Política

Em propaganda eleitoral, Dallagnol diz que STF é “casa da mãe Joana” e critica Lula

 

O ex-procurador da Operação Lava Jato e candidato ao cargo de deputado federal pelo Podemos Deltan Dallagnol disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) virou uma ‘casa da mãe Joana’. A afirmação foi feita por Dallagnol durante um vídeo de sua propaganda eleitoral. No material, o ex-procurador exalta a importância da Corte para a democracia, mas diz que o STF virou ‘uma mãe’ para os políticos corruptos. “Essa casa até pouco tempo era conhecida como a Suprema Corte do País, e é uma casa essencial para a democracia.

Mas infelizmente ela se tornou a casa da mãe Joana, uma mãe para os corruptos”, disse Dallagnol. Em seguida, o ex-procurador alfinetou o ex-presidente e candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem mencionar Lula, Dallagnol disse que o STF foi responsável por transformar um ‘presidente condenado’ em candidato novamente.

“Por aqui passou a anulação de sentenças, a soltura de corruptos, o fim da segunda instância e muito mais. Foi aqui também que aconteceu uma metamorfose de um político que passou de presidente condenado por corrupção a candidato a presidente”, disse o candidato ao Congresso.

Deu na Jovem Pan

Judiciário

VINGANÇA: Ministros do TCU que condenaram Deltan foram investigados na Lava Jato

 

Três dos quatro ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) que condenaram os ex-procuradores Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot foram alvos da Operação Lava Jato,, confirmando a denúncia do coordenador da operação nas redes sociais de ser vítima de perseguição de “delatados na Lava Jato”.

Os três ministros investigados em inquéritos da Lava Jato são Augusto Nardes, Antonio Anastasia e Aroldo Cedraz, de acordo com a Folha de S.Paulo.

Augusto Nardes foi investigado durante a Operação Zelotes. Em 2018, ele foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal após ter sido citado na delação do ex-subsecretário estadual do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Velloso. Em 2019, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski arquivou o inquérito.

 

 

 

O nome de Nardes também foi citado nos depoimentos de colaboradores da Lava Jato, que até agora não se tornaram públicos, como do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e do ex-deputado federal Pedro Corrêa.

Antonio Anastasia foi alvo de três inquéritos no Supremo Tribunal Federal em desdobramentos da Operação Lava Jato. As investigações tiveram início após o depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, responsável pelo transporte de dinheiro do doleiro Alberto Youssef.

O ex-governador de Minas Gerais também foi citado em depoimento do ex-presidente da Odebrecht, Benedito Júnior, ao TSE em 2017. Esses casos também miravam seu antigo padrinho político, o hoje deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

Em 2021, um relatório da Polícia Federal, que indiciou Aécio por suposto caixa dois da empreiteira baiana no pleito de 2014, citava suspeita de financiamento ilegal também à campanha de Anastasia ao Senado. Porém a PF concluiu que não há indícios de “ciência ou participação direta” do hoje ministro do TCU no caso. Os inquéritos foram arquivados.

Aroldo Cedraz e o filho Tiago Cedraz também foram alvos de ações da Lava Jato. Em 2017, o advogado Tiago foi alvo de buscas decretadas pelo ex-juiz Sergio Moro, para apurar o suposto recebimento de propina no exterior, por um negócio entre a Petrobras e a empresa norte-americana Sargeant Marine.

Aroldo e Tiago foram acusados formalmente em 2018, pelos crimes de tráfico de influência pela ex-PGR, Raquel Dogde. Porém o STF rejeitou a denúncia.

O filho de Cedraz voltou a ser denunciado em 2020, desta vez pela chamada Lava Jato fluminense, que mirava pagamentos feitos por um ex-presidente da federação do comércio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz.

A acusação a respeito, com menções também a Aroldo, chegou a ser recebida pelo juiz federal Marcelo Bretas, na Lava Jato fluminense, porém o STF anulou as decisões dele, sob a justificativa de que o caso era de atribuição da Justiça estadual, não da federal.

Condenação do TCU

Na última terça-feira (9), o ex-procurador, o ex-PGR e o ex-chefe do Ministério Público Federal no Paraná, João Vicente Romão, foram condenados a devolver R$ 2,8 milhões em passagens e diárias pagas à força-tarefa da Operação Lava Jato, a partir de 2014.

No julgamento, Dantas, disse que o caso tratava apenas da gestão administrativa de recursos de um órgão público.

“As circunstâncias que cercam tal decisão [de pagamento de diárias a procuradores], contudo, indicam a intenção deliberada de saque aos cofres públicos para benefício privado”, disse ele.

A decisão, que ainda será objeto de recurso, pode provocar a inelegibilidade dos ex-procuradores. Deltan já registrou candidatura a deputado federal pelo Podemos-PR, enquanto Janot, filiado ao mesmo partido, mas no DF, ainda não decidiu se vai concorrer.

Composição da Segunda Câmara do TCU:

Presidente: ministro Bruno Dantas.
Membros: ministros Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro; ministros-substitutos Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.

Deu no Cláudio Humberto

 

Judiciário

STJ mantém condenação de ex-coordenador da Lava Jato por apontar Lula como líder de organização criminosa

 

Em julgamento virtual, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve ontem (09) a condenação de Deltan Dallagnol (Podemos), ex-coordenador da Lava Jato, ao ex-presidiário Lula (PT) em R$ 75 mil por danos morais.

A condenação foi no âmbito do caso do PowerPoint em que Deltan aponta o petista ex-presidiário como líder de uma organização criminosa.

Ao UOL, a assessoria do ex-procurador da República disse apenas que a “decisão já era esperada”.

Ontem, a 2ª Câmara do TCU (Tribunal de Contas da União) também condenou Deltan, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o ex-chefe da Procuradoria da República no Paraná José Vicente Beraldo Romão a indenizarem os cofres públicos em mais de R$ 3,43 milhões.

Em março, por 4 votos a 1, a Quarta Turma do STJ já havia condenado o ex-procurador da República a pagar a indenização de R$ 75 mil ao ex-chefe do Executivo no caso do PowerPoint.

À época, os ministros concluíram que houve “excesso” na divulgação da denúncia contra Lula e que o ex-procurador ofendeu a honra e a reputação do ex-presidente.

Já ontem, a Quarta Turma analisou os recursos especiais abertos pela defesa do ex-chefe do Executivo, pela Associação Nacional dos Procuradores da República e pelo próprio ex-procurador.

Segundo o site do STJ, os três recursos não foram acolhidos por unanimidade do colegiado da Corte, que mantiveram a decisão dos ministros proferida em março.

Política

Com 10 inquéritos no currículo, Renan Calheiros chama Dallagnol de “ficha suja”

 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) atacou o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. Em um post publicado no Twitter na terça-feira 9, Calheiros comemorou a decisão do Tribunal de Contas da União de condenar o ex-procurador Rodrigo Janot e Dallagnol a devolver dinheiro de passagens aéreas.

“A farra das diárias da Lava Jato, comandada por Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, será julgada”, escreveu o congressista. “Prejuízo de R$ 2,6 milhões. Deltan foi condenado por mim no CNMP e foi sentenciado a me indenizar e também ao ex-presidente Lula. É ficha suja, inelegível.” Dallagnol é pré-candidato a deputado federal pelo Podemos.

Em entrevista a Jovem News News, Dallagnol classificou a sentença de “absurda”. “Isso que está acontecendo eu tomo como uma reação do sistema de pessoas ligadas a uma velha política que não querem que a Lava Jato vá ao Congresso Nacional”, disse. “Trata-se de uma forma de perseguir pessoas que combateram a corrupção.”

Processos contra Renan Calheiros

Atualmente, o senador responde a 10 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Um deles é o de número 4382, no qual Calheiros é acusado pela Lava Jato de receber R$ 1 milhão em troca de apoio a propostas legislativas de interesse da Odebrecht no Senado, no que ficou conhecido como “Guerra dos Portos”. O congressista teria lavado dinheiro.

Deu no Terra Brasil Notícias

Judiciário

“Querem me tornar inelegível e colocar na forca quem combateu a corrupção”, diz Dallagnol

 

O ex-procurador Deltan Dallagnol concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Headline News, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 9, e falou sobre a condenação sofrida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por pagamentos irregulares de diárias, passagens e gratificações a membros da Operação Lava Jato. Segundo o jurista, o ministro-relator do processo o acusou de ‘improbilidade dolosa’ para que, assim, ele fique inelegível.

Isso porque Deltan, filiado ao Podemos, é candidato à Câmara dos Deputados pelo Estado do Paraná. “Por que o ministro relator falou isso? Para me tornar inelegível. Pois a lei da Ficha Limpa prevê que quem é condenado por desaprovação de contas por ato de improbidade doloso, fica inelegível”, disse. O político ressaltou que está “indignado” com a decisão e acusou os ministros envolvidos em sua condenação de “colocar na forca quem combateu a corrupção” enquanto aqueles que envolvidos com estas práticas criminosas estão sendo “livrado nos tribunais ao redor do Brasil”.

“O que vimos acontecer foram cinco instituições diferentes – Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, Ministério Público do Tribunal de Contas, a Área Técnica do Tribunal de Contas e a Associação Nacional de Procuradores – falarem que todos os gastos foram regulares. E você tem quatro ministros, quatro delatados pela Lava Jato, que julgam os principais atores da Lava Jato e condenam a pagar, colocam na nossa conta todo o custo do funcionamento da operação. Isso contra todas as recomendações de todos os órgãos técnicos”, argumentou.

Deltan relembrou o caso Banestado e ressaltou que a Operação Lava Jato realizou o mesmo modelo de pagamentos aos seus membros, não havendo, segundo o ex-procurador, qualquer irregularidade. “A procuradora-geral da República veio aos autos e disse que não existia como implantar um sistema alternativo. Não só a procuradora, mas a área técnica dos servidores concursados do Tribunal de Contas da União. E de novo, vem os quatro ministros indicados politicamente e que foram delatados na Lava Jato, julgando a Lava Jato. É o rabo abanando o cachorro”, pontuou.

Ao ser questionado sobre sua corrida à Câmara dos Deputados, Dallagnol confirmou que segue como candidato e que não acredita na possibilidade de impugnação de sua candidatura. “A lei fala que só fica inelegível quem é condenado no Tribunal de Contas em decisão irrecorrível e o prazo de impugnação é agora, está ai, vão ser dez dias a partir de quinta ou sexta-feira. Para um tribunal julgar esse recurso que vamos apresentar, antes de julgar irá passar para nova avaliação da área técnica para ir ao plenário a ser submetido uma discussão. Isso vai demorar meses”, disse.

Mais cedo, o ex-procurador informou que irá recorrer da decisão do TCU. “Isso que está acontecendo eu tomo como uma reação do sistema de pessoas ligadas a uma velha política que não querem que a Lava Jato vá ao Congresso Nacional“, concluiu Deltan.

Deu na Jovem Pan

Notícias

TCU condena Dallagnol, Janot e procurador por gastos com diárias e passagens na Lava Jato

 

A Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) condenou nesta terça-feira, 9, os ex-procuradores Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol e o procurador João Vicente Beraldo Romão pelos pagamentos irregulares de diárias, passagens e gratificações a membros que atuaram na Operação Lava Jato, em Curitiba, no Paraná.

Segundo o ministro Bruno Dantas, relator do processo, o modelo da força-tarefa, como foi concebido e executado, “mostrou-se antieconômico e resultou em dano ao erário”.

“A prova dos autos é no sentido de atribuir responsabilidade aos responsáveis que solicitaram e aprovaram a adoção de modelo antieconômico sem a necessária fundamentação e motivação”, defendeu o ministro.

Diante do entendimento, Rodrigo Janot, Deltan Dallagnol e João Vicente Romão foram condenados a ressarcir o valor de  R$ 2.597.536,39, atualizados até abril deste ano para pouco mais de R$ 2,8 milhões. A decisão, no entanto, ainda cabe recurso.

Deu na Jovem Pan

Política

Por 4 votos a 1, STJ decide que Deltan Dallagnol terá de indenizar Lula por dano moral

 

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (22), por 4 votos a 1, que o ex-procurador Deltan Dallagnol terá de indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por dano moral.

A indenização foi fixada em R$ 75 mil, adicionados de juros e correção monetária. Segundo o ministro relator, Luís Felipe Salomão, o valor total da indenização deve superar os R$ 100 mil. Dallagnol pode recorrer da decisão no próprio tribunal.

Votaram a favor da indenização, além de Salomão, os ministros Raul Araújo, Antônio Carlos Ferreira e Marco Buzzi. A ministra Maria Isabel Gallotti divergiu dos colegas.

O caso envolve uma entrevista coletiva concedida pela Lava Jato em 2016 para apresentar a primeira denúncia contra o ex-presidente Lula. O Ministério Público acusou o petista dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

Durante a entrevista, Deltan usou uma apresentação de PowerPoint em que o nome de Lula aparecia no centro da tela, cercado por expressões como “petrolão + propinocracia”, “governabilidade corrompida”, “perpetuação criminosa no poder”, “mensalão”, “enriquecimento ilícito”, “José Dirceu”, entre outros.

Na Justiça, a defesa de Lula afirma que o ex-procurador agiu de forma abusiva e ilegal ao apresentar o petista como personagem de esquema de corrupção – o que configuraria um julgamento antecipado.

O processo chegou ao STJ depois de Lula sofrer duas derrotas na Jusiça de São Paulo, que rejeiotu o pedido de indenização por considerar que não houve excesso.

O voto dos ministros

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Felipe Salomão, que reconheceu o dano moral. Segundo o ministro, Deltan extrapolou suas funções, provocando danos à imagem, honra e nome de Lula.

“Essa espetacularização do episódio não é compatível nem com o que foi objeto da denúncia e nem parece compatível com a seriedade que se exige da apuração desses fatos”, afirmou o ministro.

Salomão disse que Deltan “usou expressões desabonadoras da honra e imagem, e a meu ver não técnicas, como aquelas apresentadas na própria denúncia. Se valeu de PowerPoint, que se compunha de diversos círculos, identificados por palavras. As palavras, conforme se observa, se afastavam da nomenclatura típica do direito penal e processual penal.”

O ministro Raul Araújo ainda também reconheceu o dano moral. “Houve excesso de poder. Atuou para além de sua competência legal. O erro originalmente de tudo isso, me parece, deveu-se àquele típico juízo de exceção que se deixou funcionar em Curitiba. Criou-se um juízo universal. Sempre fui um crítico desse funcionamento, a meu ver, anômalo. Levou-se muito tempo para reconhecer e so agora esta corrigindo o desvio”, afirmou.

O que dizem as defesas

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, afirmou que Deltan violou seus deveres funcionais.

“É legítimo um integrante do Ministério Público convocar uma coletiva na data em que está apresentada uma denúncia para fazer afirmações peremptórias, sem qualquer ressalva, e dando ao público a ideia de condenação daquele que está sendo denunciado? Essa situação fere os direitos da personalidade do cidadão, do jurisdicionado, e por consequência fere dispositivos de lei federal que albergam os direitos de personalidade.”

“O ministro ressaltou que o STJ não estava analisando a acusação contra Lula, que inclusive, foi anulada por decisão do Supremo Tribunal Federal. Nada disso está sendo debatido. Aqui é apenas aquela conduta da entrevista coletiva”, prosseguiu Zanin.

O advogado disse ainda que o PowerPoint trata do crime de organização criminosa, que não era discutido naquela oportunidade, e que o valor da indenização de R$ 1 milhão corresponde a todo o desgaste provocado na imagem nacioal e internacional do petista.

Segundo o advogado, Lula “teve o nome estampado em diversos veículos de comunicação do Brasil e exterior com as frases que constavam no power point que eram agressivas, descabidas e incompatíveis com a realidade dos fatos”.

Responsável pela defesa de Deltan, o advogado Márcio de Andrade afirmou que não houve violação da conduta funcional pelo então procurador.

“A entrevista foi concedida dentro do exercício regular de procurador da República. Os fatos foram apurados pela corregedoria da Procuradoria da República, e também pelo Conselho Nacional do Ministério Público, e também concluíram de forma uníssona: não houve excesso e não houve sanção administrativa”.

 

g1