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Agro do RS estima perdas de R$ 3 bilhões e uma década para recuperar produções inundadas

Agro do RS estima perdas de R$ 3 bilhões e uma década para recuperar produções inundadas 1
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

O agronegócio do Rio Grande do Sul enfrenta uma crise sem precedentes devido às enchentes que assolam a região, com perdas estimadas até o momento em cerca de R$ 3 bilhões, segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

A entidade, que divulgou esses dados nesta segunda-feira (27), prevê que a normalização completa pode levar ao menos uma década.

Com o apoio do projeto S.O.S Agro RS, a Farsul realizou um levantamento abrangendo 2.025 produtores. Conforme o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, a estimativa preliminar das perdas baseia-se na área de produção inundada. O valor não inclui as possíveis perdas em áreas não inundadas que não estão sendo colhidas ou da produção já colhida.

Dos 550 agricultores que responderam à pesquisa, 347 relataram prejuízos, somando mais de R$ 467,6 milhões, com uma média de R$ 1,4 milhão por ocorrência. A pesquisa ainda não conseguiu entrevistar todos os produtores, especialmente aqueles sem acesso à produção para fazer estimativas precisas.

Perfil dos produtores afetados

Entre os respondentes, 73% são pequenos produtores. Destes, 63,4% participam do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), enquanto o restante são agricultores familiares.

Gedeão Pereira, presidente da Farsul, destacou em coletiva de imprensa que o agronegócio já vinha fragilizado devido às secas anteriores. Ele apelou por soluções excepcionais do governo federal, enfatizando a urgência de apoio para superar a calamidade.

A expectativa é grande com a visita do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao estado, marcada para terça-feira (28). Pereira espera que sejam anunciadas medidas para aliviar os impactos no setor agropecuário.

Necessidade de crédito e prazo para recuperação

A Farsul está demandando uma nova linha de crédito para ajudar os produtores a quitar suas dívidas que vencem este ano. A proposta é um crédito com prazo de 15 anos, dois anos de carência e amortização de 3%. Segundo o levantamento do S.O.S Agro RS, 96,5% dos produtores precisarão de crédito para restabelecer suas operações.

A pesquisa também revela um cenário preocupante no curto prazo. Cerca de 60,4% dos produtores estão preocupados com a viabilidade de seus negócios nos próximos dois meses, e 19% preveem uma redução significativa no desempenho. Graziele de Camargo, produtora e líder do S.O.S Agro RS, estima que serão necessários pelo menos 10 anos para a recuperação completa, considerando as perdas em colheita, maquinário, infraestrutura e solo danificado.

Deu no Conexão Política

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Brasileiro líder do agro no Paraguai critica governo Lula

Brasileiro líder do agro no Paraguai critica governo Lula 1

 

O engenheiro-agrônomo José Marcos Sarabia, de origem brasileira, e que é o maior empresário do agronegócio no Paraguai, teceu críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atualmente, o Paraguai é o principal mercado para exportações de máquinas agrícolas brasileiras, com 30% do total e um faturamento de US$ 195 milhões, seguido por Estados Unidos (15%) e Bolívia (9%). Hoje, Sarabia detém cerca 25% do mercado de insumos, com 2.000 funcionários, 300 agrônomos e mais de 700 funcionários de nível superior.

Em entrevista, o empresário disse que o direitista Santiago Peña, recém eleito presidente no Paraguai, está fazendo um “belo governo” no no país vizinho, mas avaliou que o início do terceiro mandato de Lula no Brasil é “o contrário”. Para ele, o país precisa ser administrado como uma empresa.

“Está demonstrando no começo do governo que não tem controle de gastos. Nós estamos vendo diariamente notícias de déficit, que gastou mais, que as estatais que davam lucro já não dão mais lucro”, observou.

Ao falar sobre a atuação no agronegócio, Sarabia afirmou que o Paraguai tem sido um campo de bons resultados. Os brasileiros que foram para o Paraguai, segundo ele, foram “muito bem recebidos”, especialmente no agro local. O domínio, no entanto, não está somente nas terras em produção, mas em outras frentes de negócios.

“Atualmente, aproximadamente 75%, talvez até 80%, das terras agricultáveis no Paraguai são de brasileiros. O negócio agrícola no Paraguai é dominado por brasileiros. Na parte de comércio e insumos, que é o nosso negócio, também é 80% dominado por empresas em que o dono é brasileiro, assim como eu sou. O agro do Paraguai foi dominado pelos imigrantes. Brasileiros, alguns alemães, japoneses, ucranianos, mas predominantemente brasileiros”, relatou o engenheiro-agrônomo.

Os negócios de José Marcos Sarabia estão pulverizados pelo Paraguai, como 25 unidades de beneficiamento de grãos. A comercialização média anual é de 1,8 milhão de toneladas.

Deu no Conexão Política

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Agro continua puxando o PIB do Brasil na taxa interanual

 

O avanço de 8,8% na agropecuária no terceiro trimestre de 2023 ante igual período de 2022 foi o componente que puxou a elevação de 2,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O grande destaque do ano é esse crescimento na agropecuária. A taxa interanual quem está puxando para cima continua sendo a agropecuária”, afirmou Palis.

No PIB do terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, a alta do Valor Adicionado a preços básicos foi de 2,1% enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,2%.

A expansão da Agropecuária foi impulsionada pelo desempenho de produtos com safras relevantes no terceiro trimestre, como: milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%). Houve contribuição positiva ainda da pecuária.

Já o PIB da indústria teve alta de 1,0%, graças à atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com elevação de 7,3%, que foi favorecida pelo maior consumo de eletricidade, principalmente residencial, e pelas bandeiras verdes do ano. O período de forte calor favorece um maior consumo de eletricidade e água, acrescentou Palis.

As Indústrias extrativas cresceram 7,2%, puxadas pela maior extração de petróleo e gás. Já a Construção recuou 4,5%, devido a retrações da ocupação e da produção dos insumos típicos dessa atividade.

“Esse ano não está sendo bom para a construção, porque é muito afetada pelos juros altos”, lembrou Palis.
Ainda no PIB industrial, houve queda de 1,5% nas Indústrias de transformação, influenciada, sobretudo, por perdas em máquinas e equipamentos, produtos químicos, indústria automotiva e metalurgia.

Já o PIB de Serviços subiu 1,8% no terceiro trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2022, com destaque para a alta de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7 0%). Houve avanços também nas Atividades imobiliárias (3,6%), Informação e comunicação (1,6%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Outras atividades de serviços (1,1%), Comércio (0,7%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%).

Pelo lado da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 3,3%, turbinado pelos auxílios governamentais às famílias e pela melhora no mercado de trabalho. O Consumo do Governo cresceu 0 8% no período.

Deu no Estadão

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Deputados querem Marina na Câmara para explicar perseguição ao Agro

 

Os deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG) apresentaram à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, requerimento de convocação da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para esclarecer o que os parlamentares chamaram de “clara perseguição aos produtores rurais brasileiros”.

Os deputados justificaram, por meio do requerimento apresentado, que recente decreto despachado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e assinado por Marina ‘pesa a mão’ sobre agricultores, suspendendo o registro do Cadastro Ambiental Rural (obrigatório) e impondo restrições de crédito em situação de infrações ambientais, mesmo após a regularização. “Essas medidas são excessivamente prejudiciais à sociedade e não estão alinhadas com os princípios de desenvolvimento sustentável”, fundamentam os parlamentares.

O corpo do requerimento ainda reclama de regulamentações rigorosas que operam em detrimento do desenvolvimento no campo. “A agropecuária muitas vezes enfrenta desafios ambientais complexos, como o uso da terra e a gestão dos recursos naturais, isso pode significar dificuldades adicionais, atrasos nos projetos e maior pressão sobre os produtores rurais para cumprir regulamentações mais rigorosas”.

A ministra do meio ambiente marcou seus primeiros meses de atuação no governo Lula III com falas agressivas contra os produtores rurais. Segunda ela, “é necessário tirar o agronegócio brasileiro da condição de ogronegócio”.

Deu no Diário do Poder

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A força do Agro: IBGE prevê safra recorde de 318,1 milhões de toneladas para 2023

Colheitadeira colhe o milho em uma plantação no município de Sorriso, no norte do estado do Mato Grosso.

 

A estimativa de setembro para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2023 é de 318,1 milhões de toneladas, com altas de 20,9% ante a safra 2022 (263,2 milhões de toneladas) e de 1,5% (ou mais 4,8 milhões de toneladas) frente à estimativa de agosto. É o que apontam os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) para setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).

O resultado reforça que a safra nacional deve registrar novo recorde em 2023 e área a ser colhida é de 77,8 milhões de hectares, o que representa alta de 6,3% (mais 4,6 milhões de hectares) no ano e de 0,4% frente a agosto (mais 338.967 hectares). O ano de 2023 aponta para recordes ainda nas produções da soja, do milho, do sorgo, do algodão herbáceo (em caroço) e do trigo.

Frente a 2022, houve altas de 26,5% para a soja, de 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43,3% para o sorgo, de 19,6% para o milho e de 4,8% para o trigo, enquanto para o arroz em casca houve decréscimo de 5,1%. A estimativa de produção da soja foi de 151,2 milhões de toneladas e a do milho atingiu 131,7 milhões de toneladas.

A produção do arroz foi estimada em 10,1 milhões de toneladas; a do trigo em 10,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço), em 7,6 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,1 milhões de toneladas.

“Com o fim da colheita da 1ª e 2ª, pode-se dizer que milho, soja, sorgo e algodão já consolidaram o recorde. O trigo ainda está no campo, com previsão de término da colheita em novembro. Ainda pode acontecer vários fatores que afetem a produção do trigo, pois a cultura é muito sensível ao clima”, detalhou o gerente do LSPA, Carlos Barradas, à Agência de Notícias do IBGE.

Deu na Jovem Pan

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RN tem 2º maior crescimento na geração de empregos do país graças ao Agro

 

O Rio Grande do Norte teve, proporcionalmente, o segundo maior índice de geração de empregos do país referente ao mês de agosto. Os dados são do Novo Caged, do Ministério do Trabalho. O estado teve uma variação de 1,28% em referência ao mês anterior, com um saldo positivo de 5.975 postos de trabalho. Somente a Paraíba teve um crescimento proporcional maior, atingindo 1,95%.

De acordo com os dados publicados, o Rio Grande do Norte teve o maior crescimento na área de agricultura e pecuária, com saldo positivo de 2.387 postos de trabalho. A área de serviços teve 1.168 postos de trabalho a mais, enquanto a indústria foi responsável por 1.102 novos empregos. Na construção civil, 677 novas vagas foram ocupadas.

Baía Formosa e Apodi foram as cidades com maior crescimento no número de empregos criados. A cidade litorânea teve saldo positivo de 887 postos de trabalho, uma variação positiva de 47,33% em comparação aos dados do mês anterior. Em Apodi, o percentual foi de 20,36%, o correspondente a 558 novas vagas criadas.

Em Natal, a variação positiva foi de 0,29%, com 601 novas vagas criadas, enquanto Mossoró teve o maior número absoluto de vagas criadas, com 1.409 novas vagas de trabalho ocupadas.

No ano, o Rio Grande do Norte acumula um incremento de 15.647 postos de trabalho ocupados. Já no período de 12 meses, entre setembro de 2022 e agosto deste ano, são 20.727 novos postos de trabalho, uma variação de 4,57%.

Fonte: Tribuna do Norte

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Marco temporal: Agronegócio sustenta o Brasil e é quem de fato precisa ser ouvido

Marco temporal: Agronegócio sustenta o Brasil e é quem de fato precisa ser ouvido

 

O Brasil, que é reconhecido como uma das principais potências agrícolas globais, sustenta sua economia predominantemente por meio do setor agropecuário. O agro desempenha um papel crucial no fornecimento de alimentos em escala internacional, devido à extensão de suas áreas de cultivo, diversificação na produção e dedicação à inovação.

O setor agropecuário, em busca constante de aumento da produtividade, necessita, invariavelmente, de acesso a terras para fins de cultivo e criação de gado. No entanto, muitas vezes, as áreas reivindicadas por comunidades indígenas são consideradas estratégicas para esse propósito, resultando em conflitos de interesses. Sendo um dos maiores exportadores de produtos agrícolas no mundo, o Brasil é dependente da competitividade internacional e, obviamente, as restrições à expansão agrícola decorrentes das demarcações territoriais podem comprometer a sua posição no mercado global.

Além disso, há também outro fator que não pode deixar de ser mencionado, considerado e destacado: a infraestrutura de transporte no território brasileiro. Todas essas reivindicações que miram o agro podem também travar por completo o desenvolvimento de estradas e ferrovias no país, que desempenham um papel vital no escoamento da produção agrícola. Diversas áreas reivindicadas por indígenas estão estrategicamente localizadas em áreas de desenvolvimento do país e, não à toa, suscitam preocupações de ordem logística.

Em meio a tudo isso, líderes do setor agropecuário têm se movimentado para estabelecer um diálogo construtivo com as comunidades indígenas e, em paralelo, realizado uma série de consultas para encontrar soluções mutuamente vantajosas. É de interesse do agro que o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental andem lado a lado, como já tem sido até os dias atuais, mas que tudo isso ganha ainda mais protagonismo no país, ciente de que é, sim, possível coexistir harmonicamente.

O agro, apesar de ser alvo de constantes narrativas que buscam minar o setor e colocá-lo como um grande vilão, tem atuado em larga escala para sanar bloqueios que surgem, combinando conquistas econômicas com compromissos de preservação ambiental.

Atualmente, como o ‘marco temporal’ em vigor, as terras destinadas à agricultura no Brasil correspondem a 7,8% do território, enquanto as áreas indígenas abrangem cerca de 118 milhões de hectares, o que gera uma disparidade significativa. No entanto, a revogação desse marco poderia ampliar substancialmente as terras indígenas para quase 30% do território brasileiro, um desenvolvimento que prejudicaria consideravelmente tanto o setor agropecuário quanto a sociedade em geral.

Dados oficiais do governo mostram que o saldo da balança comercial atingiu um recorde de US$ 42.166,5 bilhões entre janeiro e junho de 2023. Esse montante coincide com a projeção de perdas anuais nas exportações do setor agropecuário —que gira em torno de uma estimativa aproximada— caso o marco temporal seja revogado.

No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento de 1,9%, impulsionado, em grande parte, pelo setor agropecuário, que apresentou um crescimento de 21,6%. Como mostram os dados fornecidos pelo IBGE, o agro tem sido consistentemente o principal propulsor do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em outras palavras, o Brasil depende do agro, visto que o agro é quem carrega o país nas costas.

Dentro do Congresso Nacional, o projeto que fixa o marco temporal foi aprovado na Câmara dos Deputados e tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) vê eventual cenário como sombrio e degradante. O parlamentar, que representa a região do Centro-Oeste, menciona, entre outros pontos, a perda de milhões de empregos no país.

O parlamentar considera que há uma ligação direita e crucial entre o marco temporal na proteção da agricultura brasileira e na manutenção da estabilidade econômica do país.

“O Marco Temporal assume uma importância crucial na garantia da segurança alimentar global, na estabilidade econômica e no cumprimento da Constituição”, defende Nogueira,

Em declarações recentes sobre o tema, o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse que o Brasil tem uma grande dificuldade de distanciar suas paixões ideológicas. Para ele, outra interpretação fora do que já impera desde 1988 causará conflitos sociais graves e instabilidade judicial no campo.

“Em 24 anos no Congresso, nunca tinha testemunhado outra interpretação sobre o Marco Temporal que não a oferecida em 1988. Outra interpretação causará conflitos sociais graves e insegurança jurídica no campo, principalmente para pequenos agricultores que ocupam áreas que podem vir a ser reivindicadas por indígenas com base em ocupações pretéritas”, externou à SNA, Sociedade Nacional de Agricultura.

O engenheiro agrônomo e empresário Paulo Wires, responsável pela empresa Agrocienes, é um dos representantes do setor que reconhece que os indígenas têm direito à preservação de suas culturas. Entretanto, ele sublinha a necessidade imperativa de encontrar um equilíbrio que leve em conta o progresso na sociedade moderna e a promoção da sustentabilidade.

“Não se trata de uma ameaça ao setor agropecuário. Na realidade, essa ameaça está diretamente ligada à segurança alimentar do país. Colocar a demarcação de terras em questão implica em arriscar o abastecimento alimentar, especialmente considerando o fato de que as populações indígenas não são tradicionalmente envolvidas na produção [agropecuária]”, explica.

Wires enfatiza que é fundamental estabelecer diretrizes claras no Brasil, de modo a conciliar essas necessidades e evitar extremos, sobretudo por parte de setores políticos que sistematicamente adotam uma postura hostil em relação ao agronegócio. A incerteza jurídica, diz ele, que resulta desses debates, impacta negativamente as decisões de investimento, prejudicando projetos de infraestrutura e de expansão habitacional.

Fonte: Conexão Política

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Enquanto Lula chama agronegócio brasileiro de fascista, governo vai desenvolver agricultura angolana

Ricardo Stuckert/PR

 

Depois de atacar organizadores da Agrishow, maior feira de agronegócios do país, e de dizer que parte do setor é fascista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a elaboração de um plano conjunto entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e Angola para, segundo ele, o desenvolvimento agrícola do país africano, especialmente na região do Vale do Rio Cunene.

“A prioridade é fazer uma revolução agrícola no país para garantir o crescimento econômico e a segurança alimentar da população”, disse o líder petista, após encontro com o presidente João Manuel Lourenço, em Luanda, capital angolana.

“Enfrentamos desafios semelhantes. Hoje, temos conhecimentos tecnológicos e políticas públicas para compartilhar com Angola”, alegou o chefe do Executivo federal.

De acordo com ele, os países buscarão parcerias no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação, tida  como necessária para Angola.

“Em vez de iniciativas pontuais e isoladas, o programa vai reunir 25 ações que se complementam, todas com o objetivo de promover o desenvolvimento agrícola nessa região”, afirmou.

“Isso incluirá desde pesquisa agropecuária até capacitação para a implementação de políticas de crédito para pequenos produtores. O Vale do Cunene é parecido com o Vale do São Francisco, no Brasil, uma região historicamente afetada por secas que se transformou em um polo produtor de alimentos. Vamos buscar parceiros no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação necessária em Cunene”, completou Lula.

Deu no Conexão Política

Comércio, Economia

CRESCIMENTO: Agro paulista tem aumento nas exportações e saldo positivo na balança comercial

 

O agronegócio no Estado de São Paulo registrou, nos sete primeiros meses de 2023, um aumento de 5,4% nas exportações em comparação a igual período do ano passado, alcançando US$ 15,15 bilhões. Já as importações subiram 2,7%, o equivalente a US$ 3 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial paulista do setor foi positivo em US$ 12,15 bilhões, 6% superior a 2022.

A participação das exportações do agronegócio no total do Estado é de 38,6%, enquanto o desempenho das importações setoriais é de 7,1%. Para todos os setores da economia do comércio exterior paulista, as exportações totais somaram US$ 39,27 bilhões (20,2% de participação do total nacional), e as importações, US$ 42,23 bilhões (30%), no acumulado de janeiro a julho de 2023.

Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento nas exportações de 1,9% e queda nas importações (7,3%). Os dados foram revelados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo, entre os meses de janeiro a julho de 2023, representaram 15,6% em relação ao agronegócio brasileiro, alta de 0,2 pontos percentuais ante ao mesmo período de 2022; já as importações tiveram aumento (0,5 p.p.), passando de 30,4% para 30,9%.

A participação de São Paulo no agronegócio nacional nos sete meses de 2023 se destacou nos seguintes grupos de produtos: sucos (83,4%), produtos alimentícios diversos (74,6%), plantas vivas e produtos de floricultura (66,4%), demais produtos de origem vegetal (64,3%) e complexo sucroalcooleiro (63,5%).

O grupo sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (32%) nas exportações do agro paulista. Já o complexo soja vem em segundo lugar. Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a julho de 2023 foram: papel (US$ 227,91 milhões), salmões (US$ 225,37 milhões) e trigo (US$ 203,48 milhões). Os dez principais produtos representam 44,5% (US$ 1,34 bilhão) do total importado (US$ 3 bilhões).

Deu no Diário do Poder

Política

Tereza Cristina critica “travas” para o agro: “Somos reféns do atraso”

 

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, alertou nesta segunda-feira (7/8), ao participar do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em São Paulo, que o agronegócio brasileiro ainda sofre com “travas” e restrições “ideológicas” que prejudicam a economia brasileira.

Tereza Cristina falou na abertura do evento, que também contou com a participação dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), além do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

“Ainda somos reféns do atraso. Muito desse atraso deve-se a inaceitáveis travas regulatórias que persistem devido à irracionalidade e a equívocos ideológicos”, afirmou Tereza Cristina.

A senadora falou sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), que segue travado pelo protecionismo de alguns países europeus em relação ao setor agrícola.

“É claro que somos favoráveis ao acordo Mercosul-UE. Mas estamos todos acompanhando agora as novas exigências, algumas descabidas, que a Europa quer nos impor. E precisamos dar respostas à altura, se necessário invocando o princípio da reciprocidade”, disse a senadora.

Mercado de carbono

Em seu pronunciamento no congresso da Abag, a ex-ministra da Agricultura disse que o Brasil deve caminhar para “estabelecer um mercado de carbono no país”. “O agronegócio é capaz de liderar esse processo e mostrar a potência agroambiental que é o Brasil”, afirmou.

“Temos de mergulhar no tema do crédito de carbono. Precisamos trabalhar todos esses projetos que temos na Câmara e no Senado para fazer uma regulação. Vamos precisar muito da Embrapa”, continuou Tereza Cristina.

Mercado de carbono é o sistema de compensações de emissões de carbono ou equivalente de gás de efeito estufa. Essa compensação ocorre por meio da aquisição de créditos de carbono por empresas que não cumpriram suas metas de redução de gases de efeito estufa.

“Hoje, o agro segura o PIB e a balança comercial, além de irrigar o interior do país, notadamente o Centro-Oeste”, destacou a ex-ministra. “Continuaremos a avançar em tecnologia. A era 5G e a inteligência artificial estão aí, ao alcance do campo moderno.”

Tereza Cristina também chamou atenção para a necessidade de investimentos em infraestrutura. “Nós temos que trabalhar a infraestrutura com muito afinco e dedicação para que o crédito possa chegar aos produtores rurais”, concluiu.

Deu no Metrópoles

 

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