Judiciário

Mauro Cid critica Moraes e diz que PF omite e distorce informações

 

Áudios atribuídos a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, levantam suspeitas sobre a condução do processo de delação premiada do militar. Cid abre fogo contra a Polícia Federal que, segundo ele, distorce informações. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que envolve Mauro Cid, também é criticado. As gravações do militar foram divulgadas pela revista Veja.

O ex-ajudante de ordens diz que a Polícia Federal já está “com a narrativa pronta”. O militar reclama da insistência de agentes da PF para que ele falasse sobre assuntos ao qual ele não tinha conhecimento.

O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação.”, diz o militar em outro trecho gravado.

Mauro Cid também desconfia que a Polícia Federal seleciona informações que corroboram uma narrativa já desenhada e cita menção a Alexandre de Moraes durante depoimento.

Eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconcertados, desconcertados. Eu falei: ‘Quer que eu fale?’

O militar ainda fala da pressão para delatar. Cita que a pena dele seria elevada e que pessoas sem tanto envolvimento já receberam penas altas.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Ronnie Lessa fecha acordo de delação com a PF

 

Acusado de ser o assassino de Marielle Franco e de Anderson Gomes, Ronnie Lessa fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, informa O Globo.

Outro personagem central da trama que matou a vereadora, Élcio Queiroz também fechou acordo de delação. Élcio Queiroz dirigiu o carro usado na execução de Marielle e Anderson.

Recentemente, em entrevista à imprensa, Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, afirmou que espera resolução do caso neste primeiro semestre de 2024.

Justiça

Defesa de Mauro Cid pede liberdade provisória ao STF

 

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pediu a liberdade provisória do oficial do Exército no Supremo Tribunal Federal (STF). Cid está preso de forma preventiva desde maio deste ano.

A informação é do advogado Cezar Bittencourt, que afirmou nesta sexta-feira (8) ter pedido o “relaxamento da prisão” do tenente-coronel.
Além da venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais, Cid é investigado por envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro.

Na quinta-feira (7), a CNN confirmou que Cid pretende fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e informou sua intenção ao STF.

Na quarta-feira (6), o ex-ajudante de ordens esteve na sede da Corte e foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A viabilidade da delação depende de homologação pelo ministro. A lei que trata da colaboração premiada permite que a PF negocie acordos diretamente com o investigado, sem a necessidade de anuência do Ministério Público. Em 2018, o Supremo validou a possibilidade de a PF firmar as tratativas.

Nos últimos dias do governo passado, Cid tentou resgatar um kit de joias que o casal Michelle e Jair Bolsonaro havia recebido da Arábia Saudita. As joias ficaram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Já em 2023, o ex-ajudante de ordens participou do esquema para vender objetos de valor que Bolsonaro havia ganhado como presente na condição de chefe de Estado.

 

Informações da CNN

Notícias

Advogado de Anderson Torres nega que ex-ministro fará delação premiada

 

Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro solto ontem (11) após quatro meses preso, não deve fazer acordo por delação premiada. A afirmação foi feita pelo seu advogado, Eumar Novack, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (12).

“Não existe essa possibilidade de delação”, disse Novack a jornalistas. “O que o Anderson vai fazer é cooperar para que esclareça o mais breve possível os atos.”

Segundo o advogado, a postura do ex-ministro e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, é de cooperação. “O ex-ministro abre mão de direito constitucional ao silêncio para esclarecer todos os questionamentos”, continuou o advogado.

Ele foi preso, originalmente, por sua suposta omissão ao tratar dos atos bolsonaristas em 8 de Janeiro na capital federal — como chefe da Polícia Militar, ele era o principal responsável pela proteção do local. No entanto, agora pesam contra ele uma série de articulações para o que poderia ser um golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por O Antagonista.