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Defesa do suspeito de matar psicóloga em Assu diz que ele tem laudo de “incapacidade mental”

Foto: Reprodução

 

Preso como suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras em Assu, o servidor do Tribunal de Justiça, João Batista Carvalho Neto, estaria afastado desde 2023 através de laudos psiquiátricos que apresentam sinais de “incapacidade mental”. Isso é o que afirma André Dantas, advogado do acusado. De acordo com a Polícia Civil, a principal motivação do crime seria para obter informações sobre a ex-namorada, que é amiga da vítima.

A morte de Fabiana Maia Veras aconteceu no fim da tarde da terça-feira (23). Após ser encontrada, foi constatado que o corpo da vítima estava amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal. João Batista foi preso em Natal, na tarde da quarta-feira (24), em um condomínio de Nova Descoberta e chegou a descartar itens utilizados no homicídio dentro desse condomínio. Policiais chegaram a encontrar uma arma, gandolas e socos ingleses, entre outro equipamentos.

Durante a entrevista, o advogado do suspeito afirmou que os laudos de incapacidade mental de João Batista Carvalho Neto serão apresentados em momento adequado. “Isso não é um álibi de defesa”, diz André Dantas.

Câmeras do Circuito Fechado de Televisão (CFTV) da residência da psicóloga, cedidas pela Polícia Militar, mostram que por volta das 16h40 um homem de estatura baixa, forte, vestido com uma camisa social, calça jeans, luvas e rosto coberto com pano árabe aguardava na frente do local. Ela demora a reconhecê-lo, mas mesmo assim abre a porta. De acordo com as investigações da Polícia Civil, este homem seria João Batista Carvalho Neto.

Após o homem entrar, a vítima mostra a clínica, que funcionava no mesmo local, e ao mesmo tempo demonstrava estar surpresa com as roupas dele. Eles entraram em um quarto da residência e após 20min o homem sai com um pano coberto de sangue e fica aguardando um veículo do tipo Peugeot Sedan na cor preta e sem calotas.

Deu na Tribuna do Norte

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Psicóloga é encontrada morta em clínica na cidade de Assú

Foto: Reprodução/Redes sociais de Fabiana

 

A psicóloga Fabiana Maia Veras foi encontrada morta no interior da casa onde residia sozinha, local de funcionamento de sua clínica, no município de Assú, Rio Grande do Norte, na noite desta terça feira (23).

Segundo informações checadas com a Polícia Civil, o local está isolado para perícia do Itep, com a presença do delegado. Fabiana Estava amordaçada e os punhos cortados. A casa não tem sinal de arrombamento. Foi encontrado sangue na cozinha e ela estava no quarto.

Fonte: BZNotícias

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Psicóloga do Luto revela como o acolhimento pode ajudar vítimas de ataques virtuais

 

 

A potiguar Cristiane Alexandre viralizou nas redes sociais após o cantor Zé Felipe publicar um vídeo rindo dela. Nas imagens, ela desabafava sobre comer 12 pães no café da manhã. O artista logo foi acusado de gordofobia por muitos internautas. O termo utilizado na internet para classificar praticantes de “bullying virtual” é “hater”, uma palavra de origem inglesa que significa “odiador”, na tradução literal para a língua portuguesa.

Os “ciberataques”, como são chamadas as tentativas de invasão de computadores e dispositivos móveis por meio de fraudes on-line, cresceram 23% no Brasil em 2021, segundo a Kaspersky. Assim como Cristiane, quem navega no mundo virtual está vulnerável a ciberataques. Mas como ajudar vítimas de ataques on-line? A psicóloga especialista em luto do cemitério e crematório Morada da Paz, Beatriz Mendes, elege o acolhimento como ação mais adequada para ajudar as vítimas. “A palavra-chave é ‘acolher’, no lugar de ‘julgar'”, destaca.

Beatriz coloca que é importante compreender que o mundo virtual resume-se a uma parcela da nossa existência. “Assim, podemos abrir espaço para diálogo sobre isso no mundo real, com pessoas de confiança para que medidas sejam tomadas. É preciso contar com pessoas reais para a preservação da saúde mental, pois, muitas vezes, tomamos o virtual como representação da perfeição, o que se constitui um perigo”, ressalta.

Uma pesquisa da Royal Society for Public Health (RSPH), instituição de saúde pública do Reino Unido, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, indicou que as redes sociais podem trazer benefícios ou malefícios à saúde, dependendo de como são usadas. A mídia social tem sido descrita como mais viciante do que cigarros e álcool, e agora está tão arraigada à vida dos jovens que não é mais possível ignorá-la.

A psicóloga especialista em luto do Morada da Paz ratifica os resultados do estudo, ressaltando que a internet por si só não se mostra perigosa. No entanto, o modo como navegamos nela se revela a chave para pensarmos uma infinidade de questões.

Beatriz cita que a articulação com o ciberespaço modifica a experiência da nossa possibilidade de expressão, do alcance de reflexões. “Isso pode ter efeitos muito positivos. Porém, quando algumas pessoas atrelam a liberdade ao contexto de irresponsabilidade e falta de limites diante da existência do outro, da coletividade, vivenciamos fortes perigos”, diz.

Crianças e adolescentes estão mais vulneráveis

Estabelecer-se filtros e transitar de maneira saudável nas redes não se revela fácil para os adultos; para crianças e adolescentes, isso é ainda mais desafiador. Em Natal, o estudante Lucas Santos, de 16 anos, tirou a própria vida, em agosto deste ano, após ser vítima de comentários homofóbicos nas redes sociais.

Ele era filho da cantora Walkyria Santos, a qual revelou que o jovem vinha sofrendo ataques nas redes sociais após publicar um vídeo no TikTok. Em vídeo publicado em uma rede social que ganhou destaque midiático, Walkyria lamentou o “ódio destilado na internet” e disse que precisava deixar um sinal de alerta para outras famílias.

O Rio Grande do Norte sancionou, em setembro, uma lei para a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate à depressão, à automutilação e ao suicídio. A lei, denominada Lucas Santos, tem como foco também combater o cyberbullying entre os jovens.