Economia

Dólar cai para R$ 4,80 com mercado externo e divulgação do PIB

 

A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre e a recuperação das bolsas no exterior amenizaram o clima no mercado financeiro nesta quinta-feira (2). O dólar caiu e voltou a ficar abaixo de R$ 4,80. A bolsa de valores subiu quase 1%, após ter ficado estável ontem (1º).

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,799, com recuo de R$ 0,016 (-0,33%). A moeda norte-americana teve um dia de volatilidade, alternando altas e baixas, mas firmou a tendência de queda perto do fim das negociações. Na máxima do dia, por volta das 10h40, a cotação chegou a aproximar-se de R$ 4,81. Em contrapartida, a divisa chegou a cair para R$ 4,77 por volta das 14h.

O mercado de ações teve um dia mais tranquilo. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quinta-feira aos 112.393 pontos, com alta de 0,93%. O indicador chegou a operar próximo da estabilidade durante a manhã, mas firmou a tendência de alta, com a melhoria dos mercados internacionais e com o desempenho do PIB brasileiro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao último trimestre de 2021. A expansão deveu-se ao setor de serviços, que retoma as atividades e recupera-se da pandemia de covid-19.

Notícias, Turismo

Viagens internacionais reaquecem com queda do dólar e fim das restrições

 

As fronteiras estão abertas, países estão diminuindo as restrições de entrada dos turistas e o dólar está caindo desde o início do ano. Estas situações criam um cenário animador para o turismo, de acordo com especialistas ouvidos pelo UOL. A expectativa é de que mais pessoas façam viagens ao exterior e que o volume chegue próximo ao registrado pré-pandemia. “Para nossa completa felicidade, a retomada vem bem forte. Ainda não é de maneira linear, o que significa que vemos picos e vales que variam de acordo com as notícias sobre a pandemia. Esperamos chegar ao final do ano com o mesmo volume de viagens domésticas de 2019 e pouca coisa abaixo de 2019 para as internacionais”, afirma Daniela Araújo, diretora de Sourcing Air da Decolar.

recente queda do dólar é um dos motivos para o otimismo do setor. “As viagens internacionais sofreram com o aumento do dólar no ano passado, mas a queda recente ajuda a aquecer o setor”, afirma Araújo. Viviane Piovarcsik, gerente executiva de vendas da CVC, diz que a procura por viagens internacionais aumentou 50% em março em comparação a fevereiro deste ano. “O impacto da queda do dólar é altamente visível. O consumidor que está planejando uma viagem internacional não toma a decisão por impulso. Normalmente começa a pesquisar preços e se organizar com pelo menos seis meses de antecedência. Quando a cotação da moeda cai, a compra da viagem acaba sendo mais atrativa”, dizPiovarcsik. Depois de subir pouco mais de 7% em 2021, o dólar já caiu cerca de 15% neste ano. Mas não é só o dólar que tem seu papel para reaquecer as viagens para fora do Brasil. A diminuição de restrições está fazendo com que os brasileiros se sintam mais seguros de voarem ao exterior. “Antes o foco estava nas viagens nacionais, mas neste último trimestre vimos que muitas restrições estão deixando de existir nos países. Elas acabavam inibindo algumas viagens, mas agora o mundo está de portas abertas de novo e isso acaba incentivando o consumidor a voltar a fazer viagens internacionais”, afirma Piovarcsik. Algumas tendências identificadas pela Decolar na hora da compra são optar por pacotes de viagens, que costumam ter preços mais atrativos, e a preferência por tarifas flexíveis, que permitem cancelamento ou mudança de data se necessário sem cobranças adicionais.

 

Destinos mais buscados Alguns destinos nunca saem de moda e devem continuar disputando a preferência dos brasileiros em 2022. É o caso de Orlando, Miami, Lisboa e Cancún, de acordo com a Decolar. Para a CVC, os brasileiros também devem aproveitar a temporada de ski, principalmente em Bariloche, e o verão europeu. A novidade deste ano, para Araújo, é que os brasileiros estão buscando mais destinos internacionais próximos, para uma “escapada” de menos dias. É o caso de Montevidéu, no Uruguai, Lima, no Peru, e Buenos Aires, na Argentina.

“O que percebemos é um interesse pelos destinos clássicos, que sempre são procurados por brasileiros, mas estão aparecendo cada vez mais destinos mais próximos do Brasil, como o Chile, Argentina e Peru. Saindo de São Paulo, é mais rápido chegar a Buenos Aires do que a Fortaleza, por exemplo”, afirma Araújo. Uma pesquisa feita pelo buscador de viagens Kayak mostra que os mais buscados em março foram Lisboa, Buenos Aires, Orlando e Miami. Veja a lista dos 20 destinos internacionais mais buscados e o crescimento das buscas em março em comparação a janeiro:

1. Lisboa (Portugal): 583%

2. Buenos Aires (Argentina): 703%

3. Orlando (Estados Unidos): 738%

4. Miami (Estados Unidos): 662%

5. Santiago (Chile): 653%

6. Paris (França): 580%

7. Nova York (Estados Unidos): 580%

8. Porto (Portugal): 641%

9. Londres (Reino Unido): 614%

10. Cancún (México): 546%

11. Roma (Itália): 1326%

12. Madri (Espanha): 558%

13. Milão (Itália): 1070%

14. Barcelona (Espanha): 548%

15. Los Angeles (Estados Unidos): 614%

16. Lima (Peru): 817%

17. Toronto (Canadá): 646%

18. Bariloche (Argentina): 760%

19. Amsterdã (Holanda): 656%

20. Punta Cana (República Dominicana): 568%

Deu no UOL

Economia

Dólar cai para R$ 4,76 e tem maior queda trimestral desde 2009; Bolsa recua, mas tem melhor trimestre desde 2020

Após oscilar entre altas e baixas ao longo do dia, o dólar fechou hoje (31) com queda e teve o maior recuo trimestral desde 2009. A bolsa de valores caiu após duas altas seguidas, mas também encerrou o trimestre em alta, com a maior valorização desde 2020.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,761, com recuo de R$ 0,026 (-0,54%). Depois de iniciar o dia em alta, a cotação reverteu a tendência e caiu logo após a abertura das negociações no mercado norte-americano. Na mínima do dia, por volta das 13h, chegou a R$ 4,72, mas o preço baixo atraiu a compra por grandes empresas que querem fechar o caixa no fim do trimestre.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana fechou março com recuo de 7,63%. Essa foi a maior queda mensal desde outubro de 2018. No primeiro trimestre, a divisa caiu 14,55%, a maior baixa desde o segundo trimestre de 2009, quando os mercados financeiros se recuperavam da crise financeira de 2008.

Ações têm dia tenso

O mercado de ações teve um dia mais tenso. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou o dia aos 119.999 pontos, com recuo de 0,22%. A queda foi puxada por ações de petroleiras e de empresas de energia, que reagiram ao recuo na cotação internacional do petróleo após o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciar a liberação de estoques internos para enfrentar o encarecimento do combustível após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O Ibovespa encerrou março com ganhos de 6,06%. Nos três primeiros meses de 2022, a alta acumulada ficou em 14,48%, o melhor desempenho desde o último trimestre de 2020.

Em relação ao câmbio, o dólar subiu perante várias moedas após a divulgação de que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentou acima do previsto em março e com o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia.

No caso do Brasil, no entanto, a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) nos últimos meses e os juros altos continuaram a pressionar para baixo a cotação da moeda norte-americana. O mesmo ocorreu com outros países latino-americanos, como Colômbia e México.

Agência Brasil com Reuters

Economia

Dólar cai ao menor patamar em dois meses; Bolsa sobe

 

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo positivo nesta quarta-feira, 19, acompanhando a alta recorde do barril de petróleoe a valorização do setor de commodities. Na pauta doméstica, investidores analisaram os impactos da mobilização de servidores nas negociações por reajustes. O dólarencerrou com forte queda de 1,7%, cotado a R$ 5,466. Esta é a menor cotação do câmbio desde 12 de novembro, quando registrou R$ 5,456. A divisa chegou a bater a máxima de R$ 5,553, enquanto a mínima não passou de R$ 5,459. Impulsionado pelo setor de commodities, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com alta de 1,26%, aos 108.013 pontos, no melhor patamar desde os 108.326 pontos alcançados em 16 de dezembro.

Investidores em todo o mundo acompanharam a trajetória de alta do barril do petróleo ao maior patamar em sete anos. A nova escalada é puxada pela tensão geopolítica envolvendo a Rússia, o segundo maior produtor mundial de petróleo e o principal fornecedor de gás, e a alta da demanda em meio aos impactos abaixo do esperado da variante Ômicronna economia global. O barril Brent, usado como referência para a Petrobras, já acumula alta de 11% desde o início do ano e ultrapassou a cotação de US$ 88. No cenário doméstico, a valorização é vista com cautela diante dos possíveis aumentos que estatal deve anunciar para acompanhar a paridade internacional. Na semana passada, a empresa já promoveu a elevação de 5% no litro da  gasolina nas refinarias, e de 8% no diesel. Os aumentos devem manter a inflação em patamar pressionado, o que força o Banco Central (BC) a subir os juros de forma mais incisiva, levando à desaceleração da economia doméstica.

Os agentes do mercado financeiro também analisaram os desdobramentos que a paralisação geral de servidores nesta terça-feira, 18, terão nas negociações por reajustes. Os atos foram liderados pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne 37 entidades associativas e sindicais e representa mais de 200 mil servidores. A equipe econômica se posicionou contrária à concessão após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizar reajustes apenas para a categoria de segurança pública. As repercussões negativas, no entanto, levaram o governo a mudar o discurso e indicar que não será dado nenhum aumento. Análises dentro e fora do Planalto dão como certa a quebra do teto de gastos caso Bolsonaro autorize os reajustes.

Informações da Jovem Pan