Economia, Política

Mudar a meta fiscal agora seria caixão e vela preta”, diz economista

Foto: Jane de Araújo

 

O economista Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, comentou as declarações do presidente Lula de que o rombo fiscal não precisa ser zerado no próximo ano.

Para Salto, o problema do governo não é apenas discutir o cumprimento da meta em 2024, mas as consequências do possível descumprimento.

“Mudar a meta agora seria caixão e vela preta”, disse à CNN Brasil.

“Quando você tem a meta fiscal, existe um mecanismo que se chama contingenciamento, que é o congelamento de gasto. Quando chegar em março do ano que vem, o governo vai ter que apresentar o primeiro relatório bimestral, e é lá que vai ser a primeira prova do pudim, para ver se para de pé”, acrescentou.

Como mostramos, as indicações de Lula de que a meta de déficit fiscal zero no ano que vem não será perseguida pelo governo fizeram os ativos nacionais desabarem na sexta-feira.

Deu no Antagonista

Economia

Arrecadação atinge R$ 202,5 bi em julho, melhor resultado desde 1995

 

A arrecadação do governo federal atingiu R$ 202,588 bilhões em julho deste ano. O valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1995.

O resultado representa alta real de 7,47% na comparação com o mesmo mês de 2021, quando a arrecadação foi de R$ 188,5 bilhões (descontada a inflação).

Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (26/8), pela Receita Federal. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 1,292 trilhão.

Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 1,309 trilhão, o que representa alta real (descontada a inflação) de 10,44% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os números da Receita Federal também mostram que a arrecadação nos sete primeiros meses deste ano foi a maior para o período na série histórica corrigida pela inflação. Ou seja, mais um recorde.

De acordo com a Receita, os resultados podem ser explicados, principalmente, pela alta no recolhimento de Imposto de Renda de Pessoa Juridica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre empresas públicas e privadas.

Deu no Metrópoles

Economia

FMI eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil a 1,7% em 2022

FMI melhora projeção para crescimento do PIB do Brasil em 2022 | Agência  Brasil

O Fundo Monetário Internacional elevou de forma expressiva sua estimativa para o crescimento da atividade brasileira neste ano apesar das dificuldades enfrentadas pelas economias globais, mas ao mesmo tempo passou a ver desempenho mais fraco em 2023.

Na revisão das estimativas globais em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano de 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

Mas para 2023, o relatório do FMI, divulgado nesta terça-feira (26), mostra que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

O mercado também vem elevando sua projeção para o crescimento brasileiro neste ano, após um primeiro semestre melhor do que o esperado, e piorando a do ano que vem, diante da expectativa de que o aperto monetário impactará a atividade de forma mais expressiva e em meio a preocupações com a saúde fiscal do país.

relatório Focus mais recente mostra que os especialistas consultados pelo Banco Central veem expansão de 1,93% do PIB em 2022 e de 0,49% em 2023.

A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2,0% neste ano.

O cálculo do Ministério da Economia é ainda mais forte em 2023, com alta prevista de 2,5% para o PIB.

A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região de 3,0% este ano, 0,5 ponto a mais do que no relatório anterior.

Mas da mesma forma, a estimativa para a América Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2,0%.

“Embora as revisões sejam principalmente negativas para economias avançadas, exposições diferentes aos principais acontecimentos significam que as de mercados emergentes e economias emergentes são variadas”, disse o FMI.

Com informações da CNN Brasil

Economia

“Brasil já está em posição de deslanchar o crescimento”, afirma Paulo Guedes

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta sexta-feira, 25, que o Brasil “já está em posição de deslanchar o crescimento” e afirmou que é “absolutamente garantido” que a atividade vai avançar. A afirmação foi realizada em evento no Palácio do Planalto sobre regularização fundiária de Vicente Pires (DF). “Com mais de R$ 1 trilhão de investimentos e o dólar abaixo de R$ 5, são mais de R$ 200 bilhões de dólares nos próximos 10 anos. São dois planos Marshall que o Brasil já tem, apesar de toda a turbulência”, afirmou o ministro.

“Se governo tem terrenos em grandes centros urbanos, por que não transferir para cidadãos de baixa renda?”, questionou Guedes, ao dizer que o governo tem mais de R$ 1 trilhão em ativos mobiliários.

Em discurso que o ministro encampa desde a campanha eleitoral de 2018, Guedes voltou a dizer que o governo avalia criar o Fundo Brasil e abastecer este fundo com o valor da venda de ativos imobiliários e com a venda na participação de estatais.

O objetivo deste fundo, repetiu Guedes, seria erradicar a pobreza. Segundo ele, a participação da União nas companhias soma R$ 1 trilhão.

 

Estadão Conteúdo

Economia

População poderá consultar e solicitar valores esquecidos em bancos

O Banco Central informou que está disponível a partir desta segunda-feira (24) o serviço chamado de “Valores a Receber”, sistema que permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.

A consulta pode ser feita na página “Minha Vida Financeira”, dentro do site do BC, apenas usando o CPF ou CNPJ da empresa. Segundo o BC, as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições, mas o órgão estima que há cerca de R$ 8 bilhões de recursos nesta condição.

Na época do anúncio do sistema, em junho de 2021, a autarquia disse que é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos.

“Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos, que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores”, afirmou o BC nesta segunda-feira, em nota.

As pessoas físicas e jurídicas que têm valores a receber poderão solicitar o resgate via Pix no Registrato, sistema do BC em que a população pode consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas com órgãos públicos, entre outras.

Para essa opção, é necessário, contudo, que os bancos ou instituições financeiras tenham aderido a um termo específico junto ao BC.

A outra alternativa é informar os dados de contato no Registrato e, em seguida, a instituição financeira deve informar o meio de pagamento ou transferência.

Segundo o órgão, a partir da terça-feira (25), as instituições autorizadas que tenham valores a devolver receberão documento com os dados dos usuários que já solicitaram a devolução com indicação de chave Pix, e terão 10 dias úteis para fazer a transferência.

“No caso das instituições que não aderiram ao Termo de Adesão, a devolução deverá ser feita na forma acordada entre as partes após o contato do usuário pelos canais da instituição informados no sistema”, disse o BC.

Duas fases

A consulta e devolução de valores estão divididas em duas fases. Na primeira etapa, já disponível, são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos, como recursos de conta corrente ou poupança encerradas com saldo disponível, além de tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com devolução prevista em Termo de Compromisso do banco com o BC).

Também estão incluídos nessa fase cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito, assim como recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

O BC prevê que a segunda fase deve ser iniciada ainda no primeiro semestre de 2022.

Nessa etapa, estarão disponíveis recursos de: tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC; contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; entre outros.

Economia

Setor de serviços cresce 2,4% em novembro; Resultado além da expectativa deixa o setor 4,5% acima do patamar pré-pandemia, diz IBGE

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu em novembro muito mais do que o esperado, interrompendo dois meses seguidos de perdas, impulsionado sobretudo pelos serviços de informação e comunicação.

Mesmo com o salto da inflação no final de 2021, o setor de serviços apresentou em novembro avanço de 2,4% na comparação com outubro, maior taxa de crescimento desde fevereiro de 2021 (+4,0%), de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,2%, deixando o setor 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume de serviços disparou 10%, sendo que a expectativa era de alta de 6,5%.

“Esta recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015″, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

As medidas de contenção do coronavírus impuseram um forte baque ao setor de serviços, que tem peso importante sobre a atividade econômica.

Mas o avanço da vacinação permitiu a retomada do setor, que voltou a crescer em novembro depois de o aumento de preços em telecomunicações e passagens aéreas ter pesado sobre os resultados de setembro e outubro.

Em novembro, quatro das cinco atividades pesquisadas apontaram avanço no volume, sendo o destaque o ganho de 5,4% de serviços de informação e comunicação, que recuperaram a perda de 2,9% vista nos dois meses anteriores.

Com isso, a atividade fica em um patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020, com destaque para o setor de tecnologia da informação, que cresceu 10,7% no mês, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%).

“Depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou uma rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de TI, que fornecem serviços para outras empresas”, explicou Lobo.

A única queda em novembro foi registrada por serviços profissionais, administrativos e complementares, de 0,3% –quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, teve alta de 4,2% frente a outubro, sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. Porém o IBGE destaca que o segmento ainda está 16,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.

Exame

Economia

Inflação deve fechar ano em 10,42%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, fechou 2021 em 10,42%. Essa é a maior taxa para um ano desde 2015 (10,71%). Em 2020, o IPCA-15 havia ficado em 4,23%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os grupos de despesas com maiores altas estão os transportes, que fecharam o ano com taxa acumulada de 21,35%. Também tiveram taxas de inflação relevantes os grupos habitação (14,67%) e artigos de residência (12,18%). O grupo alimentação e bebidas fechou 2021 com alta de preços de 8,68%. O indicador trimestral (IPCA-E) ficou em 3,18% no último trimestre do ano.
Em dezembro deste ano, o IPCA-15 registrou inflação de 0,78%, abaixo de 1,17% do mês anterior e de 1,06% de dezembro de 2020. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em dezembro. Apenas saúde e cuidados pessoais (com queda de preços de 0,73%) e educação (com estabilidade) não registraram aumento no mês.
O maior impacto na prévia da inflação oficial em dezembro também veio dos transportes, que tiveram inflação de 2,31% no período, devido, principalmente, à alta de preços dos combustíveis (3,40%), como gasolina (3,28%), etanol (4,54%) e óleo diesel (2,22%). Também tiveram alta os preços dos automóveis novos (2,11%) e usados (1,28%) e das passagens aéreas (10,07%).
Habitação teve alta de preços de 0,90%, puxada principalmente pelo aumento do custo da energia elétrica (0,96%). Já alimentação subiu 0,35%, influenciada por produtos como café moído (9,10%), frutas (4,10%), carnes (0,90%) e cebola (19,40%).