ELEIÇÕES 2022, Política

“Vender pesquisa eleitoral errada é negócio bilionário”, acusa Ricardo Barros

 

O líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR) concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, neste sábado, 16, para falar sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de barrar as investigações contra institutos de pesquisas eleitorais e as movimentações políticas para o segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro.

Ele chamou de “negócio” a divulgação de erros em pesquisas. “Vender pesquisa errada, divulgar pesquisa errada, é um grande negócio. É um negócio bilionário. Quando terminou o primeiro turno, a bolsa subiu 5%, e o dólar caiu 4%. Quem já sabia que a pesquisa estava errada ganhou muito dinheiro, especulou muito no mercado.

Entrou a federal investigando, e Alexandre de Moraes manda suspender tudo como se não tivesse nenhum problema para ser resolvido no Brasil. É uma desconexão total com a realidade”. Para Barros o Congresso Nacional precisa agir para evitar que novos erros dos institutos de pesquisas sejam divulgados: “É um desrespeito à inteligência do eleitor”.

O parlamentar defendeu a instauração de investigações dentro das casas legislativas para “o quanto antes”. “Eu confio muito no Congresso Nacional e acho que temos que chegar numa medida a ser tomada de imediato para conter esses abusos e esses negócios. Muita gente ganha dinheiro com isso, pode ter certeza. E é isso que nós queremos investigar. Vamos conter essa malandragem de interferir na opinião das pessoas com pesquisas equivocadas”, defendeu Barros.

Questionado sobre o projeto de lei de sua autoria para alterar as regras de elaboração e divulgação de pesquisas eleitorais, o deputado disse que o PL é uma tentativa de impedir que esses recursos “continuem influenciando” o eleitor. “Boa parte dos brasileiros não quer perder o voto e, então, votam em quem as pesquisas dizem que vai ganhar. Isso, obviamente influencia o resultado das eleições.

O meu projeto prevê punir o estatístico responsável pela pesquisa que não conferir com a urna, o responsável pela empresa de pesquisa e o responsável pela empresa contratante da pesquisa. E também diz que os veículos de comunicação que queiram divulgar pesquisas eleitorais, que queiram tratar deste assunto, devem divulgar todas as pesquisas registradas, de modo que o eleitor, consumidor, terá várias informações, de várias pesquisas, e poderá fazer o seu juízo”, explicou.

Segundo Barros, além do seu projeto de lei, há outras nove tentativas no Congresso Nacional de alterar as regras atuais relacionadas a pesquisas eleitorais. “Não é um problema de agora, é de muitos anos, e o Congresso precisa enfrentar”.

Ao falar sobre o debate eleitoral deste domingo, 16, entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Barros criticou a justiça eleitoral, afirmando que há uma espécie de “ativismo judicial” nas decisões que retiram propagandas do ar de determinado candidato e disse acreditar que o momento será esclarecedor para a população. “Espero que seja uma oportunidade de cada explicar aquilo que está em dúvida na cabeça do eleitor.

Mais importante do que se explicar de acusações é falar de saúde, educação, do futuro das pessoas (…) Espero que o debate esclareça ao brasileiro esse momento que nós estamos passando. A crise é mundial, não é culpa do Brasil. E o Brasil, sem dúvida, é o país que melhor está se saindo dessa crise, com inflação menor que nos Estados Unidos e na Europa, crescimento econômico maior que ambos e a menor taxa de desemprego dos últimos anos”, disse.

Deu na Jovem Pan.

Política

Líder do Governo acusa TSE de parcialidade e acredita que tendência é piorar

 

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou neste sábado (7) não ter dúvidas de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem mantido um comportamento parcial, em suas decisões envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele afiou – durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes – que não tem esperanças de que isso mude, não só em razão da situação atual no TSE, mas sobretudo quando o ministro Alexandre de Moraes assumir sua presidência em setembro.

Ricardo Barros diz que gosta de Moraes, de quem foi colega no ministério do governo Michel Temer, mas é forçado a apontar o “ativismo” do magistrado para além da conta. Principal adversário de Bolsonaro, o ministro é hoje vice-presidente do TSE.

O líder do governo também criticou a atitude ativista do Tribunal de Contas da União TCU), que, órgão de assessoramento do Poder Legislativo, está exorbitando das suas atribuições.

“O TCU está deixando de ser um órgão verificador dos atos praticados pelo gestor público para ser um órgão condutor de decisões”, lamentou.

A entrevista do deputado Ricardo Barros ao Jornal Gente da Rádio Bandeirantes foi conduzida pelos jornalistas Agostinho Teixeira e Cláudio Humberto.

Deu no Diário do Poder