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Saúde mental é principal problema para os professores, aponta pesquisa

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

A saúde dos professores não vai bem no Brasil. É o que aponta o livro Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e saúde dos Professores, lançado nesta semana pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).

O livro foi lançado durante o V Seminário: Trabalho e Saúde dos Professores – Precarização, Adoecimento e Caminhos para a Mudança. Durante o seminário, os pesquisadores apontaram que, seja na rede pública ou na rede privada, os professores sofrem de um mesmo conjunto de males ou doenças, em que há predomínio dos distúrbios mentais tais como síndrome de burnout, estresse e depressão. Depois deles aparecem os distúrbios de voz e os distúrbios osteomusculares (lesões nos músculos, tendões ou articulações).

“Os estudos têm mostrado que as principais necessidades de afastamento para tratamento de saúde dos professores são os transtornos mentais. Quando olhávamos esses estudos há cinco anos, eles apontavam prevalência maior de adoecimento vocal. Mas isso está mudando. Hoje os transtornos mentais já têm assumido a primeira posição em causa de afastamento de professores das salas de aula”, disse Jefferson Peixoto da Silva, tecnologista da Fundacentro.

Segundo Frida Fischer, professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), entre os principais problemas enfrentados por docentes no trabalho está a perda de voz, a perda auditiva, os distúrbios osteomusculares e, mais recentemente, as doenças mentais. “Essas são as principais causas de afastamento dos professores”, disse, em entrevista coletiva.

Uma pesquisa realizada e divulgada recentemente pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) já havia apontado que muitos professores estão enfrentando problemas relacionados à saúde mental e que isso pode ter se agravado com a pandemia do novo coronavírus.

Fonte: Agência Brasil

Saúde

ALERTA: Saiba quando o ato de “beliscar” pode interferir na sua saúde mental

Saiba quando o ato de “beliscar” pode interferir na sua saúde mental

 

Se você parar para pensar em como foi o seu dia ontem, pode lembrar de algum momento em que interrompeu o que estava fazendo para “beliscar” uma comidinha, seja um pedaço de chocolate, um biscoito, uma porção de castanhas ou até mesmo uma fruta. Esse é um comportamento comum e rotineiro, mas que pode indicar um risco à saúde quando se torna repetitivo e afeta o seu controle sobre ele.

Esse comportamento, chamado de grazing (pastando, em tradução livre do inglês), ainda é pouco estudado no Brasil e sua definição foi atualizada recentemente. Trata-se da ingestão de pequenas quantidades de comida de forma repetitiva e não planejada, sem ser uma resposta ao estímulo de fome, com algum nível de perda de controle. É diferente da compulsão, que é caracterizada pelo consumo de uma quantidade grande de alimentos (como uma pizza inteira de uma vez, vários lanches, etc.) numa ação única e não repetida.

Em geral, o grazing está associado ao momento do dia em que a pessoa busca algum tipo de relaxamento ou alívio na comida para compensar alguma situação. Identificar esse comportamento pode ajudar na prevenção de outros transtornos associados a problemas psicológicos e alimentares, entre eles, a compulsão.

A psicóloga Marília Consolini Teodoro de Paiva, doutora em Psicologia, desenvolveu uma ferramenta de rastreio por meio de uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O estudo validou esse instrumento que é capaz de identificar sinais problemáticos desse comportamento e indicar a necessidade de encaminhamento para uma avaliação clínica para que seja feito o diagnóstico.

Segundo Teodoro de Paiva, a pesquisa foi dividida em vários estudos, começando por uma revisão sobre controles alimentares e comportamentos associados – a obesidade está correlacionada a transtornos alimentares. Depois, o grupo fez uma revisão sobre o grazing e como ele se manifestava na população em geral.

Para chegar aos dados brasileiros, a psicóloga investigou e avaliou a manifestação desse comportamento em uma amostra de 823 pessoas – sendo 542 delas com peso considerado normal e 281 com sobrepeso ou obesidade. Os participantes receberam um questionário online, que foi adaptado de uma metodologia original desenvolvida em Portugal e que foi validado para a população do Brasil.

Ao todo, de acordo com a pesquisadora, foram avaliados 12 itens que identificam o comportamento dividido em duas subescalas: o grazing repetitivo, que não é tão prejudicial porque é associado ao nível mais baixo de desregramento da alimentação, e o grazing compulsivo, que de fato prejudica a saúde por estar mais associado ao descontrole.

Regulação emocional
Os resultados apontaram que o grazing compulsivo apareceu de forma mais significativa na amostra de pessoas com obesidade. Além disso, os resultados corroboram estudos internacionais e confirmam que o grazing compulsivo está mais associado aos transtornos mentais, especialmente ansiedade, depressão e estresse.

Outra conclusão do trabalho é que o grazing funciona como um mecanismo de regulação emocional – ele é praticado em busca de alívio de outros sintomas (como depressão, estresse e ansiedade), sendo que o estresse aparece como mediador na manifestação desse comportamento.

“Isso explica a correlação com os sintomas de estresse e ansiedade, associado a níveis mais altos de peso. Não podemos afirmar que o estresse causa o grazing, mas ele tem alta relevância na interferência desse comportamento”, diz a pesquisadora.

A psicóloga ressalta, no entanto, que a ferramenta não faz diagnóstico do grazing, ela apenas sinaliza o problema. “A partir do resultado desse questionário, dependendo da conclusão, a pessoa é encaminhada para uma avaliação clínica para entender como esse comportamento se manifesta de forma mais aprofundada. O meu trabalho parou na definição do instrumento para fazer essa triagem para acompanhamento, mas não entrou na questão do diagnóstico”, explicou a psicóloga.

O fato de “beliscar” várias vezes por dia nem sempre configura um comportamento prejudicial. “A identificação do grazing tem mais a ver com o nível da perda de controle com aquela ação do que com a quantidade de vezes que a pessoa ‘beliscou’ algum alimento. Posso ter ‘beliscado’ cinco vezes no dia, mas com total controle. Ao mesmo tempo, posso ter feito isso menos vezes, com perda de controle desde a primeira vez”, explica.

Esse comportamento vai se tornar um problema quanto mais ele estiver associado à perda de controle – daí a importância de existir ferramentas para identificá-lo o quanto antes. “O grazing nem precisa ser tratado como um problema, mas um comportamento que pode se tornar problemático em alguns casos. Se eu percebo que não consigo parar aquele comportamento, isso indica perda de controle – e esse seria o momento ideal de procurar ajuda especializada”, finalizou.

Com informações da Agência Einstein

 

Saúde

Depressão e fim de ano: festividades como Natal e Ano Novo aumentam casos de ideação suicida

Dezembro é marcado pelo final de um ciclo e as expectativas em relação ao ano que se inicia. É também uma época de muitas festividades, quando se cria todo um clima de esperança e afeto devido ao chamado “espírito de Natal” com expectativas de renovação para o ano que se inicia.

Contudo, para muitas pessoas essa época pode trazer sentimentos contrários a toda essa atmosfera, com mais riscos para complicação de quadros emocionais, como depressão. Para se ter uma ideia, historicamente o CVV (Centro de Valorização da Vida) tem um aumento de 20% de ligações em seu canal nessa época do ano.

De acordo com Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa, maior player de saúde da América Latina, os motivos relacionados ao sofrimento nesse período do ano estão, em sua maioria, atrelados às lembranças de entes queridos já falecidos e a reavivar sentimentos sobre relacionamentos sociais ou familiares conflituosos. “Não há uma ‘receita de bolo’ para detectar seguramente uma ideação suicida, mas um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos, como desesperança; preocupação com a própria morte; discurso que reflita intenção de morrer ou desaparecer; isolamento social e alterações bruscas de humor. Redobrar a atenção à saúde mental nesse período, principalmente para aqueles que já apresentam algum quadro de transtorno psicológico ou que começaram a apresentar alterações no comportamento, é primordial”, explica.

Outro fator de alerta é a solidão que enfrentam os idosos cujos filhos e família são distantes ou ausentes (física ou emocionalmente), ou em especial, para aqueles que já perderam entes queridos ou estão enfermos. “Para estes idosos, o final do ano pode ser uma época focada em nostalgia e melancolia, e até mesmo de desesperança. Uma rede de ajuda e colaboração, entre amigos e vizinhos, por exemplo, pode diminuir o sofrimento pela ausência das famílias”, completa Luciene.

 

Cuidar da saúde mental não deve ter data e hora para acontecer

Dados divulgados em julho do ano passado pelo DataSUS apontam que o número de casos de suicídio no Brasil subiu de 7 mil para 14 mil nos últimos 20 anos, resultando em mais de um suicídio por hora, sem contar casos não notificados, número que ultrapassa a quantidade de vítimas fatais em acidentes de moto.

O acompanhamento psicológico pode auxiliar na compreensão da origem dos sentimentos e pensamentos, ajudando a ressignificar ideias autodestrutivas, crenças, sentimentos e mudar padrões de comportamento. “O acompanhamento profissional é essencial para quem pensa na possibilidade de tirar a própria vida. É preciso ter em mente que esse é um apoio isento de julgamento ou pressão social para se encaixar em padrões impostos. O psicólogo faz a escuta ativa, sem críticas e orienta para soluções e caminhos alternativos que levem a pessoa para uma melhor versão de sua vida e de si mesmo”, conta Luciene.

A psicóloga ainda ressalta que a atenção com a saúde mental envolve o autocuidado como um todo, já que a saúde física está intimamente ligada à mental. “É preciso cuidar da alimentação e hidratação, da qualidade do sono, realizar atividades físicas regularmente, administrar o estresse do dia a dia e cuidar de pensamentos e emoções. Se houver algo de errado, não hesite em procurar a ajuda de um profissional da saúde e, em casos emergenciais, o CVV mantém um canal direto pelo telefone 188, que funciona para todo Brasil”.

Cidade

Vereadores de Natal aprovam criação da Frente Parlamentar em defesa da Saúde Mental

Em discussão única, a Câmara Municipal de Natal aprovou por unanimidade, na sessão ordinária desta quarta-feira (25), um Projeto de Resolução apresentado pelo vereador Robson Carvalho (União Brasil) que institui a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental. Cabe à Mesa Diretora a adoção das providências legais para a implementação das medidas necessárias ao desenvolvimento das atividades da Frente Parlamentar.

De acordo com o projeto, o novo colegiado terá caráter suprapartidário e poderá ter a adesão de qualquer membro da Casa Legislativa com a finalidade de contribuir para o aprofundamento do debate, da formulação e da implementação de políticas públicas que tratem sobre o tema, contribuindo com a organização, ampliação e fortalecimento da luta em defesa da saúde mental tanto no âmbito institucional quanto da sociedade civil.

“O fato é que qualquer pessoa, de ambos os sexos e em qualquer faixa etária, pode ser afetada, em algum momento, por problemas de saúde mental ou dependência química, de maior ou menor gravidade, situação essa que vem sendo identificada com mais frequência após a instalação da Pandemia da COVID-19. Diante disso, entende-se pela necessidade de criação de Frente Parlamentar que vise fiscalizar e cobrar a efetiva implantação de serviços e a respectiva quantidade necessária ao atendimento universal da população”, defendeu o vereador Robson Carvalho.

Logo depois, recebeu parecer favorável, em primeira discussão, o Projeto de Lei n° 209/2022 encaminhado pelo Executivo sobre as Diretrizes Orçamentárias para elaboração do Orçamento Geral do Município para o exercício de 2023. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte. Para isso, fixa o montante de recursos que o governo pretende economizar; traça regras, vedações e limites para as despesas dos Poderes, entre outras medidas. A matéria segue agora para segunda votação.

Notícias

Superman Henry Cavill diz que mantém saúde mental graças ao cachorro

O Superman Henry Cavill disse que o cão dele foi responsável por ele se manter emocionalmente estável - Foto: reprodução Instagram

 

Os animais têm um poder imenso e o Superman Henry Cavill, só confirmou isso! O ator  contou em entrevista que mantém a saúde mental graças ao cão dele, Kal.

“Ele agora tem 8 anos e me salvou emocional e psicologicamente muitas vezes”, disse Henry no talk show “Lorraine”.

“Ele realmente é meu melhor amigo”, contou o ator de 38 anos. “Vamos a todos os lugares juntos”, revelou.

Henry ainda afirmou que ele e o pet compartilham um “elo incrivelmente estreito”.

 

Revelação que inspira

A atitude do grande astro do cinema de revelar sua condição de saúde emocional é uma forma de mostrar que qualquer pessoa pode ter problemas assim.

Se ele, sendo famoso, rico e bonito pode ter, imagine os ser humano anônimo, que vive os problemas da vida comum.

Vale ter um bichinho de estimação para ajudar e vale também procurar ajuda médica ou psicológica também!

Animais e o bem-estar humano

De fato, os animais melhoram o nosso bem-estar e a Ciência comprova isso.

Assim como Henry comentou, até os super-heróis precisam de super-heróis.

O emocional dele precisava ser salvo e foi Kal o grande responsável por isso.

Estudos recentes analisaram o impacto de ter um animal de estimação para a nossa saúde física e mental.

A relação com os pets pode aliviar os sintomas de ansiedade, depressão e estresse, bem como estimular a prática de atividades físicas e ajudar a melhorar índices de saúde.

 

Henry e Kal compartilham - Foto: reprodução Instagram

 

Deu na CNN

Saúde

Piora a saúde mental de 38% dos brasileiros na Pandemia

Foto: Reprodução

Mais uma notícia desanimadora. Quase 4 em 10 brasileiros tiveram piora na saúde mental durante o período da pandemia de covid-19. Segundo pesquisa PoderData realizada de 13 a 15 de setembro de 2021, são 38% os que dizem estar em uma situação pior do que no início da pandemia. Outros 43% relatam estar na mesma situação e 16% consideram ter melhorado.

É a 1ª vez que o PoderData faz este levantamento. O resultado vem durante a campanha Setembro Amarelo, organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina com o objetivo de conscientizar e prevenir suicídios. Em 10 de setembro, celebrou-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Segundo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021 (íntegra – 12 MB), o Brasil registrou 35 suicídios por dia em 2020, ano da pandemia. Foram 12.895 mortes por suicídio registradas no ano, ante 12.745 mortes do tipo contabilizadas em 2019.

Esta pesquisa foi realizada no período de 13 a 15 de setembro de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. Foram 2.500 entrevistas em 411 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

DESTAQUES DEMOGRÁFICOS

Os grupos demográficos que mais dizem que a saúde mental piorou na pandemia são os jovens de 16 a 24 anos (53%) e os que cursaram ensino superior (55%). A resposta é menos frequente entre os que estudaram até o ensino fundamental (29%).

O percentual dos que dizem que a saúde mental piorou fica acima dos que dizem que melhorou em todos os recortes demográficos. Leia abaixo os recortes por sexo, idade, região e nível de instrução.

Informações do Poder 360