrou que o Brasil recebeu no ano passado R$ 59,6 bilhões de investimentos em energia solar, somando as grandes usinas e os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022 no País.

Em potência instalada, a fonte solar adicionou na matriz elétrica brasileira um total de 11,9 gigawatts (GW), sendo 7,9 GW de geração distribuída e 4 GW de geração centralizada. No acumulado desde 2012, o Brasil possui atualmente 37,2 GW de potência operacional da fonte solar, sendo 25,8 GW de geração distribuída e 11,4 GW de geração centralizada.

De acordo com a entidade, em 2023 o setor solar gerou mais de 352 mil novos empregos verdes no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 181,3 bilhões em negócios e gerou mais de 1,1 milhão de novos postos de trabalho. “Os 37 GW de potência acumulada da fonte solar no Brasil ultrapassaram a potência instalada da maior usina do mundo em 1 6 vezes, a hidrelétrica de Três Gargantas na China, com 22,5 gigawatts (GW)”, informou a Absolar em nota.

2024
Projeções da Absolar apontam que, em 2024, os novos investimentos trazidos pelo setor fotovoltaico poderão ultrapassar a cifra de R$ 38,9 bilhões, incluindo as grandes usinas e os pequenos e médios sistemas em telhados, fachadas e terrenos. Pela projeção da entidade, serão adicionados mais de 9 3 GW de potência instalada, chegando a um total acumulado de mais de 45,5 GW, o equivalente a mais de três usinas de Itaipu.

Dos 45,5 GW acumulados para o final de 2024, 31 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas instalados pelos consumidores em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, que representarão 68% do total acumulado da fonte, enquanto 14,4 GW estarão em grandes usinas solares, que representarão 32% do total acumulado.

Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a fonte solar é atualmente um dos principais vetores para acelerar a descarbonização do Brasil e ajudar o País a se posicionar como importante protagonista da transição energética para uma sociedade mais sustentável.

“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua muito aquém de seu potencial solar. Há mais de 92 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente menos de 3,5% faz uso do sol para gerar eletricidade”, afirmou Koloszuk.

NÚMEROS DO RN

  • Investimentos

2023: R$ 625,69 milhões
2022: R$ 800,59 milhões
2021: R$ 555,80 milhões
2020: R$ 230,14 milhões
2019: R$ 108,16 milhões
2018: R$ 32,89 milhões
2017: R$ 10,64 milhões
2016: R$ 4,30 milhões
Até 2015: R$ 3,99 milhões

Os maiores produtores no RN

Potência instalada e quantidade de conexões

  • Natal: 112.287 kW (11.773)
  • Mossoró: 85.453 kW (9.585)
  • Parnamirim: 52.633 kW (7.038)
  • Caicó: 20.898 kW (2.063)
  • Macaíba: 16.989 kW (905)
  • Pau dos Ferros: 10.406 kW (1.182)
  • Assú: 11.752 kW (1.165)
  • Apodi: 9.916 kW (1.139)
  • SGA: 9.817 kW (1.256)
  • Extremoz: 9.727 kW (1.082)
  • 560.513 kW é a potência instalada acumulado no RN

46,9% foi quanto cresceu a potência instalada acumulada em 2023

10 principais municípios potiguares em potência instalada respondem por 65,9% da quantidade de conexões e 60,6% da potência instalada

Sistemas conectados à rede:

2023: 56.405
2022: 38.052
2021: 18.439
2020: 6.278
2019: 2.540
2018: 837
2017: 322
2016: 150
Até 2015: 64

Informações : Observatório da Energia Solar/APER e Tribuna do Norte

Negócios, Tecnologia

O que esperar do mercado de energia solar em 2024?

 

O mercado brasileiro de energia solar, uma das fontes renováveis mais atrativas, movimentou cerca de R$ 122 bilhões em investimentos em GD – Geração Distribuída, evidenciando um crescimento notável nos últimos anos. Embasando tal dado, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgou recentemente que o país chegou à marca de 35 gigawatts (GW) de potência instalada procedente da energia solar fotovoltaica, tornando o segmento responsável por 15,9% da matriz energética de todo o Brasil.

Diante de tal conjuntura, muito tem-se especulado sobre a grande potencialidade de desenvolvimento e expansão da energia solar no Brasil. Neste aspecto, dado às políticas de incentivo, como leilões de energia, linhas de financiamento e a crescente conscientização sobre os benefícios ambientais, é seguro esperar um aumento considerável na capacidade instalada de fonte solar em 2024, período que deve contar com avanços significativos em tecnologias de armazenamento como baterias mais eficientes e econômicas, fator que permitirá a melhor integração da energia solar na matriz energética.

Além disso, para o próximo ano, novos materiais e designs para painéis solares estão sendo desenvolvidos com o objetivo de aumentar a eficiência e reduzir os custos de produção no segmento. Em paralelo, outro ponto chave para o desenvolvimento da energia solar no país, será a integração de sistemas inteligentes de gestão, que permitirão a otimização e o  controle da produção solar, juntamente com o avanço de usinas solares flutuantes, que devem triplicar o tamanho da capacidade instalada, chegando a 150 Mwp até o final de 2024.

Vale destacar que a constante redução dos custos de produção e a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade terão papel crucial no crescimento e na consolidação do mercado de energia renovável no Brasil, que possui um imenso potencial solar ainda a ser explorado, especialmente em regiões com alta irradiação solar. O investimento contínuo em pesquisa, infraestrutura e políticas de incentivo será essencial para maximizar esse potencial e posicionar o país como um líder global no mercado de energia solar.

A expectativa é que, no Brasil, o segmento registre crescimento anual de cerca de 23% na capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, alcançando uma marca de 68 GW nos próximos cinco anos. Para além, a Wood Mackenzie, negócio global de insights para energias renováveis e recursos naturais, projeta que o Brasil será, já no início da próxima década, o 5º maior mercado de energia solar do mundo, dispondo de capacidade instalada acumulada superior à nações como Japão e Austrália. Dadas tais circunstâncias, os avanços tecnológicos e o aumento da demanda por energia limpa, é possível assegurar que o mercado brasileiro de fonte renovável terá um futuro tão brilhante quanto o Sol.

Por Rodrigo Bourscheidt 

Notícias

Setor de energia solar atinge marca histórica e cobra Lula: ‘Discurso avançou mais rápido do que a prática’

painel solar

 

O setor de energia solar no Brasil acaba de atingir a marca histórica de 1 milhão de empregos e mais de R$ 163 bilhões de investimentos acumulados desde 2012, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgado nesta semana.

De acordo com a entidade, a fonte fotovoltaica possui atualmente 33,5 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2023, que compila dados de 2022, a energia solar hoje corresponde a 4,4% da matriz elétrica brasileira, representação que quase dobrou em comparação com 2021 (2,5%). Em 2020, o volume era de apenas 1,6%, o que mostra a tendência de crescimento. Segundo a associação, o setor solar fotovoltaico garantiu mais de R$ 46,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e evitou a emissão de 42,1 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

Apesar dos bons resultados e do investimento do governo federal na transição energética, o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, lamenta ainda a disparidade de incentivos com relação aos combustíveis fósseis: “O governo federal, desde o final do ano passado, antes ainda de assumir, já demonstrou que possui uma visão diferenciada para a importância da transição energética, da sustentabilidade do meio ambiente. E essa posição e essa visão foi muito bem recebida pelo setor solar fotovoltaico (…) Agora, a gente percebe também que o discurso avançou mais rápido do que a prática, porque o Brasil tem um histórico de décadas de incentivo a combustíveis fósseis e poluentes”.

O executivo destaca o estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), de 2022, que aponta que o Brasil deixou de arrecadar R$ 118,2 bilhões em tributos devido a incentivos governamentais sobre a produção e o consumo de combustíveis fósseis, especialmente diesel, gasolina, petróleo, gás natural e carvão mineral.

“O discurso do governo federal já mudou, mas essas leis, esses incentivos, essa engrenagem pública ainda está operando na racionalidade das fontes fósseis em detrimento das fontes renováveis”, critica Sauaia. O governo Lula ainda acena para a possibilidade de aumentar a exploração de petróleo no Brasil, o que vai na contramão da ideia de transição energética. A insistência na perfuração de poços na foz do rio Amazonas é um dos exemplos do anseio do Executivo nos combustíveis fósseis.

Deu na jovem pan

Tecnologia

Energia Solar é tema de Workshop promovido pela Ener-eco e Sicoob

 

Em 2022, a energia solar fotovoltaica colocou o Brasil no ranking dos maiores países geradores do segmento no mundo, pela primeira vez na história, segundo a Absolar, ocupando o oitavo lugar com 24 GW de potência instalada acumulada. No Rio Grande do Norte, as conexões de energia solar distribuída cresceram no ano passado mais que a média do Nordeste e do Brasil, segundo dados da Associação Potiguar de Energias Renováveis (APER-RN). Diante de um segmento tão promissor, a empresa Ener-eco, em parceria com a Sicoob Potiguar, realizou na noite desta quinta-feira (03), em Cotovelo, o I Workshop “Ener-eco Solar Energia sem limites”.
Durante o evento foram apresentadas as mais avançadas tecnologias do setor solar e plano estratégico de energia para empresas e indústria, na presença de executivos da indústria, CEOs, diretores e empresários. Todos conheceram os serviços oferecidos pela Ener-eco, que conta com tecnologias da Apsytems, empresa referência no setor, e a empresa israelense SolarEdge, além de terem informações sobre linhas de financiamento para instalação de energia solar através do Sicoob, maior sistema financeiro cooperativista do Brasil.
Entre as tecnologias apresentadas, destacamos o mais avançado Inversor solar do mundo, com Tracker Inteligente, da renomada empresa Solaredge, que vem com um inovador sistema solar com capacidade de otimização da geração de energia, através do seu otimizador integrado, permitindo que o sistema continue funcionando, isolando o tracker individualmente, na ocorrência de alguma falha. O sistema inteligente, desenvolvido para usinas de grande porte, ainda possui um mecanismo que permite ser instalado em qualquer tipo de solo, diferente dos convencionais. A Ener-eco oferece o sistema no RM, e que foi lançado recentemente na última Intersolar, na Europa.
Outro exemplo tecnológico e com soluções hídricas é o bombeamento solar autônomo. Com custos baixos, a bomba pode funcionar sem energia elétrica, utilizando a energia solar, ideal para propriedades no interior, onde a energia elétrica é de difícil acesso e com custos muito mais elevados. O sistema é encontrado também na Ener-eco, que também oferece sistema de carregamento para carro elétrico.
O que também chamou atenção foi a tecnologia sem precedentes do Microinversor DS3D, da Apsytems. Fatores ambientais em constante mudança desafiam constantemente a eficiência dos painéis solares; poeira, detritos e sombra podem reduzir drasticamente a produção de energia. Com um sistema inversor “string” convencional, o módulo de menor desempenho determina a produtividade de toda a matriz – portanto, a sombra de uma única folha compromete todo o sistema. Os microinversores APsystems fornecem mais potência, otimizando independentemente a saída de cada módulo solar. Se um módulo estiver sombreado, todos os outros módulos em sua matriz ainda funcionarão com potência total. Construído em cada microinversor APsystems está uma função chamada Maximum Power Point Tracking. Trabalhando centenas de vezes por segundo, o microinversor APsystems encontra continuamente a maior potência possível do módulo, aumentando consideravelmente o desempenho geral do sistema.
Para o Pascal, sócio da Ener-eco, a tecnologia hoje permite saber a eficiência de cada placa solar, o que no passado era inimaginável. “Pouco anos atrás não sabíamos se as placas solares iriam funcionar. Hoje está tudo matematicamente controlado e sabemos, inclusive, quanto de vida tem a placa solar. Além de fazer um bem para o planeta, investir em energia solar se tornou muito mais prático”, argumentou.
Estiveram presentes nas apresentações, Pascal Genevo, presidente da Ener-eco,  Boris Duloglo, Diretor executivo da Ener-eco, Elber Turro diretor financeiro da Ener-eco, o diretor executivo do Sicoob Potiguar, Sérgio Costa, a gerente de relacionamento Ana Luiza, e o analista de Produtos e Serviços, Walterlan Frazão.
A Ener-eco também oferece sistema de carregamento para carro elétrico
Política

INCOMPETÊNCIA: Rodrigo Pacheco boicotou lei que estimulava energia solar

 

No final da sua presidência no Senado, Rodrigo Pacheco acumula um passivo impressionante de projetos que, já aprovados na Câmara ou apresentado por senadores, continuam engavetados. Um exemplo de como o roda-presa do Senado prejudica os cidadãos que o sustentam é sua recusa de pautar o projeto da Câmara, aprovado no início do mês, que prorroga a data fatal de 7 de janeiro para entrar em vigor regras que reduzem as vantagens de instalação de energia fotovoltaica ou solar.

Produto do lobby milionário de distribuidoras e geradoras de energia, a nova lei é conhecida como a “taxação do sol”.

A atitude de Pacheco contra a geração limpa de energia é inacreditável no país atormentado por escassez hídrica e tarifas de bandeira vermelha.

A lei que Rodrigo Pacheco age para manter, alegrando distribuidoras e geradoras, conspira contra energia solar em um país de Sol abundante.

O projeto do deputado Beto Pereira (PSDB-MS), aprovado na Câmara, adiaria por 6 meses, para julho de 2023, o início de vigência da lei 14300.

 

Novo Mandato

Apesar de toda incompetência, o nobre senador Pacheco é candidato à reeleicão para a presidência do Senado.

E o pior: Tem tudo para ser reeleito.

Realmente esse Brasil não é para amadores !

 

Informações do Cláudio Humberto

Tecnologia

Energia Solar: confira cinco perguntas e respostas sobre o tema

 

 

A energia solar teve um crescimento significativo no Brasil ao longo de 2022. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostraram que em julho deste ano o país registrou seis novos recordes de geração de energia solar e eólica, sendo destaque neste segmento em que ocupa a 4ª posição de países que mais investiram no ramo. Porém, o serviço ainda gera muitas dúvidas e por isso o engenheiro elétrico e CEO da Otto Energia Sustentável, empresa com o propósito de ser referência nacional em energia solar fotovoltaica, Ramon do Valle Pissaia, esclarece algumas das principais dúvidas sobre o tema.

Como funciona a geração de energia solar?

A captação de energia solar pode ser feita por meio de diversas tecnologias, como painéis fotovoltaicos, usinas heliotérmicas e aquecedores solares. Quando captada, a luz solar é convertida em energia. No caso dos painéis, a energia produzida a partir da radiação é enviada ao inversor, aparelho responsável por transformar a corrente contínua em alternada. É do inversor que sai a eletricidade que alimenta os eletrodomésticos.

Quais os sistemas mais comuns?
A energia solar pode ser convertida por meio de dois sistemas: heliotérmico, na qual a energia solar é usada para geração de calor, e por meio de células fotovoltaicas, presentes nas placas, que convertem a radiação em energia elétrica. Este sistema de obtenção de energia é um dos mais promissores da atualidade e tende a crescer ainda mais por causa da redução dos preços e incentivos oferecidos para quem adota fonte renovável de energia.

O custo é menor quando comparado à energia elétrica?
A médio prazo é uma economia significativa, cerca de 95%. É bom lembrar que a diferença não é instantânea, já que o investimento dos equipamentos precisa ser feito. Porém, a partir da instalação, já é notável a diminuição dos custos com energia elétrica e em 3,5 anos a economia terá pago todo o equipamento instalado

Qualquer casa ou empresa pode ter energia fotovoltaica? O que é preciso fazer para instalar as placas?
Qualquer imóvel, seja residencial ou empresarial, pode possuir energia solar. Para a instalação é necessária análise técnica de telhado, como verificação de estrutura, possível sombreamento e espaço disponível.

Depois de instaladas, quais são os cuidados e qual o prazo o sistema tem?
Cuidados mínimos com manutenção e limpeza, feita por um especialista, uma vez ao ano. O acompanhamento dos sistemas gerais também pode ser feito por aplicativo próprio, geralmente disponibilizado gratuitamente pelos fabricantes das placas. Ele identifica regularmente a produtividade dos equipamentos e alerta, com antecedência, se algo anormal interromper o fluxo para, assim, acionar a  manutenção.

Cidade, Tecnologia

Prefeitura de Parnamirim estuda implantação de energia solar em prédios públicos

Foto: ASCOM PMP

 

O prefeito de Parnamirim Rosano Taveira recebeu, nesta quarta-feira (13), a visita de representantes de empresa especializada em energia solar. Na ocasião foi apresentado um estudo sobre a viabilidade da construção de usinas desse tipo de energia no município.

Presentes na reunião, o chefe do Gabinete Civil, Homero Grec e dos secretários de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Giovanni Júnior e Obras Públicas, Flávio Leal, avaliaram o estudo da empresa.

De acordo com Keble Danta Rolim, adjunto da Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur), a partir do estudo apresentado, será aberto um processo de licitação para contratação de empresa que viabilizará a implantação da tecnologia fotovoltaica nos prédios públicos do município.

“Inicialmente, pretendemos priorizar as escolas, em função da alta demanda de consumo, principalmente, depois da instalação de aparelhos de ar condicionado”, destacou o adjunto.

André Rocha, diretor de contratos da empresa que realizou o estudo, explica que os principais benefícios da energia solar são a economia, e o trato com o meio ambiente, por ser uma energia sustentável e que não polui.

Uma boa iniciativa da prefeitura de Parnamirim e que deveria ser seguida por muitos municípios do RN