Política

Com requintes de censura, Lula volta a falar em regular a mídia

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta quarta-feira (8), a necessidade de uma regulação na mídia no Brasil por meio de um processo que envolva debates com empresas privadas, jornalistas e setores da sociedade.

“Nós precisamos então ter consciência de que nós precisamos regular. Mas quem vai regular? É o povo. Não vai ser eu que vai regular. Isso vai ter que ser um debate que você vai participar, que vai participar os caras da Globo, os caras da Record. Nós não queremos uma regulação que interessa ao presidente. A regulação tem que interessar à sociedade brasileira”, afirmou em entrevista à rádio Itatiaia Vale do Aço, de Minas Gerais.

O governo Lula chegou a preparar, no final do segundo mandato, uma proposta de regulação da mídia, que foi entregue a sua sucessora, Dilma Rousseff, mas acabou engavetada sem ser discutida no Congresso. Em maio, especialistas ouvidos pela CNN apontaram o temor de censura com a proposta dos governos petistas.

Durante a entrevista desta quarta-feira, o ex-presidente negou que uma regulação em seu eventual governo possa resultar em censura.

“Quando as pessoas falam de censura, se tem um cara que pode mostrar o quanto foi censurado neste país sou eu. Então, é preciso parar com essa bobagem. Ninguém quer censura. O que a gente quer é que os meios de comunicação sejam efetivamente democratizados”, disse.

O petista defendeu que as empresas de mídia ouçam “a oposição” e que tenham sempre o “outro lado falando”. “Não pode ser um meio de comunicação que fala só um lado. Você não pode permitir que a internet, que essa imprensa digitalizada, que é uma coisa nova, fantástica, não pode permitir que ela se transforme numa base de construção de mentiras. Isso não faz bem para a sociedade”, afirmou.

Lula também disse não querer ser “manipulado por um computador” e citou as redes sociais, que já vêm fazendo acordos com a Justiça Eleitoral para evitar a disseminação de desinformação durante as eleições de 2022.

“O dono do Instagram não pode fazer o que ele quer. Ele não pode ser um retransmissor de mentiras porque ele quer ganhar dinheiro. Não senhor. Ele tem que levar em conta a cultura de cada país, tem que respeitar as leis do país, e não pode permitir que mentiras, inverdades, grosserias, ofensas, façam parte da cultura brasileira. É isso que tem que ser regulado”, defendeu.

Deu na CNN Brasil

Notícias

Allan dos Santos tem novos perfis no Youtube removidos e conta no Twitter suspensa

 

O Youtube derrubou nos últimos quatro dias dois canais do blogueiro Allan dos Santos na plataforma. No domingo, 8, dos Santos postou em sua nova conta um vídeo com o título “Calar não é uma opção”. Na gravação, o influenciador pedia doações aos seus apoiadores.

Além do Youtube, o Twitter também suspendeu um novo perfil no nome de dos Santos. O proprietário dos canais bloqueados é alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Um pela suspeita de integrar uma milícia digital com objetivo de atacar as instituições brasileiras, outro pela disseminação de notícias falsas em seu site “Terça Livre”.

A suspensão das contas foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos. Em outubro de 2021, o magistrado pediu a prisão preventiva do blogueiro, que se encontra foragido nos Estados Unidos.

 

 

Notícias

Telegram suspende grupo bolsonarista e altera regras para conteúdo

 

O aplicativo de troca de mensagens Telegram suspendeu nesta semana um grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, chamado B38. A comunidade contava com 67 mil membros e agora, quando alguém tenta acessá-lo, aparece a mensagem de que está temporariamente indisponível “para dar aos administradores tempo para remover as mensagens de usuários que postaram conteúdo ilegal”, sem especificar qual seria o conteúdo que feriria as leis brasileiras.

O Telegram também atualizou os termos de serviço, informando que agora é proibido “abusar da plataforma pública do Telegram para participar de atividades reconhecidas como ilegais pela maioria dos países –como terrorismo e abuso infantil”; antes, era vetado o uso do app “para enviar spam ou praticar golpes em nossos usuários”; “promover a violência em canais públicos do Telegram, bots, etc.” e “postar conteúdo pornográfico ilegal em canais públicos, bots, etc”.

As mudanças podem indicar que o Telegram está se adequando aos anseios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após quase ser suspenso no território brasileiro por determinação do vice-presidente da corte, Alexandre de Moraes. Após meses de tentativas do TSE de conversar com o aplicativo para buscar cooperação no programa de combate às notícias falsas antes da Eleição de 2022,  Moraes determinou que o app seria suspenso caso não excluísse canais utilizados pelo jornalista Allan dos Santos, que os usaria para espalhar fake news, e se não apontasse um representante no país; o Telegram cumpriu as exigências antes do prazo dado pelo ministro. Após o episódio, ocorrido em março, a rede social assinou um acordo de cooperação com o TSE para contrapor as notícias falsas às verdadeiras, apuradas e checadas pela imprensa profissional, assim como outras redes já haviam feito antes.

Deu na Jovem Pan

Política

Ministro se reunirá com WhatsApp para questionar acordo feito pelo aplicativo de mensagens com o TSE

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Fábio Faria em evento no Palácio do Planalto

ministro das Comunicações, Fábio Faria, deve se reunir na última semana de abril com representantes do WhatsApp para tentar reverter o acordo que o aplicativo fez com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que adia atualizações da plataforma no Brasil para depois das eleições. O encontro é uma demanda do presidente Jair Bolsonaro. A atualização permitiria a criação de grupos com milhares de participantes, o que poderia ser usado como ferramenta de campanha e de disseminação de fake news.

Faria marcará a reunião assim que voltar de Natal (RN), no dia 26, informou a assessoria do ministro ao R7. A ideia é dialogar com o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, assim como fez o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, em janeiro.

O presidente Jair Bolsonaro durante motociata nesta sexta-feira (15) em São Paulo

Na ocasião, Barroso discutiu ações que poderiam ser implementadas pelo aplicativo com o objetivo de combater fake news, sobretudo em período eleitoral. Após a conversa, a plataforma se comprometeu a não implementar “nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições”.

De acordo com o WhatsApp, o recurso chamado Comunidades, que permite que administradores disparem mensagens para diferentes grupos com milhares de pessoas, só será lançado no Brasil após as eleições. Na prática, a novidade permite disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns, o que acende um alerta para possível disseminação facilitada de fake news.

O acordo entre o WhatsApp e o TSE foi motivo de críticas de Bolsonaro, que usa aplicativos de mensagem como ferramenta para se comunicar com apoiadores. Durante motociata de que participou nesta sexta-feira (15), em São Paulo, o presidente afirmou que a medida é “inadmissível, inaceitável e que não será cumprida”.

Bolsonaro quer entender se a postergação da atualização é exclusiva no Brasil e, neste caso, pretende contestar o acordo. “O WhatsApp está fazendo [atualizações] no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento”, afirmou o mandatário.

Já neste sábado (16), ao cumprimentar apoiadores e comentar sobre o assunto, Bolsonaro disse saber a opinião por parte da imprensa. “Vocês são pró censura”, afirmou. Na avaliação dele, a postergação da atualização das novas funções do WhatsApp é interpretada como uma forma de limitar a liberdade de expressão.

R7

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Por ordem de Alexandre de Moraes, Twitter suspende contas de Allan dos Santos

Foto: Reprodução

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o Twitter bloqueou nesta 6ª feira (8) duas contas mantidas pelo jornalista bolsonarista Allan dos Santos. Uma das contas era utilizada por Allan e a outra era a do site Terça Livre, administrado pelo bolsonarista.

Allan dos Santos é alvo de 2 inquéritos em tramitação no STF: o que apura fake news e ameaças contra o STF; e o das milícias digitais antidemocráticas, que sucedeu a investigação sobre atos com pautas antidemocráticas.

“O Twitter bloqueou as contas para atender a uma ordem judicial proveniente do Supremo Tribunal Federal (STF)”, informou a rede social, em nota. Mais uma vez a corte maior do País viola o artigo 5º da nossa constituição federal, agindo como orgão censor da liberdade individual de expressão.