Comércio

Governo decide por biodiesel B10 até março e abre caminho para R5 da Petrobras

 

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu nesta segunda-feira que a mistura de biodiesel no diesel será mantida em 10% até 31 de março de 2023, e que o Brasil poderá adotar um percentual maior do biocombustível, de 15%, a partir de abril, de acordo com nota do Ministério de Minas e Energia.

A definição da mistura maior B15 ficou para o próximo governo, acrescentou o ministério.

O CNPE decidiu que a partir de abril poderá vigorar o teor previsto na resolução CNPE de outubro de 2018, que dispõe sobre a evolução da adição obrigatória de biodiesel, caso não haja nova manifestação do conselho.

O órgão considerou ainda que a adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final admite qualquer rota tecnológica de produção, o que pode incluir o combustível R5 da Petrobras (BVMF:PETR4), um produto obtido pelo coprocessamento de diesel com óleo vegetal, que foi testado numa proporção de 95% e 5%, respectivamente.

Segundo o ministério, a adição de combustíveis obtidos por outras rotas tecnológicas, contudo, precisa da regulamentação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

As decisões geraram protestos da indústria de biodiesel, produzido majoritariamente com óleo de soja e gorduras animais no Brasil.

O produto R5 da Petrobras poderia ser um concorrente do biodiesel, o que ameaça a indústria do biocombustível, que considera o combustível testado pela estatal como um outro tipo de produto que não poderia ser elegível à mistura.

“Não é biocombustível”, disse o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, à Reuters, ao comentar a possibilidade de o R5 vir ser adotado no país.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente. A empresa tem afirmado que seu produto é eficaz, reduz emissões por ter um conteúdo renovável e tem composição química semelhante à do diesel derivado do petróleo.

Tokarski disse ainda confiar que o Brasil possa adotar o B15 a partir de abril, mas que o ideal seria que a mistura no início de março fosse de 14%, para não haver uma mudança tão brusca no percentual adotado.

A demanda de soja no Brasil para a produção de óleo para biodiesel poderia crescer cerca de 50% em 2023 ante 2022, caso o cronograma de evolução da mistura do biocombustível, com um B15, seja retomado, segundo a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).

O total de soja demandada para a produção de óleo para biodiesel subiria para cerca de 30 milhões de toneladas em 2023, na hipótese de um B15 na maior parte do ano.

No Brasil, cerca de 70% do biodiesel tem na soja a sua matéria-prima. Caso a demanda interna cresça para produção de óleo para o biocombustível, é provável que o setor reduza exportações do produto processado, que foram fortes em 2022, diante de uma mistura menor.

Para o presidente do Conselho de Administração da associação Aprobio, Francisco Turra, uma manutenção de B10 e a inclusão do diesel coprocessado no mandato da mistura poderão representar “um golpe de morte em todo o setor e para toda a cadeia produtiva de biodiesel”.

Assim como a Ubrabio, Turra lamentou uma decisão tomada por um governo em final de mandato, que havia sinalizado que uma posição sobre a mistura do biodiesel seria discutida com a equipe de transição.

 

“A improvável inclusão de diesel coprocessado é outra questão que carece de suporte técnico, dado que a própria Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não considera o produto como biocombustível”, comentou.

Caso a decisão se confirme, o setor tratará com o governo eleito uma forma de reverter a decisão pelo impacto de “dimensões avassaladoras” sobre o setor de biodiesel e toda a cadeia produtiva.

Deu no Investing.com

Economia

Bolsonaro diz que preço do diesel deve cair em breve

 

Durante uma entrevista coletiva, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o preço do diesel deve cair em breve. A fala ocorreu depois que o chefe do Executivo elogiou o cenário econômico do governo nesta segunda-feira, 10.

“Pavimentamos o terreno para que o diesel chegasse aqui”, declarou o presidente. “Espero que comece a chegar com mais frequência e, brevemente, devemos sentir também a queda do preço do diesel. A tendência da inflação é se manter lá embaixo.”

Conforme Bolsonaro, o Brasil possui um dos combustíveis “mais baratos do mundo”. No entanto, o chefe do Executivo reconheceu que, mesmo zerando os impostos federais, o preço do diesel ainda está alto.

“Isso ocorre mesmo zerando os impostos federais”, explicou Bolsonaro. “Já chegaram dois navios russos, não sei os preços. Não é a Petrobras, são importadores privados, e eles não comprariam da Rússia que não fosse um preço mais compensador.”

Deu na Revista Oeste

Economia

Preço médio da gasolina e do diesel caem após redução do ICMS

 

Os valores cobrados pela gasolina e dieselregistraram queda nessa semana após a diminuição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), segundo levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e divulgado nesta sexta-feira, 1º. De acordo com o órgão, o preço médio do litro da gasolina foi de R$ 7,39 para R$ 7, 127 – uma diminuição de 3,55%. Já em relação ao diesel, o preço médio passou de R$ 7,568 para R$ 7,554 – uma queda de 0,18%. Sobre o etanol, o preço médio foi de R$ 4,873 para R$ 4,723 – uma diminuição de 3,07%. O maior valor encontrado na comercialização da gasolina foi de R$ 8,89; do diesel de R$ 8,99; e do etanol de R$ 7,890. Após altas históricas nos preços dos combustíveis, o principal fator que possibilitou a queda nos preços foi a diminuição do tributo estadual. Após a decisão de 11 governadores – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Alagoas – em limitar a cobrança do tributo em até 17%, os valores do diesel, gasolina e etanol passaram a cair.

Economia

Petrobras aumenta em 8,87% o preço do diesel nas refinarias

Foto: Tomaz Silva

A Petrobras anunciou hoje (9) um reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras. De acordo com a empresa, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40 a partir de amanhã (10).

Segundo a empresa, esse é o primeiro reajuste do combustível em 60 dias. A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.

Com o reajuste, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36.

Essa é a parcela da Petrobras no preço cobrado do consumidor, que ainda inclui custos e margens de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível, além do ICMS.

A empresa justifica o aumento informando que o balanço global de diesel está sendo impactado, nesse momento, por uma redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, informa a empresa na nota divulgada à imprensa.

A Petrobras informa ainda que suas refinarias estão operando próximo ao nível máximo e que o refino nacional não tem capacidade de atender a toda a demanda do país.

“Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores. Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, explica a Petrobras na nota.

Com informações de Agência Brasil

Cidade

Após reajustes do diesel, licitação do transporte público de Natal é adiada

 

A licitação do transporte público de Natal não será iniciada em março. A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) adiou o prazo de lançamento, em virtude dos recentes aumentos no valor do diesel. Segundo a STTU, o edital precisou ser modificado por causas dos reajustes consecutivos do diesel e a equipe técnica da Secretaria trabalha atualmente para fazer as modificações necessárias. Não há ainda um novo prazo para o lançamento do edital.

Até fevereiro, a STTU trabalhava com a expectativa de cumprir com a publicação do edital no primeiro trimestre de 2022. Inicialmente previsto para o final do ano passado, o edital precisou ser adiado, uma vez que não foi possível analisar as mais de 1,8 mil contribuições feitas em 17 reuniões presenciais nas comunidades da cidade. Ao todo, foram 17 reuniões em diferentes bairros de Natal, nas quatro regiões da cidade, com o objetivo de arrecadar opiniões e sugestões das comunidades sobre a proposta de redesenho de linhas de ônibus. A partir disso, a STTU recebeu 1.830 sugestões, de forma presencial e online, além das submissões em enquetes propostas pelo site da Prefeitura do Natal para perguntas mais direcionadas.

A ideia central proposta pela STTU é ter viagens mais curtas e um sistema mais integrado. O plano aumenta o número de linhas no transporte público natalense de 55 para 90, sendo 18 delas estruturais, 28 de bairro, 24 regionais, 10 diretas e 10 corujão. O projeto mantém também a mesma estrutura da rede de transporte atual, mudando a forma como ela é operada. Com isso, a quantidade de quilômetros totais foi diminuída, enquanto o número de viagens deve aumentar em até 62%. Também devem ser publicados editais de licitações independentes, para revitalizar e instalar abrigos de parada e terminais de integração em Natal.

Economia

Brasil bateu recorde de volume de diesel importado em 2021

 

O Brasil bateu recorde de importação de diesel em 2021, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O país importou 14,4 milhões de metros cúbicos de diesel A (puro, sem biodiesel), volume 20,4% maior que o do ano anterior. Foi o maior resultado desde o ano 2000, quando começou a série histórica.

Os dados constam do documento Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis. Segundo a agência, a participação do diesel vendido no país com origem estrangeira passou de 20,9% em 2020 para 23,2% em 2021, a segundo maior da série histórica.

Segundo a ANP, entre as principais razões para o aumento estão a parada programada para manutenção da Refinaria Abreu e Lima, também chamada de Rnest, em Pernambuco, e as oscilações na proporção do biodiesel ao longo de 2021.

 

Poder360

Economia

Segundo a ANP, Gasolina e Diesel têm aumento de 44% em 2021

Os combustíveis tiveram o maior impacto na alta da inflação de 2021

 

preço médio da gasolina comum subiu 44,3%, e o do diesel, 44,6%, nos postos de combustíveis do país em 2021, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A gasolina começou o ano, em janeiro passado, com o valor médio de R$ 4,622 enquanto o diesel estava em R$ 3,696 o litro. Em dezembro, os combustíveis fecharam o ano com uma média de R$ 6,670 e R$ 5,347 respectivamente.

O preço dos combustíveis foi um dos principais motivos para a alta da inflação em 2021. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminou 2021 com alta de 10,42%, valor quase três vezes acima da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%.

Só em dezembro, a alta do IPCA-15 foi influenciada, principalmente, pelo preço dos combustíveis (+3,4%) e, em particular, pelo da gasolina (+3,28%). Além disso, o preço do etanol (+4,54%) e o do óleo diesel (+2,22%) também subiram, embora as variações tenham sido menores que as do mês anterior (7,08% e 8,23%, respectivamente).

 

Notícias

Bolsonaro promete ajuda a caminhoneiroso autônomos “para compensar aumento do diesel”

Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o governo federal concederá uma ajuda aos caminhoneiros autônomos diante da alta no preço do diesel. Bolsonaro falou durante evento em Sertânia, no estado de Pernambuco, nesta quinta-feira (21).

Segundo o presidente, cerca de 750 mil caminhoneiros deverão receber a ajuda do governo federal. Bolsonaro, no entanto, não deu detalhes de como o auxílio acontecerá.

“Os números serão apresentados nos próximos dias. Vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão ajuda para compensar aumento do diesel”, disse.

Nas últimas semanas, grupos de caminhoneiros têm se articulado para uma nova paralisação diante da alta no preço diesel.

“Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias e alimentos chegam aos quatro cantos do Brasil. São momentos difíceis, mas ninguém vai ficar para trás”, disse o presidente.

O mercado financeiro, que já reagia à ameaça do fim do teto de gastos, intensificou o temor após a declaração de Bolsonaro. Pouco depois das 15 horas, o Ibovespa operava em queda de 4,58%, aos 105.713 pontos. Já o dólar spot subia 1,51%, cotado a R$ 5,6814, batendo novo recorde no dia.

Mais cedo, durante um evento na Paraíba, Bolsonaro falou sobre o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família, e voltou a afirmar que “ninguém está furando o teto” de gastos.

“Temos aproximadamente 16 milhões de pessoas do Bolsa Família. O tíquete médio do Bolsa Família é de cerca de R$ 192. Se o médio é R$ 192, tem muita gente ganhando R$ 40,50. Nós decidimos passar todos para, no mínimo, R$ 400. Isso tudo com responsabilidade. Ninguém está furando o teto não.”

CNN Brasil

Notícias

Caminhoneiros exigem queda no preço do diesel e marcam greve para 1º de novembro

Reprodução

Uma reunião entre lideranças de caminhoneiros de todo o país, realizada no Rio de Janeiro neste sábado 16, definiu que a categoria está agora em “estado de greve” por 15 dias. Caso as reivindicações do grupo, que incluem a queda do preço do diesel, não sejam atendidas, toda a categoria via parar em 1º de novembro.

Os caminhoneiros insistem, entre outros pedidos, na volta da aposentadoria especial – concedida depois de 25 anos de contribuições previdenciárias – e na tabela de frete, o chamado “piso mínimo”, que hoje está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Representante do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), em São Paulo, Luciano Santos Carvalho diz, em mensagem enviada pelo WhatsApp: “Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder. Se não houver resposta de forma concreta em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia 1º de novembro Brasil todo parado aí.”

Ao portal UOL o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, uma das principais lideranças de caminhoneiros autônomos do país, confirmou o teor da reunião e as mensagens nos grupos de mensagens de integrantes da classe.

“A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”, afirmou Chorão.

Economia

Caminhoneiros ameaçam fazer greve para forçar governo Bolsonaro baixar diesel

8.set.2021 - Paralisação de caminhoneiros em Lages (SC), em protesto contra o preço da gasolina e do diesel - Fom Conradi/iShoot/Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução

A sequência de aumentos no preço do diesel fez a categoria dos caminhoneiros cogitar entrar em greve para forçar o governo a baratear o combustível. Novo reajuste foi anunciado ontem. Presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias diz que o assunto vai ser tratado na próxima reunião das lideranças da categoria, que será realizada no dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro.

“Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio”, afirmou Dias à coluna. “Nossa intenção não é essa e sim sentar e dialogar pra todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país”.

O líder caminhoneiro diz que a solução do problema cabe ao governo federal.”Nossa intenção é que o presidente Bolsonaro e o presidente da Petrobras resolvam isso, pois está nas mãos deles”, diz o presidente do CNTRC. Ele não concorda com a argumentação do presidente da República, que costuma repassar a responsabilidade da alta do combustível para os governadores, por causa da cobrança do ICMS. Assim como várias outras que representam os motoristas de caminhão, a entidade de Plinio Dias não apoiou a mobilização de caminhoneiros convocada no dia 7 de setembro, em apoio ao presidente Bolsonaro. Para ele, o movimento, que criou barricadas em estradas de vários estados, foi obra de profissionais ligados ao agronegócio e não de caminhoneiros autônomos. O secretário nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, confirma a insatisfação com o governo, mas argumenta que é cedo para falar em paralisação. “O fantasma da greve ronda sempre, mas precisamos evoluir pra chegar nela. É um processo”.

Informações do UOL