Economia

Mulheres estudam e trabalham mais, mas recebem 21% a menos que homens

Foto: Luís Macedo

 

As mulheres no Brasil dedicam quase o dobro do tempo em relação aos homens com afazeres domésticos e cuidados com pessoas. É o que aponta a terceira edição do levantamento “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado nesta sexta-feira, 8, pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a pesquisa, em média, as mulheres passam 21,3 horas por semana nessas atividades, enquanto os homens dedicam apenas 11,7 horas. O estudo revela ainda as diferenças regionais, com a maior disparidade de tempo entre os gêneros sendo encontrada na na região Nordeste, onde as mulheres gastam em média 23,5 horas semanais, enquanto os homens dedicam 11,8 horas. Já no Centro-Oeste, os índices são os mais baixos, com as mulheres dedicando em média 18,9 horas por semana e os homens 10,4 horas. Além disso, o recorte por cor ou raça também possibilita verificar essa diferença entre mulheres. As mulheres pretas ou pardas gastavam 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas.

Segundo o estudo, a dedicação maior das mulheres a atividades domésticas acaba limitando a participação feminina no mercado de trabalho. A pesquisa conclui que, ainda que representem mais da metade das pessoas em idade para trabalhar, a taxa de participação das mulheres na força de trabalho foi de 53,3%, enquanto a dos homens era de 73,2%, o que representa uma diferença de 19,9 pontos percentuais (p.p.). “Há uma relação dessa diferença com o fato de as mulheres se dedicarem mais às tarefas de cuidados e afazeres domésticos. Isso impede que elas participem mais do mercado de trabalho”, explica André Simões, analista do estudo.

Além disso, o estudo mostrou que as mulheres têm uma carga horária semanal maior do que os homens quando conciliam os afazeres domésticos com a jornada de trabalho, com uma média nacional de 54,4 horas para as mulheres e 52,1 horas para os homens. No Sudeste, os indicadores são os mais altos, com as mulheres trabalhando em média 55,3 horas por semana e os homens 53,3 horas. Já no Nordeste, a maior desigualdade foi observada, com as mulheres tendo uma média de 54,1 horas semanais e os homens 49,9 horas, uma diferença de 4,2 horas. Quanto aos rendimentos delas, em média, foi o equivalente a 78,9% do recebido por homens.

Mulheres têm maior frequência escolar e nível de escolaridade que homens

Dados do IBGE desta sexta-feira apontam que as mulheres têm, em média, maior maior nível de escolaridade que os homens. Em 2022, 35,5% dos homens com 25 anos ou mais não tinham instrução ou não tinham concluído o nível fundamental. Entre as mulheres da mesma faixa etária, essa proporção era de 32,7%. Considerando o recorte racional, a proporção de mulheres brancas que tinham completado o nível superior (29,0%) era o dobro do observado para as pretas ou pardas (14,7%). Os homens pretos ou pardos tinham o menor percentual entre os grupos (10,3%), menos da metade do registrado pelos brancos (24,9%). “Observamos que a desigualdade educacional entre homens e mulheres não é tão grande quanto a desigualdade entre brancos e pretos ou pardos”, diz a analista Betina Fresneda.

Mulheres seguem recebendo menos que os homens

Apesar de terem maior escolaridade que os homens, o rendimento das mulheres segue inferior. Em 2022, o rendimento delas foi equivalente a 78,9% do recebido por eles. A maior diferença estava no grupo de profissionais das ciências e intelectuais, nos quais as mulheres receberam 63,5% da média dos homens. No grupo de diretores e gerentes, que apresenta os maiores rendimentos médios do país, elas receberam 73,9% do recebido pelos homens. Já entre os membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros, elas recebiam, em média, mais do que eles (109,0%). Em 2022, mulheres em cargo de gerência tiveram rendimento médio de R$ 6.600, 21,2% abaixo do que os homens ganharam (R$ 8.378).

Ao mesmo tempo, o estudo do IBGE aponta que a representatividade feminina cresceu, mas o Brasil continua atrás da maioria dos países latino-americanos. Como exemplo, a pesquisa cita que, quando analisada a situação das Câmaras de Vereadores, em 2023, apenas 16,1% das cadeiras eram ocupadas por mulheres. A representatividade era menor no Sudeste (14,2% de vereadoras) e maior no Nordeste (16,9%). Já em relação ao cargo máximo do Poder Executivo local, as mulheres ocupavam 12,1% das prefeituras, em 2020, data da última eleição. A maioria (66,9%) era branca.

 

Deu na JP News

Economia, Política

‘Lei das subvenções’ pode tributar incentivos fiscais no RN em até 42%

Expectativa do Governo Federal é arrecadar R$ 35 bilhões só em 2024 com a incidência de imposto sobre incentivos fiscais concedidos por estados no ICMS – Foto: Alex Régis/ Tribuna do Norte

 

Mudanças recentes implementadas na legislação tributária brasileira estão onerando segmentos da economia brasileira que possuem benefícios fiscais nos Estados. Isso porque a Lei 14.789/2023, a chamada Lei das Subvenções, em vigor desde o dia 29 de janeiro após sanção do Governo Lula, passou a taxar as isenções fiscais decorrentes de ICMS nos estados. A medida é considerada inconstitucional para advogados especialistas em Direito Tributário. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) protocolou na quinta-feira (29) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra dispositivos da nova legislação.

No Rio Grande do Norte, a taxação será de pelo menos 33,25% e pode chegar a 42,5%, afetando beneficiários do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proedi) segundo interlocutores da Federação das Indústrias do RN (Fiern). A expectativa do Governo Federal é arrecadar R$ 35 bilhões só em 2024.

A legislação altera as regras de tributação de incentivos fiscais concedidos por Estados, estabelecendo critérios para o abatimento de valores dos benefícios no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo de tributos federais. Só poderão ser abatidos os valores dos incentivos fiscais utilizados para investimentos, e não despesas de custeio (como salários).

Com a lei, o governo federal pretende eliminar a isenção de tributos sobre subvenções de custeio, mantendo apenas a possibilidade de creditar fiscalmente subvenções para investimento. A norma foi sancionada sem vetos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de janeiro.

Segundo especialistas em tributação e contabilidade, na prática as empresas que recebem isenção de ICMS (imposto estadual) sofreram aumento de carga tributária relativos ao PIS/COFINS, IRPJ e CSLL, impostos federais.

O presidente da Comissão de Direito Tributário e Finanças Públicas da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB-RN), Igor Silva de Medeiros, explica que os empresários passarão a pagar 15% de Imposto de Renda, 9% de CSLL, 7% de Cofins e 1,65% de PIS. “Se essa empresa pagar adicional de IR, paga-se mais 10%, então vai para 42,65%. Por exemplo, de um subsídio de R$ 148 mil que o Estado abriu mão de receita para incentivar a atividade, a União quer esse pedaço de 42%. A lei estipula ainda uma compensação para o ano seguinte, que seria de 25% do que for pago. Veja: não deveria nem ser pago, quanto mais receber o crédito. E sequer compensa”, disse.

A lei prevê que as subvenções concedidas pela União, por estados ou municípios, como aquelas em relação ao ICMS, deverão entrar na base de cálculo de tributos como o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o PIS e a Cofins. O advogado e especialista em Direito Tributário, João Paulo Vasconcelos, explica que, segundo a legislação até então vigente, os subsídios fiscais quando fossem para investimentos das empresas, não eram computados no cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Sobre Lucro Líquido, além de não incidência incidiria no PIS/Cofins.

“Essa legislação 14.789/2023 revogou dispositivos legais que previam essa não incidência do PIS/Cofins e previa que as subvenções em investimentos não compunham a base de cálculo do IRPJ e CSLL. No fim das contas, os benefícios fiscais passam a compor essa base de cálculo. É estranho pensarmos que: o Estado está abrindo mão de uma receita para que aquelas atividades econômicas sejam desenvolvidas, que as empresas apliquem esses recursos na sua expansão, e esse valor é tributado”, explica o advogado João Paulo Vasconcelos, especialista em Direito Tributário.

Para o consultor contábil da Fiern, Ricardo Matos, haverá aumento de carga de imposto para empresários potiguares. “O que podemos assegurar é que a lei prevê um incremento de carga tributária de quase 34% somados de IRPJ e CSLL, e mais 9,25% de PIS e COFINS aplicáveis sobre o montante apurado do Proedi”, explica.

“O Proedi foi uma construção que envolveu a classe empresarial, corpo técnico desta Federação e Secretaria Estadual da Fazenda em 2019. A metodologia de apuração por crédito presumido afastava, naquele momento, a tributação dos impostos federais sobre o valor apurado do Incentivo. Já por essa lei teremos a tributação do valor do incentivo pelo PIS/COFINS/CSLL e IRPJ”, acrescenta.

A estimativa de arrecadação pelo governo é de R$ 35 bilhões em 2024, o que é apontado como fundamental na tentativa de zerar o déficit fiscal. A MP 1185/23, aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado em dezembro, foi considerada uma das prioridades da equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

Igor Medeiros, da OAB/RN, cita que já há oito liminares e uma sentença contra dispositivos da nova lei – Foto: Divulgação

 

Justiça concede liminares contra nova lei

A taxação de subsídios fiscais tem motivado empresas no Brasil e no Rio Grande do Norte a ingressarem na Justiça contra a para não terem os benefícios fiscais taxados. Em alguns casos, já estão obtendo decisões favoráveis. É o que informa o presidente da Comissão de Direito Tributário e Finanças Públicas da Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB-RN), Igor Silva de Medeiros, que cita que já há oito liminares e uma sentença para os casos.
“As empresas foram para o Judiciário. Já temos oito liminares concedidas no país todo e mais uma sentença concedida no Rio de Janeiro. Já patrocinamos ações para que eles recebam de volta o que eles estão pagando por imposição da União. Essa lei é inconstitucional, pois fere o princípio do federalismo que é esculpido na Constituição Federal. Esse princípio estabelece as competências tributárias de União, Estados e Municípios, repartindo isso. Cada um tem seus impostos, como o Estado tem ICMS e IPVA, e municípios tem ISS e IPTU. Cada ente precisa arrecadar tributos suficientes para sobreviver”, apontou Igor Silva de Medeiros.

“Essas subvenções são receitas que os estados abrem mão para que essas empresas tenham mais caixa e com isso expandam seus negócios, gerem emprego e renda. Quando a União promove um aumento dessa tributação, diminui a efetividade desses benefícios como, a rigor, ela promove uma tributação sobre receitas dos estados, o que é vedado pela Constituição Federal, é a chamada “imunidade recíproca”, isto é, os entes não podem tributar receita, bens e serviços uns aos outros. Na prática é o que acontecerá a partir dessa medida”, acrescenta o advogado João Paulo Vasconcelos.

Informações da Tribuna do Norte

Economia

Nota do Brasil piora, e país é o 124º em novo Índice de Liberdade Econômica

Agência fechada durante greve dos bancários em São Paulo: economia travada.| Foto: Rovena Rosa

 

Cento e vinte e três países — inclusive Bangladesh, Costa do Marfim, Camboja e Angola — têm uma economia mais livre que a brasileira.

A nova edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, lançada nesta semana, mostra que o Brasil continua patinando nesse quesito.

A publicação, que completa 30 anos em 2024 e se tornou o principal indicador da liberdade econômica no planeta, coloca o Brasil na 124ª colocação, em uma lista de 184 países.

Em relação ao ano passado, a nota do Brasil caiu 0,3 ponto e ficou em 53,2 pontos em uma escala de 0 a 100. Já a colocação do país melhorou ligeiramente devido à piora de outros países. Na edição de 2023, a economia brasileira era a 127ª da lista.

O desempenho do Brasil no índice está abaixo da média global (de 58,6 pontos) e também da média regional (58 pontos). Entre as 32 nações da América Latina, o Brasil aparece em 26º lugar. A economia brasileira supera as de Argentina, Haiti, Suriname, Bolívia, Venezuela e Cuba. O Chile, com 71,4 pontos, é o melhor país latino-americano e ultrapassou os Estados Unidos, que têm 70,1 pontos.

A edição de 2024 leva em conta dados colhidos no segundo semestre de 2022 e no primeiro semestre de 2023. Isso significa que o levantamento abarca o fim do governo Bolsonaro e o começo do governo Lula.

“As pontuações do Brasil em termos de corrupção e direitos de propriedade são relativamente baixas e o seu sistema judicial continua vulnerável à influência política”, afirma o relatório da Heritage, que menciona o tamanho excessivo do setor público no Brasil: “A presença do Estado na economia continua a ser considerável, prejudicando o desenvolvimento de um setor privado mais vibrante”.

A publicação também enfatiza a importância da liberdade econômica para o desenvolvimento. “Mais do que nunca, deve-se lembrar que a prosperidade e a capacidade de crescimento duradouro de uma nação dependem da qualidade de suas instituições e do seu sistema econômico”, afirma o relatório.

Fundada em 1973, a Heritage Foundation tem sede em Washington e é um dos think tanks (centros de pesquisa) mais influentes do mundo.

Maior nota veio em 2003

Singapura ocupa o primeiro lugar no Índice de Liberdade Econômica 2024. Em seguida, estão Irlanda, Suíça, Taiwan e Luxemburgo. No outro extremo, Zimbábue, Sudão, Venezuela, Cuba e Coreia do Norte são os cinco últimos do ranking.

Os lugares mais altos da lista têm mudado de mãos nos últimos anos. Em 2014, os cinco primeiros eram Hong Kong (que deixou de ser tratada como uma nação à parte depois que a China aumentou sua interferência sobre o território), Singapura, Austrália, Suíça e Nova Zelândia.

Já o Brasil tem tido dificuldades em subir no ranking. A última melhora notável no desempenho brasileiro se deu na edição de 2022, quando a nota do país passou de 51,9 para 53,4. A melhoria refletiu algumas das medidas do primeiro ano do governo Bolsonaro, como a aprovação da Lei de Liberdade Econômica. De lá para cá, o país tem se mantido na casa dos 53 pontos.

A maior pontuação do Brasil se deu em 2003, quando o país obteve 63,4 pontos. A mais baixa foi a da edição de 2018, com 51,4 pontos.

O país se manteve na casa dos 56 pontos por alguns anos até a crise do segundo mandato de Dilma Rousseff. De lá para cá, o Brasil nunca retomou o patamar anterior e permaneceu abaixo dos 54 pontos.

O que explica o desempenho do Brasil

No Índice da Heritage, a pontuação de cada país é calculada com base em quatro grandes categorias: Estado de Direito, Tamanho do Governo, Eficiência Regulatória e Mercados Abertos.

O ponto baixo do Brasil no novo ranking é o do critério “Tamanho do Governo”. Dentro dessa categoria, dois indicadores aparecem em vermelho: Gasto Governamental (34,9) e Saúde Fiscal (30,9). No critério de Gasto Governamental, o país teve o pior desempenho brasileiro nesse quesito em 30 anos do índice. Na edição anterior da publicação, a nota do Brasil nessa categoria havia sido 55.

A piora se dá em um momento de desequilíbrio nas contas públicas.

O resultado primário do governo federal, que ficou positivo em 2022, passou para o vermelho em 2023. Na prática, isso significa que a gestão Lula gasta mais do que arrecada. Em 2023, as receitas caíram 2,1% e as despesas subiram 12,9%. No saldo geral, o déficit foi de R$ 234,3 bilhões no ano passado. Em 2022, o saldo (positivo) foi de R$ 59,7 bilhões. Os dados são do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O levantamento da Heritage também mostra uma piora no quesito Integridade do Governo — de 55,3 pontos em 2023 para 36,9 agora. “As pontuações do Brasil em termos de corrupção e direitos de propriedade são relativamente baixas e o seu sistema judicial continua vulnerável à influência política. A presença do Estado na economia continua a ser considerável, prejudicando o desenvolvimento de um setor privado mais vibrante”, afirma o relatório, traduzido pelo Instituto Monte Castelo.

Deu na Gazeta do Povo

Economia

Jean Paul Prates vai responder por fala que fez Petrobras perder R$ 30 bilhões em um dia

Uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, será protocolada pelo deputado Evair de Mello (PP-ES), responsabilizando o executivo pela perda de R$30 bilhões no valor de mercado da Petrobras, em razão de sua declaração sobre redução dos dividendos devidos aos acionistas brasileiros ou estrangeiros. A fala desvalorizou a petroleira, fez a bolsa de valores desabar e provocou grande fuga de investidores da estatal.

E aí, vai ressarcir?

A representação pode pedir à Justiça a condenação de Prates a devolver os R$30 bilhões que a frase leviana fez sumir da Petrobras em um dia.

Estrago estava feito

Ainda na quarta (28), a estatal divulgou lorota minimizando a fala de Prates, jurando que “ainda não há decisão sobre dividendos”. Era tarde.

O caso lembra a Lei das Estatais, que impedia tipos como ele dirigindo empresas públicas. Lei dilacerada por Ricardo Lewandowski no STF.

Ex-senador e ativista da esquerda brasileira, das mais atrasadas do mundo, Prates parece perdido desde que assumiu o cargo na estatal.

Informações do Cláudio Humberto

Economia, Política

Deputado Nelter Queiroz destaca encaminhamento para recuperação das estradas do RN

Foto: João Gilberto

 

O deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB) anunciou, durante sessão ordinária desta quinta-feira (29), que em reunião com representantes do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio Grande do Norte (DER), foi informado sobre a liberação dos recursos para recuperação das estradas das regiões Seridó e Vale do Açu.

“Estava muito preocupado e recebendo cobranças da população do Seridó e do Vale do Açu porque essas regiões não estavam contempladas com a licitação anunciada pelo Governo. Mas recebi essa confirmação e em breve a tão sonhada recuperação será realizada”, disse.

Nelter lembrou que o Rio Grande do Norte possui aproximadamente três mil quilômetros de estradas e aproximadamente mais de dois mil quilômetros precisam de recuperação. “Esse tempo todo do Governo Fátima e as estradas estão cada dia pior”, frisou.

Por fim, Nelter Queiroz informou que apresentou requerimento na Assembleia Legislativa solicitando a inclusão do RN no projeto do Governo Federal que federaliza estradas estaduais. “Em parceria com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) solicitei que possamos formar uma comissão de deputados para viabilizar uma reunião com o ministro dos transportes, Renan Filho, em Brasília para apresentar a proposta de federalização de algumas estradas do RN. O que seria um ganho enorme para o RN”, finalizou.
 

Economia, Política

Bolsa caiu por Lula e Prates tentarem tratorar acionista da Vale e Petrobras

Sede da Bolsa de Valores, em São Paulo. Foto: Rovena Rosa

 

A queda de 1,16% do Ibovespa, ontem (28), foi reflexo direto dos ataques à autonomia da Vale e da Petrobras, feitos pelos presidentes da República, Lula (PT), e da Petrobras, Jean Paul Prates.

O efeito negativo no índice do desempenho das ações na bolsa B3 é uma demonstração de que investidores estão atentos e não aceitam mais a visão estatizadora que o governo petista tem do funcionamento das empresas no Brasil.

O recado foi de que acionistas da Vale e da Petrobras não aceitarão o projeto governista de manter empresas, públicas ou não, rendidas aos seus interesses, enquanto Lula e Prates tentam tratorar investidores.

“[A Vale] não pode pensar que é dona do Brasil. […] As empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro”, disse Lula, provocando a queda de 1,1% das ações da Vale.

A indicação de Prates de reduzir dividendos aos acionistas, em um plano de investimento da Petrobras, também ontem, causaram a desvalorização de 5% das ações da Petrobras.

Informações do Diário do Poder

Economia

Transferências via DOC e TEC deixam de existir nesta quinta-feira

Foto: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Um dos meios mais tradicionais de transferência bancária chega ao fim nesta quinta-feira, 29, após decisão aprovada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em maio do ano passado. O Documento de Ordem de Crédito (DOC) não poderá mais ser utilizado como meio de pagamento. Além disso, a Transferência Especial de Crédito (TEC) também deixará de existir a partir de amanhã.

Estas modalidades perderam com a implementação do PIX em 2020. Debates entre bancos e a Febraban levou ao encerramento destas formas de pagamento. Outro fator que influenciou na decisão foram dados divulgados pelo Banco Central que mostravam que as transações por DOC no primeiro semestre de 2023 corresponderam apenas a menos de 1% das transferências bancárias feitas ao longo do ano.

O limite para que os clientes dessem início ao agendamento de DOC e TEC começou em janeiro, por isso, nesta quinta-feira, se encerra o prazo final para que os últimos pagamentos sejam depositados e o sistema seja encerrado por completo. Ao agendar uma transação por DOC, o recebedor deveria aguardar o prazo de um dia para receber o valor em conta, enquanto a transferência por TEC poderia cair em conta em algumas horas do mesmo dia. Com isso, o PIX ganhou mais popularidade entre os brasileiros pela facilidade nas transações instantâneas e gratuitas. Em 2023, do total de 37 bilhões de operações feitas ao longo do ano, mais de 17 bilhões foram via PIX.

Deu na JP News

Economia

FINALMENTE: Governo anuncia edital de licitação para recuperação de estradas no interior do RN

Foto: Magnus Nascimento

 

O Governo do Rio Grande do Norte vai publicar o primeiro edital de licitação para a recuperação de estrados do interior do Estado nesta terça-feira (27). Ao todo, as obras contam com investimentos de R$ 428 milhões, correspondentes à primeira parcela dos recursos assegurados pelo empréstimo junto ao Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) do Governo Federal. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra (PT) nesta segunda-feira (26).

De acordo com a governadora do Estado, o PEF possibilitou ao Estado um empréstimo de R$ 1,6 bilhão. Nesta primeira parcela, afirma, o valor será direcionado prioritariamente à restauração das rodovias estaduais, sendo as primeiras localizadas na região Oeste do Rio Grande do Norte.

Uma vez publicado o edital de licitação, por meio do Diário Oficial do Estado, o esperado é que os serviços sejam iniciados ainda neste semestre e finalizados até o fim do ano. Conforme apontado por Fátima Bezerra, a restauração das estradas vai alcançar os sete distritos rodoviários do Estado por meio de serviços como  recapeamento asfáltico e sinalização.

No primeiro lote, estão inseridas as regiões de Mossoró e Pau dos Ferros, sendo a primeira com os seguintes trechos contemplados: Mossoró – Baraúna; RN-117, entre Mossoró e Governador Dix-Sept Rosado; Tibau – Grossos. Já no caso da segunda cidade, o edital prevê serviços nos seguintes trechos: Rafael Fernandes – Marcelino Vieira; Itaú – Rodolfo Fernandes; Viçosa – Portalegre; Francisco Dantas – Pau dos Ferros; Pau dos Ferros – Encanto – São Miguel – Coronel João Pessoa.

O Rio Grande do Norte assinou a adesão ao PEF em 29 de junho de 2023. Após a análise da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão ligado ao Ministério da Economia, o Governo do Estado garantiu, em setembro do ano passado, o direito de contrair créditos. A adesão permite, de acordo com o Estado, contratar operação de crédito com garantia da União, cujas parcelas são liberadas à medida que o ente atenda a metas e compromissos pactuados no Plano, como ampla transparência dos dados fiscais e a implementação de medidas fiscais que contribuem para o equilíbrio das contas públicas.

Informações da Tribuna do Norte

Economia

3R reduz preço da gasolina em R$0,35 e diesel em R$0,20 na refinaria do RN

Foto: José Cruz

 

A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta quinta-feira (22) e registrou queda nos valores da comercialização da Gasolina A e Diesel A S500.

O preço da Gasolina A saiu de R$3,26 e reduziu para R$2,91, representando uma queda de R$0,35 no comparativo ao preço comercializado no dia 15 de fevereiro. Enquanto isso, o Diesel A S500 estava com o preço de R$3,58 e foi para R$3,38, ou seja, uma redução de R$0,20.

A redução vem após um aumento de R$0,33 na gasolina e de R$0,10 no diesel registrado na semana passada. Agora, esses são os menores valores no preço de distribuição da 3R em todo o mês de fevereiro.

Informações da TN

Economia, Política

Pacheco diz que governo abriu mão da MP e discutirá reoneração por projeto de lei

Foto: Rodrigues Pozzebom

 

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou nesta quarta-feira, 21, que a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia proposta pelo governo federal será enviada como projeto de lei e que a decisão foi uma “construção política”. De acordo com Pacheco, “qualquer mudança sobre o tema não será feita por medida provisória”. O comunicado veio após uma reunião entre o presidente do Senado e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT) e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido).

Já o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) ainda continua como um impasse. No texto por meio de MP enviado pelo governo federal, o programa acabaria, no entanto, o Congresso não aprova a decisão. “O Perse é o ponto hoje que ainda precisa ser decidido, ainda não há acordo sobre seguir na MP ou virar PL”, disse o presidente. A prorrogação da folha foi aprovada em outubro do ano passado pelo Congresso, contudo, a pauta foi vetada integralmente pelo presidente Lula ao chegar no Planalto. Em contrapartida, o Congresso derrubou o veto do chefe do Executivo e promulgou a lei que prorrogava a desoneração. Mesmo com a decisão do Parlamento, o governo publicou uma MP para reverter a regra e o imposto foi devolvido para a folha de pagamento dos 17 setores.

Deu na JP News