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Setor eólico fecha as portas no Brasil, demite milhares e não vê retomada imediata

Foto: Alex Régis /Folhapress

 

Em Jacobina, cidade no norte da Bahia, Adilson Jordão, 33, agora trabalha como entregador de produtos da chinesa Shopee. Foi a forma que ele encontrou de arcar com as despesas após ser demitido no ano passado da Torres Eólicas do Nordeste, joint venture entre a brasileira Andrade Gutierrez e a americana GE.

A TEN demitiu, em junho de 2023, 500 funcionários por falta de demanda. Adilson foi um deles: atuou como operador de máquinas da empresa por dois anos, onde recebia por mês R$ 4.400 com horas extras –hoje, como entregador, ganha R$ 1.500, sem benefícios trabalhistas.

“Quando me demitiram, eles falaram que estavam em busca de novos projetos para o ano seguinte (2024), mas ninguém tem previsão de nada mais. Já estamos quase chegando no meio do ano e até agora ninguém sabe”, afirma. Segundo funcionários, a empresa mantém hoje 50 empregados. Procurada, a TEN não quis comentar.

A situação dele e dos outros 500 colegas não é isolada. As indústrias eólicas vivem seu pior momento em décadas no país. A brasileira Aeris Energy, produtora de pás eólicas, por exemplo, demitiu nas últimas semanas mais de 1.500 funcionários que trabalhavam em Pecém, no Ceará, também por falta de demanda.

Deu na Folha de S. Paulo

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Demissão por justa causa no Brasil batem recorde em 2024

O fator comportamental é a principal causa desse movimento
Imagem: Freepik

 

O mês de janeiro de 2024 testemunhou um aumento nas demissões por justa causa no Brasil, alcançando um recorde de 39.511 casos, o mais alto em uma década, conforme revelado por um estudo conduzido pela LCA Consultores.

Esse número representa aproximadamente 2,09% dos 1.887.422 desligamentos totais no mês, uma porcentagem significativamente maior do que os 1,77% registrados em dezembro de 2023. Apesar do aumento no número total de demissões em fevereiro, a proporção de demissões por justa causa diminuiu para cerca de 1,942 milhão.

Uma situação semelhante foi observada em janeiro de 2014, quando 2,12% das demissões foram por justa causa. Dez anos depois, especialistas destacam uma transformação no cenário do mercado de trabalho, com um aumento nas demissões em massa no ano anterior e uma mudança na mentalidade dos trabalhadores.

Segundo Alessandra Souza Menezes, membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/SP, as demissões por justa causa podem ocorrer em várias circunstâncias, como furto ou desvio de dinheiro, comportamento inadequado no ambiente de trabalho, conduta que prejudique o desempenho do funcionário, condenação criminal, desempenho insatisfatório, embriaguez habitual, violação de segredo da empresa, indisciplina, ou abandono do emprego.

Deu na CNN

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Varejo fechará 750 lojas e 35 mil podem perder seus empregos

mulheres caminham com carrinho de compras em mercado

 

Grandes redes varejistas anunciaram o fechamento de 750 lojas, o que pode levar 35 mil brasileiros a perderem seus trabalhos. A lista de empresas em crise envolve nomes de empresas como Americanas, Dia, Marisa, Carrefour e Casas Bahia.

Com o fechamento de centenas de lojas da rede Dia, pelo menos 3,5 mil pessoas serão demitidas. Atualmente com 5,5 mil funcionários diretos, a empresa deve manter apenas 2 mil depois da reestruturação que envolve finalizar a atuação de 343 lojas em todo o país.

O Carrefour, com prejuízo de R$ 565 milhões, vai fechar 123 estabelecimentos, entre hipermercados e lojas da rede Todo Dia. A estimativa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) é que pelo menos 12,5 mil pessoas sejam demitidas.

Outra grande varejista em crise financeira que pode demitir milhares de pessoas é a Marisa, loja focada em moda e acessórios, que fechou 91 lojas ao longo do ano de 2023. Ainda sem divulgar as demonstrações financeiras atuais, a BSVC acredita que a marca vai demitir ao menos 2,4 mil funcionários.

As Americanas também têm enfrentado problemas e gerado a demissão de milhares de trabalhadores. Pelo menos 152 lojas foram fechadas nos últimos meses e entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, o número de trabalhadores desligados foi de 7.175.

A Casas Bahia também tem reestruturado sua operação, e entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 demitiu 8,6 mil pessoas. A empresa diz que tem fechado pontos de venda deficitários ou com margens negativas.

As informações são do Metrópoles.

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Americanas demite mais de 5.500 funcionários na última semana

 

A Americanas, em recuperação judicial, desligou 5.526 funcionários na semana de 27 de novembro a 3 de dezembro, encerrando o período com um total de 33.861 trabalhadores, mostrou documento regulatório nesta quinta-feira (7).

A varejista destacou que as dispensas incluem desligamentos voluntários (306 registros) e 4.876 términos de contratos temporários. Na outra ponta, admitiu 359 funcionários.

No documento, a empresa reforçou a sazonalidade de seu quadro de funcionários em função das oscilações do mercado de varejo, com picos em épocas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal, e disse que o número absoluto de desligamentos ficou em linha com períodos anteriores à recuperação judicial.

Para o Natal, a Americanas anunciou nesta semana a abertura de 7 mil vagas em funções temporárias para reforçar sua operação no período de festividades.

Deu na CNN

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GM demite funcionários de três fábricas por telegrama

 

Neste sábado (21), a General Motors (GM) demitiu funcionários de três fábricas brasileiras: Mogi das Cruzes, São José dos Campos e São Caetano do Sul. Todas as cidades ficam no estado de São Paulo.

Os trabalhadores ficaram sabendo da dispensa por meio de um telegrama. O número exato das pessoas que perderam seus empregos não foi revelado. As informações são do Valor Econômico.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região emitiu uma nota à imprensa para falar sobre o assunto. Eles tentarão exigir o cancelamento das demissões e a reintegração dos trabalhadores.

Em junho deste ano, a empresa e o sindicato assinaram um acordo de layoff para 1,2 mil trabalhadores. Neste contrato, estava garantido a estabilidade dos profissionais durante a suspensão dos contratos, sendo o prazo dessa suspensão de até dez meses.

A GM justifica a demissão dizendo que passa por uma crise econômica devido à queda nas vendas e nas exportações de automóveis.

CONFIRA A NOTA DA GM NA ÍNTEGRA:
A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.

Deu no Pleno News

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Funcionários relatam demissão na 123 Milhas

 

Funcionários da 123 Milhas, que anunciou, na última semana, a suspensão de pacotes e da emissão de passagens de sua linha promocional, relatam demissão em três setores da empresa: recompra, promo e emissão.

Uma fonte que preferiu não se identificar afirmou que, ao menos, centenas de pessoas já foram desligadas. Ainda, segundo funcionário, os gerentes de cada setor ficaram responsáveis por anunciar a demissão, que aconteceu às 9h desta segunda-feira (28).

Por meio de nota, a 123 Milhas confirmou que houve redução do tamanho da equipe, mas não divulgou quantos funcionários foram desligados.

O g1 questionou à assessoria da 123 Milhas quantos funcionários foram demitidos, de quais setores e se eles tinham carteira assinada. Também foi questionado se a empresa já providenciou o pagamento do tempo de serviço e se houve demissão em outros estados. Os questionamentos ainda não foram respondidos.

Veja comunicado na íntegra:

“A 123milhas informa que iniciou hoje, 28/08, um plano de reestruturação interna, com redução do tamanho da equipe para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado. Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”.

O Ministério Público do Trabalho (MPT/MG) também foi procurado pela equipe de reportagem.

Sobre os cancelamentos
Em comunicado divulgado no dia 18 de agosto, a agência de viagens 123 Milhas, empresa que controla a Hotmilhas, informou que suspendeu os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional (com datas flexíveis) e que tenham embarques previstos de setembro a dezembro de 2023.

De acordo com a companhia, a decisão não afetaria os demais produtos ofertados pela empresa. A companhia afirmou que está devolvendo os valores pagos pelos clientes por meio de vouchers, que podem ser trocados por passagens, hotéis e pacotes da própria agência.

No entanto, segundo advogados, os consumidores têm direito a receber o dinheiro de volta, inclusive com correção de juros, ou exigir que a empresa cumpra o contrato.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, informou que já recebeu a resposta da empresa 123 Milhas sobre o pedido de esclarecimentos feito pela pasta sobre a suspensão dos pacotes. As informações enviadas ainda estão sob análise técnica.

Caso a 123 Milhas “não apresente as informações de forma satisfatória e que atenda aos requisitos previstos no Código de Defesa do Consumidor”, a Senacon pode tomar medidas sancionatórias, que vão desde a aplicação de multas, até a proibição da comercialização de novos pacotes de viagens pela operadora.

Hotmilhas suspende serviço
Controlada pelo grupo 123 Milhas, a Hotmilhas, também com sede em Belo Horizonte, suspendeu temporariamente o serviço de compra e venda de milhas em seu site. O anúncio foi publicado na noite deste sábado (26).

Por meio de nota, a empresa informou que, “por conta de uma forte queda das vendas de sua controladora”, atrasou o pagamento a clientes previsto para sexta (25/08) e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma.

A empresa
A 123 Milhas foi fundada em Belo Horizonte em 2016. O capital social, valor inicial investido pelos sócios para a abertura da empresa, foi de R$ 1 milhão.

Clientes lotam sede da 123 Milhas em BH, e empresa anuncia suspensão do atendimento presencial
A companhia se apresenta como pioneira na criação de produtos de viagens comercializados online com valores atrativos e como o quarto site de turismo mais acessado do Brasil.

A 123 Milhas afirma que, desde 2016, mais de 25 milhões de clientes embarcaram para destinos nacionais e internacionais e que tem mais de 100 mil hospedagens parceiras no mundo.

Quem são os donos
De acordo com dados da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), do governo federal, o quadro societário da 123 Milhas é composto por Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira, como administradores, e pela Novum Investimentos Participações S/A, como sócia.

A Novum Investimentos Participações S/A, classificada como holding (empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas), também tem Ramiro Julio e Augusto Julio no quadro societário, ambos como diretores.

Juntos, os dois aparecem no quadro societário de pelo menos oito empresas, incluindo Maxmilhas e HotMilhas.

Segundo informações coletadas no LinkedIn, Augusto Julio é formado em ciências econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e exerceu cargos nas áreas administrativa, financeira e operacional em empresas dos setores de serviços e indústria.

123 Milhas e Maxmilhas
Em janeiro deste ano, a 123 Milhas e a Maxmilhas, plataforma de pesquisa e compra de viagens, anunciaram um acordo de fusão.

A Maxmilhas, que também tem sede em Belo Horizonte, foi fundada em 2012 por Max Oliveira. No entanto, atualmente, os administradores da 123 Milhas são os únicos no quadro societário da empresa – Ramiro Julio Soares Madureira como presidente, e Augusto Julio Soares Madureira como diretor.

Apesar da fusão, as operações das duas empresas seguiram independentes. A Maxmilhas afirmou que “nunca comercializou produtos categorizados como flexíveis” e que não há “nenhum impacto” para seus produtos e clientes.

Como funciona
A oferta da linha promocional, que teve pacotes e emissão de passagens suspensos, funciona assim: a empresa vende bilhetes aéreos e hospedagens a valores abaixo do mercado. As viagens não têm data marcada, porque a agência precisa pesquisar dias de voo e estadia mais baratos.

Com o arrefecimento da pandemia, a procura por viagens aumentou, e os serviços ficaram mais caros. A 123 Milhas passou, então, a não encontrar passagens e hospedagens dentro da faixa de preço cobrada dos clientes.

Por que a 123 Milhas e o Hurb não conseguem mais oferecer pacotes superbaratos
Segundo a empresa, a decisão pela suspensão dos pacotes e emissão de passagens “deve-se à persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, entre eles, a alta pressão da demanda por voos, que mantém elevadas as tarifas mesmo em baixa temporada, e a taxa de juros elevada”.

Fonte: g1

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Demissões na agropecuária e indústria causam saldo negativo de empregos em março no RN

Safra do melão no RN ultrapassa 300 mil toneladas e tem faturamento 15% maior que em 2021 — Foto: Inter TV Costa Branca

 

Um grande volume de demissões nos setores da agropecuária e da indústria levou o Rio Grande do Norte a fechar o mês de março com um novo saldo negativo de empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal.

Juntos, os dois setores foram responsáveis pelo fechamento de mais de 2.900 postos de trabalho formal no estado, ao longo do mês.

Considerando todos os setores, o RN teve 18.035 contratações e 18.113 demissões, resultando em um saldo de -78 empregos. Os saldos positivos dos serviços, do comércio e da construção civil não foram suficientes para reverter o número de vagas fechadas.

Na comparação com março de 2022, no entanto, houve uma redução no fechamento de vagas. No mesmo mês do ano passado o estado fechou 1.464 postos de trabalho – o segundo pior resultado no ano, para o estado.

No acumulado de janeiro a março de 2023, a diferença entre números de admissões e demissões também é negativa, porém menor, de -41 postos de trabalho.

Foram 49.168 trabalhadores contratados contra 49.209 desligados. No trimestre, a agropecuária e a indústria também foram os setores que puxaram o saldo negativo, mas a agropecuária desponta como setor que mais demitiu.

Com fechamento de 3.667 postos de trabalho desde janeiro, registra o fechamento de quase 20% das vagas que mantinha no estado.

Deu no g1 RN

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99Food anuncia fim dos serviços no Brasil

A 99, operando há dez anos no Brasil, afirma estar focada em serviços prestados por motos

 

A empresa de delivery 99Food vai interromper suas operações no Brasil a partir do dia 17 de abril. O anúncio foi feito pelo gigante chinês DiDi Chuxing, controlador do app.

A empresa já vinha desmontando a operação desde o fim do ano passado, tendo já desmobilizado os entregadores envolvidos nas entregas do 99Food. Segue operando apenas como plataforma para os restaurantes cadastrados atuarem com sistemas de entrega próprios.

A 99Food segue os passos do Uber Eats, aplicativo para entrega de refeições da Uber, que interrompeu suas operações no país este mês. Nesse segmento, o mercado brasileiro conta com gigantes como o iFood e o Rappi.

A 99, operando há dez anos no Brasil, afirma estar focada em serviços prestados por motos. “Como companhia, decidimos concentrar muitos dos nossos recursos no desenvolvimento de serviços de duas rodas.”

Agora, a expectativa da 99 é que restaurantes usem as soluções logísticas sobre duas rodas oferecidas pelo grupo onde os serviços já estão disponíveis. A empresa afirmou ainda que, nesta etapa, não haverá demissões.

Em janeiro, a 99 promoveu uma segunda onda de cortes em todas as áreas da empresa no Brasil, onde contava com 800 funcionários. A primeira demissão em massa ocorreu em setembro. O número de demitidos não foi informado pela companhia.

Deu na Oeste

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Google se junta a outras big techs e anuncia plano de demissão de 12 mil funcionários

Prédio do Google

 

A Alphabet, empresa matriz do Google, anunciou um plano global para cortar 12 mil empregos. A informação foi enviada por Sundar Pichai, CEO da Alphabet, através de um e-mail encaminhado aos funcionários; “Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12.000 empregos”, afirmou Pichai no e-mail.

“Fizemos uma revisão rigorosa em todas as áreas de produtos e atividades para garantir que nosso pessoal e nossos cargos estejam alinhados com nossas prioridades mais importantes como empresa. […] Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos ‘Googlers’ pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”, continuou o CEO.

A decisão segue a tendência  de outras grandes empresas do ramo da tecnologia, que estão organizando reestruturações em larga escala. Um dia antes, a Microsoft divulgou um plano de demitir 10 mil funcionários nos próximos meses. Outras empresas como Meta, Amazon e Twitter também já confirmaram o corte de funcionários.

*Com informações da AFP

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Petrobras deve transferir ou desligar pelo menos 550 funcionários no RN

 

A Petrobras deu início, esta semana, a mais um Plano de Pessoal para transferir ou demitir, até abril de 2023, pelo menos 550 trabalhadores concursados da empresa no Rio Grande do Norte. A informação é do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RN (Sindipetro-RN).

A estatal confirmou o plano, mas sem informar os números. Segundo Pedro Lúcio Góis, dirigente do Sindipetro-RN e da Federação Única dos Petroleiros, o Plano significa “praticamente o encerramento das atividades no Estado”. Desde o início do processo de desinvestimento da companhia, em 2017, 2,8 mil trabalhadores já foram demitidos ou transferidos.

Pedro Góis explica que o Plano de Pessoal oferece aos funcionários concursados a oportunidade de transferência para outros estados. O destino tem a ver com a função exercida por cada trabalhador. Se esse trabalhador não quiser ser alocado, o caminho é a demissão voluntária. “A Petrobras já teve outros planos de Pessoal, mas este chama atenção porque, após ele, não vai sobrar praticamente nada no Estado. Portanto, trata-se de um Plano decisivo para o futuro da Petrobras no RN”, aponta o sindicalista.

“Dentro desse Plano, a empresa garante a transferência de todos os seus trabalhadores. A depender da função, o funcionário pode ir para a Bacia de Campos [área que vai do Espírito Santo, na altura da capital, Vitória, até Arraial do Cabo, no litoral Norte do Rio de Janeiro], por exemplo, ou para outros lugares”, indica Góis, em seguida. De acordo com o dirigente, o processo conta com a inscrição dos trabalhadores nas vagas disponibilizadas pela empresa.

Depois de inscrito, o trabalhador passa por uma seleção e, somente após isso, o destino de locação é definido. O processo, conforme afirmou Pedro Lúcio Góis, foi aberto na segunda-feira (29). “Após ter a vaga definida, o funcionário terá a opção de ir [para o local onde foi transferido] ou de pedir demissão”, explica o dirigente do Sindipetro-RN. O processo não inclui os trabalhadores terceirizados. Nesses casos, explica Góis, eles encerrarão as atividades com a Petrobras.

Segundo o Sindipetro, atualmente, são 4 mil terceirizados (em 2017 eram 10 mil). “Talvez esses funcionários possam ter relação com as novas empresas que entrarem nas áreas desmobilizadas totalmente. E no caso de áreas fechadas, os postos de trabalho serão encerrados”, explica Pedro Lúcio Góis. “Todo o impacto da saída da Petrobras se dá diretamente na vida desses trabalhadores. Muitos terceirizados tiveram que mudar de profissão” acrescenta.

Em nota, a Petrobras afirmou que “garante a realocação dos empregados abrangidos pelo desinvestimento do Polo Potiguar que optarem por permanecer na Companhia, por meio de um Plano de Pessoal que oferece alternativa de mobilidade para outras unidades da empresa, suprindo a necessidade interna de efetivo especializado em outras áreas”.

A empresa informou ainda que “há ainda um processo estruturado de gestão de mudança voltado a esses empregados, com foco na realocação e adaptação dos profissionais nas novas localidades de destino” e que “como alternativa à realocação, aqueles, que desejarem, poderão aderir ao Programa de Desligamento Voluntário Específico”.

Deu na Tribuna do Norte