Mundo

Coreia do Norte confirma lançamento de míssel hipersônico

 

 

A Coreia do Norte confirmou a realização de um teste bem-sucedido com um míssil hipersônico, realizado na terça-feira, 4, em águas do leste da Península Coreana. O projétil atingiu “com precisão um alvo fixado a 700 quilômetros” e, segundo a agência estatal de notícias KCNA, o lançamento demonstrou claro “controle e a estabilidade da ogiva deslizante hipersônica”. O relatório divulgado, no entanto, não especificou a velocidade do míssil. O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, não esteve presente no teste, que foi o primeiro realizado pelo país em 2022. O último teste de mísseis havia acontecido em 19 de outubro de 2020 e foi lançado por submarino. Ao todo foram sete grandes testes de armas nucleares apenas no ano passado.
O novo dispositivo foi detectado por Seul, Tóquio e Washington, mas nenhuma das partes compartilhou dados sobre o míssil.

 

 

 

 

 

Mundo

Coreia do Norte proíbe risadas e sorrisos por 11 dias

A Coreia do Norte proibiu que cidadãos demonstrem sinais de felicidade por 11 dias, contados a partir da última sexta-feira (17). A determinação é em razão do período do 10º aniversário de morte de Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un. Ele comandou o país de 1994 até 2011.

Por 11 dias, os norte-coreanos não poderão sorrir ou dar risadas, ingerir bebida alcoólica ou praticar atividades de lazer. Na sexta-feira (17), data exata que o Jong-il morreu, a população não pôde fazer compras.

O pai do atual líder da Coreia do Norte teria falecido depois um infarto a bordo de seu trem particular, na manhã de 17 de dezembro de 2011. O cortejo e o funeral foram realizados em Pyongyang, 11 dias mais tarde, com o atual líder, Kim Jong-un, ao lado do carro funerário.

Uma das nações mais isoladas do mundo, a Coreia do Norte relembrou na última nesta 6ª feira (17.dez) os 10 anos da morte de Kim Jong-il. Ao mesmo tempo em que vangloria o regime e o ex-comandante com reverências artísticas e midiáticas, Pyongyang enaltece também seu atual líder, Kim Jong-un.

Aos 37 anos, Kim Jong-un completa uma década no comando do país asiático, e as comemorações têm apelos nacionalistas por maior lealdade pública ao regime. O foco do ditador, no entanto, pode estar ainda mais voltado para a necessidade de tirar o país das dificuldades econômicas enfrentadas principalmente devido à pandemia de covid-19.

Poder 360

Política

Kim Jong-un : Uma década de poder absoluto na Coreia do Norte

 

Uma das nações mais isoladas do mundo, a Coreia do Norte relembrou nesta 6ª feira, 17,  os dez anos da morte de seu então governante, Kim Jong-il. Ao mesmo tempo em que vangloria o regime e o ex-comandante com reverências artísticas e midiáticas, Pyongyang enaltece também seu atual líder, Kim Jong-un, filho e herdeiro de Kim Jong-il. Aos 37 anos, Kim Jong-un completa uma década no comando do país asiático, e as comemorações têm apelos nacionalistas por maior lealdade pública ao regime. O foco do ditador, no entanto, pode estar ainda mais voltado para a necessidade de tirar o país das dificuldades econômicas enfrentadas principalmente devido à pandemia de covid-19.

Para a especialista em segurança do Centro para uma Nova Segurança Americana (CNAS, na sigla em inglês) Duyeon Kim, não há dúvidas de que o maior desafio de Kim seja em relação à economia. “A recuperação e a modernização econômica será o maior desafio no futuro, mas ele provavelmente encontrará maneiras de promover escudos políticos para quaisquer deficiências e, assim, imputar um maior senso de responsabilidade e patriotismo no povo para que trabalhe com mais afinco”, diz a analista.

 

KIM JONG-UN REPENTINAMENTE NO PODER

O pai do atual ditador da Coreia do Norte teria morrido após um infarto a bordo de seu trem particular, na manhã de 17 de dezembro de 2011. O cortejo e o funeral ocorreram em uma Pyongyang coberta de neve, 11 dias mais tarde, com o atual líder, Kim Jong-un, ao lado do carro funerário. Observadores do país asiático comentaram que havia um choque ainda evidente no rosto do herdeiro, na época com apenas 27 anos de idade. Segundo analistas, ele já estava sendo preparado para assumir o lugar do pai, mas não se previa que isso ocorreria tão cedo.

A última década sob Kim Jong-un acabou surpreendendo muitos especialistas que acreditavam que o rapaz era jovem e inexperiente demais para liderar uma nação cheia de desafios como a Coreia do Norte. Menos de dois anos após assumir o poder, Kim ordenou a execução de seu tio, Jang Song Thaek, antigo homem de confiança e cunhado de Kim Jong-il. Supõe-se também que o líder norte-coreano seja um dos responsáveis pelo plano que levou ao assassinato de seu meio-irmão, Kim Jong-nam, no aeroporto de Kuala Lumpur em fevereiro de 2017.

 

DIPLOMACIA

No campo diplomático, Kim surpreendeu ao se reunir com o então presidente americano Donald Trump em 2018. Foi a primeira vez que líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se encontraram. Também em 2018, Kim tornou-se o primeiro líder norte-coreano a cruzar a fronteira e encontrar-se com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, desde o início da Guerra da Coreia – as hostilidades militares duraram entre 1950 e 1953, mas o conflito nunca acabou de forma oficial. Nesta semana, o presidente sul-coreano disse que Estados Unidos, China e Coreia do Norte fecharam um acordo de princípios para declarar formalmente o fim da guerra, a fim de substituir o armistício de 1953. Kim ainda conseguiu evitar o mesmo caminho que outras ditaduras tomaram nos últimos anos: dissidência interna, revoluções e queda violenta, em grande parte devido ao controle e à vigilância de todos os aspectos da vida cotidiana. Na mídia local, o atual comandante é descrito como “o grande líder”, título anteriormente reservado para seu avô, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte e que comandou o país entre 1948 e 1994.

 

COMO KIM MANTÉM O CONTROLE?

Uma combinação do aparato do regime, segundo Duyeon Kim, é o responsável direto pela manutenção do poder de Kim Jong-un na Coreia do Norte. Segundo a especialista, a receita é uma mistura entre “manter felizes as elites que ajudam a sustentar um sistema de liderança da família Kim, e empregar práticas brutais de lealdade forçada, eliminando ameaças através de exclusões e punições de funcionários que trabalham para ele”. De acordo com Leif-Eric Easley, professor-adjunto de estudos internacionais da Universidade de Mulheres Ewha, em Seul, o regime da família Kim tem se mantido no poder durante décadas “menosprezando a Coreia do Sul, demonizando os Estados Unidos e fazendo propaganda da autoconfiança nacional”. Ao mesmo tempo, Easley lembra que “os encontros com Trump contradisseram a teoria da ameaça americana, a Coreia do Sul está mais bem-sucedida do que nunca, e a Coreia do Norte está cada vez mais dependente da China”.

Ele ainda reforça que a pouca prosperidade que o povo norte-coreano vivenciou está relacionada ao comércio internacional, e isso permitiu que mais informações entrassem no país. “Depois que a pandemia acabar, o dilema do ditador de como buscar o crescimento econômico enquanto mantém o controle político provavelmente se intensificará para Kim”, analisa Easley.

 

O REGIME CHEGARÁ AO FIM?

Kim Jong-un tem, de certa forma, se esforçado para se afastar da política militar como prioridade número um do país. A ideia seria focar em uma maior evolução econômica e, potencialmente, evitar a deserção da população norte-coreana. Ao mesmo tempo, ele nunca se desligou completamente das Forças Armadas. Em vez de manter um exército convencional, Kim tem focado no desenvolvimento e na produção de armas nucleares e mísseis de longo alcance, a fim de ameaçar rivais, inclusive os Estados Unidos.Em fevereiro de 2013, ele ordenou o terceiro teste nuclear do regime, seguido de outras três detonações em setembro de 2017. Uma delas, a Coreia do Norte classificou como sua primeira bomba de hidrogênio. Atualmente, analistas creem que o país tenha entre 15 e 60 ogivas nucleares à disposição. Ainda assim, à parte o poderio bélico e a sustentação ditatorial por meio da violência e do controle da população, o maior desafio de Kim Jong-un deve ser mesmo a economia na era pós-pandemia. “Mesmo que Pyongyang opte por se isolar até que a pandemia diminua, a Coreia do Norte já provou ser resistente, tendo sobrevivido à fome nos anos 90. E a China deverá ajudar a manter o país. Se ele manter-se saudável, acho que veremos Kim Jong-un reinar por mais algumas décadas”, conclui Duyeon Kim.

Polícia

Guerra Silenciosa : Míssil de cruzeiro de longa distância são testados na Coreia do Norte

 

Foto : Reuters

A Coreia do norte testou um novo modelo de “míssil de cruzeiro de longo alcance”, anunciou nesta segunda-feira (13) a agência estatal de notícias, que o chamou de “arma estratégica de grande importância”, o que provocou críticas dos Estados Unidos e dos países vizinhos.

Os lançamento de testes aconteceram no sábado e domingo e foram supervisionados por altos funcionários do regime, informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

Imagens publicadas pelo jornal Rodong Sinmun mostram o momento em que um míssil saiu de um dos cinco tubos em um veículo de lançamento em meio a uma bola de fogo, assim como um míssil em voo horizontal.

Analistas destacaram que a arma representa um avanço importante na tecnologia bélica norte-coreana, que aumenta sua capacidade de evitar os sistemas de defesa.

Os mísseis voaram 7.580 segundos sobre a Coreia do Norte e suas águas territoriais, atingindo alvos a 1.500 km de distância, acrescentou a KCNA.

A agência chamou o míssil de “uma arma estratégica de grande significado”. Também afirmou que “a eficiência e a funcionalidade da operação do sistema de armas foram confirmadas como excelentes”.

Ainda segundo a agência, o desenvolvimento do sistema de mísseis tem “importância estratégica”, dando à Coreia do Norte “outro meio de dissuasão” para se proteger e “conter fortemente as manobras militares das forças hostis”.

Ameaça

O exército dos Estados Unidos afirmou que os lançamentos representam “ameaças para os vizinhos da Coreia do Norte e outras nações”.

“Esta atividade evidencia que a DPRK (República Popular Democrática da Coreia, na sigla em inglês) continua desenvolvendo seu programa militar, o que representa ameaças para os vizinho e a comunidade internacional”, destacou o Comando Indo-Pacífico americano em um comunicado.

O isolado país comunista enfrenta várias sanções internacionais por seus programas nucleares e balísticos, que continuam em desenvolvimento.

Também mantém a produção de mísseis de cruzeiro, que já foram testados em ocasiões anteriores.

O novo míssil “representa uma ameaça considerável”, afirmou à AFP Park Won-gon, professor de Estudos Norte-Coreanos na Eha Womans University.

“Se o Norte miniaturizou de modo suficiente uma ogiva nuclear, poderia carregá-la em um míssil de cruzeiro”, disse Park.

Jeffrey Lews, do Middlebury Institute for International Studies, escreveu no Twitter que estes mísseis seriam capazes de lançar ogivas contra alvos “em toda Coreia e Japão”.

“Um míssil de cruzeiro de ataque em terra e alcance intermediário é uma capacidade bastante séria”, completou.

O Estado-Maior conjunto da Coreia do Sul anunciou uma “análise detalhada (das provas) em cooperação estreita com as agências de inteligência sul-coreana e americana”.

O governo japonês afirmou que está preocupado e indicou que um míssil deste alcance “representa uma ameaça à paz e à segurança do Japão e da região”.

Os lançamentos aconteceram pouco depois de um desfile relativamente discreto em Pyongyang para celebrar o 73º aniversário da fundação do país.

Os lançamentos de mísseis no fim de semana foram os primeiros do país desde março.

Diálogo estagnado

Além disso, Pyongyang não executa um teste nuclear ou lançamento de míssil balístico intercontinental desde 2017.

As negociações nucleares com o governo dos Estados Unidos estão paralisadas desde 2019 e o país não demonstra disposição de abandonar o arsenal atômico. Além disso, renegou os esforços da Coreia do Sul para reiniciar o diálogo.

Sung Kim, o enviado do presidente americano Joe Biden para a Coreia do Norte, expressou diversas vezes a vontade de ter reuniões com representantes norte-coreanos.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou em agosto que Pyongyang parece ter reativado o reator nuclear de Yongbyon e alertou que se trata de um fato “profundamente preocupante”.

Na semana passada, a Coreia do Sul testou um míssil balístico de fabricação própria lançado por submarino, uma tecnologia que o Norte pretende desenvolver.

Pyongyang exibiu quatro mísseis do tipo em janeiro, durante um desfile militar supervisionado pelo dirigente norte-coreano, Kim Jong Un. A KCNA afirmou que era a “arma mais poderosa do mundo”.

A Coreia do Norte também divulgou fotografias de lançamentos subaquáticos, o mais recente em 2019, mas os analistas acreditam que foram lançados de plataformas fixas e não de um submarino.

 

Informações do R7

 

Política

Comunismo desnudado: Relatório da ONU afirma que o Regime Norte-coreano pune com tortura até presos que roncam

Foto: Divulgação

Os absurdos e atrocidades cometidos pela Coreia do Norte vão pouco a pouco sendo mostradas ao mundo. Um novo relatório feito pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, mostra que o regime Coreia do Norte, comandando por Kim Jong-un, comete tortura até com detentos que roncam.

Em um episódio, 12 detidos foram obrigados a fazer mil agachamentos após um deles roncar durante a noite. Os mais velhos não resistiram ao castigo e desmaiaram no meio dos exercícios forçados, revelaram fugitivos da ditadura comunista.

O documento oficial será apresentado este mês à Assembleia Geral.

Além de pesquisar incidentes ocorridos entre agosto de 2020 e julho de 2021, o documento, baseado em depoimentos de vítimas e informações de Inteligência, também inclui casos no período entre 2010 e 2019.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos fez entrevistas com fugitivos recentes, alguns deles dissidentes políticos, na Coreia do Sul, destacando uma série de desafios de direitos humanos que o regime do Norte deve enfrentar, disse Guterres, segundo reportagem do site “Unilad”.

Um capítulo do relatório trata especificamente do tratamento desumano, com “relatos consistentes e confiáveis ​​da imposição sistemática de dor física e mental severa ou sofrimento aos detidos, por meio de espancamentos, posições de estresse e fome”.

Diz-se que pessoas foram espancadas durante os interrogatórios para “extrair confissões à força, como meio de disciplina (por exemplo, por não ficarem sentadas absolutamente imóveis por períodos prolongados ou por não criticar outros detidos de forma suficientemente severa durante as sessões de crítica em grupo) e por falta de pagamento de subornos”.

Uma mulher contou de ter sido espancada por um oficial do Ministério da Segurança do Estado com lenha.

“A pele do meu rosto se rasgou, meu queixo se deslocou e quatro dos meus dentes foram arrancados”, declarou ela.

Outra mulher encarcerada foi forçada a se ajoelhar “e bateram-me na coxa. Não consegui andar direito durante um ano”.

Também foi pedido a alguns detidos “que colocassem a cabeça nas grades (da cela) e os guardas nos espancariam com um porrete. Éramos como sacos de pancadas para eles”, de acordo com um homem que conseguiu escapar do regime ditatorial.

 

Deu no Extra