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Justiça determina recontratação de cubanos no ‘Mais Médicos’

A iniciativa foi interrompida em 2018, após Cuba encerrar o contrato com o Brasil.

 

O desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinou que o governo federal deve recontratar médicos médicos cubanos que participavam do programa Mais Médicos. A iniciativa foi interrompida em 2018, após Cuba encerrar o contrato com o Brasil por conta da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais daquele ano.

A decisão contempla a vigésima turma do Mais Médicos e atende a um pedido da Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições Estrangeiras e Intercambistas.

O magistrado deu um prazo de dez dias para a União apresentar um plano de execução para a recontratação dos profissionais. A medida vai ao encontro do governo Lula em retomar o programa que repassava dinheiro para Cuba através da contratação dos médicos.

Deu na Oeste

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Venezuela e Cuba ainda devem mais de R$ 2,7 bilhões por empréstimos do BNDES

 

Adivinha quem vai pagar essa conta? Venezuela e Cuba ainda devem US$ 529 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A quantia, se convertida, ultrapassa R$ 2,7 bilhões.

O valor representa cerca de 25% do total emprestado aos dois países durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Os dados estão disponíveis no site do banco estatal.

Mesmo o total já quitado não foi pago por Cuba e Venezuela, que acabaram dando um verdadeiro calote no Brasil, de modo que o BNDES precisou acionar as garantias contratuais e o Tesouro Nacional cobriu o rombo.

No caso de Cuba, um documento da Câmara de Comércio Exterior (Camex) divulgado no mandato de Jair Bolsonaro (PL) mostra que o governo federal aceitou charutos cubanos como garantia para o empréstimo que ajudou a construir o Porto de Mariel.

Os dados do BNDES revelam que, dos US$ 656 milhões emprestados a Cuba, US$ 407 milhões ainda estão por vencer. São 214 prestações em atraso indenizadas pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que é custeado pelo Tesouro, e 13 ainda a pagar.

No caso da Venezuela, o débito em aberto é menor: US$ 122 milhões de um total de US$ 1,5 bilhão. Já foram 641 prestações indenizadas ao BNDES pelo FGE, ou seja, pelo pagador de impostos brasileiro, e 41 ainda a indenizar.

Esses empréstimos haviam sido interrompidos após os escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato, mas devem retornar agora em 2023 com a chegada de Lula ao Palácio do Planalto para seu terceiro mandato.

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Lula defende modelo econômico da ditadura cubana e critica bloqueio

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

 

Em viagem à Argentina nesta segunda-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os bloqueios econômicos a Cuba e as intervenções dos Estados Unidos na Venezuela. Para o presidente brasileiro, os países, que são comandados por ditadores, devem ter liberdade para fazer “aquilo que quiserem [economicamente], e nós não temos que nos meter”.

“Que se acabe o bloqueio a Cuba, que já dura mais de 60 anos sem nenhuma necessidade”, disse. “Os cubanos não querem copiar o modelo brasileiro ou dos Estados Unidos, querem fazer o seu próprio modelo. E quem tem a ver com isso? Portanto, tem que tratar Venezuela e Cuba com muito carinho e, naquilo que pudermos ajudar a resolver seus problemas, nós ajudaremos”, completou o petista.

As declarações foram dadas por Lula durante coletiva de imprensa realizada em Buenos Aires, na Argentina, ao lado do presidente Alberto Fernández. Essa é a primeira viagem internacional do presidente brasileiro desde que tomou posse, em 1º de janeiro.

Ao falar sobre a economia da região, Lula também comentou que tem a intenção de reaproximar a agenda de integração econômica entre os países da América do Sul. “O Brasil não quer inimizade com nenhum país. Se pudermos construir acordos dentro de cada país, nós ajudaremos. O Brasil tem um papel importante nisso”, disse Lula.

Deu no R7

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Brasil bate recorde de pedidos de refúgio de cubanos

Cubanos fogem do país devido à crise econômica | Foto: Redes Sociais

 

O Brasil bateu recorde de pedidos de refúgio de cubanos em 2022. Entre janeiro e novembro, o país registrou 4,2 mil solicitações. Os cubanos foram a segunda principal nacionalidade a pedir refúgio, atrás apenas dos venezuelanos. O levantamento foi feito pelo Observatório das Migrações Internacionais, a pedido do jornal Folha de S.Paulo.

O Brasil se tornou o principal destino de emigração. Entre outros fatores, o custo de vida aqui é mais barato que nos Estados Unidos. Além disso, a lei migratória brasileira é mais favorável. Ao solicitar o refúgio, o imigrante recebe um protocolo que permite trabalho e saúde, entre outros direitos, enquanto o pedido é avaliado pelos órgãos responsáveis.

A intensificação do fluxo de cubanos para ao Brasil é um desafio para o Comitê Nacional para os Refugiados, ligado ao Ministério da Justiça. Com um perfil de migração muitas vezes atrelado a questões econômicas, migrantes de Cuba, por vezes, não se enquadram nos critérios para refúgio, concedido para cidadãos que estejam sofrendo perseguição em seu país ou sujeitos a violações de direitos humanos.

O Brasil reconheceu 1,04 mil cubanos como refugiados. A maioria, 843, devido ao temor de expressar suas opiniões políticas no país, que vive uma ditadura comunista. Durante os governos do PT, os presidentes Lula e Dilma se aproximaram de Fidel Castro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Deu na Oeste

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Em meio a crise econômica, ditador cubano pede ajuda à China

Ditador cubano, Miguel Diz-Canel durante visita a Pequim nesta sexta-feira (25)

 

O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou nesta sexta-feira (25) à China para uma visita oficial de dois dias após ter visitado a Rússia e a Turquia.

Durante o encontro com o ditador da China, Xi Jinping, o cubano pediu ajuda para superar a grave crise econômica e energética que a ilha caribenha enfrenta. Alguns especialistas consideram que o país enfrenta o pior momento das últimas décadas.

Uma cerimônia foi organizada para oficializar a entrega de matérias-primas, uniformes escolares, suprimentos médicos e medicamentos a Cuba. O governo chinês também se comprometeu a fazer doações em dinheiro para Havana.

Informações do R7

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225 mil cubanos fogem do país em um ano

Em outubro, os navios da Guarda Costeira dos EUA interceptaram 1,1 mil cubanos em alto-mar, tentando entrar no país

 

A crise econômica, social e política que Cuba atravessa está se traduzindo num êxodo migratório sem precedentes para o país. Só em outubro, os navios da Guarda Costeira norte-americana interceptaram 1,1 mil cubanos em alto-mar, tentando entrar nos EUA. Esse número é maior que a quantidade de capturados ao longo de 2021.

Segundo o Departamento de Alfândega dos EUA, em setembro, quase 27 mil cubanos conseguiram entrar ilegalmente pela fronteira sul do país, quebrando todos os recordes anteriores. Nos últimos 12 meses, foram 225 mil chegando ao país pelas fronteiras terrestres.

Esses números representam 2% dos habitantes do país, ou 4% da população economicamente ativa de Cuba. O êxodo indica um cenário alarmante para o futuro do país, de 11 milhões de habitantes, que sofre de um grave problema demográfico.

Em 2021, pelo quinto ano consecutivo, a população diminuiu (em quase 70 mil pessoas), a taxa de natalidade continuou a cair e o processo de envelhecimento é cada vez mais acelerado (21% dos cubanos têm mais de 60 anos).

“Cuba está fugindo de seus jovens, ou seja, de seu futuro. O futuro do país está perigosamente hipotecado, e isso só pode levar a mais instabilidade política e social”, comentou Ricardo Torres, pesquisador da American University, em Washington, ao jornal El País.

Deu na Oeste

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Cuba vota a favor do “Código das Famílias” e aprova união de pessoas do mesmo sexo

 

Cuba votou a favor e aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção gay e a barriga de aluguel, informou a autoridade eleitoral nesta segunda-feira, 26. “O Código das Famílias foi ratificado pelo povo”, afirmou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CEN), Alina Balseiro, à televisão estatal. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CEN), 6.251.786 eleitores exerceram seu direito de voto, o equivalente a 74,01% do padrão. Do total de 5.891.705 votos válidos, 3.936.790 foram no “sim” (66,87%), e 1.950.090, no “não”.

A legislação precisava de mais de 50% de apoio para ser validada. A decisão agradou o presidente Miguel Díaz-Canel que celebrou o resultado em seu Twitter. “Ganhou o ‘sim’. Fez-se justiça”, escreveu. “Aprovar o #CódigoDasFamílias é fazer justiça. É saldar uma dívida com várias gerações de cubanas e cubanos, cujos projetos de família estão há anos esperando por esta Lei. A partir de hoje, seremos uma nação melhor”, acrescentou o presidente.

O novo Código das Famílias entrará em vigor imediatamente, substituindo o vigente desde 1975. Seu texto define o casamento como a união “entre duas pessoas”. Com isso, abre as portas para o casamento homossexual e para a adoção para casais do mesmo sexo. Também permite o reconhecimento legal de vários pais e mães, além dos biológicos, assim como a barriga de aluguel, sem fins lucrativos, além de agregar outros direitos que favorecem crianças, idosos e deficientes.

“Nosso povo apostou em uma lei revolucionária, enaltecedora, que nos impulsiona a conquistar a justiça social pela qual trabalhamos todos os dias. Hoje somos um país melhor, com mais direitos”, disse o chanceler Bruno Rodríguez, em sua conta no Twitter. Apesar do resultado favorável ao código, a participação foi menor do que a registrada para aprovar a nova Constituição, em 2019, quando alcançou 90,15%. E foi o percentual mais alto de voto contra já recebido pelo governo cubano. O cientista político cubano Rafael Hernández considerou que “o Código é um passo efetivo na direção da justiça social” e que é a peça legal “mais importante em matéria de direitos humanos” desde o início da Revolução.

Deu na Jovem Pan

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Cuba faz referendo de nova lei, que “revoluciona conceito de família tradicional”

 

Cuba fará no domingo 25 uma consulta popular sobre o novo Código de Famílias, que promete revolucionar o conceito de família tradicional ao ampliar direitos das comunidades LGBTQIA+, segundo autoridades do Partido Comunista Cubano. Estão previstas, entre outras mudanças, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a possibilidade de adoção por homossexuais, a regulamentação da chamada “barrigada de aluguel”.

Com mais de 500 artigos, o texto pretende substituir o atual código, vigente desde 1975. Quanto à união de pessoas do mesmo sexo, a proposta estabelece que o matrimônio é “a união acordada voluntariamente entre duas pessoas”, e não “entre um homem e uma mulher”, como estabelece a norma atual.

É a segunda tentativa de legalizar a união homoafetiva em Cuba, que estava contida na proposta da nova Constituição, aprovada em 2019. Posteriormente, no entanto, foi retirada do projeto final em razão da polêmica gerada nas igrejas cristãs e em outros setores sociais.

A nova lei, se aprovada, também permitirá que casais homossexuais adotem crianças. Outra novidade é chamada de “gravidez solidária” ou “barriga de aluguel”, permitindo que mulheres gerem filhos para familiares ou pessoas próximas incapazes de ter filhos, incluindo-se “homens solteiros ou casais de homens”.

A legislação também introduz o conceito de “autonomia progressiva”, que permite o jovem, em caso de “idade e grau de maturidade suficiente”, ser ouvido por um tribunal, por exemplo, para intervir por meio de um advogado em seu processo de adoção.

Além disso, o novo código também cria a família multiparental, que permitirá, se aprovado, que, “excepcionalmente”, um menor possa ter mais de dois pais, ou mães, por exemplo, em famílias compostas por casais que já tiveram filhos anteriormente. Madrastas e padrastos também se tornam tutores.

A nova lei “protege a dignidade humana, elimina qualquer vestígio de discriminação no âmbito familiar e descarta a violência”, disse o ministro da Justiça, Oscar Silveira.

Projeto pode ser rejeitado

Cerca de 7 milhões de cubanos estão aptos a votar na consulta pública, que será no domingo 25 com seções para votação em todo o país e em sedes diplomáticas no exterior.

A ditadura cubana assegura que o processo de discussão foi feito de forma democrática. Segundo o Ministério de Justiça, 6,4 milhões de eleitores participaram das discussões do texto, que teve 49% do conteúdo original alterado e está em sua 22ª versão.

A Igreja Católica de Cuba segue criticando a proposta de lei, dizendo que está repleta de “ideologia de gênero” que ameaça a autoridade dos pais e levaria à “doutrinação de crianças nas escolas sem o consentimento parental”.

Embora normalmente os projetos submetidos a referendos em Cuba sejam aprovados por maioria esmagadora, analistas não acreditam que o novo código seja facilmente aceito pela população. Em março, o especialista em América Latina do Instituto Alemão de Estudos Globais e de Área, Bert Hoffman, disse que o código talvez seja o mais progressista da América Latina em direitos de gênero e geracionais, e que o texto partiu das autoridades e não de um movimento popular. “Todas as eleições, todos os referendos, foram sob a orientação do Partido Comunista ou a liderança de Fidel Castro, e o resultado sempre foi considerado certo, e agora pela primeira vez o resultado é incerto”, disse Hoffman à Reuters, em março.

Informações da Revista Oeste

Mundo

Comunismo: Nova paralisação de importante termelétrica causa apagões e agrava crise energética em Cuba

 

A central termelétrica Antonio Guiteras, uma das maiores de Cuba, desconectou-se novamente do sistema elétrico nacional nesta quarta-feira,10, por falta de água para resfriamento, poucas horas depois de ter restabelecido suas operações. Ao anunciar a paralisação, a estatal Unión Eléctrica (UNE) indicou em comunicado que “assim que se previr algum impacto, será comunicado em tempo oportuno”.

Na última segunda, essa central deixou de funcionar por não ter nível de água suficiente para se manter em funcionamento, conforme reportado pela UNE na ocasião, o que contribuiu para que nesse dia apenas 60% das necessidades estivessem cobertas durante as horas de maior demanda. A UNE informou então que esta situação na central de Guiteras foi consequência do grave incêndio industrial que começou na sexta-feira passada na base de depósitos de combustível na cidade de Matanzas, no oeste do país, e que até esta quarta-feira não tinha sido controlado. A usina está localizada a 2,7 quilômetros da área do incidente.

Na véspera, Guiteras estava sincronizada com o sistema nacional, mas permaneceu em operação apenas por 17 minutos e, após esse novo intervalo, foi novamente conectada na manhã desta quarta. Ao meio-dia, o diretor-técnico da UNE, Lázaro Guerra, disse à televisão estatal que, depois de ser novamente sincronizada, a central estava contribuindo com 215 megawatts (MW) para o sistema nacional, mas alertou que tinha problemas de consumo excessivo de água e que se estava trabalhando para corrigir o erro.

Para este dia, a UNE previu um déficit energético de 30% da capacidade de geração nas horas de maior demanda, o que implica em apagões prolongados na ilha. As quedas de energia – devido a falhas e danos nas antiquadas usinas termelétricas, falta de combustível e manutenção programada – afetam diferentes áreas do país há meses e, desde agosto, também a capital Havana.

Em julho, apagões foram registrados em 29 dos 31 dias, segundo dados da UNE coletados pela Agência de notícias Efe. Os apagões, que às vezes duram mais de 10 horas consecutivas, sobrecarregam todas as áreas da economia e afetam significativamente a vida cotidiana, o que começa a alimentar a agitação social em Cuba. Já no ano passado, os apagões foram uma das razões por trás dos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021, os maiores em décadas, segundo analistas.

Cuba depende muito do petróleo estrangeiro para produzir energia (as termelétricas geram dois terços da eletricidade) e seu principal fornecedor, a Venezuela, reduziu significativamente seus repasses. O governo cubano espera reduzir essa dependência e tem um plano para que, até 2030, 37% de sua matriz energética (pouco mais de 3.500 megawatts) seja proveniente de fontes renováveis. O país vive há dois anos uma grave crise econômica por conta da pandemia, do endurecimento das sanções dos Estados Unidos e das falhas na gestão nacional.

Informações da EFE