Saúde

Natal inicia neste sábado (11) vacinação contra Covid-19 de adolescentes com comorbidades ou com deficiência permanente

A Prefeitura de Natal vai começar neste sábado (11) a vacinação de adolescentes com idade de 17 anos com comorbidade ou com deficiência permanente e os privados de liberdade. Essas pessoas podem se dirigir a um dos quatro drives. Na segunda-feira (13), além dos drives, os adolescentes podem procurar também umas das 35 salas de vacinação, sendo necessário comprovar que pertencem a esses grupos. Já a vacinação dos adolescentes privados de liberdade será realizada in loco.

O quantitativo de doses recebido pela Secretaria Municipal de Saúde é considerado abaixo do necessário para ampliar a vacinação para outras faixas. Natal recebeu na manhã desta sexta-feira (10) 8.784 doses do imunizante Pfizer. Segundo a nota técnica, o Município possui 77.002 adolescentes (12 a 17 anos).

Os adolescentes deverão comparecer aos pontos de vacinação acompanhados dos pais ou responsáveis legais. “À medida que o Ministério da Saúde enviar mais doses, vamos ampliando a faixa etária dos adolescentes. Portanto, é importante que as famílias providenciem a documentação”, afirma George Antunes, Secretário de Saúde de Natal.

Documentação

Os adolescentes que possuem deficiência permanente devem apresentar laudo médico ou uma cópia do documento oficial de identidade com indicação de deficiência ou qualquer outro documento que indique tal condição, além do cartão de vacinação e comprovante de residência de Natal.

Para os adolescentes com comorbidade, é necessário apresentar cópia de um dos documentos como laudos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde; ou declarações com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde; ou prescrições médicas (Somente as que tiverem carimbo ou cupom grampeado da farmácia da UBS ou PROSUS ou UNICAT ou Hiperdia); ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde ou ainda cadastro no HIPERDIA, PROSUS ou UNICAT.

A lista das comorbidades descritas no Plano Nacional de Operacionalização pode ser acessada no https://vacina.natal.rn.gov.br.

No site, também consta a relação com os endereços das UBS, tempo de espera na fila nos drives e todas as informações da vacinação da capital.

Para agilizar o processo de imunização, é ideal que seja efetuado o cadastro no RN Mais Vacinas.

Cobertura

“Paralelamente à vacinação dos adolescentes continuamos vacinando 18 anos mais, e novamente fazemos um apelo para que esses jovens compareçam para receber sua dose contra a Covid-19. Na faixa etária de 18 a 29 anos, atingimos 77% do público. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 85%, mas a nossa meta é vacinar 100%”, afirma George Antunes.

Saúde

Boa notícia : RN não registra mortes nas últimas 24h por covid-19

Foto: Aldo Vianna

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus nesta quinta-feira (09). São 365.874 casos totalizados. Na quarta-feira (08) eram contabilizados 365.758, ou seja, 116 novos casos em comparação com o dia anterior, destes, 15 confirmados nas últimas 24h horas.

Com relação aos óbitos no Rio Grande do Norte, são 7.292 no total, sendo nenhum registrado nas últimas 24 horas. Na quarta-feira (08) eram 7.290 mortes. A Sesap registrou outras 02 mortes após resultados de exames laboratoriais de dias ou semanas anteriores. Óbitos em investigação são 1.347.

Recuperados são 257.178. Casos suspeitos somam 173.011 e descartados são 721.947. Em acompanhamento, são 101.400.

Saúde

RN não registra mortes por covid nas últimas 24 horas

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus nesta segunda-feira (06). São 365.683 casos totalizados. No domingo (05) eram contabilizados 365.552, ou seja, 131 novos casos em comparação com o dia anterior, destes, 25 confirmados nas últimas 24h horas.

Com relação aos óbitos no Rio Grande do Norte, são 7.282 no total, nenhum óbito ocorrido nas últimas 24 horas. No domingo (05) eram 7.281 mortes. A Sesap registrou 01 nova morte após resultados de exames laboratoriais de dias ou semanas anteriores. Óbitos em investigação são 1.344.

Recuperados são 257.178. Casos suspeitos somam 172.680 e descartados são 720.178. Em acompanhamento, são 101.223.

Saúde

Na próxima sexta-feira (3) o RN inicia a vacinação de gestantes e puérperas de 12 a 17 anos

Foto: Divulgação

O Rio Grande do Norte inicia nesta sexta-feira (3) a vacinação contra a Covid de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) nesta segunda-feira (30). De acordo com o órgão, assim como aconteceu com a população adulta, a imunização começará pelos grupos prioritários.

Inicialmente, serão vacinadas gestantes de 12 a 17 anos e, em seguida, os demais grupos. “Iremos começar pelas gestantes e puérperas para dar continuidade à vacinação. A ampliação de público será permitida nos municípios que completarem 90% da vacinação da população adulta”, disse Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap.

Segundo dados da secretaria, o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 79% da população com 18 anos ou mais vacinados contra a Covid com a primeira dose – pouco mais de 2,1 milhões de potiguares com 18 anos ou mais, como aponta a plataforma RN + Vacina.

Pouco mais de 873 mil pessoas já tomaram a segunda dose ou dose única da vacina contra a Covid, correspondendo a cerca de 32% da população adulta vacinada no RN.

A Sesap realizou nos dois últimos sábados (21 e 28 de agosto) os chamados “dias D” com o objetivo de impulsionar a vacinação da população. O saldo teve 11.881 pessoas vacinadas com primeira, segunda ou dose única no primeiro dia; e 19.547 no segundo dia.

Até o momento, o RN recebeu mais de 3,7 milhões de doses para a campanha estadual de vacinação, das quais 2,9 milhões já foram administradas pelas salas de vacina em todo RN.

Saúde

Quem tomar a segunda dose da vacina vai ter desconto de 90% em Cinema de Natal

Foto: Divulgação

Mais uma vantagem para aqueles que tomarem a segunda dose do imunizante contra a Covid-19.

Após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anunciar que 7 milhões de pessoas ainda não completaram o ciclo de imunização contra a Covid, a rede de shoppings Ancar Ivanhoe lança a campanha “Sua Vacina Vale Muito”. Entre os dias 25 de agosto e 02 de setembro, 19 shoppings do grupo, dentre eles o Natal Shopping, vão oferecer desconto exclusivo de 90% no par de ingressos para o cinema para 50 clientes por dia que comprovarem que tomaram a segunda dose.

Para garantir a diversão, basta estar entre os primeiros a apresentar o comprovante da aplicação da segunda dose no ponto de troca com o documento de identificação. Depois é só escolher o dia para curtir o filme favorito. Ao todo, a ação pretende beneficiar diariamente cerca de mil pessoas.

“Impactamos todos os dias milhares de pessoas que frequentam nossos shoppings. E porque não utilizar esse poder alcance para reforçar a importância de completar o ciclo de imunização contra a Covid? Com a campanha, encontramos uma forma de incentivar as pessoas que ainda não apareceram para tomar a segunda dose de uma maneira leve e divertida”, conclui Raquel Arruda, head de Marketing da Ancar Ivanhoe.

No Rio Grande do Norte, a ação é válida no Natal Shopping para os ingressos das sessões das 10h às 20h, de segunda a quinta-feira. A promoção não é cumulativa.

Saúde

Pessoas acima de 55 anos que tomaram Coronavac devem tomar a 3ª dose, revelam estudos

Foto: Divulgação

A imunogenicidade, ou a capacidade do organismo gerar resposta imune, é menor em homens e em pessoas com mais de 55 anos que receberam as duas doses da vacina Coronavac em comparação com recuperados da Covid-19, revela uma pesquisa conjunta do InCor (Instituto do Coração) e da USP.

O estudo, que tem entre os autores o médico imunologista Jorge Kalil (do InCor), foi divulgado na forma de pré-print (sem avaliação de pares), indica ainda que 95% dos participantes vacinados com o imunizante produziram algum tipo de resposta imune contra o coronavírus Sars-CoV-2, frente a 99% dos chamados convalescentes (ou recuperados).

Uma resposta protetora completa, formada tanto por anticorpos como por células de defesa, esteve presente em 7 em cada 10 dos recuperados, mas em apenas 59% dos vacinados.

Participaram do estudo também pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa, da Plataforma Científica Pasteur-USP, da Universidade Federal de São Paulo e do Instituto de Investigação em Imunologia (iii/INCT).

Para avaliar os anticorpos específicos contra o Sars-CoV-2, os cientistas testaram a presença de anticorpos anti-Sars-CoV-2 no soro sanguíneo de vacinados (101 amostras), recuperados (72 amostras) e compararam a um grupo controle (não vacinados e nem infectados; 36 amostras).

A taxa de anticorpos anti-spike (proteína S ou espícula do vírus, usada para entrar nas células) no sangue dos convalescentes era de 1,5 a 2 vezes maior do que a encontrada nas amostras dos vacinados. Essa diferença aumentava em pessoas vacinadas com mais de 55 anos —nestes foi seis vezes menor que a observada após uma infecção natural para o mesmo grupo.

Já a taxa de anticorpos anti-RBD (região de domínio de ligação, também usada pelo vírus para invadir as células) era maior nos vacinados. Não houve diferença em relação aos anticorpos anti-NP (nucleocapsídeo, a proteína que envolve o material genético do vírus).

A quantidade de células de defesa do tipo linfócitos T, por outro lado, foi maior nos recuperados do que nos vacinados.

Comparando os dois grupos de idade, abaixo de 55 anos e com 55 anos ou mais, foram observadas diferenças também entre os gêneros. Enquanto as mulheres com mais de 55 anos apresentaram resposta humoral (de anticorpos) e celular em 60% das amostras analisadas, esse número caía para 28% no caso dos homens.

Os homens também foram os que apresentaram a menor resposta humoral sozinha, com apenas 31% das amostras com anticorpos anti-Sars-CoV-2. A resposta celular na ausência de anticorpos na mesma faixa etária foi maior para homens (17%), e observada em apenas 3% das mulheres.

É importante destacar, porém, que a amostra é pequena (101 vacinados, dos quais 42 têm mais de 55 anos) e que, mesmo com uma resposta imune comparativamente mais baixa nos indivíduos mais velhos do que a observada pós-infecção natural, a maioria dos participantes manifestou algum tipo de defesa pós-vacina (94% para as mulheres e 83% nos homens com 55 anos ou mais).

Para Kalil, é possível que as pessoas nesta faixa etária que já receberam as duas doses da Coronavac no início do ano estejam correndo hoje um risco maior de ter doença grave, especialmente frente a novas variantes, como a delta.

A Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida, no Brasil, pelo Instituto Butantan, é formulada a partir de vírus inativado. Ela foi a principal estratégia de imunização no país nos primeiros meses da campanha nacional de vacinação. Assim, a maioria dos profissionais da linha de frente e dos indivíduos com mais de 65 anos no país recebeu a Coronavac.

O imunologista destaca que as respostas imunológicas dos vacinados com Coronavac foram menores que as dos convalescentes, mas também menores que a dos indivíduos mais jovens que receberam o mesmo fármaco.

Procurado, o Instituto Butantan respondeu ao estudo afirmando que é sabido que “a resposta imune de defesa no organismo diminui com o avanço da idade, sendo observado que qualquer vacina gera uma resposta imune menor em pessoas mais idosas”.

Segundo a nota do instituto, “isso não quer dizer que os mais velhos não estejam protegidos contra a doença, mas sim, que o organismo responde menos a um antígeno novo, uma característica que não se relaciona à vacina em si, mas aos processos naturais do sistema imunológico”.

Outras vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas até agora tiveram em geral uma resposta celular elevada, como ocorreu com as vacinas de mRNA (Pfizer/BioNTech e Moderna), e taxas de anticorpos neutralizantes semelhantes em pessoas abaixo e acima de 55 anos (AstraZeneca).

Os autores concluem que uma dose de reforço heteróloga, isto é, de outro fabricante, pode beneficiar aquelas pessoas com 55 anos ou mais que receberam as duas doses da Coronavac, aumentando a resposta imune.

O estudo é o primeiro a calcular a imunogenicidade conferida pela Coronavac em pessoas dessa faixa etária. Durante a pesquisa de fase 3 da vacina conduzida no Brasil, apenas 5% dos 12.396 volutários tinham 60 anos ou mais e metade deles recebeu placebo.

Quando concedeu autorização de uso emergencial ao imunizante, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicitou ao Butantan dados adicionais de imunogenicidade nesse grupo, fixando um prazo de 30 dias (até 28 de fevereiro).

O instituto, porém, solicitou extensão do prazo até 30 de abril, quando entregou os dados. A última reunião entre Butantan e Anvisa para discutir os dados de imunogenicidade foi em 27 de julho e não há data definida para a apresentação dos resultados.

Na última semana, a Sinovac divulgou dois estudos que mostram queda da taxa de anticorpos após seis meses tanto em pessoas abaixo de 60 anos como em indivíduos mais velhos. Os mesmos estudos avaliaram a segurança e imunogenicidade uma terceira dose da Coronavac, o que aumenta em até sete vezes a quantidade de anticorpos no sangue.

Por Folha de São Paulo

Saúde

Governo Federal entrega ao RN nesta segunda-feira (23) mais 140 mil doses contra a Covid-19

Foto: Joana Lima/ Secom Natal

Com nível de vacinação comparável à países do primeiro mundo, com mais de 120 milhões de brasileiros que já receberam a primeira dose de vacinas contra a Covid-19, o Governo Federal continua a sua escalada de distribuição de vacinas.

Nesta segunda-feira (23) mais lotes de vacinas contra a Covid-19 estão programadas para chegar ao RN.

O primeiro lote chega no começo da manhã com 59.750 doses da Pfizer.

Já o segundo lote chega às 10h com 38.300 da Coronavac e mais 42.120 doses da Pfizer.

No total, são 140.170 doses de imunizantes que desembarcam no RN.

 

Saúde

Veja como vai funcionar a vacinação em Natal neste sábado (21)

Foto: Divulgação

A campanha de vacinação na cidade do sol continua a todo vapor. Natal amplia a vacinação da segunda dose de Pfizer contra a Covid-19 neste sábado (21) atendendo às pessoas que receberam a primeira dose do imunizante até o dia 31 de maio.

Para se vacinar, a população pode se dirigir a um dos drives Via Direta, Sesi, Palácio dos Esportes e Nélio Dias, que também contam com salas para pedestres, e, na segunda-feira, além desses locais, as pessoas podem comparecer a uma das 35 salas de imunização nas Unidades Básicas de Saúde de Natal.

“As informações sobre a vacinação contra Covid-19 são bem dinâmicas, então é importante que antes de sair de casa o cidadão acesse o site https://vacina.natal.rn.gov.br/ e clique no link quem pode se vacinar hoje, pois lá tem todas as informações da vacinação do dia”, afirma o

secretário Municipal de Saúde de Natal, George Antunes.

Outros imunizantes

As demais vacinas, Oxford e Coronavac, estão disponíveis neste sábado também no drive da Arena das Dunas, além dos outros quatro.

As pessoas que receberam o imunizante da Oxford até o dia 02 de junho também podem procurar um dos pontos de vacinação neste sábado.

Com relação à Coronavac, quem completou 28 dias da primeira dose já pode receber a segunda dose.

A SMS Natal reforça ainda que o público a partir de 18 anos precisa comparecer aos pontos de vacinação para receber o imunizante. “A pandemia não acabou, de fato tivemos grande avanço com a vacinação, mas devemos continuar com os cuidados usando álcool, máscaras e

evitando aglomerações”, afirma o secretário.

 

Saúde

3ª dose para os idosos é necessária ?

Foto: Divulgação

morte de idosos vacinados colocou a 3ª dose do imunizante contra covid-19 em discussão. O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (18), que já avalia a aplicação de uma dose de reforço nos idosos e nos profissionais da saúde. Alguns países também já estão se movimentando sobre a nova dose da vacina —caso dos Estados Unidos.

Mas a dúvida que fica é: por que as vacinas, incluindo as de covid-19, mas não só elas, são menos eficazes nos idosos? No caso da CoronaVac, que foi amplamente aplicada nos mais velhos, um estudo feito em São Paulo, de janeiro a abril de 2021, mostrou que a vacina tem menor efetividade entre idosos de mais de 80 anos em relação aos adultos —28% para casos assintomáticos, 43,4% contra hospitalizações e 49,9% para mortes.

Mas a resposta pelo qual motivo isso acontece é complexa e envolve vários fatores fisiológicos. O primeiro, e talvez mais relevante, é a imunossenescência, o envelhecimento natural do sistema imunológico, responsável por nos proteger de agentes infecciosos.

“Assim como envelhece a pele, o cabelo, o fígado, rim, cérebro, o sistema imunológico, responsável pelas células de defesa, também passa por isso. Por isso que idosos têm mais tendência a morrer de doenças infectocontagiosas”, explica a geriatra Priscilla Mussi, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

Isso não vale apenas para covid-19, mas, sim, para qualquer doença que tende a ser mais agressiva na população idosa, como gripe e pneumonia. “A imunossenescência faz as pessoas ficarem mais sensíveis a qualquer infecção. O avô que mora com o neto, por exemplo, pode pegar gripe dele e agravar para uma pneumonia. A gente precisa ter sempre esse receio e preocupação com os idosos”, diz a geriatra.

Esse ponto também explica, por exemplo, por que mesmo vacinados, alguns idosos morrem pela covid-19. Nenhuma vacina, seja a CoronaVac, Pfizer ou da AstraZeneca, impede que as pessoas sejam infectadas. O objetivo delas é impedir que a pessoa tenha um quadro grave da doença e, consequentemente, morra.

Um outro ponto importante é que existem alterações consideráveis no funcionamento de algumas células, como nos linfócitos (responsáveis pela defesa do corpo), segundo Sergio Surugi Siqueira, farmacêutico bioquímico, especialista em patologia geral e imunologia clínica e professor da farmácia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

“São fatores que vão além do envelhecimento. Há uma alteração no funcionamento e na quantidade dos linfócitos de pessoas mais velhas. Por isso, eles respondem com menos eficiência a uma vacina, por exemplo”, diz.

Para ficar mais claro, o linfócito T ajuda o linfócito B a produzir os anticorpos contra a doença em questão —objeto das vacinas. E essas células vão diminuindo em quantidade e em sua função em pessoas com idades mais avançadas.

Há ainda outro ponto fundamental nessa questão: a resposta imune é algo muito individual. “A resposta imunológica é um fenômeno individual. Existem idosos que têm uma imunossenescência mais acentuada e há idosos que apresentam uma imunossenescência menos acentuada e que, por isso, tendem a responder melhor às vacinas”, explica Siqueira.

CoronaVac é eficaz ao que se propõe

Esses números da CoronaVac, por exemplo, têm chamado atenção, mas isso não invalida seu uso. Pelo contrário, a vacina é considerada eficaz ao que se propõe, basta ver o caso na cidade de Serrana (SP), que teve redução de 95% das mortes.

Lembre-se que qualquer proteção é melhor do que nada, sobretudo em um momento de pandemia. “Interessante é que, antes, ninguém questionava [os números] das outras vacinas, mas esse olhar para a covid chamou mais atenção”, conta Ana Karolina Barreto Marinho, membro do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

De acordo com a imunologista, há uma diferença entre eficácia e efetividade das vacinas que precisa ficar clara. “A eficácia é avaliada na fase 3 dos estudos, que mede a quantidade de anticorpos e células de defesa após a vacina. É se ela foi eficaz, em porcentagem, para criar anticorpos que protejam contra o agente”, explica.

Já a efetividade, conforme Marinho esclarece, é o que mais interessa, já que é o momento que estamos vivendo agora, de vida real. “É para ver se a vacina, em determinada população, vai diminuir adoecimento, hospitalizados e mortes. São os resultados a longo prazo. Isso é muito importante a nível de saúde pública”, diz.

A imunologista explica ainda que todas as vacinas disponíveis contra covid, no momento, são eficazes e efetivas ao que se propõe. “A gente, claramente, já viu isso —há redução nos números de mortos e internados.” Mas o que pode acontecer, de acordo com ela, é que a flexibilização total em alguns estados faça esses números aumentarem progressivamente.

O que pode ser feito para os idosos? 3ª dose? Dose de reforço?

Há muitas discussões sobre o tema. De acordo com os especialistas, existem estratégias que podem ajudar, sim, a melhorar a proteção dos idosos. Uma delas e que, talvez, esteja mais em discussão, é a 3ª dose da vacina contra covid.

“Essa terceira dose poderia ser, por exemplo, de outro fabricante, com outra plataforma, para melhorar a resposta imunológica que já foi iniciada pelas primeiras doses da outra vacina”, diz a imunologista da Asbai.

Mas há uma diferença entre a dose de reforço que é indicada quando as duas doses, inicialmente, conseguiram ter boas respostas no sistema imunológico, mas por questões epidemiológicas, é possível dar uma reforçada com essa nova dose.

“Com uma terceira dose, a gente está querendo dizer que aquela população alvo, de repente, não conseguiu atingir os níveis desejáveis de eficácia”, explica Barretos.

Mais vacinados e hábitos saudáveis

Além de novas estratégias de vacinação que já estão sendo avaliadas pelos órgãos, algo que auxilia na resposta imune dos idosos —e também de pessoas de outras faixas etárias— é ter hábitos saudáveis: dormir bem, alimentação balanceada e fazer atividades físicas.

Também é essencial que os adolescentes, jovens e adultos, principalmente os que convivem com idosos, tomem a vacina. Isso é também uma forma de protegê-los da covid-19. Lembre-se que vacina não é uma decisão individual, é um pacto coletivo.

 

Fonte: Portal Grande Ponto com informações de UOL

Saúde

Ministro Queiroga disse que a 3ª dose vai começar com idosos e profissionais da saúde

Foto: TV Globo/ Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a terceira dose da vacina será aplicada, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde. Entretanto, Queiroga não informou quando a dose de reforço começará no Brasil e disse que mais dados científicos são necessários.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, explicou o ministro.

Ele lembrou que o Ministério da Saúde já encomendou um estudo para verificar a estratégia de terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca no Brasil (veja mais abaixo).

“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste”, disse Queiroga.

Diminuição do intervalo da Pfizer

Queiroga também disse que o Ministério da Saúde considera diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias em setembro. Segundo estimativas do governo, todos os brasileiros irão receber a primeira dose da vacina até o próximo mês.

Atualmente, o ministério recomenda o espaçamento de 90 dias entre doses. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.

“O intervalo da Pfizer no bulário é de 21 dias. Para avançar no número de brasileiros vacinados com a primeira dose, resolveu-se ampliar o espaço para 90 dias. Agora que nós já vamos completar a D1 [primeira dose] em setembro, estudamos voltar o intervalo para 21 dias para que a gente possa acelerar a D2 [segunda dose]. Se fizermos isso, em outubro teremos mais de 75% da população vacinada com a D2”, disse o ministro.

Em julho, Queiroga já havia sinalizado que a diminuição do intervalo entre doses da Pfizer só ocorreria após a aplicação de 1ª dose em todos os adultos vacináveis.

Estudos de 3ª dose no Brasil

Em julho, a Anvisa autorizou estudos de terceira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer. Na ocasião, a agência esclareceu que “ainda não havia estudos conclusivos sobre a necessidade” de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.

Sobre os estudos de terceira dose no país:

Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

Fonte : G1