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Tribunais de Contas viram ‘cabidões’ para mulheres de ministros de Lula

 

Parentes de ao menos cinco ministros de Lula têm cargos vitalícios com excelentes salários garantidos em Tribunais de Contas.

O recordista é Jader Filho, ministro das Cidades, com seis parentes distribuídos entre o TCE-PA e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) do Pará.

A tia, Mara Lúcia Barbalho, e a cunhada, Daniela Barbalho, ocupam cargos de conselheiras. Daniela tem um “plus”, é casada com o governador paraense Helder Barbalho, que é irmão do ministro.

Rui Costa, da Casa Civil, emplacou a mulher e ex-primeira-dama da Bahia Aline Peixoto como conselheira no TCM-BA.

Marília Góes virou conselheira do TCE-AP quando o marido Waldez Góes, hoje ministro do Desenvolvimento Regional, governava o Amapá.

As esposas de Wellington Dias, Desenvolvimento Social, e Renan Filho, Transportes, também levaram vaga nos TCEs em seus estados.

A coluna procurou a assessoria de todos os ministros citados e mantém o espaço aberto para as explicações que queiram prestar.

Deu no Diário do Poder

Saúde

TCU alerta para risco de falta de insulina de ação rápida no Brasil

 De acordo com o TCU, o estoque do Ministério da Saúde de insulina de ação rápida deve acabar em abril

 

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o estoque do Ministério da Saúde de insulina de ação rápida, medicamento utilizado para o tratamento de diabetes, deve acabar em abril. A orientação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é para que os pacientes procurem por atendimento médico caso não consigam adquirir o medicamento. O ministério realizou dos pregões para adquirir mais doses, um em agosto de 2022 e outro em janeiro de 2023, mas não atraiu o interesse das empresas fabricantes. No dia 31 de janeiro o Governo Federal abriu um processo de compra emergencial para adquirir, por dispensa de licitação, 1,3 milhão de tubetes de insulina de 3 ml para atender o Sistema Único de Saúde (SUS). O montante teria capacidade para suprir 180 dias. Mas segundo o TCU o risco de desabastecimento persiste, considerando que o produto só chegaria ao Brasil em meados de junho e o estoque atual não seria suficiente para chegar ao mês de maio.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que as insulinas regulares mais consumidas estão com o estoque adequado e que o caso da insulina análoga de ação rápida tem sido tratado com máxima prioridade junto aos fornecedores internacionais para voltar a garantir o atendimento á população via SUS. De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quinto país com maior número de diabéticos, com 16,8 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) que sofrem da doença. A estimativa da incidência da doença no país em 2030 chega a 21,5 milhões. A falta de tratamento da diabetes pode agravar o quadro e pode levar a complicações nos olhos, rins e nervos. Em casos mais graves, a doença não tratada pode levar a óbito.

Deu na JP News

Economia

TCU suspende análise da privatização da Eletrobras

 

Em derrota ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o julgamento da segunda etapa da privatização da Eletrobras por 20 dias, após pedido de vista (mais tempo para análise) apresentado pelo ministro Vital do Rêgo. Com a decisão, o processo só deve voltar à pauta no dia 11 de maio, o que inviabiliza os planos do governo de realizar a operação até 13 de maio.

Vital do Rêgo, no entanto, solicitou vista inicialmente por 60 dias, conforme havia adiantado ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) pela manhã. Durante o julgamento, no entanto, ele cedeu ao apelo dos demais ministros e aceitou reduzir o prazo para, no máximo, 20 dias.

Mesmo com o recuo do ministro, não será possível que o governo realize a operação no próximo mês. Para concluir a venda dentro do cronograma, o pedido de vista não poderia ser superior a sete dias, o que não foi possível, mesmo com a pressão do governo. O ministro Jorge Oliveira, que foi indicado por Bolsonaro ao TCU, sugeriu reduzir para sete, como queria o governo, mas houve questionamentos sobre o regimento do órgão.

O Executivo avaliava que havia uma janela de oportunidade para vender a empresa até o dia 13 de maio. Passado esse período, membros do governo dizem que a operação ficaria inviabilizada, dada a proximidade do período eleitoral, que poderia contaminar a desestatização. Esse argumento foi rechaçado por alguns ministros do TCU, que o consideraram “falacioso”.

“O investidor aceitaria comprar a Eletrobras na primeira semana de junho e não na última de julho? Parece um argumento traçado para jogar sobre o Tribunal o peso da opinião pública”, questionou o ministro Bruno Dantas, que afirmou poucas vezes ter sentido uma “tentativa de pressionar o Tribunal de forma tão avassaladora”.

Potência

O julgamento começou com a apresentação do voto do ministro-relator, Aroldo Cedraz, o único que analisou o mérito do processo. Ele identificou inconsistências na segunda etapa da privatização, que analisa a modelagem e o novo modelo societário da empresa. Ele propôs que a área técnica do órgão avalie os impactos futuros de venda de potência de energia pela Eletrobras

Cedraz também votou para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela modelagem da privatização, revise as premissas de receitas da empresa. Ele afirmou que os estudos apresentados pela instituição financeira sobre as receitas operacionais da estatal do setor elétrico “não têm sustentação”.

Até o fechamento da matéria, o Ministério da Economia e o Ministério de Minas e Energia não se manifestaram sobre o adiamento do julgamento pelo TCU.