Notícias

Bolsonaro volta a ser internado em Manaus após infecção na perna e no braço

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista à revista Oeste nesta terça-feira (27) - Foto: YouTube / Reprodução

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser internado em Manaus neste domingo (5), para tratar uma infecção de pele, depois de passar pelo hospital e receber alta no último sábado (4), pelo mesmo problema. O ex-presidente está no Amazonas desde a sexta-feira (3), encontrou-se com aliados políticos no estado e participou de um evento do PL com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), Bolsonaro está em um hospital da capital amazonense para receber tratamento contra uma erisipela, uma infecção de pele que atinge o braço e a perna do ex-chefe do executivo.

Neste sábado, durante o evento estadual do PL Mulher, Bolsonaro discursou aos apoiadores com o braço enfaixado, e afirmou que havia sido internado, no Hospital Santa Júlia de Manaus, com erisipela e desidratação. Ele voltou ao centro médico na manhã deste domingo e ficará sob observação.

“Quando cai a imunidade da gente por problemas variados, a erisipela é comum de acontecer. Então já estou medicado, tranquilo, pronto pra outra. Valeu, Amazonas” afirmou o ex-presidente ao sair do hospital no sábado.

Segundo Alberto Neto, Bolsonaro deve retornar para Brasília na segunda-feira (6). “O ex-presidente retornou ao hospital para continuar a medicação e permanece em observação para melhor evolução do quadro clínico”, afirmou o deputado.

Por ser uma infecção bacteriana, a erisipela é tratada com antibióticos. Dependendo da gravidade do quadro, os sinais de melhora começam a aparecer a partir de 48 horas do início da medicação.

Não é a primeira vez que o ex-presidente enfrenta um episódio com essa infecção de pele. Em novembro de 2022, quando ainda era presidente da República, Bolsonaro cancelou agendas pelo mesmo problema. À época, o então vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a doença impedia o então presidente de vestir calças.

Fonte: CNN

Notícias

OMS: Mortes por câncer no Brasil devem subir quase 100% nos próximos anos

Medicamento surpreende comunidade científica ao eliminar câncer em 100% dos  casos

 

As recentes projeções da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam um cenário preocupante para o Brasil no que diz respeito ao câncer. O país pode esperar cerca de 554 mil mortes por câncer em 2050, representando um aumento de 98,6% em relação aos 279 mil óbitos registrados em 2022.

Além disso, a expectativa é de que o Brasil enfrente 1,15 milhão de novos casos de câncer até 2050, o que seria 83,5% mais do que os 627 mil casos identificados em 2022.

Este levantamento, que faz parte de uma pesquisa mais ampla sobre financiamento de serviços oncológicos e cuidados paliativos, abrangeu 115 países e utilizou dados de 2022 para demonstrar que a incidência e mortalidade por câncer estão em uma trajetória ascendente globalmente.

Para 2050, a IARC projeta que haverá 35 milhões de novos casos de câncer mundialmente, um salto de 77% em relação aos 20 milhões de casos em 2022. Essa aceleração é atribuída ao envelhecimento e ao aumento da população mundial, bem como a uma maior exposição a fatores de risco conhecidos, incluindo tabaco, álcool, obesidade e poluição atmosférica.

Dados por tipo de câncer em 2022

As novas estimativas do Observatório Global do Câncer, operado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), revelam que dez tipos de câncer foram responsáveis por aproximadamente dois terços de todos os novos casos e óbitos por câncer globalmente em 2022. Esses dados abrangem 185 países e 36 tipos diferentes de câncer.

O câncer de pulmão liderou a lista como o tipo mais comum mundialmente, com 2,5 milhões de novos casos, o que representa 12,4% do total. Em seguida, vem o câncer de mama feminino, com 2,3 milhões de casos (11,6%), e o câncer colorretal, com 1,9 milhão de casos (9,6%). O câncer de próstata registrou 1,5 milhão de casos (7,3%), e o câncer de estômago teve 970 mil casos (4,9%).

Além disso, o câncer de pulmão foi a maior causa de morte, com 1,8 milhões de óbitos (18,7% do total), seguido pelo câncer colorretal, com 900 mil mortes (9,3%), câncer de fígado, com 760 mil (7,8%), câncer de mama, com 670 mil (6,9%) e câncer de estômago, com 660 mil mortes (6,8%).

Desigualdade entre países no acesso a serviços

A pesquisa conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) revelou que, apesar do aumento nos casos e mortes por câncer, somente 39% dos países analisados no estudo incluem o tratamento oncológico como parte dos serviços de saúde universalmente disponíveis para todos os cidadãos. Ainda mais, apenas 28% desses países oferecem serviços de cuidados paliativos a pacientes que necessitam.

Esses achados sublinham um “impacto desproporcional nas populações carentes” e destacam uma “necessidade urgente de enfrentar as desigualdades no câncer em todo o mundo”, conforme apontado em um comunicado da IARC. A disparidade no acesso ao tratamento e aos cuidados paliativos evidencia as significativas lacunas na saúde global e a importância de políticas que promovam a equidade no cuidado oncológico.

Deu no Conexão Política

Notícias

Pesquisadores da UFRN criam substância a partir de glândula do escorpião que pode servir como antibiótico para tratar câncer

 

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um conjunto de substâncias que têm potencial de auxiliar no tratamento de infecções causadas por bactérias e do câncer. As substâncias elaboradas na UFRN são derivadas de um peptídeo extraído naturalmente a partir de uma glândula do escorpião amarelo, animal amplamente encontrado no Nordeste brasileiro.

O estudo foi desenvolvido no Departamento de Farmácia da UFRN.

Os pesquisadores usaram a Stigmurina, o peptídeo natural do escorpião, e realizaram mutações pontuais em regiões específicas. Essas transformações geraram 31 peptídeos diferentes, chamados de análogos, com carga e polaridade que favorecem a ligação mais potente deles a membranas bacterianas de importância médica. Tudo foi feito a partir de estudos de bioinformática, com amplo uso.

As características permitem potencializar as atividades antimicrobiana e anticâncer da substância original.

As “sequências peptídicas” foram promovidas por meio de. Coordenador e supervisor dos estudos, Matheus de Freitas Fernandes Pedrosa afirma que “a aplicabilidade dessa descoberta científica se dá tanto na medicina humana quanto na veterinária”.

No último dia 12 de setembro, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu definitivamente o patenteamento das substâncias. A patente confere aos inventores a exclusividade sobre a criação e a restrição do seu uso por terceiros sem o seu consentimento.

“Essas moléculas multifuncionais surgem como uma fonte promissora para a obtenção de novas alternativas terapêuticas por mostrarem elevada ação contra diferentes linhagens de células cancerígenas em cultura celular, com ação superior ao peptídeo nativo. Estudos experimentais realizados por nosso laboratório, com parte das moléculas depositadas nessa patente, têm de fato mostrado elevada ação antibacteriana contra diferentes”, descreve a pesquisadora Alessandra Daniele da Silva.

Além de Matheus e de Alessandra, o grupo de inventores é formado, ainda, por Andréia Bergamo Estrela e Adriana Marina e Silva Parente.

Tecbiofar

Os estudos foram desenvolvidos no Laboratório de Tecnologia e Biotecnologia farmacêutica (Tecbiofar). O laboratório e o grupo de pesquisa possuem mais de 15 anos de experiência na investigação de moléculas com potencial terapêutico, desde a sua identificação a partir de produtos naturais (plantas e escorpiões), avaliação das atividades antiinflamatória, antibacteriana, cicatrizante, anti venenos de escorpiões e serpentes, além de antiproliferativa em estudos in silico e in vitro, até o desenvolvimento de uma formulação farmacêutica e aplicação in vivo.

Atualmente no Tecbiofar, laboratório que envolve os professores do Departamento de Farmácia Matheus Pedrosa e Arnobio Antonio da Silva Junior, há a continuação da pesquisa desses peptídeos análogos na terapia antibacteriana, com os testes contínuos, e a continuação da pesquisa desses peptídeos análogos na terapia antibacteriana, com o teste contra microrganismos multirresistentes no Brasil, como parasitas e vírus, apresentando resultados positivos.

Não bastasse, também ocorre o desenvolvimento de uma formulação farmacêutica associada aos peptídeos análogos. As ações ocorrem por meio de cooperações científicas com instituições francesas e brasileiras.

“Um estudo, publicado anteriormente em nosso laboratório, tem mostrado o efeito benéfico da Stigmurina no tratamento de feridas de pele infectada com bactéria em camundongos. Outra vertente importante que estamos desenvolvendo nos últimos anos é a resolução estrutural dos peptídeos análogos pela técnica de ressonância magnética nuclear, em que os peptídeos são analisados num equipamento de alta resolução na UFRJ; a estrutura terciária é resolvida em definitivo em parceria com o professor colaborador Jarbas Resende, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com a professora colaboradora Renata Mendonça, do Instituto de Química da UFRN. A determinação da estrutura de uma molécula é uma etapa essencial para que ela se torne um novo medicamento ou auxiliar de medicamentos pré-existentes”, relata Matheus Pedrosa.

Notícias

Anvisa autoriza ensaio clínico de novo tratamento contra o câncer

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan, a iniciar um ensaio clínico no país com um medicamento à base de células geneticamente modificadas, as chamadas CAR-T. A pesquisa é considerada mais um avanço no tratamento contra o câncer hematológico (no sangue).

Segundo a Anvisa, os trabalhos estão em fase clínica inicial e o objetivo é avaliar a segurança e a eficácia no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, recidivados e refratários, em casos de reaparecimento da doença ou de resistência ao tratamento padrão. A nova terapia usa as células de defesa do próprio corpo para atacar linfomas e leucemia.

– Tanto a tecnologia de transferência de genes, por meio de vetor viral, quanto a tecnologia de produção das células são avanços em desenvolvimento pelos pesquisadores nacionais – afirma em nota a Anvisa.

REMISSÃO COMPLETA
Em maio deste ano, um paciente teve remissão completa de um linfoma não Hodgkin em apenas um mês. A evolução foi celebrada por pesquisadores, pois ele foi um dos 14 pacientes que participaram de estudo com a terapia CAR-T Cell desenvolvido pelas Faculdades de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da USP de Ribeirão Preto, em parceria com o hemocentro da cidade e com o Instituto Butantan. Do total de participantes, nove tiveram remissão completa.

De acordo com a Anvisa, o objetivo da autorização do ensaio clínico do novo tratamento é impulsionar o desenvolvimento de produtos de terapias avançadas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em janeiro, a FUNDHERP e o Instituto Butantan foram selecionados por meio de edital de chamamento.

A Anvisa e os patrocinadores realizaram diversas reuniões periódicas e constantes discussões de dados e elaboração de documentos técnicos e regulatórios, que foram submetidos continuamente, com inteira prioridade por parte da equipe técnica da agência. Foram 104 dias de avaliação documental realizada pela agência e 144 dias de respostas às exigências trabalhadas pela FUNDHERP.

Após a aprovação do início do ensaio clínico, a Anvisa criou um plano de acompanhamento.

– Isso envolve revisões frequentes dos dados e informações da pesquisa, com ações planejadas até dezembro de 2024. Se os resultados forem bons, o objetivo é registrar o produto rapidamente para que as pessoas tenham acesso a uma opção de tratamento segura, eficaz e de alta qualidade disponível no SUS – destacou a agência.

Deu no Estadão

Notícias

Tuberculose: medicamento para tratamento mais curto está sob consulta

 

A incorporação do medicamento pretomanida ao Sistema Único de Saúde (SUS) está em consulta pública até o dia 4 de setembro. A proposta é reduzir de 18 para seis meses o período de tratamento contra a tuberculose multirresistente.

O pedido de incorporação do medicamento foi feito pelo próprio Ministério da Saúde à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que deu parecer favorável e abriu caminho para a consulta pública.

Em nota, o ministério informou que a incorporação da pretomanida vai permitir o uso de dois esquemas encurtados, o BPaL (bedaquilina, pretomanida e linezolida) e o BPaLM (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino), que possibilitam encurtar o período do tratamento.

“Os principais beneficiados com os tratamentos serão pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), tuberculose multidrogarresistente (TB MDR) e pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR)”, destacou a pasta. Tratamentos encurtados com pretomanida são atualmente recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além de maior comodidade posológica para o paciente, a incorporação do medicamento deve gerar uma economia ao SUS de cerca de R$ 15 mil por usuário. O cuidado de pessoas com tuberculose drogarresistente é realizado em serviços de referência para a doença, com profissionais de saúde especializados.

Fonte: Agência Brasil

Notícias

Paciente que teve remissão completa de câncer volta a caminhar

 

Em São Paulo, o paciente Paulo Peregrino voltou a fazer caminhadas quase 90 dias depois de passar por um tratamento inovador contra o câncer. O publicitário lutava contra a doença havia 13 anos e conseguiu a remissão completa do linfoma.

O homem de 61 anos, que começou a combater o primeiro linfoma em 2018, relatou seu progresso ao site G1. “Desde a alta, praticamente não parei de caminhar”, disse.

Peregrino acrescentou que, “no começo, eram caminhadas curtas, de cerca de 10 minutos”. Agora o homem diz caminhar por mais tempo. “A fisioterapeuta ficou impressionada e orgulhosa quando me viu caminhando”, contou.

Peregrino iria começar a receber cuidados paliativos — quando o paciente já não tem chance de cura. No entanto, entre março e abril deste ano, ele se tornou o 14º paciente a ser tratado pela terapia CAR-T Cell, técnica que utiliza as próprias células de defesa do paciente, modificadas em laboratório.

A iniciativa faz parte de um estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Assim como Peregrino, todos os pacientes tratados com esse método tiveram remissão de, pelo menos, 60% dos tumores. Ele fez a recuperação no Sistema Único de Saúde (SUS).

Embora mostre resultados positivos, a técnica é utilizada em poucos países. No Brasil, no segundo semestre, 75 pacientes devem ser tratados com o CAR-T Cell.

O Estado deve custear os tratamentos, depois da autorização da Anvisa para o estudo clínico. Atualmente, a terapia só existe na rede privada brasileira, ao custo de pelo menos R$ 2 milhões por pessoa.

“Para disponibilizá-lo à população brasileira, é necessário obter um financiamento do tratamento para 75 pacientes com linfoma e leucemia e gerar os dados clínicos que permitam o registro do produto na Anvisa”, explicou Dimas Costa, coordenador do Centro de Terapia Celular CEPID-USP e do Núcleo de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto. Ele é responsável pelo desenvolvimento da versão brasileira dessa tecnologia.

Deu na Oeste

Saúde

Minúsculo implante fez câncer de mama reduzir 90% em 14 dias

Imagem de capa para Minúsculo implante fez câncer de mama reduzir 90% em 14 dias
O implante de uma bateria autocarregável permitiu que medicamentos destruíssem os tumores em apenas duas semanas – Foto: Freepik

 

 

Viva a ciência!

Cientistas descobriram que um minúsculo implante pode ser eficaz contra câncer de mama.  Uma bateria autocarregável, implantada em camundongos, permitiu que medicamentos destruíssem os tumores em apenas duas semanas, preservando a vida dos bichinhos!

O estudo mostrou que, após 14 dias, os tumores em animais que receberam a bateria e o tratamento HAP diminuíram em média 90%.

O estudo publicado nas revistas científicas South West News Service e New Scientist revelou que este sistema pode ser o caminho para cura da doença cuja perspectiva, em 2020, era atingir cerca de 2,3 milhões de casos novos, representando 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres.

Como funciona?

O implante feito pelos cientistas injeta água salgada na área afetada, fazendo com que a bateria consuma todo o oxigênio disponível. Isso cria uma condição conhecida como hipóxia, que destaca as células cancerígenas.

A bateria aumenta a eficácia dos medicamentos HAP (pró-drogas ativadas por hipóxia), que visam especificamente as células hipóxicas – com baixo teor de oxigênio.

Até então, nenhum HAP havia sido aprovado para uso clínico devido à falta de evidências de sua eficácia.

Tratamento revolucionário

A equipe de pesquisa da Universidade Fudan, em Xangai, China, implantou o dispositivo nas axilas de 25 camundongos com câncer de mama na tentativa de conseguir disponibilizar um tratamento revolucionário.

Quatro desses camundongos tiveram o desaparecimento completo do tumor! Em contraste, os tumores nos outros grupos de camundongos permaneceram do mesmo tamanho ou continuaram a crescer.

O professor Fan Zhang, autor principal do estudo, explicou que a bateria é capaz de consumir o oxigênio dentro do tumor.

“A bateria pode cobrir o tumor e consumir persistentemente o oxigênio dentro dele por mais de 14 dias, o que é muito mais do que os agentes anteriores que trabalhavam, geralmente, não mais que dois dias”, disse o pesquisador.

 

As imagens nos camundongos mostra que a bateria ataca as células cancerígenas de forma gradual. - Foto: Divulgação/Fudan University
As imagens nos camundongos mostram que o minúsculo implante da bateria ataca as células cancerígenas de forma gradual e pode reduzir o câncer de mama em 14 dias. – Foto: Divulgação/Fudan University

 

O que ainda falta

Porém, o professor Randall Johnson, da Universidade de Cambridge, levantou preocupações sobre o risco potencial de propagação do câncer ao induzir a hipóxia em um tumor.

Randall enfatizou que antes de qualquer aplicação em seres humanos, o novo tratamento precisa ser cuidadosamente avaliado.

“Embora isso não pareça ter ocorrido nesses camundongos, os custos e benefícios do uso da bateria em pessoas precisam ser avaliados antes de qualquer tratamento humano”, informou Randall.

Este estudo promissor destaca uma nova abordagem potencialmente eficaz no tratamento de tumores de câncer de mama, mas é necessário mais pesquisa e avaliação antes de sua aplicação clínica em humanos.

 

Informações da Science Advances.

Saúde

Herpes na gengiva: o que é esse vírus e como tratar

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o herpes simples é uma infecção viral no qual 99% da população desenvolveu imunidade durante a infância e a adolescência. Apesar do contato, a maior parte das pessoas não chega a sofrer com o estágio avançado da doença, mas, ao ser latente, surgem sintomas como ardor, queimação e incômodo na pele.

A herpes é uma infecção causada por um vírus altamente transmissível em seres humanos, que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas vesículas (elevação da pele contendo líquido em seu interior) e bolhas na boca, nos lábios e na gengiva. As lesões bucais têm duração de, aproximadamente, uma semana e podem causar coceira, ardência e formigamento, devendo o paciente procurar ajuda especializada para tratar.

A principal razão da herpes bucal ocorrer é devido ao contato com a saliva humana e superfícies contaminadas pelo micro-organismo. O paciente que coloca objetos na boca ou beija outras pessoas diagnosticadas com o problema tem alta chance de contrair a doença.

Muitas pessoas ainda confundem as lesões de herpes com as aftas presentes na mucosa da bucal. Mas os dois problemas, apesar de serem facilmente confundidos, são bastante diferentes e têm causas distintas. A principal entre elas se deve ao fato da herpes ser uma doença infectocontagiosa, enquanto as aftas são pequenas úlceras de origem sistêmica, isto é, causadas geralmente por mudanças hormonais, estresse e ingestão de frutas ácidas.

Portanto, para evitar a manifestação da herpes na gengiva, é recomendado manter uma dietasaudável para fortalecer a imunidade, evitar sol forte e redobrar os cuidados com a higiene pessoal, realizando relações sexuais apenas com o uso de preservativo e também no manuseio e uso de objetos e utensílios. Vale destacar que o tratamento na gengiva depende da gravidade do problema, mas, em todos os casos, o cirurgião-dentista ou o médico responsável é quem deve prescrever medicamentos antivirais tópicos ou de uso oral. O paciente nunca deve se automedicar, pois pode agravar o quadro.

Informações do Dr Paulo Zahr

Saúde

Molécula da esponja do mar ajuda a tratar Parkinson, diz estudo

 

 

Uma equipe de pesquisadores químicos fez um importante avanço no campo da farmacêutica ao criar a primeira versão sintética de uma molécula, descoberta em uma esponja do mar, capaz de tratar a doença de Parkinson e distúrbios semelhantes.

A substância, conhecida como ácido lissodendórico A, é capaz de neutralizar outras moléculas que danificam o DNA, RNA e proteínas.

A descoberta tem sido considerada inovadora já que quase todos os medicamentos são fabricados por química orgânica sintética. Com o grande poder da esponja do mar, os laboratórios conseguirão desenvolver medicamentos muitos mais rápidos e em larga escala.

Os cientistas integram a equipe de pesquisadores químicos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

A pesquisa

Os pesquisadores partiram do composto aleno cíclico para criar as reações químicas necessárias que deram origem ao ácido lissodendórico A. Um dos desafios enfrentados foi a “lateralidade”, ou seja, a existência de duas formas diferentes de moléculas, como o ácido lissodendórico A, que são quimicamente iguais, mas com aparências espelhadas.

Para superar este desafio, a equipe de Neil Garg, professor de química e bioquímica da UCLA, utilizou alênios cíclicos como intermediários em um processo de reação de 12 etapas para produzir apenas o enantiômetro desejado do ácido lissodendórico A.

Este método inovador pode inspirar outras pesquisas farmacêuticas.

Neil afirmou que a maioria dos medicamentos hoje é feita a partir de química orgânica sintética e que um dos papéis da academia é estabelecer novas reações químicas que possam ser usadas para desenvolver rapidamente medicamentos.

No entanto, ao se produzir uma mistura dos enantiômetros, é necessário gastar mais tempo e dinheiro para remover as versões indesejadas das moléculas.

“A grande maioria dos medicamentos hoje é feita por química orgânica sintética, e um dos nossos papéis na academia é estabelecer novas reações químicas que poderiam ser usadas para desenvolver rapidamente medicamentos e moléculas com estruturas químicas intrincadas que beneficiam o mundo”, disse o professor.

A equipe de Garg superou essas dificuldades com o uso de alênios cíclicos e, com isso, aprendeu a fazer moléculas complicadas como o ácido lissodendórico A. O avanço é considerado importante para a área farmacêutica e pode trazer grandes benefícios para a saúde humana.

“Ao desafiar o pensamento convencional, agora aprendemos a fazer alenos cíclicos e usá-los para fazer moléculas complicadas como o ácido lissodendórico A”, finalizou Garg.

 

As esponjas ajudarão a aumentar os tratamentos disponíveis hoje para Parkinson. – Foto: Foio: Vladimir B. Krasokhin

 

Informações do Diário da Saúde

Saúde

Dores nas costas: entenda as causas e saiba como prevenir

 

A dor nas costas não é apenas um incômodo rotineiro, é um problema que merece atenção e deve ser tratado corretamente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população já teve ou terá esse tipo de problema de saúde, que compromete a qualidade de vida sob diversos aspectos, entre eles físicos, emocionais e até sociais.

 

Causas das dores nas costas  

De acordo com o neurocirurgião Marco de Agassiz Almeida Vasques, estamos vivendo um período de transformações tecnológicas que têm levado a mudanças nos hábitos de vida. “Deixamos de nos movimentar no dia a dia. O carro, o controle remoto, o videogame, o computador, todas essas novidades levaram o ser humano a reduzir o hábito de se movimentar. Uma das consequências disto é a maior observação das dores na coluna”, afirma.

O ortopedista Rodrigo Junqueira Nicolau explica que a coluna vertebral necessita de um bom funcionamento da musculatura que a estabiliza, para que a sobrecarga e os movimentos que realizamos sejam menos desgastantes para as estruturas que nos suporta e que protegem nosso sistema nervoso.

 

Origens das dores  

Além do estilo de vida mais sedentário, uma simples dor nas costas pode ter diversas origens, desde hábitos incorretos de postura até doenças mais graves. “A dor nas costas é um sintoma, podendo ter causas diversas. Algumas destas causas seriam problemas musculares, articulares ou mesmo viscerais. As doenças degenerativas como a artrose e a hérnia discal são causas comuns, mas também há outros tipos de doenças como tumores que podem se manifestar como uma dor nas costas”, alerta o neurocirurgião.

 

Pessoas mais atingidas  

Marco de Agassiz Almeida Vasques afirma que as faixas etárias mais frequentes com problemas na coluna são entre 30 e 60 anos. “Mostra o impacto que isto traz para a sociedade, pois é justamente a idade mais produtiva do indivíduo. No entanto, qualquer idade pode ser acometida, dada a multiplicidade das causas”, garante.

 

Dores nas costas em crianças  

O peso excessivo das mochilas durante a fase de crescimento, de acordo com Marco de Agassiz Almeida Vasques, pode trazer problemas posturais e dores futuras. “O peso máximo não deve ultrapassar 10 a 15% do peso da criança. Caso não seja possível evitar carregar o peso, uma alternativa é procurar distribuir a carga de forma simétrica, evitando apoiar em um só lado do corpo. Mas é melhor utilizar a mochila com rodas, que evita a necessidade de carga sobre a coluna”, adverte o especialista.

 

Prevenindo dores nas costas  

As dores decorrentes de postura inadequada são as mais fáceis de prevenir. Começar a prestar mais atenção na posição de suas costas enquanto está no trabalho, por exemplo, já é um bom começo. Entretanto, Marco de Agassiz Almeida Vasques observa que existem diversos movimentos que realizamos no dia a dia e que, quando feitos com consciência, diminuem a probabilidade de desenvolver dores nas costas.

“Ao longo do dia realizamos muitos movimentos, como levantar, sentar, entrar e sair do carro, carregar objetos pesados ou pegar algum objeto que caiu no chão. Estes movimentos feitos ao longo de anos de forma incorreta podem causar dores. Se criarmos o hábito de nos movimentar, praticar atividade física, sentar e dormir corretamente, provavelmente vamos reduzir nossa chance de apresentar dores”, afirma o neurocirurgião.

 

Tratamentos para dor nas costas

De acordo com Juliano Wada, fisioterapeuta especializado em osteopatia, existem diversas formas de tratamentos para dores na coluna, entre elas estão os exercícios físicos, os medicamentos, as cirurgias, a reabilitação fisioterapêutica e os tratamentos alternativos. “Todas as intervenções são eficazes, depende de cada caso. O mais importante é realizar um trabalho multiprofissional”, explica.

Existem diversas estruturas na coluna que podem ser responsáveis em causar as dores. Por isso, segundo o ortopedista Rodrigo Junqueira Nicolau, o importante é tentar reconhecê-las para estabelecer o tratamento mais individualizado possível para cada caso.

“A grande maioria dos problemas de dores nas costas podem ser tratados sem cirurgias, e existem diversas opções de acordo com o caso”, complementa. “Mas, é importante também avaliar o estilo de vida das pessoas para tentar mudar atitudes que estejam levando e agravando os problemas da coluna”, conclui o profissional.

Deu na JP News