Mundo

Rússia e Ucrânia se reunem em Belarus para tentativa de negociação

As comitivas da Ucrânia e da Rússia estão neste momento em Belarus
As comitivas da Ucrânia e da Rússia estão neste momento em Belarus Foto : REUTERS

 

As comitivas da Ucrânia e da Rússia estão neste momento em Belarus para uma primeira negociação entre os dois países, de acordo com a assessoria do presidente ucraniano Volodmir Zelenski. A conversa deve se concentrar em alcançar um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas, afirma a Presidência ucraniana em comunicado.

O encontro ocorre na cidade de Gomel, em Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia. É a primeira vez que representantes dos dois países se reúnem desde que a invasão começou, no dia 24 de fevereiro.

Presidência da Ucrânia informou neste domingo (27) que concordou em dialogar com a Rússia e que as discussões se dariam na fronteira do país com Belarus, perto de Chernobyl. A decisão foi tomada após mediação do presidente bielo-russo Alexander Lukashenko.

“A delegação ucraniana se reunirá com a [delegação] russa sem estabelecer condições prévias na fronteira ucraniana-belarussa, na região do rio Pripyat”, disse a Presidência ucraniana nas redes sociais.

Kremlin

O Kremlin não quer revelar sua posição antes das negociações que devem começar em breve com a Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira (28) o porta-voz do Kremlin.

“Não vou anunciar nossas posições. As negociações devem acontecer em silêncio”, explicou Dmitri Peskov durante encontro diário com a imprensa.

“Vamos deixar que os negociadores se estabeleçam”, completou.

 

 

 

 

Mundo

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião emergencial sobre invasão da Ucrânia pela Rússia

 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou, neste domingo (27), uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, com 193 países membros para tratar da invasão da Ucrânia pela Rússia.

 

O encontro será realizado nesta segunda-feira (28), enquanto aliados ocidentais intensificam uma campanha diplomática para isolar Moscou.

 

A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto. Uma resolução convocando a sessão da Assembleia Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.

 

Espera-se que a Assembleia-Geral vote uma resolução semelhante na quarta-feira (1º), disse a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Meet the Press da NBC neste domingo. Nenhum país tem direito a veto na Assembleia-Geral.

 

CNN Brasil

Mundo

Entenda porque a Rússia invadiu a Usina Nuclear de Chernobyl

 

Tropas russas assumiram o controle da usina de Chernobyl, local onde ocorreu o pior desastre nuclear da história décadas atrás, durante o primeiro dia de sua invasão ao território ucraniano.

A tomada da região no norte da Ucrânia ocorreu logo na quinta-feira (24), no primeiro da invasão russa ao território ucraniano.

Os combates continuaram nos dias seguintes, em diferentes partes do país, incluindo Kiev, a capital, a região de Donbass e o sul da península da Crimeia, tomada pela Rússia em 2014. É um ataque ao longo das fronteiras da Ucrânia com a Rússia e a Bielorrússia.

Mas por que a Rússia decidiu assumir o controle da usina nuclear, agora desativada, e da cidade de Chernobyl, uma área abandonada desde 1986 e ainda parcialmente contaminada pela radiação, tão cedo na guerra?

Após o desastre, foi criada uma Zona de Exclusão, de 30 quilômetros ao redor da usina de Chernobyl. Isso inclui as cidades de Pripyat, próximas à usina nuclear, e Chernobyl, a cerca de 15 quilômetros de distância, que se tornaram cidades fantasmas.

A invasão russa em Chernobyl

A usina de Chernobyl está localizada a cerca de 15 quilômetros da fronteira entre a Ucrânia e Belarus, de onde vem um dos muitos avanços sobre a Ucrânia pelas tropas russas. Também fica a cerca de 100 quilômetros ao norte de Kiev, capital da Ucrânia.

Soldados russos chegaram à fábrica no primeiro dia da invasão, disse à CNN um porta-voz da Agência Estatal Ucraniana para a Gestão de Zonas de Exclusão, Yevgeniya Kuznetsov.

Alyona Shevtsova, conselheira do comandante das Forças Terrestres Ucranianas, disse pelo Facebook que as forças russas assumiram o controle da usina e que funcionários foram feitos “reféns”.

Mykhailo Podolyak, um conselheiro presidencial ucraniano, explicou que o controle da zona de Chernobyl foi perdido após uma “batalha feroz”. Ele acrescentou que o status das instalações de armazenamento de resíduos nucleares da antiga usina de Chernobyl é desconhecido.

Por outro lado, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse à agência estatal russa Tass que os paraquedistas que apreenderam a usina “chegaram a um acordo com o pessoal ucraniano para proteger o reator nuclear e o sarcófago que o protege”.

A agência nuclear da Ucrânia e o Ministério do Interior disseram na sexta-feira (25) que estavam registrando níveis crescentes de radiação no local depois que ele foi apreendido pela Rússia, informou a Reuters.

O Kremlin negou essas alegações, dizendo que os níveis eram normais.

Mapa mostra a rota russa em direção à capital Kiev / CNN Brasil

 

Por que a Rússia decidiu capturar Chernobyl?

A Zona de Exclusão de Chernobyl está no meio da rota mais direta da fronteira de Belarus, onde foi lançado um dos principais ataques da Rússia para Kiev. 

Essa localização geográfica já havia levado o governo ucraniano a enviar tropas para o local no início de fevereiro, esperando um ataque.

Uma fonte de segurança russa citada pela Reuters disse que os soldados russos se concentraram na Zona de Exclusão, que cobre parte do território bielorrusso, antes de cruzar para a Ucrânia na quinta-feira no início da invasão.

Essa fonte disse que a Rússia está tentando controlar a usina de Chernobyl para sinalizar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — a aliança defensiva liderada pelos EUA no centro do conflito sobre as tentativas da Ucrânia de se juntar ao grupo — que não interfira militarmente no conflito.

Konashenkov disse que a captura da usina de Chernobyl era “uma garantia de que grupos nacionalistas e outras organizações terroristas não poderão usar a situação atual do país para realizar uma provocação nuclear”, ecoando as acusações infundadas de Putin. contra o governo ucraniano.

O que aconteceu em Chernobyl em 1986

Uma explosão destruiu o reator nº 4 na fábrica Vladimir Lenin, em Chernobyl, então controlada pela União Soviética, em 26 de abril de 1986, durante um teste de segurança que falhou.

Nuvens de material radioativo se espalharam pela Europa no que se tornou o pior desastre nuclear da história.

Mais de 30 pessoas morreram imediatamente após a explosão e, nos anos que se seguiram, muitas outras morreram por sintomas de radiação, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governo ucraniano evacuou cerca de 135 mil pessoas da área e criou a zona de exclusão de 30 quilômetros ao redor da usina, para que permaneça inabitável por décadas. 

Ainda assim, algumas pessoas continuam morando em Chernobyl e equipes de manutenção continuaram trabalhando no reator.

Nos meses após o acidente, um sarcófago foi construído para cobrir o reator nº 4 e conter o material radioativo. No entanto, desde então se deteriorou, levando a vazamentos de radiação.

Em 2016, uma estrutura conhecida como Novo Confinamento Seguro foi colocada sobre o sarcófago. O enorme design em forma de arco visa evitar a liberação de material contaminado, bem como proteger o sarcófago de impactos externos, como tornados ou tempestades elétricas extremas.

Informações da CNN

Notícias

Rússia intensifica bombardeio em Kiev; Veja o vídeo

Foto: EFE

 

A capital da Ucrânia, Kiev, voltou a ser alvo de bombardeios russos na madrugada de domingo (27), considerando o horário local. Trata-se do quarto dia de ataques. As forças armadas do país vizinho tentam ganhar território na principal cidade da Ucrânia e continuam atacando pontos estratégicos na tentativa de minar a resistência local.

Um dos alvos da madrugada deste domingo foi uma refinaria de petróleo em Vasylkil, cidade ao sul de Kiev, a cerca de 37 km da capital. Ainda não há dados sobre possíveis feridos no ataque.

O bombardeio acontece poucas horas após o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmar em pronunciamento no sábado (26) que o país lutará o tempo necessário para dar fim à ação russa no território ucraniano. “Lutaremos o tempo que for necessário para libertar o país. Se as crianças nascem em abrigos, mesmo quando o bombardeio continua, então o inimigo não tem chance nesta indubitavelmente guerra popular”, afirmou o presidente em pronunciamento divulgado nas redes sociais.

 

Informações do jornal O Povo

 

Mundo

Putin ordena “ofensiva total” e aumenta tropas ao redor da Ucrânia

 

Sem intenções de recuar, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia. A ordem é intensificar a invasão.

 

As informações foram divulgadas pelo Kremlin, sede do governo russo, em um comunicado oficial neste sábado (26/2).

 

O Kremlin disse que Putin ordenou que as tropas não fossem adiante na sexta-feira (25/2), mas que voltaram a avançar neste sábado, depois de supostas negativas para uma negociação. O governo ucraniano nega.

 

Um bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas neste sábado, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência de notícias Interfax.

 

“100 mil soldados”

A Ucrânia vive o terceiro dia de bombardeios e assiste à presença de militares russos aumentar em seu território. O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço sobre os ataques. Agora, segundo ele, 100 mil soldados estão no país.

 

“As batalhas continuam em todo o território da Ucrânia”, destacou. Neste sábado (26/2), em pronunciamento em Brasília, ele fez alertas para a forte presença militar russa e o risco de um operação falsa.

 

Segundo Tkach, os serviços de inteligência detectaram o planejamento russo de realizar “ação de bandeira falsa”. A iniciativa acontece quando um exército se disfarça com uniformes e equipamentos de outro para realizar atentados. “Intenção de cometer atos desumanos”, ponderou.

 

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que “grupos sabotadores” estão ativos em Kiev. Ele anunciou que o sistema de metrô está servindo apenas como abrigo para os cidadãos e pontuou que os trens pararam de funcionar.

 

 

 

Metrópoles

Mundo

Veículos de comunicação são ameaçados pela Rússia por cobertura da invasão

Rússia ameaça veículos de comunicação por cobertura de invasão

 

 

O órgão de controle de comunicações da Rússia acusou 10 veículos de comunicação do país de retratar falsamente o que a Rússia chama de “operação militar especial na Ucrânia” e de distribuir informações falsas.

Um dos veículos advertidos foi o “Novaya Gazeta”, um jornal crítico do governo e cujo editor-chefe, Dmitry Muratov, recebeu o prêmio Nobel da Paz no ano passado.

Outra ameaça foi feita ao Echo Moskvy, uma estação de rádio popular.

O órgão regulador deu ordem para que os jornais, sites e rádios apaguem informações que estão no ar.

 

Mundo

Brasil e 10 países votam a favor de resolução da ONU que condena ataque russo à Ucrânia; Mas com veto da própria Rússia, resolução não avança

 

Nesta sexta-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU atraiu os olhares do mundo ao se reunir, na sede das Nações Unidas em Nova York, para discutir o conflito entre Rússia e Ucrânia.

 

Uma resolução que condena a invasão russa à Ucrânia e pede a retirada de tropas foi votada. Onze países votaram a favor, três se abstiveram e a Rússia votou contra, não permitindo que a resolução entre em vigor por ter direito a veto.

 

A Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que serviria para condenar a invasão da Ucrânia. Foi o único país a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.

 

A China se absteve. Emirados Árabes Unidos e Índia também se abstiveram. O Brasil, que ocupa assento temporário no conselho, votou a favor, junto com EUA e outros nove países.

 

Com informações de g1 e CNN Brasil

Esporte

Uefa remarca a decisão para a França devido a guerra


 

Como prometido, a Uefa agiu rápido e retirou a decisão da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, e definiu que o novo palco será o Stade de France, no dia 28 de maio. A entidade anunciou a troca após reunião extraordinária nesta sexta-feira, dando uma resposta imediata à invasão dos russos à Ucrânia.

 

“O Comitê Executivo da UEFA realizou hoje uma reunião extraordinária na sequência da grave escalada da situação de segurança na Europa. E decidiu transferir a final da Liga dos Campeões 2021/22 de São Petersburgo para o Stade de France em Saint-Denis. O jogo será jogado como inicialmente programado, no sábado, 28 de maio, às 21:00 CET (17 horas de Brasília)”, anunciou a Uefa.

 

A decisão seria na Gazprom Arena, estádio do Zenit e administrado por um grande parceiro da entidade. Mas a pressão de outras confederações alegando falta de segurança acabou sendo decisiva para a terceira troca seguida do palco da grande decisão europeia. As duas anteriores foram ocasionadas por causa da pandemia de covid-19 em Kiev e Istambul e acabaram em Portugal.

 

Será a sexta final da Liga dos Campeões na França e a terceira neste novo palco. Em 2006, o Barcelona fez a festa no Stade de France em decisão emocionante com definição da virada nos minutos finais, com gol heroico do brasileiro Belletti e triunfo por 2 a 1 sobre o Arsenal. Em 2000 o título ficou com o Real Madrid, diante do Valencia. O Stade de France marcou a primeira conquista da seleção francesa em Copas do Mundo. Em 1998, com show de Zidane, bateu o Brasil por 3 a 0.

 

As outras três decisões da Liga dos Campeões no país foram no Parque dos Príncipes, casa do Paris Saint-Germain, em 1956, 1975 e 1981. A equipe francesa está nas oitavas de final, abriu vantagem sobre o Real Madrid com 1 a 0 na ida e busca o inédito título.

 

“A Uefa deseja expressar os seus agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes”, agradeceu a entidade. “Juntamente com o governo francês, a Uefa apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e suas famílias na Ucrânia que enfrentam terríveis sofrimentos humanos, destruição e deslocamento.”

 

A Uefa ainda anunciou que o Comitê Executivo da UEFA também decidiu que os clubes e seleções russas e ucranianas que participem nas competições da Uefa terão de jogar em casa em estádios neutros até novo aviso.

 

“O Comitê Executivo da Uefa decidiu ainda permanecer de prontidão para convocar novas reuniões extraordinárias, regularmente sempre que necessário, para reavaliar a situação legal e factual à medida que evolui e adotar novas decisões conforme necessário.”

 

Outras mudanças

A Fórmula 1 anunciou que, em decisão tomada em conjunto com a FIA e as equipes, não realizará o Grande Prêmio da Rússia após a invasão das forças armadas do país invadirem a Ucrânia neste semana. “É impossível realizar o Grande Prêmio da Rússia nas atuais circunstâncias”, diz a organização em nota sobre a edição na cidade de Sochi, que seria disputada em setembro.

 

Na quinta-feira, o piloto Sebastian Vettel fez questão de se posicionar sobre a crise militar e diplomática e foi duro em suas declarações. O presidente da associação de pilotos da Fórmula 1 (GPDA) disse que não disputaria o GP em protesto por ver “pessoas inocentes perdendo vidas por razões estúpidas.”

 

Mundo

Em meio a conflito, papa quebra protocolo e vai à Embaixada da Rússia

 

Com a tensão no Leste Europeu, o papa Francisco quebrou o protocolo e fez uma visita fora da agenda oficial à Embaixada da Rússia junto à Santa Sé, em Roma. Segundo informações do Vaticano, Francisco quis manifestar a sua preocupação com a guerra na Ucrânia. O religioso foi recebido pelo embaixador Alexander Avdeev.

 

O líder católico chegou em um veículo utilitário branco e permaneceu no prédio na Via della Conciliazione por mais de meia hora, como confirmou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni.

 

Nesta semana, antes da invasão russa à Ucrânia Francisco pediu paz. “Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo”, frisou.

 

Metrópoles

Mundo

Ucrânia rompe relações diplomáticas com a Rússia e chama cidadãos para lutar

Em discurso na manhã (horário de Brasília) desta quinta-feira (24), o presidente da ucraniano Volodimir Zelensky falou em público pela primeira vez após o início da invasão russa ao país. Ele afirmou que a Ucrânia rompeu todas as relações diplomáticas com a Rússia e conclamou os cidadãos com experiência militar para lutar.

“Cada cidadão da Ucrânia deve decidir o futuro de nosso povo. Qualquer pessoa com experiência militar que puder ajudar na defesa da Ucrânia deve se reportar às estações”, disse o presidente da Ucrânia. O parlamento ucraniano aprovou o porte de armas para os cidadãos defenderem seu território.
Os primeiros balanços apontam para 50 ocupantes russos mortos pelo exército ucraniano. Depois dos ataques russos, pelo menos sete pessoas morreram e outras 19 estão desaparecidas na Ucrânia.
Ainda no discurso, o presidente pediu a mobilização de doadores de sangue para tratamento de militares feridos.