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Bestial Palíndromo!

Por Renato Cunha Lima

Você sofre de “aibofobia”? Nem sabe o que é? Trata-se de um palíndromo, palavra, frase ou numeral que lida de trás pra frente forma a mesma coisa e no caso significa, curiosamente, o medo dos palíndromos. Você tem? Leia e me diga!

Vivemos tempos difíceis, onde os valores morais estão invertidos, com o certo sendo errado e o errado virando o certo, um mundo de pernas pro ar, com uma ética paralela.

O “omissíssimo” governo Fátima Bezerra é uma catástrofe na Segurança Pública. Uma governadora que recebeu percentualmente mais votos dos presidiários e detentos, que dos policiais penais, militares e civis.

A militância petista sai às ruas sujando a cidade com pichações defendendo o fim da polícia, a turma dos direitos humanos criminaliza a polícia e vitimiza os marginais que “matam”. Diz aí?

O ex-condenado Lula disse, outro dia, a seguinte loucura: “Eu não posso ver mais jovem de 14, 15 anos, sendo assassinado pela polícia porque roubou um celular”. E a vítima inocente que morreu assasinada num assalto de um celular?

A família é o grande alvo, a luta é destruí-la a todo custo para os invertidos de valores. Hoje filho agride pais e avós, desrespeita professores e tudo agora pode, num vale tudo que não vale nada. É a turma dos direitos sem deveres.

A coisa anda tão esquisita, que promoveram um festival de cinema numa praia paradisíaca no Rio Grande do Norte, com a exibição do filme que tenta transformar em herói o terrorista do Marighella. A luta armada nunca lutou por democracia, mas por ditadura do proletariado. Matar e roubar por poder justifica?

Daqui a pouco haveremos de pedir perdão pela honestidade e civilidade, assim como, somos punidos por sermos trabalhadores dignos diante de tanta impunidade.

Só lembrei do ministro Edson Fachin, que proibiu a polícia de fazer operações nas favelas cariocas, quando neste fim de semana em Natal, um corpo assasinado foi jogado nas escadarias de Mãe Luiza, com direito a vídeo macabro nas redes sociais.

A governadora Fátima Bezerra mesmo, não quer a polícia realizando operações nas comunidades sitiadas pelas facções criminosas.

Segundo as reportagens sobre o caso, o homem foi morto pelo impetuoso tribunal do crime, que o executou sumariamente depois de acusado de estupro. É esse o estado “omissíssimo”, que o lulismo nos deixou de legado e que por escolha própria se ausenta e permite que “governos” paralelos insurjam.

Os esotéricos creem em superstições e crendices com as datas capicuas, que formam o mesmo numeral indo ou voltando, aquelas que alguns profetizam tragédias e cataclismas, mas no Brasil a tragédia tem motivação realmente lógica.

Um tanto faz, no oficial, como no paralelo, temos um judiciário monárquico que pinta e borda e nos morros e favelas, nos feudos das facções criminosas, os tribunais do crime, formando um bestial palíndromo.

Com uma diferença, no paralelo tem pena de morte e no oficial o culpado morre de velho, com sentença anulada e sem pena.

“O lobo ama o bolo”, “ a mala nada na lama” e onde “a pateta ama até tapa”.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Pandemínios” em Festa

Por Renato Cunha Lima

Na próxima festa de réveillon chegue vestido com a 3 ª dose da vacina e no carnaval pule a 4ª onda da pandemia.

Não é possível dizer como será seu ano, talvez com mais doses e ondas.

Que saudade do tempo que “mutantes” era nome de banda, revelando a múltipla Rita Lee, que hoje, onde mutante é vírus assassino se multiplicando. .

A notícia alarmante de uma variante sul-africana, denominada B.1.1.529, com incríveis 50 mutações e consideráveis chances de serem resistentes as vacinas nos deixa numa aflição danada, mas tem quem comemore.

A insanidade humana produziu torcedores da pandemia, gente que disputa razões em redes sociais com suas teses escatológicas com os chatíssimos: “eu avisei”, “eu sempre tive razão”. E claro, o oportunismo sempre buscará um culpado.

A verdade, que ninguém tem razão de nada, nenhuma autoridade acertou ou errou plenamente. Vacinas não foram a panaceia prometida, nem tão pouco fracassaram.

O injustamente demonizado tratamento precoce provavelmente voltará ao debate, com os antigos e os novos medicamentos que surgem. Laboratórios pesquisam em fase avançada as apelidadas pílulas Covid.

Na dúvida, na certeza ou na fé, o meu pensamento navega na ideia que devemos abraçar qualquer bóia de salvação, seja vacina, seja remédio ou oração. Só Jesus na causa!

Quando vejo notícias de aumento de casos na Europa fico angustiado, não apenas olhando o drama humano de vidas perdidas, mas também a fome, o desemprego e as falências.

O Lockdown foi um remédio com cheiro e sabor de veneno, que dizimou economias com consequências que ainda sentimos, como a disparada da inflação, a escassez de insumos e produtos.

Fundamental que seja feito tudo e mais um muito para evitar o retorno do autoritarismo sanitário de decretos exterminadores de empregos e renda.

Incomoda demais e revolta as narrativas esdrúxulas da mídia, sobretudo da TV do “Plim Plim”, que resolveu patrocinar o fique em casa que a economia a gente vê depois e agora diz que o carnaval precisa acontecer, claro pensando no próprio bolso.

Tudo isso cansa, mas é a realidade que vivemos, o governo federal cauteloso já restringiu a entrada de pessoas vindas da África e acredito que se estenderá para países da Europa, infelizmente impactando nosso turismo.

Estamos todos dançando desconforme essa música desafinada e descompassada, mas não tem outro jeito, com resiliência e fé haveremos de superar, acredito. Com fé em Deus e na ciência, apesar dos “pandemínios.”

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Eu sou Negão !

Por Renato Cunha Lima

Uma vez me disseram que eu não poderia falar de racismo por ser branco. Neste instante disse ao cidadão que ele estava sendo racista. O racismo começa quando alguém qualifica ou desqualifica uma pessoa por conta de sua cor de pele.

Não gosto do dia da consciência negra, ela é sectária e pouco útil para a sociedade, serve muito mais aos movimentos progressistas que usam a velha estratégia de dividir para conquistar.

Seria muito mais assertivo que o dia 20 de novembro fosse tratado como dia do combate ao racismo, não apenas da consciência negra, pois já imaginou se alguém inventa o dia da consciência branca? Logo seria chamado de nazista.

Alguns podem dizer que estou falando uma enorme bobagem, que os negros foram massacrados e escravizados no Brasil, que existe uma dívida histórica. Tudo bem, de fato tudo incontestável, mas quando vamos superar? Quando vamos realizar o sonho de Martin Luther King?

“Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.”

Alguém já notou que o inesquecível pastor batista e ativista político Martin Luther King, a maior referência mundial no combate ao racismo, raramente é lembrando no dia da consciência negra?

Luther King pregava a igualdade através da pacificação, da fraternidade, da superação das marcas da escravidão, olhando para gerações futuras, para um horizonte de consciência humana acima de qualquer diferença.

Adoraria que Luther King conhecesse minha família, minha pequena filha é fruto de seu sonho, pai branco e mãe parda, avó materna negra e bisavô negro. Adoraria que ele pudesse conhecer meus amigos, brancos, pardos e negros, incluindo meu melhor amigo que é negro.

Nada do punho cerrado do sectarismo de Malcolm X, líder dos Panteras Negras, que buscava vingança e incentivava a mágoa, a revolta que projeta a perpetuação do racismo como bandeira política.

No Brasil a americanização dos movimentos raciais tem como base essa divisão de brancos e negros como um dos pilares alimentado pelo maldito politicamente correto que incendeia a guerra cultural e afasta as pessoas.

Aqui ainda usam o Zumbi dos Palmares, figura controversa que não foi nada libertária, muito pelo contrário, com historiadores o envolvendo em casos de exploração de outros negros e abusos de mulheres.

A esperança fica na idéia que nenhum ódio é perene quando confrontado com bons sentimentos de admiração, amizade e amor.

O branquelo aqui adora jazz, rock, blues, samba, meus ídolos no esporte quase todos são negros e quem me dera correr como Usain Bolt, jogar basquete como Magic Johnson e fazer gol como Pelé? Como não se emocionar com o piloto Lewis Hamilton que imitou o gesto de Ayrton Senna com a bandeira do Brasil? Acho que sou Negão!

Não só na música, nem apenas no esporte, a cor da pele não determina quem vai ser juiz de direito, presidente da república ou mesmo santo. O que mais procuro nas pessoas é caráter e a humanidade vence quando a consciência é plena, quando a boa fé nasce dos corações das pessoas.

Por fim, não caiam nas divisões e se somem e multipliquem os encontros. Quanto mais juntos e misturados seremos mais fortes.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Foi André, mas poderia ser você!

Por Renato Cunha Lima

O drama da violência no Rio Grande do Norte não é novidade para ninguém, nem uma realidade que nasceu no governo Fátima, mas inegavelmente não há coincidências, nem muito menos é atípico apontar que a bandidagem se sente à vontade com o PT no poder.

O gerente farmacêutico André Damásio de Miranda é o nome, a vitima, com sua família, amigos que choram, mas poderia ser você, eu, alguém de nossas famílias ou algum amigo.

O infortúnio de André foi trabalhar e ter seu local de trabalho invadido por marginais armados que o assassinaram de forma brutal e covarde. Infelizmente não foi o primeiro e nem será o último, todo mundo tem essa consciência, sobreviver por aqui virou uma roleta russa.

Todo esse cenário aterrorizante não sensibiliza a governadora Fátima a endurecer o enfrentamento aos criminosos, que fazem o que querem e como querem sem nenhuma repressão.

Não é preciso ser especialista para saber que a gênese da criminalidade está no narcotráfico, inclusive não há rede de franquia maior e mais bem sucedida que a “boca de fumo”, que desbanca Boticário, MacDonald, qualquer uma, ainda não paga impostos e no Rio Grande do Norte funciona a todo vapor em praticamente todos os municípios.

O problema não está na polícia, mesmo que falte efetivo, mas sim, no comando, na ordem para a polícia não realizar operações nas “comunidades” para reprimir o narcotráfico.

O partido da governadora nunca gostou de polícia, a militância petista suja nossas cidades com pichações pedindo o fim da polícia militar. Durante este governo, policiais foram punidos por exercerem seu trabalho e não foram poucos os policiais desprestigiados e humilhados, inclusive com exonerações de cunho ideológico.

No sistema prisional potiguar assistimos o retrocesso com a desmobilização, a flexibilização do legado do ex-secretário Luís Mauro Albuquerque Araújo, que endureceu e deu jeito na bagunça que estavam os presídios.

Na verdade, vamos ser bem sinceros, quase 100% dos marginais e seus parentes votam em Fátima e no PT. Basta olhar o resultado das urnas disponibilizadas nos presídios pela justiça eleitoral.

Não foram poucas as vezes, que militância e políticos petistas acusaram a polícia de truculência e abusos no enfrentamento ao crime, mas raramente ou nunca assistimos uma só fala que defenda o endurecimento com a bandidagem que mata e rouba trabalhadores.

As Leis frouxas são um caso a parte, as Leis e infindáveis recursos mais protegem os criminosos que as vítimas da violência e o judiciário leniente, muitas vezes omisso, incrementa o sentimento de impunidade com decisões absurdas em todas as esferas, levando à população descrente o desalento total.

Não adianta a maquiagem, o teatro do desfile de viaturas e policiais pelas ruas das nossas cidades sem que ocorra operações policiais para fechar as bocas de fumo, para prender

 

os marginais. A polícia não pode ser resumida a função de vigia de ruas e estabelecimentos.

O governo precisa ser exemplo, mostrar ações contra crime e não passar a mão na cabeça e empurrar o problema com a barriga e discursos vazios.

Por fim, governadora Fátima, bandido não é vítima, marginal merece cadeia e resistindo merece bala, a sociedade não aguenta mais e as reais vítimas da violência clamam por justiça. Seu governo é um desastre!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Português errado !

Por Renato Cunha Lima
O meu xará , Renato Russo, cantava assim a música “Meninas e Meninos” sem o tal “menines”:
“Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes”
A turma do LGBTI+ não precisa usar o “todes” para conquistar respeito. O ex-professor de inglês Renato Manfredini Júnior, o roqueiro Renato Russo, não precisou ofender a língua portuguesa para amar e ser amado.
Nosso idioma é tão desrespeitado hoje em dia que deveríamos exaltar o 5 de maio, que é o dia internacional da língua portuguesa.
Seria um dia sem galicismos e anglicismos, sem estrangeirismos e sem essa aberração e invencionice de linguagem neutra.  Um dia para Olavo Bilac, Augusto dos Anjos, Cora Coralina, Fernando Pessoa e outros tantos conhecidos e anônimos que bem usaram e usam, sem abusar do idioma de Camões.
Tudo bem que o importante é se comunicar, mas o idioma é a identidade cultural maior de um povo e merece respeito. Até hoje não entendo a substituição do termo “entrega a domicílio”, pela palavra inglesa “delivery”. É mais bonito?
Com fome do bom português, resolvi substituir os estrangeirismos:
“Eu não sou nada light, nem gosto de fitness. Vou tomar um drink, que está gelando no freezer do meu flat e no app do smartphone, vou pedir um hot dog.”
E assim ficou:
“Eu não sou nada leve e nem gosto de ginástica. Vou tomar uma bebida que está gelando no congelador do meu apartamento e no aplicativo do celular, vou pedir um cachorro-quente”.
A língua é viva, quem a mata é a ignorância e cada qual com sua ignorância.
O inesquecível Ariano Suassuna contou que um sociólogo apareceu em Taperoá para avaliar o nível de conhecimento das pessoas e na feira livre questionou um peixeiro: “Sabe quem é o presidente dos Estados Unidos?” Peixeiro: “Não sei, não senhor.” O sociólogo: “E a cotação do dólar?” O peixeiro: “Não sei o que é dólar, nem muito menos cotação.” O sociólogo: “Então, o senhor é um ignorante!”
O peixeiro então pegou uma traíra e indagou: “O senhor sabe que peixe é este?” O sociólogo: “Não, desconheço.” O peixeiro pegou um curimatã: “E este?” O sociólogo: “Não.” O peixeiro, pegando uma tilápia: “E este aqui?” O sociólogo: “Também, não.”
O peixeiro, guardando seus peixes, finalizou: “Pois é, doutor, cada qual com sua ignorância…”
Aproveitando este causo, outro dia perguntei para um vaqueiro semianalfabeto se ele era um doutor, logo depois que ele velozmente abateu e limpou um carneiro, com uma habilidade incrível com a faca. Ele me respondeu com a faca na mão, que sim: “Naquilo que sei fazer, eu sou doutor”.
O novo imortal da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil, que chega agora para a cadeira antes ocupada pelo saudoso potiguar Murilo Melo Filho, tem uma composição extraordinária de nome metáfora, que num trecho diz:
“Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora”
Portanto, quem sou eu para dizer se cabe ou não Gilberto Gil como imortal da academia? Outro dia o Bob Dylan ganhou o Nobel de literatura. Não é uma surpresa, acho até mais válido que a eleição da atriz Fernanda Montenegro. O que sei, que na música, Gil já era um doutor e imortal e quem não gostou: Aquele abraço!
Aproveito e estendo o merecido abraço, sem embaraço algum, com minhas salvas de palmas para o extraordinário orador potiguar e também romancista Geraldo Melo,  novo integrante da Academia Norte-rio-grandense de Letras.
 — Doutor Geraldo, o tamborete ficou mais alto.

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

Chuva de Bala !

Por Renato Cunha Lima

 

No sincretismo religioso brasileiro, que associa a crença nos orixás aos santos católicos, um dos mais tradicionais é o costume umbandista de presentear com doces, balas e guloseimas as crianças no dia de São Cosme e Damião.

Os orixás Ibejis, filhos de Xangô e Iansã e denominados protetores das crianças, foram associados aos santos gêmeos Cosme e Damião, que ficaram conhecidos em vida por prestar assistência médica aos pobres e aos animais sem custo.

Na fé católica, Cosme e Damião são conhecidos como protetores dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, mas ganhou a fama no sincretismo religioso de protetores das crianças.

Dito isto, tenho a crença que foram os santos gêmeos que protegeram as crianças uruguaias vítimas de uma chuva de balas, não de doces e guloseimas, mas de balas desferidas por pistola e revólver.

Neste caso não é necessário ser devoto de qualquer religião ou mesmo de alguma
ideologia para constatar a intenção assassina que deixaram marcas de 10 balaços na residência dos adolescentes uruguaios.

Entretanto, o atirador, o tal Ivênio Hermes, que dizem que surtou, que baixou um santo ruim, tem proteção, pense num homem protegido. Depois do “bang bang” sequer foi algemado e conduzido numa viatura policial para a delegacia, o “bacana” chegou em carro particular com celular na mão.

Na delegacia, mesmo depois de invadir uma residência e desferir 10 tiros contra crianças, o então coordenador da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, conseguiu o “milagre” de ser indiciado apenas por ameaça e disparos de armas de fogo. Que beleza!

Depois a sociedade ficou sabendo, através da imprensa, que o dito cujo, o homem das estatísticas criminais é aposentado por invalidez da Polícia Rodoviária Federal por questões psiquiátricas.

Alguém me diz o nome santo para o milagre do Ivênio Hermes ter assumido um cargo na segurança pública potiguar? Opa, nem arma ele poderia ter mais, pois um dos pré-requisitos é exatamente a sanidade mental.

O abençoado do Ivênio Hermes tem muitos outros santos protetores, até o Ministério Público que costuma ser tigrão com muita gente, acabou sendo tchutchuca, na prática pareceu defensoria pública quando defendeu a redução do valor fiança para sua soltura.

Por sua vez, as vítimas, os adolescentes ficam à mercê do infortúnio de ter um vizinho “doido”, livre e solto, a lhes ameaçar. Nada o poder público fez para protegê-los. Os meninos só podem contar com a proteção divina e a intercessão de Cosme e Damião.

Só digo uma coisa para os adolescentes, caso queiram traquinar outra vez e apertar campainhas de residências, escolham a minha e serão recebidos com balas, as doces e azedinhas. Quem não foi traquino não teve infância, antes toda molecagem fosse inocente assim. A molecagem que incomoda não é essa.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

Marília rima com Família !

Por Renato Cunha Lima

Toda “sexta” deveria caber somente coisas boas, mas o “sextou” de ontem entristeceu o Brasil, enlutou todo o pessoal da música sertaneja e deixou desolado amigos e familiares das vítimas do acidente aéreo, que dentre os passageiros, vitimou a carismática cantora Marília Mendonça.

Com perplexidade recebemos as primeiras notícias do acidente aéreo que ocorreu em Caratinga, Minas Gerais. As primeiras notícias eram esperançosas, com notícias de sobreviventes.

Com a demora de novas notícias e com as imagens dos bombeiros em ritmo cauteloso, invés da reação frenética e natural de retirar e socorrer as vítimas da fuselagem logo o que pensei se confirmou, não houve infelizmente sobreviventes.

Que tragédia!! Não corri para comentar ou ler postagens nas redes sociais, foram raros os grupos de WhatsApp que troquei alguma mensagem e na verdade minha vontade foi de correr para casa e beijar meus filhos.

Existe uma música incrível do Elton John, Rocket Man, que trata da pessoa que precisa viajar a trabalho e passar muito tempo fora de casa.

“Ela fez minhas malas, noite passada, antes do voo
Hora do lançamento: 9 da manhã
E eu estarei tão alto
Quanto uma pipa quando chegar lá”

Não é só de glamour que vive os artistas e profissionais envolvidos no “show business”, são muitas viagens e noites em hotéis diferentes e vários dias longe de casa, ainda mais para o pessoal da música sertaneja.

O sertanejo e variações reúnem os artistas que mais trabalham, que mais produzem, quem mais faturam e notadamente os que mais se arriscam em voos fretados. Alguns artistas, inclusive, já são possuidores de aeronaves.

Os artistas, cantores e cantoras, são empresas que empregam uma série de profissionais. Existe todo um cuidado, como sempre deve existir mais e mais com a agenda e a logística, mas não há como controlar o imponderável.

Muito triste o que aconteceu com Marília e demais vítimas, exatamente quando os eventos estão voltando depois dessa hecatombe da pandemia, uma tragédia comovente que nos chega quando buscamos esperança para retomar a vida normal.

Viver é um risco! Costumo dizer que a vida é incurável e ninguém escapa dela com vida. Estamos sujeitos infelizmente ao acaso do destino e aos desígnios divinos.

O que nos faz pensar que devemos valorizar o agora, o presente de Deus. Não podemos simplesmente deixar se esvair a areia da ampulheta da vida entre os dedos! — Que Jesus nos guarde e nos abençoe!

Marília rima com família, por conta dela, em todas as casas brasileiras, as pessoas estão consternadas, tristes e reflexivas. O poeta já disse que a vida é uma belezura e que vale mais pela largura, que pelo comprimento e a largura da brevíssima vida da jovem cantora merece aplausos, só fez o bem.

Vamos superar, só não vamos esquecer. É mais que uma “sofrência”, tem saudade, tem lamento, mas tem agradecimento, tem resiliência e fé. Quem sabe cantando, os males espantamos….

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

 

OPINIÃO

Com que Roupa ?

Por Renato Cunha Lima

O “Halloween” é uma festa estadunidense que não faz parte de nossa cultura, mas o mercado tenta e vai conseguindo, a cada ano, emplacar a festa que antes só víamos nos cursinhos de inglês.

Acho válido, afinal a bruxa anda solta de verdade, não vivemos dias normais ou o normal é isso que não estou conseguindo me adaptar e aturar.

Sou de um tempo onde escolher uma fantasia para o carnaval, por exemplo, era muito divertido, cabia de tudo, fantasia de pirata, astronauta, rei, princesa, vaqueiro, índio, médico e policial, qualquer coisa. Até sair com máscara caricata de um político era engraçado.

Hoje não, qualquer fantasia pode ser um ato de ofensa e até mesmo uma injúria, como foi o caso do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren/SP), que repudiou a atriz Bruna Marquezine por uso de uma fantasia de enfermeira numa festa.

O Coren destacou em nota que “fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da enfermagem e que a enfermagem é uma profissão e não uma fantasia…”

Só fico imaginando como seria a vida do pessoal do grupo norte-americano Village People hoje em dia, provavelmente nem existiria. O enorme sucesso que fizeram nas discotecas na década 70 fantasiados de bombeiro, índio, policial e encanador seria inimaginável com esse “mimimi” de agora.

Quem nunca se fantasiou de índio na vida, na infância? Não pode mais, é um crime!! Para a gestapo, do politicamente correto, se fantasiar de índio é uma ofensa, um desrespeito estereotipar as etnias massacradas em nossa história.

Colocar uma peruca afrodescendente estilo “black power” ou se fantasiar de “nega maluca” pode findar em processo por racismo, não duvidem! Muito complicado mesmo, escolher uma fantasia que seja reconhecida como “adequada”.

Bem, fui convidado para uma festa de “Halloween” e terei que escolher uma fantasia, antes penso em consultar um advogado para saber quais as opções disponíveis sem que eu corra o risco de ser processado.

Como a festa é de Halloween, vou logo procurar saber se há algum sindicato dos vampiros e dos lobisomens, que não me surpreenderia. Na dúvida não vou arriscar nada relativo à área médica por conta da pandemia.

Sim, bem que poderia ir fantasiado de Super Homem, mas como sou hétero, logo seria acusado de homofóbico por conta da polêmica com o jogador de vôlei Maurício Souza.

Quer saber mesmo, minha fantasia era esquecer que sou desse mundo, um mundo absolutamente chato e insuportável, onde somos vigiados com requintes de crueldade pela tirania do politicamente correto.

Com o incremento da inteligência artificial, todos nós somos bisbilhotados 24 horas pelas “Big Techs” e demais empresas de tecnologia sem nosso conhecimento e consentimento muitas vezes.

Acho que é isso, antes que eu vire mais um zumbi a perambular pelas ruas da insanidade humana, eu vou me fantasiar de alienígena e assim me divertir ao som do samba de Noel Rosa, sem risco de processo e lacração:

“Agora vou mudar minha conduta

Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar

Vou tratar você com a força bruta

Pra poder me reabilitar

Pois esta vida não está sopa

E eu pergunto: com que roupa?

Com que roupa que eu vou

Pro samba que você me convidou?

Com que roupa que eu vou

Pro samba que você me convidou?” Noel Rosa.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Malandragem dos governadores

Por Renato Cunha Lima

 

Para evitar que seja aprovado no Senado da República o projeto que altera o cálculo da cobrança de ICMS sobre combustíveis,  e que foi aprovado na Câmara dos Deputados, os Governadores contam com o senador Rodrigo Pacheco, presidenciável que preside a casa alta do parlamento brasileiro.
Com total má vontade, o senador Rodrigo Pacheco, que já emperra vários projetos de importância para o país neste momento delicado, agora está brecando projeto que reduz o preço final dos combustíveis para o consumidor nos postos.
Os governadores alegam que a  proposta que altera o ICMS fará que estados percam arrecadação sem ter culpa pela alta dos preços. O que é um argumento falacioso, além de insensível com a população que sofre com os seguidos aumentos.
Os estados estão com superávit de receita superior a 65% do que foram previstos nas respectivas LOAs (Lei Orçamentária Anual). Portanto, a mudança não retira receitas previstas, mas tão somente diminui o “lucro abusivo” (acréscimo de receita exagerado)  dos estados.
Muito confortável para os governadores alegarem que não foram responsáveis pelos aumentos nos preços dos  combustíveis, mesmo todo mundo sabendo que foram as medidas de restrições econômicas durante a pandemia que ocasionaram essa crise inflacionária no mundo.
A inflação que acomete o cidadão de cada estado é sim de responsabilidade de cada governador, que não pode se eximir quando algo impacta a população. Já imaginou um governador falar que não tem culpa da seca ou da tempestade e nada fizer, jogando apenas a culpa em São Pedro?
A Petrobras não pertence somente ao governo brasileiro, que detém somente 37% das ações. Para obter investimentos ao longo dos anos para explorar o Pré-sal, sobretudo nos governos do PT,  bom ressaltar,  que acionistas privados abocanharam grande parte da estatal.
As regras que regem a Petrobras são do mercado, com uma rigidez que praticamente emperra qualquer interferência presidencial, como ocorreu na época de Dilma, levando a empresa ao caos que motivaram ações indenizatórias de acionistas no Brasil e no exterior.
Desde o governo do ex-presidente Michel Temer, quando a Petrobras fez diversos acordos judiciais e extrajudiciais no país e no exterior, com pagamento de indenizações bilionárias, que ficou estabelecida a atual política de preços dos combustíveis, levando em conta o valor do real perante o dólar no Brasil e o valor do barril do petróleo em dólar no exterior.
O Brasil padece do monopólio, da dependência da Petrobras para tudo, para a logística de mercadorias e pessoas.  Nosso país hoje é o quarto que mais investe em ferrovias no mundo, um avanço inédito do atual governo federal, mas longe de deixarmos de ser refém do modal rodoviário.
O Brasil não é autossuficiente em combustíveis, cerca de 15% do que consumimos, sobretudo óleo diesel é importado. Falta refinarias no Brasil e nosso petróleo tem que ser misturado a outros para as refinarias que temos e com isso a Petrobras exporta e também importa petróleo.
Portanto, como o preço do barril de petróleo disparou no pós-pandemia e o real se desvalorizou perante o dólar e a Petrobras segue essa política, os combustíveis sobem, entretanto o preço final na bomba chega com o dobro do preço que é vendido pelas refinarias.
Os governadores que antes diziam que a alíquota seguia a mesma, agora estão vindo com outra conversa, com a proposta de congelar os tributos, ou seja, uma confissão que aproveitaram esse período inflacionário dos combustíveis para arrecadar mais que o previsto.
Um fato que as alíquotas seguem as mesmas, mas elas incidem sobre preços cada vez maiores, preços estes definidos pelas respectivas secretarias de tributação em tabela que é quinzenalmente divulgada pelo CONFAZ – Conselho Nacional de Polícia Fazendária e pelo Comsefaz – Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal.
Alguns governadores unilateralmente já congelaram, com superávit de receita, os preços bases para cálculo tributário, como é o exemplo de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Agora os demais governadores seguem a decisão e por 90 dias congelarão os preços bases para cálculo do ICMS.  Uma medida que fará que novos aumentos nos combustíveis divulgados pela Petrobras impactem menos para o consumidor final.
Entretanto, não é suficiente, aliás é muito pouco,  além de ser um paliativo provisório essa malandragem dos governadores  “bonzinhos”, com seus estados com mais de 65% de superávit de receitas encima de combustíveis caríssimos.
O Brasil precisa discutir seriamente a tributação dos combustíveis, que é absolutamente danosa ao consumidor, assim como deveria debater a privatização total da Petrobras, em um modelo que propicie a concorrência, vendendo ativos em blocos, como exigindo dos investidores os investimentos necessários para nossa autossuficiência em produção e em refino.
Assim como o Brasil deveria debater profundamente uma reforma séria da máquina pública, que custa muito e oferece pouco. Hoje temos estados que sugam recursos somente para o pagamento de folha de pessoal e não tem dinheiro sequer para construir uma praça pública.
Entretanto, o que se vê na prática são os governantes brigando por mais receita, por mais impostos, por mais grana para gastar e mesmo sabendo que a farinha é pouca, o importante é o pirão deles primeiro.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

É CRIME SER BOLSONARISTA !

Quer ser perseguido? Coloque uma bandeira do Brasil na janela de sua casa ou no carro. Quer ser odiado? Deixe claro nas suas redes sociais que você é simpatizante de Bolsonaro.  Quer ser banido e cancelado? Seja conservador e deixe claro suas opiniões.
O que está acontecendo com o atleta de vôlei Maurício Souza é apenas um caso de muitos da opressão correta, da boa censura, do ódio do bem.
Os progressistas inventaram um novo DOPS, Departamento de Ordem Política e Social, órgão que na ditadura militar apurava os atos que “atentavam” contra o regime estabelecido.  Só que agora a serviço do tal maldito politicamente correto.
Ter opinião que discorde ou fuja da tirania do politicamente correto é o suficiente para criminalizar qualquer um nestes tempos sombrios. O crime de opinião passou a fazer parte do cotidiano de nossas vidas.
O direito fundamental e inegociável a liberdade de expressão agora é relativizada em nome do que querem impor como correto, como se houvesse um tribunal para estipular a fórceps o que é correto do ponto de vista cultural e comportamental.
Os valores invertidos de uma sociedade nitidamente doente, que destrói nossas famílias, que prostituem e promiscuem nossos jovens me parecem metástases de um câncer generalizado que nos divide, nos separa, nos põem em guerra.
Definitivamente vivemos num mundo onde há inegavelmente duas visões irreconciliáveis, com enorme tendência de agravamento e aprofundamento do abismo que nos dividem.
Existe por trás, sem nenhum pudor de se esconder, uma nítida intenção de quem promove a famigerada engenharia social na mídia, na imprensa, nas manifestações culturais de conquistar na guerra, na briga, na divisão.
Acontece que ninguém ganha com isso, nenhuma chamada minoria conquistará o respeito desrespeitando, já nos ensinou Martin Luther King.

Quero o meu direito de escolha, quero a minha liberdade de expressão e manifestação.

 

Quero criticar ministro do STF sem ser censurado ou preso, quero criticar revista em quadrinho que desconstrói ícones de minha infância, quero defender a família, quero dizer que tenho orgulho em ser heterossexual e pai de família temente a Deus.
Quero poder ser conservador!!  Quero ser Bolsonarista!
Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor