Notícias

Registro falso de vacinação de Bolsonaro em SP usa email com nome de Lula

 

O registro falso de vacinação em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a covid-19 em São Paulo teve um dado colocado com o nome de Lula (PT).

O email “lula@gmail.com” foi registrado na ficha de vacinação, segundo o boletim de ocorrência feito pela Prefeitura de São Paulo.

“Chama a atenção”, disse a prefeitura sobre o uso de um email com o nome de Lula. No sistema da prefeitura paulistana consta que Bolsonaro foi vacinado com o imunizante de dose única da Janssen contra a covid-19 na UBS do Parque Peruche, na zona norte da capital, em 19 de julho de 2021. O sistema do Ministério da Saúde validou a vacina.

Na data da suposta aplicação, Bolsonaro estava em Brasília; ele passou quatro dias internado em São Paulo, mas recebeu alta no dia 18 de julho de 2021, quando voltou para o Distrito Federal.

A prefeitura ainda constatou que a pessoa que teria aplicado a vacina nunca trabalhou na UBS indicada no sistema e o lote citado como aplicado não foi disponibilizado em São Paulo. A unidade também aponta que nunca atendeu Bolsonaro.

A CGU (Controladoria-Geral da União) e a PF (Polícia Federal) investigam o caso.

 

Com informações de UOL

Notícias

Novo relatório sugere ‘dois vazamentos’ do vírus da covid

 

O gabinete do senador republicano do Kansas Roger Marshall divulgou um relatório de 300 páginas sobre as origens do vírus que se espalhou pelo mundo inteiro a partir de 2020 e causou a pandemia de covid-19. Uma ampla pesquisa, que durou mais de dois anos, mostra “fortes evidências” de que houve dois vazamentos do laboratório chinês de virologia do Wuhan a partir de 2019, ambos não intencionais.

Chamado de Muddy Waters (Águas Turvas), o relatório foi elaborado por Robert Kadlec, um especialista médico que liderou a Operação Warp Speed, uma parceria público-privada lançada em maio de 2020 para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de vacinas.

Redes de televisão norte-americanas, como a Fox e ABC, entrevistaram Marshall sobre o documento. “Isso é grande. É uma bomba que mostra a preponderância de evidências de que houve dois vazamentos de laboratório”, disse o senador Marshall à Fox. “Se tivéssemos uma balança e colocássemos todas as evidências de um lado que apoiam um vazamento natural e do outro, para a origem laboratorial, acho que 95% dessas evidências estão na origem laboratorial.”

O relatório mostra que o primeiro vazamento do coronavírus ocorreu provavelmente por volta de setembro de 2019 — talvez até antes, em agosto — do laboratório de Wuhan. Com isso, os chineses começaram a pesquisa de vacinas. “E achamos que foi quando essa epidemia, que se tornou uma pandemia, realmente explodiu”, afirmou Marshall. “Provavelmente eles estavam desenvolvendo esta vacina em um laboratório na Universidade de Wuhan trabalhando em primatas. Achamos que foi quando algum tipo de aerossol foi acidentalmente liberado daquele laboratório ou um funcionário do laboratório saiu dele com esse vírus muito, muito contagioso”, declarou o senador do Kansas.

Em seguida, por volta de novembro, ocorreu o outro vazamento do Sars-CoV-2. A teoria é baseada principalmente no cronograma de desenvolvimento da vacina de covid da China: Zhou Yusen, um cientista militar chinês que morreu posteriormente em circunstâncias misteriosas, registrou uma patente de vacina em 24 de fevereiro de 2020, o que sugere que o trabalho na vacina deve ter começado pelo menos em novembro de 2019, com base no cronograma da Operação Warp Speed.

Segundo o senador, uma das revelações mais alarmantes envolve os detalhes sobre o próprio vírus que sugerem um desenvolvimento sofisticado, como com a pesquisa de ganho de função: o vírus era retirado de animais para engenharia artificial em laboratório, “para torná-lo mais transmissível e mortal para humanos”, disse ele.

“Este vírus era perfeito demais. Quando saiu daquele laboratório, era perfeito demais. Ele se encaixava como uma chave na fechadura das células pulmonares humanas”, disse Marshall à Fox.

No Twitter, o senador afirmou: “Devemos estabelecer salvaguardas adicionais em pesquisas arriscadas de ganho de função, para garantir que pesquisas letais nunca vazem novamente.”

Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) admitiram financiar pesquisas de ganho de função em morcegos infectados com coronavírus em um laboratório em Wuhan — apesar das repetidas negações do Anthony Fauci, o conselheiro de Saúde do presidente Joe Biden.

Embora a teoria do vazamento do laboratório tenha sido inicialmente desacreditada pela Casa Branca, por autoridades de Saúde e pela grande imprensa, que chamou todos que mencionaram essa possibilidade de “teóricos da conspiração”, nos últimos meses investigações demonstraram que essa possibilidade é bastante plausível. Tanto o Departamento de Energia quanto o diretor do FBI, Christopher Wray, mostraram evidências de um possível vazamento.

A China nega qualquer vazamento e sempre dificultou as investigações no laboratório.

O senador disse que o erro da China não justifica os erros dos Estados Unidos. “Precisamos olhar para nós mesmos também e pensar sobre todos os erros que cometemos”, disse o senador Marshall. “Por que o NIH continua a esconder informações de nós, assim como de outras agências governamentais ? A Usaid, o Departamento de Defesa continua a esconder informações do Congresso, também não nos permite ver a verdade”, questionou.

Deu na Oeste

Notícias

Vacina da AstraZeneca: viúvo de jornalista da BBC rompe o silêncio e fala em processo

O casal britânico Gareth Eve e Lisa Shaw. A mulher morreu após tomar a vacina da AstraZeneca, constatou legista | Foto: Reprodução/Instagram

 

O empresário Gareth Eve deve processar a AstraZeneca. Isso porque a mulher dele, a jornalista da BBC Lisa Shaw, morreu em 2021, depois de tomar a primeira dose da vacina feita pela farmacêutica. “Não tenho outra alternativa”, disse ele, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, na segunda-feira 10.

Em agosto daquele ano, três meses após o falecimento de Lisa, um exame constatou que ela teve uma “trombocitopenia trombótica induzida pela vacina”. O documento é assinado por Karen Dilks, legista de NewCastle, na Inglaterra. À época, a médica classificou o caso como “raro”.

“Por quase dois anos, tentamos nos envolver com o governo e com os parlamentares”, disse Eve. “Mas ninguém nos estendeu a mão. Tudo o que eu queria era o reconhecimento de que essas mortes ocorreram. Não somos malucos ou teóricos da conspiração. Somos pessoas que perderam alguém.”

Adiante, o empresário do Reino Unido garante não esperar indenização. “Seja qual for o dinheiro, não vai trazer a mãe do meu filho de volta”, disse Eve.

Em novembro do ano passado, advogados de Eve — representando outras 75 pessoas — informaram à farmacêutica a respeito de familiares que teriam morrido ou desenvolvido doenças permanentes, em virtude da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca. No documento, os advogados dizem que a vacina mostrou-se um “produto defeituoso, no sentido de que não era tão seguro quanto os consumidores geralmente esperavam”.

Deu na Oeste

Notícias

Ministério da Saúde vê risco de trombose causada pelas vacinas da AstraZeneca e Janssen

Documento menciona registros de casos da doença no Brasil

 

Em 27 de dezembro de 2022, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica sobre as vacinas da AstraZeneca e Janssen contra a covid-19, depois de identificar riscos de trombose, sobretudo em mulheres. No documento, a pasta deixa de recomendar o imunizante a pessoas com menos de 40 anos.

“Esta coordenação-geral entende ser pertinente atualizar as recomendações de uso das vacinas de vetor viral (Astrazeneca e Janssen), para que, na população abaixo de 40 anos, sejam administradas preferencialmente vacinas contra a covid-19 de plataformas que não sejam de vetor viral”, ressaltou a Saúde.

Segundo o texto, “as formas clínicas mais frequentemente reportadas foram de trombose venosa cerebral, mas também há relatos de trombose de veias intrabdominais, tromboembolismo pulmonar e tromboses arteriais”. Pode ocorrer ainda sangramento de “forma significava e inesperada”.

Adiante, o documento menciona registros de casos da doença no Brasil.

“Do total de 40 casos prováveis e confirmados de síndrome de trombose com trombocitopenia distribuídos por dose de vacina para covid-19, notificados no e-SUS Notifica Brasil (excluindo-se São Paulo), 34 foram atribuídos à vacina da AstraZeneca”, constatou o texto. Os registros dos incidentes datam entre janeiro de 2021 e 17 de setembro de 2022. A maioria ocorreu duas semanas depois da vacinação.

A nota técnica observa ainda que, após a vacinação em larga escala com a AstraZeneca e a Janssen, vários países europeus (com destaque para Áustria, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Reino Unido) e a Austrália relataram casos de tromboses em pessoas que receberam vacinas de vetor viral.

“Em alguns países da União Europeia, o uso da vacina da AstraZeneca foi temporariamente suspenso, como uma medida de precaução, devido a relatos de ocorrência de distúrbios de coagulação em pessoas que receberam a vacina”, lembrou o Ministério da Saúde.

Em nota, a AstraZeneca disse que sua vacina contra a covid-19 “apresenta um perfil de segurança favorável, assim como já declarado pela Organização Mundial da Saúde e outros órgãos internacionais, em que os benefícios da vacinação superam quaisquer riscos potenciais”.

“É importante ver que esta análise, conduzida a partir de um grande banco de dados de registros eletrônicos de saúde, constatou que a mortalidade por todas as causas, incluindo a cardíaca, não aumentou entre os jovens que receberam vacinas contra a covid-19”, disse a empresa, no comunicado.

Deu na Oeste

Notícias

Governo Lula deixa vencer 1,2 milhão de testes de covid

Os testes são do tipo RT-PCR e também servem para o diagnóstico do vírus sincicial respiratório e da <i>influenza</i> A e B

 

Ministério da Saúde perdeu 1,2 milhão de testes para detecção da covid-19 em março. Os produtos, que estavam no estoque da pasta, venceram neste mês. Eles foram avaliados em quase R$ 43 milhões.

Os testes são do tipo RT-PCR e também servem para o diagnóstico do vírus sincicial respiratório e da influenza A e B. Parte dos lotes perdeu a validade em 9 de março, enquanto o resto venceu no dia 13.

A equipe da ministra Nísia Trindade culpa a gestão anterior pelo acúmulo de exames com validade curta. O ministério afirmou ainda que não teve acesso a dados sobre os estoques durante a transição de governo.

“Ao assumir, a atual gestão da pasta deparou com os quantitativos em estoque sem tempo hábil para distribuição e uso, ou sem demanda nos Estados”, informou o ministério, em nota.

O ex-ministro Marcelo Queiroga disse que “todos os dados foram passados para a equipe de transição”. “Eles sabem disso, inclusive foi assinado termo de confidencialidade.”

A nova gestão do Ministério da Saúde também deixou vencer 27 milhões de vacinas contra a covid-19 no início de março. A pasta também culpou a gestão anterior no ministério, informando que “não houve tempo hábil para distribuição e uso”.

Desde 2021, quase 40 milhões de doses foram descartadas. O prejuízo aos cofres públicos é calculado em cerca de R$ 2 bilhões.

Ainda conforme o ministério, nos próximos 90 dias, mais 5 milhões de doses vão vencer e outros 15 milhões de vacinas terão o prazo de validade expirado dentro de seis meses.

“O Ministério da Saúde buscou uma solução pactuada com o conselho de secretários estaduais e municipais de Saúde, para um esforço conjunto, para evitar novos desperdícios”, afirmou a pasta. “Outras ações também estão sendo pactuadas dentro do Movimento Nacional pela Vacinação.”

De acordo com a nota do ministério, em 2021 quase 2 milhões de doses venceram, devido ao prazo. Já no ano passado, esse número chegou a 9,9 milhões de vacinas contra a covid-19.

Deu na Revista Oeste

Notícias

STF arquiva ação de vítimas de covid contra Bolsonaro

STF já tinha arquivado procedimentos contra Jair Bolsonaro abertos a pedido da CPI da Covid | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou queixa-crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por supostos delitos praticados na condução das medidas contra a pandemia de covid-19. O julgamento no Plenário Virtual do STF foi encerrado à meia-noite de sexta-feira 10.

O relator, ministro Luís Roberto Barroso, entendeu que não havia justa causa para a medida, porque o titular da ação penal — o Ministério Público — já havia adotado as medidas para apurar eventuais irregularidades do ex-presidente. Além disso, a associação não preenchia os requisitos legais para ser autora da queixa-crime.

Na medida, ajuizada em abril de 2022, a entidade afirmou que Bolsonaro praticou vários crimes, incluindo perigo para a vida ou a saúde de outrem; subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento; epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas e prevaricação.

O ministro Edson Fachin, que apresentou um voto de divergência, afirmou que com a saída de Bolsonaro do cargo, o STF não tem mais competência para julgar os casos relacionados a ele. “A necessidade de realização de diligências para apuração mais acurada acerca de eventual ausência de inércia pelo Ministério Público é medida incompatível com a excepcionalidade da prorrogação da competência deste Tribunal, e devem ser processadas no juízo competente”, escreveu.

Votou com Fachin a ministra Cármen Lúcia. Os outros oito ministros acompanharam Barroso. Com a decisão, a queixa-crime foi arquivada.

Em março, o ministro Dias Toffoli determinou a extinção de duas investigações contra Bolsonaro, abertas a partir de pedidos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

Deu na Oeste

Notícias

Criador da vacina russa contra a covid é encontrado morto

O virologista Andey Botikov tinha 47 anos | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

O cientista Andey Botikov, que ajudou a desenvolver a vacina russa contra a covid-19 Sputnik V, foi encontrado morto em seu apartamento em Moscou na quinta-feira 2. Botikov, de 47 anos, trabalhava como pesquisador sênior no Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya para Ecologia e Matemática.

O Comitê Investigativo da Rússia confirmou a morte e instaurou inquérito por homicídio. O autor seria um homem de 29 anos que já foi preso. “Um jovem de 29 anos, durante uma discussão, estrangulou o dono do apartamento de 47 anos com um cinto e fugiu do local”, informou o comitê na sexta-feira 3. “Durante o interrogatório, ele admitiu sua culpa, e foi acusado. Anteriormente, o réu foi processado por cometer um crime grave.”

A mídia russa identificou o suspeito como “Alexei Z”, um ex-presidiário que passou 10 anos na prisão sob a acusação de fornecer serviços sexuais. De acordo com a agência russa Mash, a briga entre o cientista e o autor do crime teria sido motivada por dinheiro, mas nenhum detalhe adicional foi informado até agora.

Botikov foi um dos 18 cientistas que desenvolveram a vacina russa Sputnik V em 2020. De acordo com o The Moscow Times, o presidente russo Vladimir Putin homenageou o virologista com o prêmio Ordem do Mérito da Pátria em 2021 por seu trabalho como cientista.

Deu na Oeste
Notícias

Toffoli arquiva investigações da CPI da Covid contra Bolsonaro: “Sem indícios mínimos de crime”

Sem “indícios mínimos” de crime Dias Toffoli arquiva investigações da CPI da Covid que miravam Bolsonaro

 

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extinção de duas investigações preliminares que tinham o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos alvos e que foram abertas a partir de pedidos da CPI da Covid. Toffoli seguiu o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que não há indícios que justifiquem a abertura de inquéritos.

Em um dos casos, Bolsonaro foi acusado pela comissão de “infração de medida sanitária preventiva”, por não utilizar máscara. No outro, o então presidente era suspeito do crime de “causar epidemia”, ao lado dos seus ministros Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Eduardo Pazuello (Saúde) e Marcelo Queiroga (Saúde), entre outros aliados e membros do governo.

Nos dois procedimentos, no entanto, a PGR considerou que há uma “ausência de indícios mínimos” de que Bolsonaro e seus aliados teriam “incorrido em qualquer prática delitiva” e solicitou o arquivamento.

Em sua decisões, Toffoli ressaltou que cabe à PGR opinar pela eventual abertura de um inquérito, e que por isso as investigações devem ser encerradas. “Se, dos fatos narrados e suas eventuais provas, apresentados, agora, à autoridade a quem compete investigar e representar por abertura de inquérito perante esta Suprema Corte, não visualizou a Procuradoria-Geral da República substrato mínimo para tais medidas, deve-se acolher seu parecer pelo arquivamento”, afirmou.

Deu na Oeste

Notícias

Casos de Covid-19 aumentaram em 20% no carnaval

Casos de Covid-19 aumentaram em 20% no carnaval

 

Levantamento realizado pela Dasa mostra que os índices de positividade para Covid-19 nas cerca de mil unidades da rede manteve tendência de alta durante o carnaval. Na média nacional, considerando a semana de 17 a 23 de fevereiro, a taxa de positividade atinge 23,85 %, valor que configura aumento de 20,2% em comparação com a semana anterior aos festejos (10 a 16 de fevereiro).

Na semana de 17 a 23 de fevereiro, o índice de positividade para Covid-19 no estado de São Paulo registrou 28,08%, sendo 11,6% maior do que a taxa da semana de 10 a 16 de fevereiro, quando atingia 25,14%.

No Rio, considerando as mesmas semanas, o aumento é de 31,5% nas taxas (19,19% antes do carnaval contra 25,24%, na última semana). A região Nordeste, por sua vez, apresentou aumento de 3 pontos percentuais na taxa de positividade, passando de 4,57% para 7,16%, sempre comparando a semana do carnaval com a anterior.

O laboratório mostra que desde a última semana de janeiro, a variante XBB do Coronavírus se tornou predominante nas amostras positivas para Covid-19 coletadas nos laboratórios da Dasa nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A cepa é mais uma subvariante da Ômicron.

Deu no O Globo

Notícias

Agência dos EUA conclui relatório e afirma que a Covid-19 surgiu de vazamento em laboratório

As autoridades dos EUA se recusaram a dar mais detalhes sobre as novas informações que levaram o departamento a modificar seu posicionamento

 

O Departamento de Energia dos Estados Unidos mudou seu posicionamento sobre a origem da pandemia de Covid-19 e avalia, agora, que o vírus se espalhou provavelmente a partir de um vazamento acidental em um laboratório de Wuhan, na China. A informação consta em um relatório de inteligência confidencial recentemente fornecido à Casa Branca e aos principais membros do Congresso.

Até então, o Departamento de Energia manifestava dúvidas sobre a origem do vírus. A nova posição aparece em uma atualização de um documento de 2021 do escritório da diretora de Inteligência Nacional Avril Haines.

O novo relatório destaca como diferentes partes da comunidade de inteligência chegaram a julgamentos díspares sobre a origem da pandemia. O Departamento de Energia agora se junta ao Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) ao dizer que o vírus provavelmente se espalhou por um acidente em um laboratório chinês. Quatro outras agências, juntamente com um painel nacional de inteligência, ainda julgam que foi provavelmente o resultado de uma transmissão natural; duas estão indecisas.

A comunidade de inteligência dos EUA é composta por 18 agências, incluindo escritórios nos departamentos de Energia, Estado e Tesouro. Oito deles participaram da revisão das origens da Covid-19 junto com o Conselho Nacional de Inteligência.

A conclusão do Departamento de Energia é relevante porque a agência possui considerável conhecimento científico e supervisiona uma rede de laboratórios nacionais dos EUA. No entanto, o departamento fez seu julgamento com “baixa confiança” de acordo com pessoas que leram o relatório confidencial. Já o FBI, que havia chegado à mesma conclusão antes, tem “confiança moderada” nesta visão.

Telegramas do Departamento de Estado dos EUA escritos em 2018 e documentos internos chineses mostram que havia preocupações persistentes sobre os procedimentos de biossegurança da China, que foram citados pelos proponentes da hipótese de vazamento de laboratório. O SARS-CoV-2 circulou pela primeira vez em Wuhan, na China, até novembro de 2019, de acordo com o relatório de inteligência dos EUA de 2021.

Autoridades dos EUA se recusaram a dar detalhes sobre as novas informações que levaram o Departamento de Energia a mudar de posição. Eles acrescentaram que, embora o Departamento de Energia e o FBI digam que um vazamento não intencional do laboratório é mais provável, eles chegaram a essas conclusões por diferentes razões.

Apesar das análises divergentes, a atualização reafirma um consenso de que a pandemia não foi resultado de um programa chinês de armas biológicas, ressaltaram as fontes. Um oficial da inteligência dos EUA confirmou que a comunidade de inteligência conduziu a atualização à luz de novas informações, estudos mais aprofundados da literatura acadêmica e consultas a especialistas de fora do governo.

A atualização, que tem menos de cinco páginas, não foi solicitada pelo Congresso. Parlamentares, principalmente os republicanos da Câmara e do Senado, vêm realizando suas próprias investigações e pressionando o governo do presidente Joe Biden e a comunidade de inteligência para obter mais informações.

As autoridades não disseram se uma versão não confidencial da atualização será apresentada.

Um porta-voz do Departamento de Energia se recusou a discutir os detalhes da avaliação. O FBI também se recusou a comentar. A China contesta que o vírus possa ter vazado de um de seus laboratórios e sugere que ele surgiu fora do país. O governo chinês não respondeu a pedidos de comentários sobre se houve alguma mudança em sua avaliação.

Em maio de 2021, o presidente Biden disse à comunidade de inteligência do país para intensificar as investigações sobre as origens da pandemia e ordenou que a revisão se baseasse no trabalho dos laboratórios nacionais e agências dos EUA. O relatório de outubro de 2021 dizia que havia consenso de que a Covid-19 não resultava de um programa chinês de armas biológicas. Mas não resolvia o debate sobre se resultou de vazamento de laboratório ou se veio de um animal, apontando que mais informações eram necessárias das autoridades chinesas.

Créditos: Dow Jones Newswires/Estadão Conteúdo