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Senado aprova projeto que tipifica injúria racial como racismo e aumenta pena para quem comete o crime

 

O Senado aprovou nesta quinta-feira (18) o projeto que tipifica a injúria racial como racismo e estabelece pena mais rigorosa para quem comete o crime. A proposta, que recebeu 63 votos favoráveis e nenhum contrário, segue para análise da Câmara dos Deputados.

 

O texto alinha a legislação brasileira a uma decisãodo Supremo Tribunal Federal (STF) que, em outubro, tornou imprescritível (passível de punição a qualquer tempo) a injúria racial e estabeleceu que a prática pode ser equiparada ao racismo.

 

O projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado em uma sessão do Senado destinada à análise de propostas de enfrentamento ao racismo e de valorização da cultura negra. No próximo sábado (20), é celebrado no país o Dia da Consciência Negra.

 

A proposta aprovada pelos senadores insere na Lei de Crimes Raciais, sancionada em 1989, um artigo que diz que quem “injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional” será punido com 2 a 5 anos de prisão e pagamento de multa.

 

Atualmente, o crime de injúria racial é previsto no Código Penal, o qual estabelece punição de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem ofende a dignidade de outra pessoa utilizando elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, entre outros.

 

O projeto aprovado, portanto, transfere a injúria racial do Código Penal para a Lei de Crimes Raciais. O objetivo da mudança, segundo defensores da proposta, é eliminar “qualquer dúvida” de que a prática, assim como o racismo, é inafiançável e imprescritível.

 

“A transposição do crime de injúria racial do Código Penal para o bojo da Lei nº 7.716, de 1989 [Lei de Crimes Raciais], trará segurança jurídica no enfretamento da questão, pois retira qualquer dúvida de que o comportamento configura racismo, crime inafiançável e imprescritível”, afirmou o relator do projeto, senador Romário (PL-RJ).

 

“O aumento da pena é adequado e razoável, está em harmonia com as demais previstas pela Lei do Racismo e terá a finalidade de desestimular a perpetuação de atos racistas, bem como punir mais severamente eventuais criminosos”, disse o parlamentar.

 

O crime de racismo, previsto em lei, é aplicado se a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade — por exemplo: impedir que negros tenham acesso a estabelecimento. O racismo é inafiançável e imprescritível, conforme o artigo 5º da Constituição.

 

g1

Política

Pesquisa BigData/96 FM: Rogério Marinho vence disputa para o Senado em três dos quatro cenários

 

Rogério Marinho é o novo ministro do Desenvolvimento Regional — Português  (Brasil)
Foto: Divulgação

 

A pesquisa BigData/96 FM divulgada nesta quinta-feira (18) mostrou que o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho lidera a corrida pelo Senado Federal em três dos quatro cenários analisados no levantamento. 

No primeiro, Rogério Marinho tem 17%, Fábio Faria 14%, Jean Paul 8% e Haroldo Azevedo 3%.

No segundo cenário, numa disputa com Fábio Faria, Rogério Marinho aparece com 26% enquanto o ministro das Comunicações tem 19%.

No terceiro cenário, disputando com Jean Paul, Rogério Marinho tem 25% enquanto o senador aparece com 16%.

Já no confronto entre Fábio Faria e Jean Paul, o ministro das Comunicações aparece com 20% e o senador com 19%.

A pesquisa foi realizada com 1.500 entrevistas nos dias 16 e 17 de novembro de 2021.

 

Deu no Blog do Gustavo Negreiros

Política

Rogério Marinho X Fábio Faria : Disputa para quem será o candidato do presidente tem largada oficial nesta segunda-feira, 27

Foto: Reprodução

Na disputa acirrada pelo apoio do presidente Jair Bolsonaro,  os pretensos candidatos a senador Rogério Marinho e Fábio Faria resolvem botar o bloco na rua.

Pré- candidatos ao senado e disputando uma vaga apenas, os políticos resolveram cair em campo em busca de holofotes que viabilizem a candidatura deles. O Governo Bolsonaro pretende comemorar os 1000 dias de governo mostrando obras realizadas para a população em todos os estados. No Rio Grande do Norte, ja que temos dois ministros de estado, serão dois eventos.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, estará na segunda-feira 27 em Pau dos Ferros e na terça-feira 28 em Mossoró. A agenda oficial está marcada para 14h30, em Pau dos Ferros. Fábio Faria libera oficialmente sinal de TV Digital para cidades. Além de Fábio, também participam do evento o Ministro da Cidadania, João Roma e o presidente da Funasa, Miguel da Silva Marques, além do superintendente da Funasa RN Pablo Tatin. É que haverá inauguração de R$ 9,57 milhões em obras da Funasa RN em 10 municípios da região de Alto Oeste e assinatura de convênio no valor de R$ 19,8 milhões para aterros sanitários.

Já o ministro Rogério Marinho vai promover na segunda-feira 27, no mesmo horário, evento em Mossoró onde entregará máquinas agrícolas que beneficiam mais de 40 municípios do Estado. Vários prefeitos estão sendo convidados pelo presidente da Federação dos Municípios (Femurn), Babá Pereira, de São Tomé. Prefeitos do Agreste, Seridó, Potengi, Mato Grande e Vale do Açu também estão sendo mobilizados para Mossoró, capital do Oeste.

No próximo domingo 26, Rogério Marinho cumpre agenda política no Médio Oeste. O prefeito Juninho Alves (Caraúbas) e o empresário da Banda Saia Rodada, Eugênio Alves, estão mobilizando a região para prestigiar o ministro do Desenvolvimento Regional. Prefeitos de todo Rio Grande do Norte já estão recebendo convites. Rogério vai demostrar força como postulante ao Senado. De quebra, o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) vai tentar tirar uma casquinha do evento, que em Caraúbas está sendo mobilizado para Rogério.

Uma coisa é certa, com essa disputa para quem mostra mais serviços e obras ao presidente Bolsonaro, quem acaba ganhando é o nosso Rio Grande do Norte. Enquanto isso, o senador Jean Paul Prates ( PT ) torce pela desunião dos dois, visando abocanhar fatias de eleitorado de um, ou de outro. Quem viver verá.

 

Política

Senado aprova PEC da minirreforma eleitoral sem coligações partidárias

Foto: Divulgação

O Senado aprovou em definitivo nesta 4ª feira (22.set.2021) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que muda regras eleitorais. O parecer, da senadora e relatora Simone Tebet (MDB-MS), considerou inconstitucional a volta das coligações partidárias, retirada do texto. A proposta foi aprovada no plenário da Casa em 2 turnos, com placar de 70 votos favoráveis e 3 contrários no 1º e de 66 votos a 3 no 2º turno. Vai à promulgação.

Um acordo entre os senadores permitiu que a grande maioria dos líderes orientassem suas bancadas de forma favorável ao texto.

Segundo a relatora, a volta das coligações causa distorção no voto popular, dado que um candidato muito bem votado pode ajudar a eleger outros com ideologia e princípios diferentes do que o que levou a maior parte dos votos. Eis a íntegra do parecer (206 KB).

“A distorção do voto do eleitor decorrente da livre coligação partidária nas eleições proporcionais atenta contra duas das quatro cláusulas pétreas arroladas no art. 60 da Constituição: o voto direto, secreto, universal e periódico e, na medida em que o voto é um dos direitos políticos fundamentais do cidadão, os direitos e garantias individuais”, declarou.

Esse tipo de aliança foi proibido para eleições de deputados e vereadores desde 2020. O pleito de 2022 seria o 1º nacional sem coligações.

O parecer foi apresentado e lido na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado na última semana, em 15 de setembro. Na reunião da CCJ desta 4ª, o líder do Governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), orientou a base a votar a favor do relatório de Tebet. Para que as regras valham para as eleições de 2022, precisam ser promulgadas até o começo de outubro.

“Se o funcionamento do sistema repousa na distorção sistemática de um percentual variável dos votos, enfrentamos uma questão de inconstitucionalidade”, escreveu Tebet.

A senadora avaliou que o fim das coligações não ferem a pluralidade de pensamentos ao inviabilizar partidos menores e que o conceito da inconstitucionalidade desse modelo já foi construído no Congresso.

“O Brasil tem o melhor exemplo do contrário. As coligações têm se transformado em verdadeiro estelionato eleitoral. Ou contrabando. Constrói-se a coligação entre diferentes, baseando-se, tão somente, na conveniência local.”

Tebet manteve a contagem em dobro dos votos de candidatos negros e para mulheres para fins de divisão do fundo eleitoral até 2030. “Parece ser um mecanismo eficiente para estimular os partidos a incluírem nas listas de candidatos nomes competitivos de mulheres e de negros”.

O relatório também libera que congressistas que trocarem de partido com a anuência de seus partidos não sofrerem as penalidades previstas pela chamada “infidelidade partidária”.

Outro tema rejeitado por Tebet foi o afrouxamento das regras para ser apresentado um projeto “de iniciativa popular”. Segundo o texto aprovado pelos deputados, bastava 100 mil assinaturas eletrônicas para dar início à tramitação.

Pelas regras atuais, uma proposta desse tipo precisa de ao menos 1% do eleitorado nacional, distribuído por 5 Estados, com pelo menos 0,3% dos eleitores de cada um deles.

Os senadores temiam que essa facilitação lote o Congresso com projetos de temas já superados pelos congressistas ou que não têm apoio nas Casas, mas que tomariam tempo do Legislativo. Na prática, a quantidade de propostas poderia travar ainda mais os trabalhos na Câmara e no Senado.

“Uma vez que a dinâmica das redes sociais não está ainda suficientemente conhecida e regulamentada, uma alteração dessa magnitude pode dar azo a fraudes no processo, a inclusão de temas eminentemente regionais, locais, corporativistas ou, até mesmo, a pautas lobistas que podem desvirtuar a essência democrática das propostas oriundas da vontade popular.”

A mudança da data da posse dos políticos eleitos, que mudaria do dia 1º de janeiro para 5 (presidente) e 6 de janeiro (governadores), foi aceita. Passa a valer a partir da eleição de 2026, posse em 2027.

Como os senadores apenas suprimiram trechos da PEC e fizeram alterações de redação, sem alterar o mérito do que foi aprovado pela Câmara, o texto aprovado segue para a promulgação do Congresso. A ideia é rediscutir o que foi retirado em uma nova proposta que deve tramitar do zero.

Fonte: Poder 360

Saúde

Senado aprova distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda

Foto: Pixabay

O Senado aprovou esta semana um projeto de lei que viabiliza a distribuição de absorventes gratuitamente para mulheres de baixa renda em todo o Brasil.

Com a aprovação, a proposta agora vai para sanção do presidente da república. Se ele acatar o texto, as regras entram em vigor 120 dias após a publicação do texto no “Diário Oficial da União”.

De acordo com a proposta, o governo criar o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual.

Mulheres beneficiadas

Inicialmente, o programa prevê a distribuição gratuita de absorventes para mulheres que se encaixam no seguinte perfil:

  • jovens estudantes de baixa renda, que estejam devidamente matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
  • mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
  • mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal;
  • mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

Com exceção das mulheres em situação de rua, para receber os absorventes será indispensável o registro no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico).

Precariedade menstrual

A medida pretende combater a precariedade menstrual, que atinge a maioria das mulheres carentes e em situação de vulnerabilidade social.

O texto estabelece que os critérios de quantidade e de oferta gratuita de absorventes, sejam definidos em regulamento, a ser editado após a publicação da lei.

De acordo com o relatório “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos“, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil tem aproximadamente 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais.

Para ler o projeto de lei completo, você pode acessá-lo pelo site da Câmara, neste link.

A sugestão de lei foi apresentada por Emilly Silva, de Pernambuco, por meio do Portal e-Cidadania e apresentada pela autora do projeto Marília Arraes (PT-PE).

Informações do Correio Braziliense